O anúncio desta manhã de que os
motoristas iam parar e não prestariam serviços mínimos, decisão tomada em plenário
e aprovada por unanimidade, segundo Pardal Henriques, não se verificou na
plenitude. Há camiões a proceder ao fornecimento de combustíveis um pouco por
todo o país, sem algumas falhas.
Das declarações de Pardal
Henriques surge então o desafio que fez à ANTRAM para se “sentarem à mesa amanhã,
quinta-feira. Da ANTRAM ainda não se conhece resposta.
Do Notícias ao Minuto extraímos
para o PG as declarações do ministro Matos Fernandes e o secretário de estado
João Galamba em conferência de imprensa marcada para as passadas 13:00 horas.
Desde essa hora até agora eis o que por parte do governo foi atualizado e também
o que por parte do representante dos grevistas foi anunciado. A seguir.
Redação
PG
Sindicato desafia ANTRAM para se
sentarem 'à mesa' amanhã
Decorre esta quarta-feira o
terceiro dia de greve dos motoristas, numa paralisação por tempo indeterminado
e depois de o Governo ter aprovado uma requisição civil parcial, logo no
primeiro dia da paralisação.
O terceiro dia de greve começou
agitado, com o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas
de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, a anunciar que os
trabalhadores não vão cumprir os serviços mínimos, nem a requisição civil.
Isto acontece depois de o Governo
ter dito que 14
trabalhadores não cumpriram a requisição civil, apesar de os serviços
mínimos terem sido "genericamente cumpridos".
Também na terça-feira o sindicato
denunciou a troca de combustível em descargas feitas por militares das
Forças Armadas e da GNR, uma
situação desconhecida pelo regulador do setor energético.
Acompanhe, ao minuto, os
desenvolvimentos mais recentes da greve:
16h09 - Pardal Henriques quer
terminar com a "palhaçada" e lança um desafio à ANTRAM. O líder sindicalista quer
sentar-se 'à mesa' amanhã, às 15h, na DGERT. O SNMMP está
disponível para negociar, mas, para já, não cancela a greve.
16h06 - Pardal Henriques critica reação do
Governo: "Mais uma vez os ministros insistem uma requisição civil que
é ilegal", reage Pardal Henriques, no seguimento das declarações do
ministro do Ambiente, Matos Fernandes, sobre a possibilidade de a requisição
civil vir a ser alargada. "É acabar com o direito à greve",
acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade
de não terem sido cumpridos os serviços mínimos, Pardal Henriques disse apenas
que os trabalhadores decidiram que "se um iria preso, então iriam
todos", fez saber.
"Temo pelo direito laboral
de todos os portugueses. O que está aqui a ser feito é um tubo de ensaio quanto
ao que pode ser feito em relação às próximas greves", disse ainda Pardal
Henriques.
15H38 - Há mais de cinco
centenas de postos sem gasolina. E o gasóleo? A esta hora, há 575 postos
de abastecimento sem gasolina, 818 postos sem gasóleo e, ainda, 68 sem GPL,
de acordo com os dados da plataforma 'Já Não Dá Para Abastecer', da VOST Portugal,
onde é possível ir verificando a atualizaçãocontínua do cenário dos postos
de abastecimento.
14h05 - Confrontado com a
possibilidade, admitida pelo ministro Augusto Santos Silva, O ministro do
Ambiente disse que a decisão de alargar a requisição civil será tomada ao
final do dia, indicando que a situação "mais preocupante" de
incumprimento se regista em Aveiras de Cima, no distrito de
Lisboa. "A avaliação dos serviços mínimos não se faz de hora a hora".
13h30 - O ministro do
Ambiente, Matos Fernandes, acompanhado pelo secretário de Estado João Galamba,
voltou a falar aos jornalistas, garantindo desde logo que "houve serviços
mínimos até às 7h00". Mas entre as "7h e as 10h foram afetados".
Neste momento, anunciou o
governante, há "nove equipas das Forças Armadas a fazer o transporte de
combustível para o Aeroporto de Lisboa", mas sobre balanços "só
no final do dia será possível fazer". Ainda assim, Matos Fernandes revelou
que há "um caso grave de incumprimento" que aconteceu no
transporte de Loulé para aeroporto de Faro, "os seis
camiões faltaram todos aos trabalho".
Matos Fernandes assegurou ainda
que "83% postos" da rede REPA "têm todos os combustíveis" e
que há no país "197 postos vazios". Porém, reforçou, "da rede
REPA não existe nenhum".
Beatriz Vasconcelos | Notícias ao Minuto | Foto de topo: Pardal Henriques / Global Imagens
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