Tomou posse um novo Governo na
Guiné-Bissau, liderado por Faustino Imbali. Executivo não é reconhecido pela
comunidade internacional.
O novo Governo guineense
anunciado esta quinta-feira (31.10) pelo Presidente do país, José Mário Vaz,
inclui três ministros de Estado, entre os quais Aristides Ocante da Silva,
indicado para a pasta dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das
Comunidades.
Os outros ministros de Estado são
Jorge Mandinga, que ocupa a pasta da Presidência do Conselho de Ministros e
Assuntos Parlamentares, e Certorio Bioté, que tutela os Recursos Naturais e
Energia.
Ocante da Silva é dirigente do
Movimento para a Alternância Democratica (MADEM-G15), Jorge Mandinga, da
Assembleia do Povo Unido, Partido Social-Democrata da Guiné-Bissau (APU - PDGB)
e Certorio Bioté, o atual presidente em exercício do Partido da Renovação
Social (PRS).
17 ministérios, 14 secretarias de
Estado
No novo elenco destacam-se ainda
o ex-primeiro-ministro Artur Sanhá, que entra para a pasta da Justiça e dos
Direitos Humanos, Eduardo Costa Sanhá, atual mandatário de José Mário Vaz
enquanto candidato às eleições presidenciais, que volta para a pasta da Defesa
e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, e Suca Intchamá que regressa para
dirigir o ministério do Interior.
Victor Mandinga (vulgo Nado
Mandinga) é novamente ministro da Economia e Finanças e Sola Nquilin é indicado
para liderar a Administração Territorial e o Poder Local.
O novo Governo conta com seis
mulheres: Celina Tavares, atual diretora-geral da Migração e Fronteiras, vai
chefiar o ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança
Social, e Mamai Barbosa será ministra da Mulher, Família e Solidariedade
Social.
A ativista social Helena Said foi
nomeada secretaria de Estado da Cooperação Internacional, a jornalista
Conceição Évora, indicada para liderar a secretaria de Estado da Juventude e
Desporto; Cornélia Man irá liderar a secretaria de Estado da Cultura; Mónica
Buaro, Ambiente e Biodiversidade, e Nhima Sissé, Turismo e Artesanato.
Comunidade internacional não
reconhece
O Presidente guineense, José
Mário Vaz, candidato às eleições presidenciais e cujo mandato terminou a 23 de
junho, demitiu na segunda-feira (28.10) o Governo liderado por Aristides Gomes
e nomeou no dia seguinte Faustino
Imbali como primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
A União Africana, a União
Europeia, a CEDEAO, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e as
Nações Unidas já condenaram a decisão do Presidente José Mário Vaz e disseram
que apenas reconhecem o Governo
saído das eleições legislativas de 10 de março, que continua em
funções.
A Guiné-Bissau tem presidenciais
marcadas para 24 de novembro e a segunda volta, caso seja necessária, vai decorrer
a 29 de dezembro.
Deutsche Welle | Agência Lusa, gcs
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