A embaixada dos Estados Unidos em
Lisboa emitiu hoje um alerta de segurança aos cidadãos norte-americanos em
Portugal por causa do aumento da tensão no Médio Oriente, após a morte do
general iraniano Qassem Soleimani em Bagdade.
No alerta, difundido online, a
missão diplomática dos Estados Unidos na capital portuguesa assinala que o "aumento
de tensão no Médio Oriente pode resultar e riscos de segurança acrescidos para
os cidadãos norte-americanos no estrangeiro" e aconselha os
norte-americanos em Portugal a manterem uma postura discreta, redobrarem a
atenção em locais frequentados por turistas, reverem os planos pessoais de
segurança e a manterem os documentos de viagem atualizados e
acessíveis.
A Embaixada adianta que
continuará a acompanhar a situação de segurança e fornecerá informações
adicionais se tal se revelar necessário.
O comandante da força de
elite iraniana Al-Quds, Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira num
ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdade que o Pentágono
declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.
O ataque ocorreu três dias depois
de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas
terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio
Oriente.
O ataque já suscitou várias reações,
tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações
Unidas -- Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável
aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão.
O quinto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU são os
Estados Unidos.
No Irão, o sentimento é de
vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país
e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.
Também o líder supremo do Irão, o
ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e
declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou
que a morte como "um ato de terrorismo internacional".
Do lado iraquiano, o
primeiro-ministro iraquiano demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu
que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e
o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana,
considerou o assassínio de Qassem Soleimani "um ataque
injustificado" e "uma violação flagrante da soberania iraquiana".
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: Reuters
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