quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Portugal dos camionistas | ANTRAM desafiada pelo sindicato a "sentarem-se à mesa"


O anúncio desta manhã de que os motoristas iam parar e não prestariam serviços mínimos, decisão tomada em plenário e aprovada por unanimidade, segundo Pardal Henriques, não se verificou na plenitude. Há camiões a proceder ao fornecimento de combustíveis um pouco por todo o país, sem algumas falhas.

Das declarações de Pardal Henriques surge então o desafio que fez à ANTRAM para se “sentarem à mesa amanhã, quinta-feira. Da ANTRAM ainda não se conhece resposta.

Do Notícias ao Minuto extraímos para o PG as declarações do ministro Matos Fernandes e o secretário de estado João Galamba em conferência de imprensa marcada para as passadas 13:00 horas. Desde essa hora até agora eis o que por parte do governo foi atualizado e também o que por parte do representante dos grevistas foi anunciado. A seguir. 

Redação PG


Sindicato desafia ANTRAM para se sentarem 'à mesa' amanhã

Decorre esta quarta-feira o terceiro dia de greve dos motoristas, numa paralisação por tempo indeterminado e depois de o Governo ter aprovado uma requisição civil parcial, logo no primeiro dia da paralisação.

O terceiro dia de greve começou agitado, com o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, a anunciar que os trabalhadores não vão cumprir os serviços mínimos, nem a requisição civil. 


Também na terça-feira o sindicato denunciou a troca de combustível em descargas feitas por militares das Forças Armadas e da GNR, uma situação desconhecida pelo regulador do setor energético

Acompanhe, ao minuto, os desenvolvimentos mais recentes da greve:

16h09 - Pardal Henriques quer terminar com a "palhaçada" e lança um desafio à ANTRAM. O líder sindicalista quer sentar-se 'à mesa' amanhã, às 15h, na DGERT. O SNMMP está disponível para negociar, mas, para já, não cancela a greve. 

16h06 - Pardal Henriques critica reação do Governo: "Mais uma vez os ministros insistem uma requisição civil que é ilegal", reage Pardal Henriques, no seguimento das declarações do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, sobre a possibilidade de a requisição civil vir a ser alargada. "É acabar com o direito à greve", acrescentou. 

Questionado sobre a possibilidade de não terem sido cumpridos os serviços mínimos, Pardal Henriques disse apenas que os trabalhadores decidiram que "se um iria preso, então iriam todos", fez saber. 

"Temo pelo direito laboral de todos os portugueses. O que está aqui a ser feito é um tubo de ensaio quanto ao que pode ser feito em relação às próximas greves", disse ainda Pardal Henriques. 

15H38 - Há mais de cinco centenas de postos sem gasolina. E o gasóleo? A esta hora, há 575 postos de abastecimento sem gasolina, 818 postos sem gasóleo e, ainda, 68 sem GPL, de acordo com os dados da plataforma 'Já Não Dá Para Abastecer', da VOST Portugal, onde é possível ir verificando a atualizaçãocontínua do cenário dos postos de abastecimento.

14h05 - Confrontado com a possibilidade, admitida pelo ministro Augusto Santos Silva, O ministro do Ambiente disse que a decisão de alargar a requisição civil será tomada ao final do dia, indicando que a situação "mais preocupante" de incumprimento se regista em Aveiras de Cima, no distrito de Lisboa. "A avaliação dos serviços mínimos não se faz de hora a hora".

13h30 - O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, acompanhado pelo secretário de Estado João Galamba, voltou a falar aos jornalistas, garantindo desde logo que "houve serviços mínimos até às 7h00". Mas entre as "7h e as 10h foram afetados".

Neste momento, anunciou o governante, há "nove equipas das Forças Armadas a fazer o transporte de combustível para o Aeroporto de Lisboa", mas sobre balanços "só no final do dia será possível fazer". Ainda assim, Matos Fernandes revelou que há "um caso grave de incumprimento" que aconteceu no transporte de Loulé para aeroporto de Faro, "os seis camiões faltaram todos aos trabalho".

Matos Fernandes assegurou ainda que "83% postos" da rede REPA "têm todos os combustíveis" e que há no país "197 postos vazios". Porém, reforçou, "da rede REPA não existe nenhum".

Beatriz Vasconcelos | Notícias ao Minuto | Foto de topo: Pardal Henriques / Global Imagens

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