segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Espanha | Pedro Sánchez: “Nem coligação, nem eleições”


“Existe uma terceira via: um programa progressista comum”

Em entrevista ao El País, primeiro-ministro ainda acredita convencer o Unidos Podemos

O presidente do Governo (primeiro-ministro) em exercício da Espanha, Pedro Sánchez, está confiante que o bloqueio em que se encontra a política espanhola será resolvido sem a necessidade de convocar novas eleições. Em uma conversa no palácio de La Moncloa na sexta-feira, Pedro Sánchez defendeu com determinação uma “terceira via”, um Governo baseado em um programa progressista comum, que permita não apenas a investidura, mas também uma legislatura estável, que será apresentado em Madri na próxima terça-feira. Sánchez argumenta que os 12 meses de cooperação parlamentar com o Unidas Podemos (UP) foram muito positivos e demonstraram que essa colaboração se traduziu em melhorias importantes para a vida dos cidadãos. Inclusive deu origem a um orçamento apoiado pelas duas formações. “As eleições de 28 de abril não foram consequência de desacordos entre o Partido Socialista e o Unidas Podemos, mas foram antecipadas por decisão do PP (Partido Popular)Cidadãos e dos grupos secessionistas catalães, que votaram juntos contra esse orçamento”, explica. O primeiro-ministro em exercício afirma que há tempo até 23 de setembro para negociar os pontos essenciais do programa progressista comum e lembra que em seus Governos sempre houve ministros independentes de eficácia comprovada. Ele não acredita que seja possível voltar a uma proposta de Governo de coalizão, como a que defende neste momento o Unidas Podemos, porque essa incorporação ficou totalmente descartada diante da convicção, fruto de conversas anteriores, de que seria um Governo sem coesão. Sánchez defende um Executivo progressista que não dependa das forças independentistas e lembra que neste momento estamos no nível mais baixo de apoio ao secessionismo desde 2017. “Não temos por que ir às eleições”, insiste, mas adverte que isso não depende apenas do PSOE. E caso se chegue a esse ponto, acredita que os eleitores votarão pela estabilidade e que essa estabilidade só pode ser proporcionada hoje pelo PSOE.

Itália | A anatomia do suicídio político de Matteo Salvini


O ministro do Interior italiano errou no momento e na forma de fazer cair o Governo de seu país, mas já havia uma operação em marcha para afastá-lo do poder

Matteo Salvini colocou bermuda em 5 de agosto e apareceu no Papeete Beach, um bar na beira da praia com dançarinas de maiô, house music e coquetéis na costa adriática. O ministro do Interior tirou a camiseta, pediu um mojito e se animou a botar o hino da Itália para tocar enquanto algumas garotas mexiam o corpo no palco. Seus spin doctors haviam lhe contado que ele tinha quase 38% de apoio nas pesquisas e uma influência descomunal nas redes sociais. Fez centenas de selfies, distribuiu abraços. Mas havia dias que um mau pressentimento o perseguia. “Estava atormentado. Il Capitano não falava com ninguém de seu círculo, nem com Lorenzo Fontana [ministro de Assuntos Europeus, também de bermuda], nem com Massimo Casanova [membro da Liga e dono do beach club]... Passou o dia olhando o celular. Todo ano ele vai a uma praia e faz algo assim... Mas desta vez tinha um humor lúgubre”, explica uma pessoa que esteve com ele e o conhece há 20 anos. Naquele dia, ele tomou uma decisão que propiciou algo parecido com um histórico suicídio político.

