Em entrevista ao Democracy Now,
Noam Chomsky afirmou que “a prisão de Assange é escandalosa em vários aspetos”.
Um deles é o papel de vários governos no sentido de silenciar o ciberativista. Outro é o controlo que os EUA têm sobre o que se passa noutras partes do mundo.
Países como os Estados Unidos da
América, o Reino Unido, o Equador ou a Suécia uniram esforços para “silenciar
um jornalista que estava a produzir materiais que as pessoas no poder” não
queriam que fosse do conhecimento do público em geral, afirmou o ativista
político norte-americano.
“Esse é o tipo de coisa, o tipo
de escândalo, que acontece, infelizmente, de novo e de novo”, frisou.
Chomsky deu o exemplo também da
prisão de Lula, condenado a um “confinamento solitário, essencialmente uma
sentença de morte, 25 anos de prisão, proibido de ler jornais ou livros e,
crucialmente, impedido de fazer uma declaração pública - ao contrário dos
assassinos em massa no corredor da morte”.
“Isso, a fim de silenciar a
pessoa que provavelmente venceria a eleição. Ele é o prisioneiro político mais
importante do mundo. Ouvimos alguma coisa sobre isso?”, questionou.
De acordo com o linguista e
filósofo, “Assange é um caso similar”, é alguém que tem de ser silenciado.
Avançando ainda com o exemplo da prisão de Antonio Gramsci, pelo governo
fascista de Mussolini, Chomsky assinalou que “Isso é Assange. Esse é o Lula.
Existem outros casos. Esse é um escândalo”.
O que também é “chocante” no
entender de Noam Chomsky é “o alcance extraterritorial dos Estados Unidos”, o
controlo que o país tem sobre o que os outros estão a fazer noutras partes do
mundo.
“É uma situação estranha” que
acontece a todo o momento, realçou.
Sem comentários:
Enviar um comentário