A
presidente do PAICV teve hoje que esperar mais de meia hora para votar, depois
de elementos da secção de voto terem dito que só poderia passar à frente com o
acordo das pessoas que estavam na fila.
A
candidata a primeira-ministra do Partido Africano da Independência de Cabo
Verde (PAICV), Janira Hopffer Almada, chegou à sua seção de voto, a mesa 09, na
Escola Secundária Abílio Duarte, no Palmarejo, pouco passava das 10:00 locais
(11:00 em Lisboa) e tencionava usar a prerrogativa de passar à frente na fila,
mas alguns membros da mesa de voto que consideraram que tal só poderia
acontecer com a concordância das pessoas que aguardavam para votar.
Os
mesmos elementos tentaram ainda numa primeira fase impedir a comunicação social
de entrar na sala para registar o momento de votação da candidata, exigindo
posteriormente identificação a todos os jornalistas.
Gerou-se
um compasso de espera e perante os protestos dos jornalistas, o presidente da
mesa de voto autorizou a candidata a passar à frente, mas Janira Hopffer Almada
optou nessa altura por permanecer na fila, acabando por votar mais de meia hora
depois.
Vários
jornalistas cabo-verdianos adiantaram à agência Lusa que em todas as eleições
os líderes dos partidos têm prioridade a votar e que, nunca antes, um líder
partidário teve que esperar na fila para exercer o seu direito de voto.
Depois
de votar, em declarações aos jornalistas, a candidata do PAICV mostrou-se
serena e confiante na vitória.
"Cheguei
aqui serena porque confio no povo cabo-verdiano. E espero que todos os
cabo-verdianos possam exercer o seu direito de voto em liberdade e em
consciência, participando desta forma na decisão do futuro do país",
disse.
Mais
de 350 mil eleitores cabo-verdianos estão hoje a votar para eleger os 72
deputados ao parlamento nacional, de onde sairá o Governo para os próximos
cinco anos, naquelas que são as sextas eleições multipartidárias no país.
CFF
// EL - Lusa
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