Martinho Júnior, Luanda
Sobreviver em pleno século XXI, é
sobreviver à IIIª Guerra Mundial!...
Quando a 11 de Março de 2020, a Organização Mundial
da Saúde declarou a pandemia como uma severa ameaça para toda a humanidade,
houve uma surpresa geral pelo inesperado dessa inusitada situação que pela
primeira vez estava a ocorrer de forma tão intempestiva.
A surpresa não foi contudo
sentida da mesma maneira por todos os humanos do planeta: sujeita a um bloqueio
de 60 anos, em Cuba, a maior ilhas do Caribe imediatamente a sul dos Estados
Unidos, a notícia correu como algo inevitavelmente esperado, não por qualquer
tipo de razão mágica, mas por que seguindo a trilha dos fenómenos que tanto têm
a ver antropologicamente com a vida, o povo cubano não estava só previamente
preparado para a sobrevivência no colectivo, antes havia partido para o
conhecimento científico sobre a natureza da própria vida face às profundas
alterações climáticas e ambientais em curso provocadas pelo “homo sapiens” que
em finais do século XIX iniciou a Revolução Industrial sem a consciência das
consequências dos seus artifícios de lesa natura…
Em Cuba sabe-se e avalia-se que o
fim da IIª Guerra Mundial deu imediata sequência à IIIª, ainda que não hajam
declarações de guerra entre muitos dos seus intervenientes: quem procura o
domínio sobre o resto da humanidade de forma a construir o “modelo” da
hegemonia unipolar, jamais aceitou a independência e a soberania de outros e
por isso desde então, desde aquele 9 de Maio de há 75 anos que pôs fim à IIª
Guerra Mundial, se começou o colar de sucessivas tensões, conflitos e guerras,
para acondicionar os outros ao “diktat” da aristocracia financeira
mundial… (https://williamblum.org/books/killing-hope).
Também muitos que haviam composto
as fileiras de luta do movimento de libertação em África tiveram essa
percepção, por que a luta pela sobrevivência não era só parte integrante da
luta por via da guerrilha armada pela independência e pela soberania, antes
fazia também parte integrante da luta contra o subdesenvolvimento em imensas
regiões que o poder global do império, com seu cortejo de vassalos, a todo o
custo queria manter como corpo inerte para melhor ir depenicar o seu pedaço!...
Foi de facto assim que há quase
28 anos se ganhou a consciência de que “Una importante especie
biológica está en riesgo de desaparecer por la rápida y progresiva liquidación
de sus condiciones naturales de vida: el hombre.
Ahora tomamos conciencia de
este problema cuando casi es tarde para impedirlo”!... (https://www.youtube.com/watch?v=JF67BSRjTYc; https://news.un.org/pt/story/2020/03/1706881; http://www.cuba.cu/gobierno/discursos/1992/esp/f120692e.html).
01- Logo nos primeiros dias da
Revolução triunfante a 1 de Janeiro de 1959, os cubanos iniciaram a saga de sua
preparação por que suas opções justas e dignas, que tanto tinham a ver com a
vida em colectivo, em sociedade, em substantiva solidariedade, seriam sujeitas,
dialeticamente sujeitas, a longas provas de sobrevivência face a um império
que, na sua sede de expansão e de lucro, se opunha precisamente a que o homem
ganhasse consciência do caminho da humanidade em direcção à catástrofe que
afinal já se estava a seguir paulatinamente de há mais de 150 anos, desde antes
da luta pela independência na América… (https://williamblum.org/chapters/killing-hope/cuba).
“Y en eso llegó Fidel”!... (http://www.jscomunicadores.com/2020/01/01/revolucion-cubana-ejemplo-de-lucha-y-dignidad/).
O capitalismo na via que conduziu
à construção dos impérios coloniais e a partir deles dum império que culminaria
na arrogante procura de domínio global vocacionado para a hegemonia, na sua
essência e à partida alimentava-se do vírus da barbárie, pois essa trilha é um
caminho de incontinentes predadores e o próprio planeta esgotar-se-ia perante a
sanha dessa depredação que progrediu em ordem geométrica e desembocou numa
desenfreada especulação, quando até a riqueza se tornou insuficiente para a sua
sede de lucro! (https://principia-scientific.org/harvard-strong-link-between-pollution-covid-19/; https://www.nytimes.com/2020/04/07/climate/air-pollution-coronavirus-covid.html; https://rebelion.org/la-pandemia-del-pensamiento-unico/).