A anatomia do colapso de Salvini, o maior ciclone eleitoral da Itália recente e um político que ainda conserva o apoio nas ruas, é complexa demais para ser atribuída a um erro de cálculo, um acidente. Fazia meses que o líder da Liga tinha medo de terminar mal após um pacto entre o seu então sócio de Governo, o Movimento 5 Estrelas (M5S), e com o Partido Democrático (PD). Depois das eleições europeias, quando a Liga arrasou na Itália, o Governo dividiu-se em três blocos: o Executivo de Salvini; o de Luigi Di Maio; e outro formado pelo primeiro-ministro, Giuseppe Conte, o chanceler, Enzo Moavero Milanesi, o ministro da Economia, Giovanni Tria, e o próprio presidente da República, Sergio Mattarella. A partir do terceiro polo (mais institucional e próximo da União Europeia), explica um deputado do PD que presenciou as negociações, começou a ser planejada, de forma transversal, a chamada Operação Ursula [em alusão aos partidos que apoiaram a nova presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen]. Desconfiado por natureza, desta vez Salvini percebeu indícios reais.

Reino Unido: Johnson ameaça expulsar conservadores contrários a ele sobre o Brexit


Em semana decisiva para o processo de divórcio, primeiro-ministro britânico adverte que parlamentares de seu partido podem ser expulsos caso apoiem os esforços da oposição para impedir saída da UE sem acordo.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ameaçou nesta segunda-feira (02/09) expulsar os parlamentares do Partido Conservador que se unirem à oposição trabalhista e tentarem bloquear uma provável saída sem acordo do país da União Europeia (UE).

O aviso surge numa semana que deve ser decisiva para o processo do Brexit, enquanto algumas das principais figuras do partido governista se esforçam para encontrar um meio de impedir que Johnson force o chamado hard Brexit em 31 de outubro, quando se encerra o prazo dado por Bruxelas para evitar um cenário traumático para ambos os lados.

Johnson insiste em manter em aberto a opção do no deal (divórcio sem acordo com a UE), na tentativa de forçar Bruxelas a fazer concessões de última hora e aceitar um acordo que seja mais favorável economicamente ao Reino Unido.

A Alemanha luta por sua identidade


No aniversário da 2ª Guerra, populistas de direita obtiveram votações históricas no leste alemão. Um sinal de que a Alemanha ainda luta para definir que tipo de país deseja ser, opina a editora-chefe da DW, Ines Pohl.

Nas primeiras horas do dia 1° de setembro de 1939, os alemães deram início à Segunda Guerra Mundial ao atacarem a Polónia. O conflito deixou milhões de mortos, feridos, mulheres estupradas e refugiados – e um mundo que ainda sofre os efeitos da fúria destrutiva dos nazistas.

Exatamente 80 anos depois, um partido alemão que travou uma campanha com um programa repleto de ideias nacionalistas e teses racistas está celebrando resultados de dois dígitos. O Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve neste domingo nos estados da Saxónia e de Brandemburgo seus melhores resultados em nível estadual  desde a fundação da legenda.

Em apenas alguns anos, a agremiação conseguiu deixar o papel de pequena legenda marginal para se tornar a segunda maior força nos parlamentos desses dois estados. Não é suficientemente tranquilizador que os populistas de direita não tenham sido bem-sucedidos em conquistar a primeira posição na Saxónia, como chegaram a prever algumas pesquisas.

Pelos direitos do povo da Caxemira!


Segundo uma resolução da ONU datada de 1947, a população local deveria decidir o futuro da Caxemira por meio de um plebiscito acerca da independência do território. Tal plebiscito nunca aconteceu.

António Abreu | AbrilAbril | opinião

1. Desde que o novo primeiro-ministro Narendra Modi foi eleito, ficou claro que actuaria numa linha dura, nomeadamente contra as aspirações dos caxemires, tendo-se então manifestado politicamente próximo de Trump e de Netanyahu, ambos abertamente anti-muçulmanos.

Com uma alteração constitucional, Modi acabou por voltar a permitir aos não-caxemires, aos não muçulmanos, comprarem terras nesse estado, dificultando uma futura negociação com o Paquistão, tal como Israel fez com os seus colonos em território palestino.

Mais de 100 mortos em novo massacre saudita no Iémen


A Arábia Saudita levou a cabo vários ataques aéreos, este domingo, contra uma prisão na província de Dhamar onde eram mantidos prisioneiros de guerra, matando mais de 100 pessoas.

