São Tomé e Príncipe, está
localizado no meio do Golfo da Guiné. Uma posição geográfica estratégica numa
região rica em petróleo e outros recursos naturais.
Há cerca de duas décadas que as
autoridades projectam o desenvolvimento do arquipélago, como uma plataforma de
prestação de serviços na região do Golfo da Guiné.
Uma região marítima que no
entanto se transformou nos últimos anos, na mais insegura do mundo. O anúncio
do Golfo da Guiné como sendo o epicentro da pirataria marítima mundial, foi
feito na última quinta – feira pelo Centro de Informação sobre Pirataria do
Bureau Marítimo Internacional(BMI).
Noel Choong, responsável do
Bureau Marítimo Internacional, disse a imprensa internacional que a região do
golfo da Guiné regista 72% dos sequestros no mar ocorridos em todo mundo. Mais
ainda, 92% de tripulantes de navios feitos reféns por piratas, são registados
no golfo da Guiné.
O BMI, explica que a pirataria
marítima marcada por ataques contra navios e o sequestro de tripulantes e
passageiros, duplicou no Golfo da Guiné durante o ano 2018, em comparação com o
ano 2017.
No ano 2018 o mundo registou o
sequestro de 6 navios mercantis. Todos aconteceram no golfo da Guiné. O Bureau
Marítimo Internacional, registou 18 navios que foram alvos de de ataques de
piratas, tendo sido alvos de disparos. Deste total, 13 casos foram registados
no Golfo da Guiné, onde se localiza o arquipélago de São Tomé e Príncipe.
No passado dia 15 de Agosto,
quinta – feira, os piratas deram ao mundo mais uma demonstração de que a
insegurança marítima no golfo da Guiné continua a crescer no ano 2019.
Dois navios comerciais que
navegavam no Golfo da Guiné, foram atacados. O primeiro a ser atacado foi um
navio, com bandeira das Antigua e Barbados, e pertencente a uma empresa alemã.
O Jornal francês Le Monde, que publicou um artigo da Agência France Press, dá conta que o segundo ataque ocorreu em curto espaço de tempo. Os piratas apoderaram-se de uma embarcação de bandeira liberiana cujo armador é uma empresa da Grécia.
Ambos os ataques piratas,
ocorreram ao largo da cidade camaronesa de Douala, onde se localiza o maior
porto dos Camarões. Nas duas operações os piratas sequestram 9 marinheiros de
nacionalidade chinesa, e 8 de nacionalidade ucraniana.
Noel Chong, do Bureau Marítimo
Internacional, disse que a instituição, «emitiu um comunicado de alerta a todos
os navios que navegam na região no sentido de reforçarem as medidas de
segurança».
As autoridades camaronesas
suspeitam que os piratas que interceptaram as duas embarcações são cidadãos
nigerianos.
O BMI, também denunciou que a
maioria dos ataques piratas que ocorrem ao largo do porto de Douala, região
fronteiriça entre a Nigéria e os Camarões, é realizada por piratas Nigerianos.
Segundo o Bureau Marítimo Internacional, os piratas atacam os navios, sequestram os membros da tripulação, para depois exigirem o pagamento do resgate.
São Tomé e Príncipe localizado no
meio do turbilhão da pirataria marítima do Golfo da Guiné, ainda não perdeu
nenhum navio comercial, (aliás não tem), para os piratas. Mas os piratas
circulam pela região.
O BMI, diz que as acções dos
piratas são mais constantes ao largo das costas da Nigéria e dos
Camarões(vizinhos próximos de São Tomé e Príncipe), assim como da Guiné
Conacry, Togo e Benin.
Abel Veiga | Téla
Nón
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