Mais
de 30 produtos e serviços como arroz, leite, pão ou tarifas de transportes,
integram a lista de "preços vigiados" em Angola, conforme uma decisão
governamental a que Lusa teve acesso.
A
decisão consta de um decreto executivo assinado a 15 de fevereiro pelo ministro
das Finanças, Armando Manuel, aguardado desde 2011 para permitir a fiscalização
policial, mas surge numa altura de aumentos generalizados nos preços e escassez
de alguns produtos.
Em
causa a crise financeira, económica e cambial em que o país está mergulhado,
fruto da quebra das receitas petrolíferas e dificuldades nas importações, pela
falta de divisas.
Só
entre janeiro e dezembro de 2015, os preços em Luanda subiram, em termos
oficiais, mais de 14 por cento, mas alguns produtos, sobretudo alimentos,
chegaram a duplicar de preço nos últimos meses.
A
situação está também a provocar falta de produtos alimentares e restrições nas
vendas em supermercados e grandes superfícies.
Agora,
através deste decreto, o Governo angolano coloca sob o regime de "preços
vigiados", para travar a especulação, ainda produtos como açúcar, carne,
peixe, sal, batata, tomate, cebolas, farinha, massa, óleo ou fuba.
A
lista integra 32 produtos, mas também serviços como tarifas de passagem aérea,
de transporte rodoviário, marítimo e ferroviário, de passageiros e carga, mas
também de táxi (transportes públicos informais).
Além
destes, o decreto estipula que seja o Governo a fixar os preços de gás,
petróleo iluminante, água canalizada, eletricidade e tarifas do transporte
público coletivo urbano.
PVJ//
APN - Lusa
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