Esse contraditório que existia
desde antes, como durante a IIª Guerra Mundial, transferiu-se para a sequência
de desequilíbrios, conflitos e tensões que aumentaram e não diminuíram, no
corpo da IIIª Guerra Mundial, bem visível na longa luta de libertação em
África, como nos processos neocoloniais que se lhe têm seguido, tornando
África, com a América Latina, numa ultra periferia do sistema económico global!
(https://diplomatique.org.br/frantz-fanon-uma-voz-dos-oprimidos/; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/05/a-luta-pela-hegemonia.html).
Em “A doutrina do choque”,
Naomi Klein comprova o vírus neoliberal: (https://www.youtube.com/watch?v=JG9CM_J00bw; https://naomiklein.org/the-shock-doctrine/).
«An investigation that spans four
decades of history, from Chile after Pinochet’s coup to Russia after the
collapse of the Soviet Union, from Baghdad under the US “Shock and Awe” attack
to New Orleans after Hurricane Katrina. “Shock doctrine” describes the brute
tactic of systematically using the public’s disorientation following a
collective shock—wars, coups, terrorist attacks, market crashes, natural
disasters—to push through radical pro-corporate measures, often called “shock
therapy.”
Based on breakthrough historical
research and four years of on-the-ground reporting in disaster zones, Klein
explodes the myth that the global free market triumphed democratically, and
that unfettered capitalism goes hand-in-hand with democracy. Instead, she
argues it has consistently relied on violence and shock, and reveals the puppet
strings behind the critical events of the last four decades.
The Shock Doctrine retells
the story of the most dominant ideology of our time, how the “free market” came
to dominate the world — Milton Friedman’s free market economic revolution. In
contrast to the popular myth of this movement’s peaceful global victory, Klein
shows how it has exploited moments of shock and extreme violence in order to
implement its economic policies in many parts of the world from Latin America
and Eastern Europe to South Africa, Russia, and Iraq. A program of social
and economic engineering that is driving our world, that Naomi Klein calls
“disaster capitalism”.»
O choque maior foi com a IIª
Guerra Mundial, mas em sua sequência, o choque foi reaproveitado e, à medida
que se instalou o neoliberalismo, burilado de forma intercalada com a terapia…
(https://actualidad.rt.com/actualidad/352491-aniversario-dia-victoria-guerra-historias-soldados; https://paginaglobal.blogspot.com/2016/04/angola-sob-o-choque-e-terapia-neoliberal.html; https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/02/angola-recesion-crisis-e-imperio/; https://www.fort-russ.com/2020/05/putins-call-for-a-new-system-and-the-1944-battle-of-bretton-woods/?utm_medium=ppc&utm_source=wp&utm_campaign=push&utm_content=new-article; https://www.globalresearch.ca/towards-a-new-world-order-the-global-debt-crisis-and-the-privatization-of-the-state/5709755).
Esse vírus, tornou-se com esse
império extremamente crítico, por que foi mantido congelado “deep
inside” no santuário mental da aristocracia financeira mundial, num
estádio de “pura” arrogância irracional capaz de genocídio e os que
ousarem extirpá-lo ou enfrentá-lo, ou apenas denunciá-lo, seguindo com seu
próprio exemplo a trilha da vida, tornam-se numa ameaça que a todo o transe
havia que combater para extirpar, por que “não desse género podia
proliferar”… (https://williamblum.org/books/americas-deadliest-export; https://rebelion.org/fidel-y-su-filosofia-de-la-vida/; https://rebelion.org/estamos-ante-otro-fallo-masivo-y-colosal-del-capitalismo/; https://www.voltairenet.org/article209890.html).
De há anos que vimos sublinhando
a necessidade de se revogar duma vez por todas a “ordem” neoliberal
na saúde por via duma série de intervenções sob o titulo “Uma saúde
mercenária ao serviço (em nome) do mercado”, um tema que o Presidente do
México, Andrés Manuel López Obrador, agora abordou com sentido de
oportunidade e clarividência, em função da crise global que comporta a pandemia
do Covid-19… (https://www.gob.mx/presidencia/prensa/algunas-lecciones-de-la-pandemia-covid-19-241649; https://www.youtube.com/watch?v=ZQKVwVwzg8o; https://mundo.sputniknews.com/america-latina/202005041091315141-las-ocho-lecciones-que-deja-al-mundo-coronavirus-presentadas-por-lopez-obrador/; https://paginaglobal.blogspot.com/2020/03/uma-saude-mercenaria-em-nome-do-mercado.html).