O número de mortos, apontado pelo Ministério iemenita da Saúde e pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, pode chegar aos 150, uma vez que muitos corpos se encontram ainda sob os escombros, disse um representante do Ministério ao Middle East Eye (MEE).

A mesma fonte precisou que os caças sauditas realizaram sete ataques aéreos contra os três edifícios de uma antiga escola transformada em prisão, onde o movimento Huti Ansarullah tinha sob custódia 185 prisioneiros, incluindo alguns que iriam ser libertados no âmbito de um acordo alcançado com as forças da coligação agressora.

«Foram atingidos os três edifícios, em cujo interior se encontravam 185 prisioneiros, e todos foram mortos ou feridos», disse ao MEEuma fonte ligada aos serviços de saúde em Dhamar, no Sudoeste do Iémen, acrescentando: «Quando os sauditas atacam um edifício, é certo que todos lá dentro se tornaram baixas.»

A mesma fonte revelou que, entre os mortos e feridos, se encontram os guardas prisionais, e, referindo que o número de mortos confirmados já superava os 100, disse esperar que «o número suba para 150 nas próximas horas, uma vez que há feridos em estado crítico que não podem receber o tratamento necessário em Dhamar ou Sana’a».

«A destruição do sistema de saúde é outro crime saudita, porque as pessoas feridas não têm possibilidade de receber tratamento adequado», frisou.

Siga o dinheiro por detrás dos protestos em Hong Kong


Os EUA e a antiga potência colonial, a Grã-Bretanha, organizam, financiam e incentivam os protestos em Hong Kong. Mobilizam sobretudo uma juventude cujas condições de vida são difíceis. O tratado de devolução de Hong Kong à República Popular da China consagrou o princípio “Um país, Dois sistemas”. E o sistema que degrada as condições de vida de Hong Kong é precisamente o que vigora nos EUA e na Grã-Bretanha.


As manifestações em Hong Kong, agora um confronto aberto com a República Popular da China, têm um impacto global. Quais são as forças por detrás desse movimento? Quem fornece os fundos e quem pode beneficiar?

As manifestações cada vez mais violentas em Hong Kong são completamente adoptadas e entusiasticamente apoiadas nos media corporativos dos EUA e em todos os partidos políticos imperialistas nos EUA e na Grã-Bretanha. Isto deveria constituir um sinal de perigo para todos que lutam pela mudança e pelo progresso social. O imperialismo dos EUA nunca é desinteressado ou neutro.

As acções disruptivas envolvem manifestantes com capacete e máscara, usando bombas de gasolina, tijolos em chamas, fogo posto e barras de aço, ataques aleatórios a autocarros, e bloqueios massivos de aeroportos e transportes. Entre os actos mais provocatórios houve uma invasão organizada do parlamento de Hong Kong, onde “activistas” vandalizaram o edifício e penduraram a “Union Jack”, a bandeira britânica.

As bandeiras coloniais dos EUA, da Grã-Bretanha e de Hong Kong são destaque nesses confrontos, juntamente com bandeiras e outros símbolos da China popular desfigurados.

O New York Times descreveu o bloqueio do aeroporto: “Os protestos no aeroporto foram profundamente tácticos pois o movimento, em grande parte desprovido de líderes, ataca uma artéria econômica vital. O Aeroporto Internacional de Hong Kong, inaugurado em 1998, um ano após a China recuperar o território da Grã-Bretanha, serve como porta de entrada para o resto da Ásia. Elegante e bem administrado, o aeroporto acomoda quase 75 milhões de passageiros por ano e movimenta mais de 5,1 milhões de toneladas de carga. ”(14 de Agosto)

Os media dos EUA rotulam consistentemente essas ações violentas de “pró-democracia”. Mas sê-lo-ão?

Mesmo que os líderes dessas ações reaccionárias decidam recuar e recalibrar as suas tácticas, com base nas fortes advertências do governo chinês, é importante entender um movimento que tem um tão forte apoio dos EUA.

Portugal | É FARTAR VILANAGEM!


