Rui
Patrício, advogado do dirigente, afirmou não querer “prestar esclarecimentos
sobre o assunto fora do processo”.
O
vice-presidente Manuel Vicente terá sido notificado pelo Ministério Público
português para agendar um interrogatório, onde será ouvido na qualidade de
suspeito de corrupção activa no caso “Operação Fizz”, escreve o jornal Diário
de Notícias.
O
caso está relacionado com a detenção do antigo procurador do Departamento
Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) por suspeitas de ter recebido
dinheiro do dirigente angolano para alegadamente arquivar um processo ligado à
compra de um apartamento no Estoril, Portugal, entre 2011 e 2012, enquanto
ainda era presidente da Sonangol. Os valores terão sido transaccionados através
da empresa Primagest, tendo uma dessas transacções ocorrido dias antes do
despacho de arquivamento.
O
jornal português indica ainda que entrou em contacto com Rui Patrício, advogado
de Manuel Vicente, que afirmou não querer “prestar esclarecimentos sobre o
assunto fora do processo, que é o lugar adequado para o efeito, sobretudo na
fase preliminar em que o processo se encontra”, tendo remetido qualquer
esclarecimento para o comunicado da Procuradoria-Geral da República de 25 de
Fevereiro, onde se indica que Vicente não era um dos arguidos no processo.
Apesar
da notificação, o vice-presidente só poderá ser constituído arguido se “o
próprio se apresentar no DCIAP”, uma vez que beneficia de imunidade
diplomática, escreve o JN citando testemunhos, o que indica que em
caso de acusação, os factos poderão ser remetidos para Angola para serem
apreciados pela Justiça do país.
Além
de Orlando Figueira, foram também constituídos arguidos o seu antigo
advogado Paulo Amaral Blanco e o Banco Atlântico.
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