Por causa desse vírus neoliberal,
os gastos militares têm aumentado exponencialmente ao longo da administração
republicana de Donald Trump… (https://www.sipri.org/media/press-release/2020/global-military-expenditure-sees-largest-annual-increase-decade-says-sipri-reaching-1917-billion; https://actualidad.rt.com/opinion/luis-gonzalo-segura/352438-trump-convierte-mundo-polvorin-gasto-militar).
Cuba, uma ilha sem grandes
recursos naturais disponíveis, assumiu em estado de socialismo essa trilha de
vida, também por que o bloqueio obrigava aos Comandantes da Revolução a
identificar-se sempre com as suas próprias fileiras, com o povo cubano enquanto
prioridade das prioridades e em relação ao qual toda a inteligência
revolucionária tinha premente necessidade de se exercitar, de se afirmar e de
se sublimar!... (https://rebelion.org/fidel-ideas-para-el-cumpleanos-inolvidable-en-su-siemprevida/).
Ao fazê-lo Cuba tornou-se também
num farol para todos aqueles que lutam na tão difícil trilha do socialismo, um
farol para os que viveram o “socialismo real” que se esfacelou nos
inícios da década de 90 do século XX, um farol para a revolução chinesa que em
70 anos, para rapidamente progredir integrou o mercado, inclusive o contaminado
modelo de mercado capitalista intoxicado pela febre do lucro até à exaustão, um
farol para todos nós, “os condenados da Terra”!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2015/06/pedagogia-de-luta.html; http://misiones.minrex.gob.cu/es/china).
“Revolución es sentido del
momento histórico; es cambiar todo lo que debe ser cambiado; es igualdad y
libertad plenas; es ser tratado y tratar a los demás como seres humanos; es
emanciparnos por nosotros mismos y con nuestros propios esfuerzos; es desafiar
poderosas fuerzas dominantes dentro y fuera del ámbito social y nacional; es
defender valores en los que se cree al precio de cualquier sacrificio; es
modestia, desinterés, altruismo, solidaridad y heroísmo; es luchar con audacia,
inteligencia y realismo; es no mentir jamás ni violar principios éticos; es
convicción profunda de que no existe fuerza en el mundo capaz de aplastar la
fuerza de la verdad y las ideas. Revolución es unidad, es independencia, es
luchar por nuestros sueños de justicia para Cuba y para el mundo, que es la
base de nuestro patriotismo, nuestro socialismo y nuestro internacionalismo”… sintetizou
o Comandante Fidel naquele 1º de Maio inaugural do século XXI, há precisamente
20 anos… (http://www.cubadebate.cu/especiales/2020/05/01/aquel-dia-en-que-fidel-definio-a-la-revolucion-como-nunca-antes/#boletin202005001).
02- Aqueles que em África
avaliaram previamente a imensa luta que se haveria de travar para lá das
independências de bandeira num ambiente tão hostil, a ponto de haver devorado
por dentro o “socialismo real” levado à implosão, assumem pela
experiência de sua própria trajectória sujeita a inimagináveis provas, quão
sôfrega está toda a humanidade pela própria vida, quando o planeta se esgota e
é levado a profundas alterações climático-ambientais. (https://paginaglobal.blogspot.com/2015/11/angola-liberdade-que-se-alcancou-esta.html; https://www.nytimes.com/2020/04/07/climate/air-pollution-coronavirus-covid.html; https://sipri.org/commentary/blog/2020/coronavirus-shocks-human-development-and-sustaining-peace).
Não posso deixar de recordar
quando Angola festejou as suas 4 primeiras décadas de bandeira içada:
“Neste 11 de Novembro de 2015, as
minhas memórias estiveram bem presentes…
Enquanto na Praça do Mausoléu de
Agostinho Neto o desfile comemorativo se espraiou sob meus olhos como um
majestoso rio humano e eu repetia o gesto automático de disparar a pequena
máquina fotográfica que gravou a afirmação de patriotismo e de esperança que
tão intensamente se viveu, por dentro dos meus olhos húmidos, tocando-me por
inteiro, tomando-me o cérebro e as entranhas, revivi aquele remoto 11 de
Novembro de 1975 duma forma muito especial: reconstruindo secretamente os
passos peregrinos e decididos do rio de minha própria juventude quando em
Angola, entre o troar das armas, se afirmava e se assumia o sonho mais legítimo
de liberdade!”…
A lógica com sentido de vida
traz-nos alicerces fecundos, alicerces proactivos, fazendo com que aquele
longínquo juramento de fidelidade que um dia fiz como tantos outros dos meus
companheiros à pátria angolana, ganhe a cada instante asas entre sonho e
realidade e propicie o fruto da criatividade tão necessária para assumir uma
filosofia saudável em benefício da identidade nacional, das potencialidades
numa ampla geoestratégia para um desenvolvimento sustentável, da necessidade da
germinação duma cultura de inteligência patriótica alimentando o caminho das
futuras gerações, da integração entre emergentes… (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/04/a-logica-com-sentido-de-vida-e.html; http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/angola-deve-reequacionar-as-abordagens.html).
