Quebra de sigilo bancário do
filho Flávio revelou envolvimento de 95 no esquema de “rachadinha”. Basta menos
da metade abrir a boca para investigação ligar os pontos entre família do
presidente, milícias e morte de Marielle
Gil Alessi, no El País Brasil | Outras Palavras
Pouco mais de cinco meses após o
nome do motorista Fabrício Queiroz vir à tona em um relatório do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras citado por movimentações atípicas, o primogénito do clã Bolsonaro, o senador Flávio, que até o final do ano passado
o empregava em seu gabinete na Assembleia do Rio, começou a sofrer uma profunda
devassa em suas contas bancárias. O Ministério Público do Estado pediu a quebra
do sigilo bancário do parlamentar por um período de dez anos (entre janeiro de
2007 e dezembro de 2018), alegando haver indícios de lavagem de dinheiro e da
operação de uma organização criminosa em seu gabinete — no total, 95 pessoas
terão suas contas reviradas, sendo que ao menos nove delas também atuaram em
algum momento com funcionários do atual presidente, segundo informações do
jornal O Globo, e duas delas são ligadas ao miliciano Adriano Magalhães da
Nóbrega, buscado pela polícia sob acusação de ser o chefe do grupo Escritório
do Crime, suspeito de ter ligação com o assassinato da vereadora Marielle
Franco.