Já é conhecida a lista dos ex-políticos que recebem subvenções vitalícias

COM LISTA DE ACESSO... FINALMENTE!

Há mais de 318 ex-políticos e juízes do Tribunal Constitucional a receber subvenções estatais vitalícias. A lista conta com nomes como José Sócrates e Manuel Maria Carrilho.

Caixa Geral de Aposentações divulgou, esta segunda-feira, a lista dos ex-políticos e juízes que recebem uma subvenção vitalícia. A lista volta agora a estar disponível publicamente - após uma decisão do Conselho de Ministros -, depois de anos sem ser divulgada.

No total, o Estado despende pelo menos 463 mil euros em subvenções ativas pagas na totalidade, às quais acrescem um valor não especificado para as pensões pagas parcialmente.

A lista conta com subvenções pagas a 318 ex-políticos e juízes do Tribunal Constitucional, que podem ir desde os 883 até aos 13.607 euros por mês.

O nome na lista com a subvenção mensal mais alta é Vasco Joaquim Rocha Vieira, antigo ministro da República para os Açores e o último governador de Macau, a quem é atribuída, desde julho de 2000, uma pensão de 13.607,21 euros (o documento indica, contudo, que foi aplicada uma redução parcial a esta quantia, embora não detalhe o valor da mesma).

No entanto, o beneficiário com a maior subvenção vitalícia ativa e paga na totalidade é Carlos Melancia, ex-ministro da Indústria e Tecnologia e antigo governador de Macau, que aufere 9.727,42 euros mensalmente.

De acordo com a informação divulgada pela Caixa Geral de Aposentações, há 209 subvenções que estão a ser pagas na totalidade, 18 que foram parcialmente reduzidas, 47 que sofreram redução total e 44 que estão suspensas.

As subvenções mensais vitalícias podem ser suspensas caso o beneficiário assuma um cargo público ou político remunerado (durante o período em que exercer funções) ou se assumir uma atividade privada com determinada remuneração. É o caso de nomes como Manuel Alegre, Manuel Maria Carrilho, Adriano Moreira, Carlos Costa Neves, Basílio Horta e Carlos César.

A nova lista de beneficiários das subvenções conta com menos nomes do que aquela que foi divulgada publicamente pela última vez, em 2016, mas integra quatro novos nomes. Miguel Macedo, o ex-ministro da Administração Interna, Alberto Martins, ex-ministro da Justiça, Adão Silva, ex-deputado do PSD, e José Cesário, ex-deputado do PSD (embora as pensões dos dois ex-deputados do PSD se encontrem suspensas de momento).

Na lista divulgada surge ainda o nome do ex-primeiro ministro José Sócrates, que recebe, desde junho de 2016, uma pensão de 2.372,05 euros.

Entre todos os beneficiários que constam da lista, houve apenas dois que deixaram de receber a subvenção mensal por iniciativa própria: Luís Marques Mendes (que, desde dezembro de 2007 recebia mensalmente 3311,82 euros) e Fernando Faria de Oliveira, antigo ministro do Comércio e Turismo (que recebia, desde dezembro de 2003, 3228,24 euros por mês).

A decisão de publicar a lista aconteceu após um parecer da Comissão de Acesso a Documentos Administrativos (CADA) que, em 2016, deu resposta à requisição feita por uma jornalista para consultar os dados.

Em julho, o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei para garantir a publicação a lista dos beneficiários e os valores auferidos por cada um.

A subvenção mensal vitalícia é atribuída aos membros do Governo, ministros, deputados à Assembleia da República, ao Governador e aos secretários adjuntos de Macau e ainda aos juízes do Tribunal Constitucional que não sejam magistrados de carreira e que tenham exercido os cargos ou desempenhado as respetivas funções durante 12 ou mais anos, a partir de 25 de Abril de 1974. São também atribuídas pensões aos ex-presidentes da Assembleia da República e ex-primeiros-ministros.

