O
primeiro-ministro apelou ao reforço do diálogo social, desbloqueando-se a
contratação coletiva, para que os parceiros sociais possam contribuir para
relações laborais "mais saudáveis".
António
Costa falava aos jornalistas no Palácio de Sant'ana, antes de se reunir com
representantes da UGT e da CGTP-IN dos Açores no último dos seus três dias de
visita a esta Região Autónoma.
Segundo
o primeiro-ministro, o 1.º de Maio é sempre um dia comemoração e de luta pelos
direitos dos trabalhadores, a quem começou por deixar a garantia de que o seu
Governo "dará prioridade à política de criação de emprego, em particular
para dar resposta ao desemprego de longa duração".
"O
Governo faz também um forte apelo para que seja reforçado o diálogo social e
que seja desbloqueada a contratação coletiva, já que é condição essencial para
que os parceiros sociais possam contribuir positivamente para relações laborais
mais saudáveis", afirmou.
António
Costa disse depois que o seu executivo "assume um forte compromisso no
combate à precariedade" laboral, ponto que classificou como
"essencial para repor a dignidade do ser humano nas relações de trabalho e
como incentivo à melhoria da produtividade por parte das empresas".
"Essa
ideia de que podemos ser competitivos e produtivos à custa de baixos salários é
extremamente negativa, penalizadora e fez o país perder quatro anos
preciosos", referiu, agora numa crítica ao anterior executivo PSD/CDS-PP.
O
primeiro-ministro prometeu depois que o seu Governo "prosseguirá a linha
de reposição gradual de rendimentos das famílias e de quem trabalha,
designadamente com atualização anual do salário mínimo, tendo em vista diminuir
o grau de desigualdades".
Contra
salários baixos
Na
mensagem que dedicou ao dia do trabalhador, o primeiro-ministro apelou a um
sentido "de confiança" na possibilidade de Portugal conseguir
"virar a página numa trajetória de crescimento e de criação de
emprego", caso se "prossiga a atual linha política e económica".
"A
comemoração do 1.º de Maio muitas vezes é luta e nós não festejamos resultados,
trabalhamos para os resultados. É necessário que prossiga uma mobilização muito
forte em defesa desta política, que tem muitos adversários, não só internos,
como externos", considerou o primeiro-ministro.
António
Costa referiu depois como exemplo instâncias europeias que "criticam a
política da atual maioria de aumento do salário mínimo nacional".
"Percebemos
bem que é essencial que essa luta prossiga, porque não é possível continuar a
alimentar a ilusão de que o nosso desenvolvimento se faz com um modelo que está
morto e que tem de ser enterrado - um modelo de baixos salários e de
precariedade laboral", apontou o líder do executivo.
Jornal
de Notícias – Foto: Tiago Petinga / Lusa
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