O
primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, rejeitou o pedido do ex-presidente
do governo catalão Carles Puigdemont para um encontro após a vitória do campo
separatista na Catalunha.
Em
resposta à proposta de diálogo anunciada por Puigdemont desde Bruxelas, onde
está exilado, Rajoy disse que apenas está disposto a conversar com quem venceu
as eleições na Catalunha "que é a senhora [Inés] Arrimadas", a cabeça
de lista do partido anti-independência Cuidadanos que garantiu mais deputados
no parlamento catalão.
O
chefe do Executivo de Madrid acrescentou ainda que terá de falar "com a
pessoa que exerça a presidência da Generalitat", que "terá de tomar
posse, ser eleito e estar em condições de falar" consigo.
Rajoy
também advertiu que a situação processual de Carles Puigdemont e dos restantes
dirigentes independentistas catalães indiciados em processos judiciais, alguns
deles detidos, não depende "em absoluto" do resultado das eleições
autonómicas de quinta-feira, mas das decisões dos juízes.
"São
os políticos que se devem submeter à justiça como qualquer cidadão, e não a
justiça que deve submeter-se a qualquer estratégia política", disse Rajoy
durante uma conferência de imprensa no palácio da Moncloa, a sua residência
oficial.
O
líder do Partido Popular (PP), que obteve o seu pior resultado de sempre no
escrutínio de quinta-feira na Catalunha, defendeu a aplicação
"inteligente" e "razoável" do artigo 155 da Constituição,
pelo qual foram convocadas estas eleições, e assinalou que não o ativou
"para ter mais ou menos um voto".
Rajoy
acrescentou que a retirada deste instrumento constitucional será efetuada na
data estipulada pelo Senado, quando existir um governo na Catalunha.
Os
partidos que defendem a independência da Catalunha obtiveram nas eleições
autonómicas de quinta-feira uma maioria absoluta no parlamento catalão e
prometem manter o desafio secessionista a Madrid.
Nas
eleições, os partidos independentistas obtiveram 70 dos 135 lugares do
parlamento, um número que sobe para 78 lugares se forem contabilizados os
defensores de um novo referendo legal (partidos independentistas mais
CatComú-Podem).
No
entanto, o partido vencedor das eleições foi o Cidadãos, mas a cabeça de
lista, Inés Arrimadas, admitiu que não poderá ser chefe do governo regional,
considerando a "lei injusta" que "dá mais lugares a quem tem
menos votos" na rua.
As
eleições foram convocadas pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, no
final de outubro, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da
Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont por
ter declarado unilateralmente a independência da região.
Jornal
de Notícias
Em
comentários
O
Sr Rajoy, como cobarde que é, tem medo e também mau perder.! O seu Partido
perdeu as eleições, como era de prever, a sua teimosia fez perder muito
dinheiro à Catalunha e ao Estado espanhol e continua casmurro! Porra que é
teimoso!
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