O primeiro-ministro já entregou
ao ex-Presidente do país a composição do futuro Governo, aguardando-se a sua
nomeação. Supõe-se que o ex-Presidente José Mário Vaz tenha feito algumas
exigências, entretanto recusadas.
Oficialmente o mandato do
Presidente guineense terminou neste domingo (23.06.), sem que tenha nomeado o
novo Governo resultante das eleições legislativas de 10 de março passado.
Acredita-se que o Presidente
cessante José Mário Vaz terá solicitado algumas pastas ministeriais, as
chamadas "Pastas da Soberania", pedido prontamente recusado pela nova
maioria parlamentar que vai formar o Governo.
Em declarações aos jornalistas,
Muniro Conte, conselheiro de imprensa do primeiro-ministro, confirmou que o
ex-Presidente já recebeu a composição do futuro Governo, mas não reagiu.
"A orgânica foi
submetida ao chefe de Estado e está a aguardar-se a possibilidade de ainda hoje
(23.06.) ser emitido o decreto", esperava Muniro Conte, mas tal
não aconteceu.
O conselheiro de imprensa do
primeiro-ministro lembra que a Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental, CEDEAO, tinha dado ao ex-Presidente um prazo de até antes da
meia-noite deste domingo (23.06.) para nomear e empossar o Governo.
"O Presidente da República
tinha que dar posse ao novo primeiro-ministro, depois proceder-se-á a nomeação
por decreto presidencial do novo Governo e ato subsequente seria a tomada de
posse para concluir o roteiro", explica Conté.
José Mário Vaz, que cumpriu neste
domingo (23.06.) cinco anos como Presidente da Guiné-Bissau, apenas marcou as
eleições presidenciais para 24 de novembro, ato que deveria ter acontecido há
três meses, e só nomeou no sábado (22.06.) Aristides Gomes como
primeiro-ministro.
Braima Darame| Deutsche Welle
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