O alto valor estimado para
atualizar o arsenal nuclear norte-americano é equivalente a aproximadamente 6%
do orçamento direcionado à defesa dos EUA.
Isso se deve ao fato de que os
EUA planeiam gastar a quantia astronómica de aproximadamente US$ 500 biliões
(R$ 1,8 trilião) durante a próxima década.
O Congresso deve fazer estimativas para as forças
nucleares do país para os 10 anos seguintes a cada dois anos, segundo a lei.
Entretanto, a quantia representa
um aumento de mais de 23% desde a última estimativa, realizada em 2017, quando
a estimativa era de US$ 400 biliões (R$ 1,47 trilião).
A diferença entre os valores se
deve ao fato de que anteriormente o governo americano não pretendia aumentar os
custos relacionados aos armamentos nucleares.
O membro republicano do comité
para as Forças Armadas, Mac Thornbery, admitiu que o custo poderá ser
motivo de conflito com os democratas, mas ressaltou que a modernização nuclear
valia esse custo, segundo o portal Defense News.
"Eu acredito que todas
as estimativas anteriores previam que isso não somaria mais do que 7% do
orçamento da defesa e, do meu ponto de vista, é nisso que nossos esforços de
defesa estão baseados", disse Thornberry, enfatizando que ele não tem
dúvidas "que esse será um tópico que todos discutirão neste ano".
Além disso, os EUA também
pretendem realizar algumas mudanças em seu arsenal nuclear, conforme a Revisão
da Postura Nuclear.
Estas mudanças incluem o
desenvolvimento de um míssil balístico de baixa potência lançado por submarino,
o desenvolvimento de um novo míssil de cruzeiro naval e o aumento da produção
de plutónio. Apesar disso, não está claro como esses novos programas se desenvolverão
e com que velocidade.
Conforme a repartição dos custos,
US$ 234 biliões (R$ 860 biliões) serão gastos em sistemas estratégicos de
transporte de armas nucleares e armamentos, incluindo submarinos.
Já US$ 15 biliões (R$ 55 biliões)
são destinados a sistemas nucleares táticos de transporte e armamentos,
incluindo aeronaves táticas para transporte dessas armas, além de US$ 106 biliões
(R$ 390 biliões) destinados aos laboratórios de armamentos nucleares do
Departamento de Energia e novas instalações de produção.
Outros US$ 77 biliões (R$ 283 biliões)
serão direcionados ao comando, controle, comunicações e sistemas de alerta
nucleares, utilizados para coordenar qualquer ação nuclear.
Os US$ 62 biliões (R$ 227 biliões)
restantes serão destinados aos custos adicionais que podem ocorrer entre 2019 e
2028, caso os custos dos programas nucleares excedam os valores iniciais.
Sputnyk | Foto: AFP / Brendon Smialowski
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