Da lista agora divulgada não constam as subvenções mensais vitalícias dos ex-Presidentes da República e dos ex-titulares de cargos políticos da Região Autónoma da Madeira, uma vez que são atribuídas e pagas pela Presidência da República e pela Região Autónoma da Madeira.

Rita Carvalho Pereira com Rute Fonseca | TSF | Título PG

Portugal-UE & Cª | O que é a democracia?


Rui Sá | Jornal de Notícias | opinião

Sempre que há eleições a pergunta cassete a dirigentes do PCP é sagrada: "É a Coreia do Norte uma democracia?". Da última vez, Jerónimo de Sousa respondeu: "O que é a democracia? Primeiro tínhamos de discutir o que é a democracia".

É desta frase que me lembro quando assisto, mais uma vez, à subversão das regras democráticas. A representação da Comissão Europeia em Portugal organiza um curso de verão destinado a jovens com vários oradores, que incluem eleitos do PS, PSD, BE, CDS e PAN. Vergonhosamente, este organismo, que funciona com dinheiros públicos, não incluiu nos oradores deputados da CDU!...

As televisões organizaram-se para planear os debates com os líderes das forças políticas concorrentes às eleições legislativas. E chegaram a este acordo: os debates entre Costa e Rio serão transmitidos simultaneamente nos três canais generalistas (RTP, SIC e TVI), prevendo-se uma audiência de 3,3 milhões de telespectadores. Qualquer debate de Costa ou Rio com outros líderes partidários será transmitido num canal generalista (800 mil telespectadores). Qualquer debate entre líderes que não Costa ou Rio será transmitido num canal de informação (RTP3, SIC Notícias ou TVI Informação) - 100 mil telespectadores.

Ou seja, as televisões (incluindo a pública paga por todos nós!) desvirtuam a igualdade de oportunidades que deveria ser dada a todas as candidaturas, beneficiando PS e PSD!

Não tenho dúvidas que a Coreia do Norte não é uma democracia. Mas estes exemplos mostram como, com o beneplácito do presidente dos afetos, se desvirtua a democracia portuguesa. Tem por isso razão Jerónimo quando pergunta "O que é a democracia?". E louvo-lhe a coerência e a coragem de recusar participar em debates que não sejam em canais generalistas!

*Engenheiro

Portugal | Vinte e um concelhos de seis distritos em risco máximo de incêndio


Vinte e um concelhos dos distritos de Faro, Viseu, Santarém, Portalegre, Castelo Branco e Bragança apresentam hoje um risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em risco máximo estão hoje os concelhos Monchique, Silves, Loulé, São Brás de Alportel, Tavira e Alcoutim (Faro), Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão (Castelo Branco), Gavião e Nisa (Portalegre), Mação e Sardoal(Santarém), Vimioso e Vinhais (Bragança).

Também os concelhos de Mortágua, Santa Comba Dão, Tondela, Carregal do Sal, Vila Nova de Paiva, Tarouca e Tabuaço (Viseu) estão hoje em risco máximo de incêndio.

O IPMA colocou ainda vários concelhos de todos os distritos do continente em risco muito elevado e elevado de incêndio.

Este risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo, sendo o elevado o terceiro nível mais grave.

O entretenimento e a defesa nacional


– Porque a Rússia tem munição mas não tem armas

Tim Kirby [*]

Graças a algum tipo de acaso genético, não tenho medo de falar em público; na verdade, encaro isso como um desafio divertido de como transmitir minhas ideias ao público, sobretudo num segundo idioma – o russo. Como alguém que trabalha nos media russos desde há algum tempo, muitas vezes pedem-me para discutir a influência do media e a guerra de informação. Os intelectuais russos da variedade patriótica podem ver que seu país precisa de um exército forte para se tornar novamente poderoso e respeitado. Eles também podem ver que os media de notícias são um aspecto importante do Soft Power que tecem narrativas para competir contra os media (ocidentais) dominantes. Mas quando menciono a importância do entretenimento como um aspecto do Soft Power, começam sempre os sorrisos e os risos. Nenhum auto-intitulado intelectual russo pode aceitar o facto de que o entretenimento afecta profundamente nosso subconsciente e é a negação nacional da Rússia desse facto que impede o país de se tornar uma superpotência.

