PARA ÁFRICA, HOJE JÁ É TARDE
DEMAIS!
Martinho Júnior, Luanda
1- Todos os indicadores sobre
África, ao invés de revelarem indício de algum renascimento, remetem-nos para
leituras crónicas que muito têm a ver com a inércia, a catástrofe e a morte.
Os indicadores integrados, que
abrangem sobretudo as questões de largo espectro relativas ao relacionamento do
homem com o ambiente que o cerca no espaço físico-geográfico continental, são
os mais críticos e conferem-nos uma certeza: África testemunha nas suas
próprias entranhas vitais a aceleração da degradação da Mãe Terra e torna-se no
mais incontrolável factor de desequilíbrio, à beira dum dramático abismo, onde
o futuro é apenas uma garantida aridez que tem tudo a ver com uma incandescente
catástrofe!
Vista a situação nesses termos, a
hegemonia nos seus propósitos de domínio “promoveu” em África uma
manipulada plataforma, que lhe permitirá garantir invulnerabilidade às suas
incomensuráveis capacidades de ingerência neocolonial em curso!