Cidadãos europeus e de países
africanos de língua oficial portuguesa pedem ajuda à embaixada de Portugal para
sair da Guiné-Bissau. A União Europeia está com as fronteiras fechadas, e
Portugal em estado de emergência.
Mais de 150 estrangeiros
procuraram a embaixada portuguesa na Guiné-Bissau para pedir ajuda a fim de
deixar o país. O motivo é o avanço da pandemia de covid-19. A maioria dos
cidadãos que foram à embaixada é portuguesa.
O pedido ocorre num momento em
que não há registos de infeções por coronavírus na Guiné-Bissau. Por outro
lado, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa declarou estado de emergência em
Portugal - país que registou dois mortos e 642 casos de infeção pelo novo
coronavírus – e a União Europeia encerrou as suas fronteiras.
Entre os que solicitaram auxílio
para regressar aos seus países de origem estão, segundo a mesma fonte, pessoas
doentes, que são prioritárias, cidadãos portugueses residentes e não-residentes
na Guiné-Bissau, bem como cidadãos de outros países da União Europeia e dos
PALOP.
A fonte da agência Lusa explicou
que as pessoas os nomes e contactos das pessoas estão a ser registados pela
embaixada.
As autoridades da Guiné-Bissau
encerraram as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas no âmbito do combate à
pandemia do novo coronavírus, com ressalva para evacuações médicas,
abastecimento de medicamentos e para importações de bens alimentares de
primeira necessidade.
Foram também encerrados todos os
mercados a nível nacional, excetuando a venda de produtos alimentares,
interditadas praias e piscinas, igrejas, mesquitas e outros locais de culto
religioso às sextas-feiras, sábados e domingos.
As escolas públicas e privadas
foram igualmente encerradas, bem como bares, restaurantes e outros locais onde
se pode comer e beber.
No continente africano há 33
países afetados pela pandemia de Covid-19, que conta já quase 600 casos, entre
os quais o Senegal e a Guiné-Conacri, que fazem fronteira com a Guiné-Bissau. A
Organização Mundial de Saúde pediu aos países do continente africano para se
prepararem para o pior.
O novo coronavírus, responsável
pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das
quais mais de 8,2 mil morreram.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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