De muitos modos, quer seja um mapa de Hard Power militar, ou a tecnologia da indústria do Soft Power ou outras maneiras de avaliar, o mundo em que vivemos actualmente tem os EUA/NATO no topo com uma projecção de poder quase global. Os chineses vêm em segundo lugar, com controle total sobre a influência no seu próprio território mas com pouco efeito além das suas fronteiras. E a Rússia num distante terceiro lugar com alguma influência estrangeira inclusive, fortalezas [externas] no seu antigo território. Utilizando estes três grandes actores geopolíticos (com a Rússia sendo a possuidora de uma distante medalha de bronze), vemos uma imagem do mundo que reflecte a realidade em que vivemos. Mas quando se trata de entretenimento, a Rússia é essencialmente um não actor vassalo. 

ARDE ANGOLA III -- Martinho Júnior


“O camaleão vai atrás da borboleta, permanece camuflado por muito tempo, para depois avançar lenta e gentilmente: primeiro coloca uma perna, depois outra. Por fim, quando menos se espera, ele lança o dardo de sua língua e a borboleta desaparece – a Inglaterra é o camaleão e eu sou a borboleta” – Rei Lobengula – http://pagina--um.blogspot.com/2010/10/globalizacao-o-camaleao-voraz-que.html

Martinho Júnior, Luanda  

Em Angola está-se perante uma contabilidade arrasadora e aparentemente indecifrável:

Dos 6.902 fogos registados em Angola não podemos quantificar quantos deles têm origem em fornos de carvão, se foram produzidos em queimadas rurais controladas, ou se são incêndios florestais!...

Por outro lado é alarmante se compararmos o quadro angolano ao quadro da RDC: a RDC tem o dobro da área de Angola, mais do dobro da população e só teve no mesmo período 3.395 fogos, ou seja, menos de metade dos fogos registados em Angola!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/08/incendios-florestais-angola-ultrapassa.html).


… “Por su parte, el portal Global Forest Watch Fires arroja cifras que confirman la superioridad numérica de los incendios registrados en el continente africano.
Entre el 20 y el 27 de agosto, el número de alertas de incendios registrado solamente en Angola –más de 130.000–  supera a la suma de los contabilizados en BrasilBolivia y Paraguay, que no llegan a 126.000”… (https://actualidad.rt.com/actualidad/325356-segundo-pulmon-planeta-arde-africa-subsahariana?fbclid=IwAR273nlBfKsVFxm5ldyEjwpGsJDsw32_I7K8yy3JhFqxkwL_Qp_QwqL94h0).
(…)
… “El Gobierno de Angola emitió por su parte un comunicado en el que pedía prudencia a la hora de comparar los incendios registrados en las diferentes latitudes continentales, porque es probable que sus causas sean diferentes. 
Los incendios provocados en la zona señalada de África suelen tener carácter estacional, y se considera que en su mayoría están relacionados con una técnica agrícola denominada 'desbroce y quema', consistente en cortar parte de la vegetación y prender fuego al resto para limpiar la tierra y plantar nuevas semillas.  
Los ecologistas cuestionan en cualquier caso la idoneidad de esta técnica, y advierten que puede favorecer la deforestación, la erosión de la tierra y la pérdida de la biodiversidad. 
Mientras tanto, los agricultores y granjeros locales que recurren a ella defienden su práctica argumentando que es el método más barato para limpiar la tierra y eliminar a los parásitos, y destacan que las cenizas actúan posteriormente como nutrientes en las siguientes plantaciones. Además, se estima que, como cada año, estos incendios desaparezcan con la llegada de las lluvias.”

