Do Diário de Notícias retiramos
peça elaborada pela Agência Lusa sobre as comemorações oficiais do 25 de Abril
em Lisboa. Extra Lusa, no PG, dividimos o texto em duas partes distintas no que
se refere às comemorações, a dos burgueses e a dos malteses.
Nisto influi o
sentir e os conceitos de muitos dos governados por aqueles que tantas vezes (demasiadas) não nos
representam no que interessa realmente ao país e ao povo apesar de terem sido
eleitos devido a imensas promessas e mentiras. Tal divisão nota-se
quotidianamente quando sentimos e dizemos “eles” e “nós”. Justamente. Se alguém
julga que “eles” sentem mal-estar por esse trato, está errado. Tanto assim é que não
corrigem as suas injustas decisões e comportamentos. Nas próximas eleições, e
nas outras, e nas outras, voltarão a prometer falsidades e a usar mentiras para
captar votos. “Eles” são assim. “Nós” aquiescemos, temerosos, cobardemente. (MM | PG)
25 Abril: 44 anos da Revolução
comemorados no parlamento e nas ruas de Lisboa
Os portugueses celebram hoje o
44.º aniversário do 25 de Abril, que em Lisboa vai ser assinalado com a
tradicional sessão solene no parlamento, a inauguração do jardim Mário Soares e
o desfile na Avenida da Liberdade.
25 DE ABRIL DOS BURGUESES
Pelas 10:00, o presidente da
Assembleia da República, Ferro Rodrigues, abrirá a sessão no hemiciclo, depois
de a Banda da GNR executar o Hino Nacional, nos Passos Perdidos, dando de
seguida a palavra aos representantes dos grupos parlamentares.
O primeiro a intervir será o
deputado único do PAN (Pessoas-Animais-Natureza), André Silva, depois será a
vez de José Luís Ferreira, pelo PEV, Paulo Sá, do PCP, Ana Rita Bessa, do
CDS-PP, Isabel Pires, do BE, Elza Pais, do PS, e Margarida Balseiro Lopes, do
PSD.
A sessão solene terminará com os
discursos de Ferro Rodrigues e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa. No final da sessão irá ouvir-se a canção de José Afonso "Traz outro
amigo também", interpretada pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da
Universidade de Coimbra.
Será a terceira vez que o chefe
de Estado discursará na sessão solene do 25 de Abril, ocasião que, em anos
anteriores, aproveitou para expressar preocupação com a vitalidade do sistema
político.
Do parlamento, Marcelo Rebelo de
Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Assembleia da
República seguirão para a zona sul do jardim do Campo Grande, onde será
inaugurado, pelas 13:00, o jardim Mário Soares. Na cerimónia de inauguração das
obras, que representaram um investimento de 1,2 milhões de euros, estará também
o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
25 DE ABRIL DOS MALTESES
Duas horas depois partirá do
Marquês de Pombal o tradicional desfile popular, organizado pela Associação 25
de Abril. Sob o lema "Abril de novo, com a força do povo", o desfile
seguirá até ao Rossio.
Este ano, às habituais presenças
do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e da coordenadora nacional do
BE, Catarina Martins, juntar-se-á o ex-ministro das Finanças do governo grego
liderado por Tsipras, em 2015, Yanis Varoufákis. Militares e polícias também
deverão participar no desfile popular, em protesto pelo "não
descongelamento" das carreiras.
Também à tarde, a partir das
15:15, o parlamento abre as portas ao público para visitas livres e atividades
culturais.
Pela primeira vez, os visitantes
vão poder circular entre o edifício da Assembleia da República e a residência
oficial do primeiro-ministro, espaços ligados por jardins comuns e, seguindo um
itinerário pré-definido, poderão conhecer alguns espaços do Palácio de São
Bento que habitualmente não estão abertos ao público.
Estão previstas atuações musicais
do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra e da Orquestra
Juvenil da Academia Musical dos Amigos das Crianças. Uma exposição sobre o
"Mosteiro de São Bento da Saúde: de casa religiosa a sede do
parlamento", que assinala os 400 anos do edifício onde hoje está sediada a
Assembleia da República, será uma das mostras patentes ao público no dia 25 de Abril.
Na residência oficial do
primeiro-ministro, os visitantes poderão ver a chaimite Bula, que foi comandada
pelo capitão Salgueiro Maia nas operações militares em 25 de Abril de 1974 e um
espaço dedicado ao Orçamento Participativo Portugal 2018.
A chaimite Bula, que também
transportou o último presidente do Conselho do Estado Novo, Marcello Caetano,
quando saiu do Quartel do Carmo após a rendição, estará estacionada nos jardins
de São Bento ao lado de um conjunto de fotografias de alguns dos momentos mais
marcantes do dia da revolução.
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