@Verdade
| Editorial
O
Governo incompetente e insensível da Frelimo, por alguma razão, decidiu ir ao
bolso do pobrezinho cidadão moçambicano para satisfazer os seus luxuosos
caprichos e continuar a aumentar os seus privilégios insaciáveis. Ou seja,
reunidos na última sessão do Conselho de Ministros, realizada na terça- -feira,
19, o bando de insensíveis decidiu alterar o Código do Imposto sobre Consumo
Específicos. Dentre as alterações mais destacáveis consta o aumento da taxa de
importação de viaturas com mais de sete anos e tributar viaturas com cilindrada
inferior a mil centímetros cúbicos. Esta corja de saqueador decidiu ainda
passar a tributar ou agravar as taxas cobradas na importação de cimento,
carapau, algumas bebida alcoólicas e refrigerantes.
Com
esta inconsequente e improdutiva medida, o Governo da Frelimo empurrou os
moçambicanos para sarjeta, uma vez que os cidadãos dependem desses bens
importados para ter alguma dignidade numa situação que é impossível viver.
Embora o Governo diga que a decisão visa desencorajar a importação de carros
usados e ao mesmo tempo aumentar a base tributar e aumentar a produção
nacional, isso não passa de uma manobra de continua a subjugar os moçambicanos.
Com
tantas situações para o Governo eliminar isenções, decidiu fazê-lo em relação
ao carapau que garante o sustento de milhares de famílias em todo o território
nacional. Em contrapartida, o Governo de Nyusi continua a manter os benefícios
fiscais para os mega projectos da Sasol Petroleum Temane, Mozal, Minas de
Revuboè, Areias Pesadas de Moma, Jindal Africa, ICVL Benga, Vale Moçambique e
Eta Star que durante o ano passado não pagaram nenhum metical de Imposto sobre
a sua Produção (Royalty) e nem sequer o Imposto Sobre o Valor Acrescentado
(IVA).
Num
artigo jornalístico publicado pelo @Verdade mostra que, em conjunto, os oito
mega projectos, que operam nas áreas mineira, hidrocarbonetos e metalurgia,
tiveram no ano passado proveitos de 1,9 bilião de dólares norte-americanos
contudo pagaram ao erário moçambicano somente 92,9 milhões de dólares,
correspondente a 4% das receitas do Estado. Por exemplo, há mais de 20 anos a
Mozal continua beneficiar de grandes incentivos fiscais Imposto sobre
Rendimento das Pessoas Colectivas (IRPC), em IVA e também Royalties.
Por
quê o Governo não vais buscar esse dinheiro a esses mega projectos, no lugar de
espremer o povo que, todos os dias, dá o seu sangue para subsidiar as mordomias
dos dirigentes?
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