Uma das inevitáveis conclusões a que esses números nos conduzem:

O estado angolano está a dar muito mais atenção aos projectos elitistas sobre a natureza do que à educação de si próprio e das comunidades rurais angolanas face aos desafios das alterações climático-ambientais em curso, que apresentam sinais alarmantes mais que evidentes em toda a faixa sul do país e em direcção à fulcral REGIÃO CENTRAL DAS GRANDES NASCENTES!

Angola | O Facebook protege os corruptos e sanciona os que lutam pela verdade!


António Jorge * | Luanda

A luta sobe de intensidade... e prometo que vou até ao fim... nem que seja o meu... 

Face ao recurso de ações de sabotagem para eu não ser lido nas redes sociais no território angolano, a propósito das denúncias que venho fazendo desde 2014 (ainda eu estava a viver em Luanda) sobre o escabroso processo da corrupção dos livros escolares em Angola... os assimilados... utilizando um grupo de sabotagem nas redes sociais... que culminou agora com uma atitude infame... transformar uma foto de crianças africanas, naturalmente semi-nuas, com roupas tradicionais de uma tribo... extasiadas a admirarem surpreendidas uma tablete digital... estes mafiosos, através de um processo que eu muito bem conheci de onde partiu... um grupo de pressão criado para sabotar e denegrir determinadas pessoas e grupos nas redes sociais, criado aquando do último processo eleitoral, para silenciarem vozes discordantes de outros partidos ou adversários... utilizavam a denúncia inventando e falsidades, em torno de questões que o facebook, proíbe... a publicação do nu obsceno e o sexo.

Assim, sou forçado, devido a ter sido sancionado pelos mesmos processos do mesmo grupo de sabotadores, a criar um TWITTER (cujo endereço farei aqui constar posteriormente), e avisar que estou a pensar, para arrumar a questão, dado o baixo nível de recursos a que os assimilados e seus servidores chegaram - entre outras iniciativas, a tomar junto da sede da UNICEF, PNUD e UNESCO, nomeadamente... e me vir a disponibilizar para dar uma entrevista a um grande meio de comunicação social, sobre o processo da corrupção dos livros escolares em Angola desde 2009! 

*António Jorge - editor e livreiro em Angola | EDITORA MENSAGEM - Luanda, 31 de agosto de 2019 


Nota PG:
Numa abordagem leve e rápida ao tema exposto sentimos no PG o seguinte: O autor, António Jorge, tem sido profícuo nas denúncias às anormalidades que há muitos anos vêm acontecendo com a distribuição dos livros escolares gratuitos em Angola, mas que são desviados para o circuito de candonga e indevidamente vendidos nos locais surpreendentemente mais inapropriados, criando dificuldades aos encarregados de educação das crianças a quem o Estado de Angola os oferece mas de que corruptos se apoderam perante a indiferença das autoridades até ao mais alto nível. Quem ganha são os criminosos, quem perde é o futuro de Angola - que são as crianças. Recomendamos que acorram ao link acima e se inteirem do relacionado sobre o tema em Página Global.

Cabo Verde | Procuradoria, Parlamento e Presidência da República


Enquanto esses eleitos continuarem sendo totais estranhos ao eleitorado, especialmente quando não são capazes de solicitar e/ou aceitar a opinião do eleitorado nas decisões cruciais e pragmáticas para o bem-estar do povo e da nação, surgirão sinais inquietantes para todos os que se preocupam com o bem-estar da nação cabo-verdiana. Daí que, do meu ponto de vista, chegou a hora da introdução da possibilidade do aparecimento de um novo grupo com conhecimento e atitudes democráticas para dirigir a competição entre os diversos elementos dessa banda musical desgastada e ultrapassada. Aliás, a “democracia” aplicada com base nas amizades e opiniões da camaradagem, onde não existe liberdade e tolerância, nunca é “democracia”.

Carlos Fortes Lopes* | A Semana | opinião

A política criminal está definida pelos órgãos de soberania (artigos 225.º da Constituição da República – CRCV – e 2.º da Lei n.º 89/VII/2011, de 14 de Fevereiro, que aprovou a Orgânica do Ministério Público – LOMP-, alterada pela Lei n.º 16/IX/2017, de 13 de Dezembro).

