Em encontro com Putin na Rússia,
líder norte-coreano pede trabalho conjunto para desnuclearização
Reunião inédita entre Putin e Kim
Jong-un ocorreu no campus da Universidade Federal do Distante Oriente, em
Vladivostok, próximo à fronteira norte-coreana
Em uma reunião inédita realizada
na quinta-feira (25/04), o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, pediu ao
presidente da Rússia, Vladimir Putin, esforços conjuntos para tentar melhorar
as relações com os Estados Unidos e encontrar formas de resolver a questão da
desnuclearização da Península Coreana.
A reunião entre os líderes
ocorreu no campus da Universidade Federal do Distante Oriente, na Ilha Russky,
em Vladivostok, próximo à fronteira norte-coreana. No início da cúpula, Putin
afirmou que a visita de Kim também servirá para os líderes desenvolverem as
relações bilaterais.
Kim, por sua vez, ressaltou a
importância de um trabalho em conjunto para tratar a desnuclearização. "A
situação na península Coreana é de grande interesse para toda a comunidade
internacional. Espero que nossas conversas sejam um evento importante para
avaliarmos essa situação em conjunto, trocarmos pontos de vista sobre a
situação e como resolver esse problema juntos", disse o líder
norte-coreano ao russo.
Após quase duas horas de reunião,
o presidente russo classificou o momento como "substancial" e
explicou que ambos falaram, "é claro, sobre a situação na península
coreana", trocaram "opiniões sobre o que precisa ser feito para que a
situação tenha perspectivas de melhora".
Além disso, Putin agradeceu ao
norte-coreano por visitar a Rússia, país o qual Kim classificou como
"amigável" e "grande vizinho". "Espero que nossas
negociações continuem da mesma forma, de maneira útil e construtiva",
acrescentou.
O encontro acontece após o fracasso
da cúpula entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Hanói,
no Vietnã, em fevereiro, que paralisou as negociações para a desnuclearização
da península Coreana. Essa é a primeira viagem oficial de Kim ao território
russo desde que chegou ao poder, em dezembro de 2011.
Opera Mundi | Com Ansa |
Imagem: Michael Coghlan/FlickrCC
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