Presidente do Conselho das
Mulheres, mostrou-se preocupada com "tensão política" na
Guiné-Bissau. Francisca Vaz, notou que Presidente Mário Vaz lhe garantiu que
vai nomear Domingos Simões Pereira como primeiro-ministro.
Em declarações aos jornalistas à
saída de um encontro, esta terça-feira (21.05), com o Presidente guineense,
José Mário Vaz, a líder das mulheres facilitadoras do diálogo, Francisca Vaz
disse ter transmitido ao chefe do Estado a preocupação de que é urgente a
nomeação de um primeiro-ministro e consequente formação de um novo
Governo.
"Até hoje não temos um
Governo. Viemos cá precisamente pedir ao Presidente, mais uma vez, que tome a
decisão, como primeiro magistrado deste país, para o mais rápido possível nomear
um primeiro-ministro", afirmou Francisca Vaz à saída do Palácio da
Presidência, em Bissau.
Presidente garante que vai nomear
DSP
A líder das mulheres
facilitadoras, uma plataforma que junta mulheres de várias franjas sociais
guineenses, notou que José Mário Vaz lhes garantiu que vai nomear Domingos
Simões Pereira, na qualidade do presidente do partido vencedor das legislativas
de 10 de março, mas não disse quando.
"Voltou a confirmar-nos
nesta reunião que não põe em causa a figura de quem deve ser nomeado
primeiro-ministro, que é Domingos Simões Pereira, enquanto presidente do
partido vencedor das eleições, PAIGC", sublinhou "Zinha" Vaz.
A dirigente afirmou ter patenteado ao
Presidente guineense a satisfação das mulheres pela garantia de que vai nomear
Domingos Simões Pereira, enquanto líder do partido vencedor das eleições, mas
disse ter insistido na urgência dessa nomeação.
José Mário Vaz tranquilizou as
mulheres, dizendo-lhes que está a trabalhar, acrescentou.
"Fizemos ver ao Presidente
que estamos muito preocupadas e não queremos ver mais violência na rua",
observou a líder do conselho das mulheres facilitadoras do diálogo na
Guiné-Bissau.
Francisca Vaz notou por outro
lado, que a sua organização não volta a contactar os partidos políticos por
entender que a resolução do impasse depende exclusivamente do Presidente do
país.
Greve geral em curso
Entretanto, os funcionários
públicos do país iniciaram nesta terça-feira (21.05) a terceira ronda de greve,
que vai decorrer até quinta-feira, para exigir ao Governo o cumprimento do
caderno reivindicativo e o aumento do salário mínimo para cerca de 150 euros.
À greve convocada pelas duas
centrais guineenses - União Nacional dos Trabalhadores da Guiné e Confederação
Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau - juntaram-se também os
funcionários da Empresa de Águas e Eletricidade da Guiné-Bissau (EAGB). O
secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau, Júlio
Mendonça, disse que os serviços mínimos vão continuar a ser garantidos,
incluindo no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.
Os funcionários públicos
guineenses exigem também a implementação do decreto-lei de outubro de 2012
sobre a avaliação e desempenho da Administração Pública e a conclusão do
processo de aprovação do novo Código de Trabalho.
As greves convocadas pelas
centrais sindicais do país acontecem na altura em que o país vive mais um
impasse político relativo à indigitação do futuro primeiro-ministro e nomeação
do novo Governo.
Agência Lusa, bd | Deutsche Welle
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