Cabo Verde é um país considerado democrático, mas as instituições que compõem a governação do país, após 44 anos como independente e decorridos 27 anos de tentativa de aprendizagem do processo constitucional de governação (uma demanda das Nações Unidas), a famosa classe social formada na Praia, por pessoas que possuem títulos nobiliárquicos concedidos pelos antecessores como que os recursos nacionais fossem heranças exclusivas dos antepassados.

O que tenho vindo a acompanhar é um aumento preocupante das práticas político-institucionais do sistema Aristocrático governamental. Ora, se o significado do termo aristocracia tem origem do grego “aristokrateia”, que significa “governo dos melhores”, aristocracia é uma forma de organização social e política em que o governo é monopolizado por uma classe privilegiada de cariz aristocrática.

Ainda não conseguiram aprender de que com a própria constituição composta pelo “puzzle” democrático do país deixará de estar tão comprometida. Os direitos constitucionais das populações não continuarão sendo violados como se tratasse de um país Aristocrático com tendências Ditatoriais. As próprias práticas exibidas pelos políticos em exercício dos seus mandatos são demonstras claras do nível de governação do país. E tudo indica que pretendem continuar com o sistema de governação aristocrático do país. Basta ter o cuidado de analisar os acontecimentos dos últimos tempos para se perceber o contraste na mudança total dos “players”, seremos capazes de evitar o “caos” que nos ameaça, no horizonte próximo, ou os jovens terão que aceitar passivamente a violação dos seus direitos como cidadãos? Pois, olhando para além do “nariz”, qualquer um será capaz de ver a realidade dos factos sociais em efervescência.

José Mário Vaz recandidata-se às presidenciais da Guiné-Bissau


José Mário Vaz anunciou a sua recandidatura à Presidência na quinta-feira à noite perante centenas de apoiantes, em Bissau. Presidente diz que se candidata de novo pelo povo guineense. Mas analista diz que é um erro.

À quarta foi de vez. Depois de ter pedido aos seus simpatizantes, em três diferentes ocasiões, tempo para refletir sobre a decisão a tomar, o chefe de Estado cessante, José Mário Vaz, anunciou finalmente a sua recandidatura à Presidência da República da Guiné-Bissau.

Foi na presença de centenas de apoiantes vindos de diferentes pontos do país que José Mário Vaz assumiu, em Bissau, que será candidato nas eleições presidenciais marcadas para 24 de novembro.

"Afirmo hoje aqui e perante vós, meus irmãos e povo da Guiné-Bissau, que é por vós, para realizar os vossos anseios, continuarmos juntos a fazer desta terra um grande país, que eu sou candidato às eleições presidenciais", afirmou José Mário Vaz, seguindo-se um grito de júbilo da plateia.

Angola | O combate à pequena corrupção


Filomeno Manaças | Jornal de Angola | opinião

Desde que o novo Executivo entrou em funções e se propôs mudar radicalmente o estado de coisas negativas que marcavam o país, com as acções centradas na luta pela recuperação dos dinheiros públicos desviados e no bloqueio de prováveis novas tentativas, o combate à pequena corrupção não deixou de, também, ser motivo de preocupação.

Aliás, numa das suas intervenções públicas, o candidato do MPLA e actual Presidente da República, João Lourenço, havia se referido à necessidade de se dar combate cerrado ao “fenómeno gasosa”, tão perniciosa para a sociedade quanto a grande corrupção.

Um hábito que se institucionalizou de, por tudo e por nada, pedir-se dinheiro por um serviço prestado, ou até mesmo não prestado ou mal prestado, a pequena corrupção minou os valores em que deve assentar a relação entre o cidadão e a administração pública.

Servindo-se da posição que ocupam na administração pública, muitos agentes do Estado trataram de efectuar cobranças, à margem da lei e em proveito próprio, pelos serviços prestados. A corrupção generalizada e a falta de escrúpulos fizeram da Lei da Probidade letra morta.

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