Sobre as experiências e crónicas
dos anos de brasa, haveria que se elevar a filosofia capaz de mudar o paradigma
em função aliás da própria identidade nacional… (https://williamblum.org/chapters/killing-hope/angola).
Essa é a valorização que nos 45
anos da República de Angola merece ser efectivamente feita, por que a mudança
de paradigma se implique numa outra filosofia, numa outra doutrina, numa outra
ideologia, tudo isso capaz de se abrir a uma intensa via de diálogo em função
duma incessante busca de participativos consensos, por que Angola precisa hoje
ser pensada não mais sob a percepção de quem chegou por mar com todo o cortejo
de hipocrisia e cinismo que até hoje parece prevalecer, mas de quem com base na
água interior com fulcro no marco geodésico de Camacupa, encara o futuro numa
perspectiva científica de desenvolvimento sustentável capaz de garantir o
controlo e a gestão das grandes nascentes, capaz de garantir segurança vital
para as presentes e futuras gerações! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/04/colocar-nossas-pernas-titubeantes-no.html).
03- Doenças desconhecidas
haveriam de surgir em regiões onde a contaminação era elevada à escala da
saturação, sobretudo ali onde as indústrias decorrentes da Revolução Industrial
ainda eram massivamente mantidas quase que no seu estado original. (https://www.weforum.org/agenda/2020/04/coronavirus-and-the-climate-a-convergence-of-crises/; https://principia-scientific.org/harvard-retreats-on-air-pollution-coronavirus-deaths-link/; https://naomiklein.org/on-fire/).
Se já estavam em curso em todo o
planeta profundas alterações climático-ambientais é nas imensas cidades
industriais que um risco da natureza desta pandemia haveria de encontrar
receptáculo propício para, a partir delas, proliferarem por toda a humanidade!
(https://voxeu.org/article/china-climate-and-covid-19; https://www.youtube.com/watch?v=DVgwmO8RYX0).
Assim aconteceu em fulcros como
Wuhan, Bérgamo, Londres, Nova-York… também por que a circulação do ar
atmosférico sobre essas cidades se confinava a bacias que, por muito abertas
que sejam, dificilmente se podem oxigenar, reciclar e revitalizar! (https://www.woodtv.com/bills-blog-2/the-weather-in-wuhan-china-and-bergamo-italy/; https://www.weforum.org/agenda/2020/04/the-deadly-link-between-covid-19-and-air-pollution/).
Com a sucessão de conflitos,
tensões e guerras, as pandemias associadas as desequilíbrios naturais e
humanos, tinham mesmo de surgir, por que o laboratório que é o planeta, ao ser
provocado pelas artes e pelas engenharias resultantes das irracionalidades da
Revolução Industrial a que se acrescentou a exaustão neoliberal, sem melhor
alternativa só se poderia “abrir” para o desconhecido…(https://www.voltairenet.org/article209821.html).
A maior parte dos cientistas
consultados pela Organização Mundial da Saúde se inclinam para o argumento de
que a pandemia do Covid-19 surgiu de causas naturais e não dum qualquer
laboratório, ainda que sob a tutela dum “ninho de vespas”!... (https://www.bbc.com/portuguese/geral-51842518; https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2020-05-01-covid-19-oms-reitera-origem-natural-do-novo-coronavirus/).
O foco sobre terem sido
laboratórios a disseminar o vírus, é um efeito de guerra psicológica tendente a
propositadamente desviar a atenção da humanidade sobre as preocupações reais…
uma vez mais a guerra psicológica que anima a IIIª Guerra Mundial em curso
desde 9 de Maio de 1945! (https://actualidad.rt.com/actualidad/352693-rusia-conversacion-seria-eeuu-distorsionar-papel-union-sovietica-guerra; https://actualidad.rt.com/actualidad/352645-moscu-podemos-resignarnos-reescribir-historia-mensaje-eeuu-reino-unido-derrotar-nazismo).
