A
Frelimo, partido no poder em Moçambique, acusou hoje a Renamo, principal força
de oposição, de ações criminosas que põem em causa a consolidação da paz,
apontando a restauração da estabilidade como um desafio para o país.
Falando
em conferência de imprensa do lançamento das festividades do Acordo de Lusaca,
assinado em 07 de setembro de 1974, entre Portugal e a Frente de Libertação de
Moçambique (Frelimo) para a independência do país africano em 25 de junho de
1975, o porta-voz do partido no poder, António Niquice imputou ao braço armado
da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), a autoria de assassínios e
pilhagens.
"Estamos
cientes de que persistem grandes desafios na consolidação da paz, face às ações
criminosas, assassínios e pilhagens protagonizados pela Renamo", afirmou
Niquice.
Os
homens armados do principal partido de oposição, prosseguiu o porta-voz da
Frelimo, têm estado a protagonizar ações que configuram violações dos direitos
humanos.
Falando
sobre a passagem do 42.º aniversário do Acordo de Lusaca, António Niquice
realçou que o entendimento representa a vitória heroica do povo moçambicano
dirigido pela Frelimo.
"A
celebração desta data coloca-nos o desafio de nos questionarmos hoje, o que
podemos fazer, qual seria o nosso contributo, a nossa luta, a nossa entrega e
dedicação para o bem da nossa pátria", acrescentou Niquice.
Moçambique,
principalmente o centro do país, está a ser assolado por ataques armados a
alvos civis e militares que o Governo atribui ao braço armado da Renamo.
O
líder da Renamo, Afonso Dhlakama, já reconheceu a autoria de vários ataques,
justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da
serra Gorongosa, onde supostamente permanece.
O
principal partido de oposição e a Frelimo têm trocado igualmente acusações de
raptos e assassínios dos seus membros.
A
Renamo exige governar em seis províncias do centro e norte do país onde
reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, acusando a Frelimo de fraude no
escrutínio.
As
negociações de paz entre as delegações do Governo moçambicano e da Renamo, que
decorrem em Maputo na presença de mediadores internacionais, foram suspensas
até 12 de setembro.
PMA
// VM - Lusa
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