sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

PORTUGAL | Quando a mente nos mente


Ao mostrar desconfiança na justiça Angolana o Ministério Público mais não faz do que trazer ao de cima a convicção de que no seu seio residem, ainda, resquícios de educação colonial.

António Fernandes, Braga | Tornado | opinião

No PPD/PSD ganhou a eleição para a Presidência do Partido, Rui Rio. Alguém que prega o “centrão” como se fora uma solução política do presente, ainda, dando mostra de que na sua mente e dos que o seguem, residem resquícios de um tempo em que as políticas estruturantes eram geo-estratégicas, de controlo político-militar e económico, num tempo em que a distribuição da riqueza total produzida exige maior rigor na planificação da partilha global dos meios existentes.

Na cidade e no País, as correntes do pensamento que usam a incerteza sobre a vida para além da morte, fazem mossa. Uns, dizem os telejornais, gerem organizadamente adopção de menores em condições de irregularidade a crer na poeira que levantam. Outros gerem Paróquias por atacado de forma a que o “Rebanho” não debande, auspício de um novo reordenamento do território de acordo com as suas necessidades, indício de que, ainda, residem nos citados, resquícios de um poder legal que se lhes escapou com a transição política ocorrida mas que pensam ainda deter.

Estas evidências mostram ao cidadão comum que não é fácil virar páginas da História no actual contexto social em que se cruzam gerações com conhecimento diferente.

Anota-se a divergência de opinião e de vontade com a naturalidade possível e a capacidade da cognição que cada um tem em saber discernir o estádio mental das gerações em disputa pelo poder terreno e celestial também. Embora, o poder celestial que manda nas almas e que vive dos proventos com que as citadas colaboram directa e indirectamente tenha primazia uma vez que formata a matriz educativa para além dos media que carecem da notícia para o fazer. Os entretenimentos de massas são passivos por serem permeáveis a factores externos de ordem social que tem que ver com as condições de vida que a política nacional promove.

Neste cruzamento de interesses intergeracionais que colidem no espaço intracultural; intercultural; multicultural e outros, o Partido Socialista vai a votos em eleição interna para as diferentes Concelhias espalhadas pelo País. Uma diretiva estatutária que impõe prazo legal para o efeito a contar após eleições nacionais autárquicas. Sendo o partido no exercício do poder vigente é um alvo preferencial de todas as forças que se movimentam em redor com objectivos claros concorrenciais seja em que domínio for porque é o poder político quem governa e por isso dita as regras de um jogo de importância vital para a vida e, aquilo em que, para além dela, nos transformaremos. Nesta conjuntura é visível o posicionamento de todos os intervenientes sendo que uns têm maior influência do que outros e que por isso a tendência para manter o “status quo” é resquício, ainda, da máxima do poder:

”Eu quero. Posso. E mando!”

Ora, quando a mente nos mente por condição, circunstância ou outra coisa qualquer, há a necessidade no indivíduo de conciliação entre o inconsciente, o subconsciente e o consciente, de forma a ser mais racional e, em consequência, permitir à inteligência liberdade!

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