A decisão dos EUA de enviar mais
militares para o Oriente Médio após o ataque contra as instalações petrolíferas
da Arábia Saudita confirma que foram os EUA quem organizou isso, afirmam
deputados russos.
O membro do Comité de Defesa da
Duma (câmara baixa do Parlamento) da Rússia, Aleksandr Sherin, afirmou que, por
detrás dos ataques de drones contra as instalações petrolíferas da
Saudi Aramco, estiveram os EUA, que querem obter o controle sobre o petróleo da
Arábia Saudita.
Antes, os EUA acusaram o Irã do
ataque contra a infraestrutura petrolífera da Arábia Saudita, tendo os iranianos
negado todas as alegações. Depois, o secretário da Defesa dos EUA, Mark Esper,
afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, tinha aprovado o envio de militares adicionais para o Médio Oriente devido ao suposto ataque do Irão contra a Arábia Saudita.
"Agora está confirmado a cem
por cento que, por detrás desses ataques, estiveram os EUA, para usar esse
motivo e lá introduzir um contingente limitado... Agora o objetivo principal é
o controle sobre o petróleo saudita", disse Sherin.
Ele relembrou que a tentativa
anterior de obter o controle sobre o petróleo da Venezuela falhou e que agora
os EUA tentam realizar esse plano no Oriente Médio, realizando a "operação
absurda dos drones".
Consequências da presença militar
dos EUA no Oriente Médio
O presidente do Comité de
Relações Exteriores do Senado da Rússia, Konstantin Kosachev, disse em uma
entrevista à Sputnik que a decisão dos EUA de enviar militares adicionais para
o Oriente Médio aumentará as tensões e o risco de escalada de conflitos na
região.
"Com certeza, mais uma vez,
o que os EUA acreditam ser um fator de estabilidade - o aumento de sua presença
militar muito além dos limites dos Estados Unidos – é, na verdade, como sempre,
fator de agravamento de tensões e de risco de escalada de conflitos e cenários
imprevisíveis", disse Kosachev.
Segundo o deputado, o envio de
tropas estadunidenses para o Oriente Médio mostra o verdadeiro objetivo de
Donald Trump, que ele perseguia, "ao exacerbar as paixões em torno do que
está acontecendo na região".
Sputnik | Foto: © AFP 2019 /
Johannes Eisele
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