ASSOCIAÇÃO JUVENIL
DENUNCIA
Mais de 200 pessoas foram detidas
no início do fim de semana em Bissau pelas forças de segurança por circularem
na via pública e algumas foram agredidas, denunciou hoje a Associação Juvenil
para a Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.
“A Guarda Nacional e a Polícia de
Ordem Pública da Guiné-Bissau detiveram, na noite de ontem para hoje mais de
200 indivíduos por circularem nas vias públicas, entre eles, uma criança, que
acabou por ser solta”, refere, numa mensagem na sua página da rede social
(Facebook), a associação juvenil de direitos humanos.
A associação indica também ter
“recebido relatos de que alguns foram agredidos física e verbalmente, sobretudo
no Ministério da Defesa, onde mais de 50 indivíduos dormiram na rua, sem
proteção alguma, num campo ao lado da instituição”.
Segundo a associação, as pessoas
estiveram detidas nos ministérios do Interior e da Defesa cerca de 12 horas.
“A Associação Juvenil para
Promoção e Defesa dos Direitos Humanos tem vindo a receber várias denúncias
sobre a atuação das forças de ordem e continua a seguir a situação”, salienta.
No âmbito das medidas de combate
e prevenção à pandemia provocada pelo novo coronavírus, as autoridades no poder
na Guiné-Bissau, que declararam estado de emergência até 26 de abril,
impuseram uma restrição de circulação no país, que apenas permite que as
pessoas circulem nas vias públicas entre 07:00 e as 12:00, sendo
que os últimos 60 minutos devem ser utilizados para o regresso ao domicílio.
A Guiné-Bissau tem até hoje 50
casos confirmados de covid-19, três dos quais curados, distribuídos pelo setor
autónomo de Bissau (32), Canchungo (13) e Biombo (5).
A pandemia de covid-19 já matou
pelo menos 164 mil pessoas e infetou mais de 2,3 milhões em todo o mundo desde
dezembro, segundo o balanço da agência AFP, junto de fontes oficiais,
até às 19:00de hoje.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro
da China.
Para combater a pandemia, os
governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da
população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram
drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia
mundial.
Maurício Mane | O Democrata (gb) | Imagem: Arquivo de O Democrata
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