A Rússia, o terceiro país do
mundo com mais contágios pelo covid-19, registou nas últimas 24 horas um
recorde de 174 mortos num só dia, além de 8.915 novos casos, informaram hoje
fontes oficiais.
"No último dia
(segunda-feira) foram registados na Rússia 8.915 novos casos de covid-19,
que se detetaram em 83 das 85 regiões do país", refere o
relatório diário do gabinete de gestão da crise sanitária.
Apesar de uma leve diminuição do
número de novos contágios, nas últimas 24 horas registaram-se 174 mortes por covid-19m
face às 92 do dia anterior.
A região de Moscovo continua a
ser o principal foco de infeção do país com um total de 169.3030 casos
confirmados, mais 2.830 do que na segunda-feira.
O autarca de Moscovo, Serguei Sobianin,
explicou anteriormente que a referência à alta percentagem de infetados fica
a dever ao número de testes médicos que foram realizados.
Sobianin reconheceu mesmo que
o número pode não refletir a realidade, até porque muitos doentes são assintomáticos e
não recorrem aos serviços de saúde.
Para evitar o contágio, desde o
dia 12 de maio que em Moscovo é obrigatório o uso de máscara de proteção sanitária
e luvas, sempre que os cidadãos se encontrem em espaços fechados ou em
edifícios públicos.
As medidas de confinamento na
região de Moscovo, onde habitam cerca de 12 milhões de pessoas, vão
prolongar-se até ao dia 01 de junho.
Mesmo assim, e para reativar a
economia, a autarquia permitiu atividades laborais a 500 mil pessoas,
sobretudo trabalhadores dos setores da construção e indústria.
Por outro lado, Anna Popova,
responsável pelos Serviços Sanitários da Rússia já disse que os cidadãos russos
têm de começar a acostumar-se ao uso de máscara de proteção durante
"mais um ou dois meses" como medida de proteção de um
"novo surto".
A nível global, segundo um
balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19
já provocou mais de 344 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de
pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,1 milhões de doentes
foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.330
pessoas das 30.788 confirmadas como infetadas, e há 17.822 casos
recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um
novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan,
uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à
China como centro da pandemia em fevereiro, o continente
americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,5 milhões,
contra mais de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes
(mais de 144 mil, contra mais de 172 mil).
Para combater a pandemia, os
governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da
população do planeta), paralisando setores inteiros da economia
mundial, num "grande confinamento" que vários países já
começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
Notícias ao Minuto | Lusa
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