04- Alguns são capazes de, quando
eu abordo os impactos neoliberais em Angola, supor que o faço com uma escondida
fórmula de vingança sobre o que alguns pretenderam comprovadamente fazer da
trajectória de alguns milhares de camaradas e antigos combatentes, fieis ao
movimento de libertação em África e ciosos de independência e de vida,
particularmente após o 31 de Maio de 1991, data do Acordo de Bicesse! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/09/um-longo-caminho-para-paz.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2019/05/reflexos-condicionados.html).
Outros julgam que somos “lunáticos”,
ou sujeitos a “stress” e perdemos a faculdade de distinguir o que de
facto pertence à civilização quando o homem e o respeito pelo planeta, está não
só no centro das atenções, mas é um paradigma prioritário por quem avalia
justamente que há uma espécie que cada vez mais está em perigo. (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/06/angola-aprender-reinterpretando.html; https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/02/angola-recesion-crisis-e-imperio/).
Assim provavelmente seria se
porventura não fosse aberta a perspectiva proactiva de chamar a atenção para a
necessidade dessa profunda mudança de paradigma, um pouco como fez Cuba
Revolucionária e seu povo!
É precisamente nesta hora
decisiva em que a crise global do vírus capitalista e imperial surge entremeada
com a pandemia do Novo Coronavírus, que em Angola se está a sentir de forma tão
colectiva a necessidade de se lutar pela sobrevivência e pela vida, tal como
fizeram um dia os guerrilheiros do movimento de libertação, com a salutar
decisão de unidade e de coesão que a pandemia afinal também nos obriga! (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/portal/multimedia/tv-angop/2020/4/19/prorroga-Estado-Emergencia,d1db8282-b336-49d1-b0f4-9c05bc05ded8.html; https://unctad.org/en/pages/newsdetails.aspx?OriginalVersionID=2333).
É também desse modo que se deve
valorizar a antropologia e a história contemporânea deste país, que nas horas
mais decisivas de luta pela sua autodeterminação e independência mereceu a
solidariedade e o internacionalismo de Cuba Revolucionária numa aliança
imprescindível que, evocando a heroicidade da escrava Carlota, evocava também a
necessidade de se alcançar uma plataforma de segurança vital mínima, aberta ao futuro
com horizontes a muito, muito longo prazo!... (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/04/12/bajo-el-espiritu-de-la-operacion-carlota/).
Sobreviver em pleno século XXI, à
medida que o abismo está à vista, só poderá ser possível numa consolidada base
saudável de segurança vital, em relação à qual finalmente se pode estar no
começo!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/estado-de-emergencia-em-angola-no-15-dia.html; https://paginaglobal.blogspot.com/2017/08/pela-vida-para-toda-humanidade-e-pelo.html; https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2020051115566815-diversos-lugares-da-terra-alcancam-temperaturas-perigosas-para-vida-diz-estudo/).
Martinho Júnior -- Luanda, 10 de Maio de 2020
Imagens:
01- Killing Hope – U.S. Military
and CIA Interventions Since World War II – William Blum – https://williamblum.org/books/killing-hope;
02- Cómo queda el mapa de
poder en términos geopolíticos despúes de la pandemia? - Lo que está
pasando a nivel internacional es bastante chocante. Está eso que llaman la Unión Europea.
Escuchamos la palabra “unión”. Vale, mira Alemania, que está gestionando la
crisis muy bien… En Italia la crisis es aguda… ¿Están recibiendo ayuda de
Alemania? Afortunadamente están recibiendo ayuda, pero de
una “superpotencia” como Cuba, que está mandando médicos. O China,
que envía material y ayuda. Pero no reciben asistencia de los países ricos de la Unión Europea. Eso
dice algo… – Noam Chomsky – https://rebelion.org/estamos-ante-otro-fallo-masivo-y-colosal-del-capitalismo/;
03- An investigation that
spans four decades of history, from Chile after Pinochet’s coup to Russia after
the collapse of the Soviet Union, from Baghdad under the US “Shock and
Awe” attack to New Orleans after Hurricane Katrina. “Shock doctrine” describes
the brute tactic of systematically using the public’s disorientation following
a collective shock—wars, coups, terrorist attacks, market crashes, natural
disasters—to push through radical pro-corporate measures, often called “shock
therapy.” – “The shock doctrine” – Naomi Klein – https://naomiklein.org/the-shock-doctrine/;
04- Sobre as guerras - Eduardo
Galeano;
05- Sobre as bombas – Frases
marcantes – Comandante Fidel – https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/37432/fidel-castro-oito-frases-marcantes-de-sua-trajetoria.
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