O Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação (MINEC) continua sem saber quantos cidadãos
moçambicanos estão na China, epicentro do novo coronavírus, na Itália, país que
está em quarentena total e onde estão a ser registadas actualmente o maior número
de mortes, ou em qualquer dos outros países do globo onde a pandemia do
Covid-19 está a fazer vítimas.
Embora na China o surto de
Covid-19 pareça estar contido, os números mostram uma redução de novos
contágios e de óbitos, o vírus está longe de estar contido e cientistas
prognosticam que o mundo terá de conviver com esta nova pandemia durante pelo
menos 1 ano que já adoeceu 118.381 cidadãos e causou a morte de 4.292 pessoas.
Importa destacar que dos infectados cerca de metade ficaram curados e que a taxa
de infecção dos jovens é bastante baixa.
Mas entretanto a doença
propagou-se pelo mundo, toda União Europeia já tem casos confirmados, e a
Itália tornou-se no segundo com mais doentes e mortes e o Governo de Giuseppe
Conte decretou o alargamento da quarentena, que inicialmente abrangia no Norte
do país, para os 60 milhões de habitantes no território. Novos doentes tem sido
detectados por globo, já são 114 os países e territórios com doentes.
As autoridades de saúde
moçambicanas, apesar de todas as dificuldades que enfrentam e de outras doenças
que estão a causar óbitos pelo nosso país, tem se revelado à altura na
preparação para uma mais do que provável chegada do coronavírus a Moçambique e
pretendem requalificar algumas unidades sanitárias para que sirvam de locais de
isolamento, caso seja necessário.
No entanto o Governo de Filipe
Nyusi demonstra muita negligência relativamente aos moçambicanos que vivem ou
estariam em viagem pelos países que estão afectados pelo surto de Covid-19.
Depois de ter admitido em finais de Fevereiro que não sabia quantos
moçambicanos estavam na China, Itália ou na Coreia do Sul o @Verdade
voltou a contactar o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação onde
ninguém sabe quantos cidadãos nacionais podem estar a ser afectados pelo
coronavírus e que tipo de apoio podem estar a necessitar.
O porta-voz do MINEC, Geraldo
Saranga, está de férias e a ministra não se mostrou disponível para responder
ao @Verdade. Tentativas de contactar a embaixada de Moçambique na Itália por
telefone ou correio electrónico não obtiveram nenhuma resposta num dia em que
morreram mais 196 pessoas, elevando para 827 os óbitos no país europeu.
Coreia do Sul, Irão, França,
Alemanha, Espanha, Estados Unidos da América e o Japão são outros dos
principais focos da pandemia, com mais de 500 casos diagnosticados, muitos
deles de transmissão local e cujos viajantes tem o potencial de transportar o
novo coronavírus.
Localmente nenhuma autoridade
moçambicana consegue informar quantos cidadãos chegaram ao nosso país desde o
início de Março provenientes da China, Itália ou somente da África do Sul.
Adérito
Caldeira | @Verdade
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