quinta-feira, 14 de maio de 2020

SOBREVIVER NO SÉCULO XXI


Martinho Júnior, Luanda  

Sobreviver em pleno século XXI, é sobreviver à IIIª Guerra Mundial!...

Quando a 11 de Março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia como uma severa ameaça para toda a humanidade, houve uma surpresa geral pelo inesperado dessa inusitada situação que pela primeira vez estava a ocorrer de forma tão intempestiva.

A surpresa não foi contudo sentida da mesma maneira por todos os humanos do planeta: sujeita a um bloqueio de 60 anos, em Cuba, a maior ilhas do Caribe imediatamente a sul dos Estados Unidos, a notícia correu como algo inevitavelmente esperado, não por qualquer tipo de razão mágica, mas por que seguindo a trilha dos fenómenos que tanto têm a ver antropologicamente com a vida, o povo cubano não estava só previamente preparado para a sobrevivência no colectivo, antes havia partido para o conhecimento científico sobre a natureza da própria vida face às profundas alterações climáticas e ambientais em curso provocadas pelo “homo sapiens” que em finais do século XIX iniciou a Revolução Industrial sem a consciência das consequências dos seus artifícios de lesa natura…

Em Cuba sabe-se e avalia-se que o fim da IIª Guerra Mundial deu imediata sequência à IIIª, ainda que não hajam declarações de guerra entre muitos dos seus intervenientes: quem procura o domínio sobre o resto da humanidade de forma a construir o “modelo” da hegemonia unipolar, jamais aceitou a independência e a soberania de outros e por isso desde então, desde aquele 9 de Maio de há 75 anos que pôs fim à IIª Guerra Mundial, se começou o colar de sucessivas tensões, conflitos e guerras, para acondicionar os outros ao “diktat” da aristocracia financeira mundial… (https://williamblum.org/books/killing-hope).

Também muitos que haviam composto as fileiras de luta do movimento de libertação em África tiveram essa percepção, por que a luta pela sobrevivência não era só parte integrante da luta por via da guerrilha armada pela independência e pela soberania, antes fazia também parte integrante da luta contra o subdesenvolvimento em imensas regiões que o poder global do império, com seu cortejo de vassalos, a todo o custo queria manter como corpo inerte para melhor ir depenicar o seu pedaço!...

Foi de facto assim que há quase 28 anos se ganhou a consciência de que “Una importante especie biológica está en riesgo de desaparecer por la rápida y progresiva liquidación de sus condiciones naturales de vida: el hombre.

Ahora tomamos conciencia de este problema cuando casi es tarde para impedirlo”!... (https://www.youtube.com/watch?v=JF67BSRjTYchttps://news.un.org/pt/story/2020/03/1706881;  http://www.cuba.cu/gobierno/discursos/1992/esp/f120692e.html).

 

01- Logo nos primeiros dias da Revolução triunfante a 1 de Janeiro de 1959, os cubanos iniciaram a saga de sua preparação por que suas opções justas e dignas, que tanto tinham a ver com a vida em colectivo, em sociedade, em substantiva solidariedade, seriam sujeitas, dialeticamente sujeitas, a longas provas de sobrevivência face a um império que, na sua sede de expansão e de lucro, se opunha precisamente a que o homem ganhasse consciência do caminho da humanidade em direcção à catástrofe que afinal já se estava a seguir paulatinamente de há mais de 150 anos, desde antes da luta pela independência na América… (https://williamblum.org/chapters/killing-hope/cuba).


O capitalismo na via que conduziu à construção dos impérios coloniais e a partir deles dum império que culminaria na arrogante procura de domínio global vocacionado para a hegemonia, na sua essência e à partida alimentava-se do vírus da barbárie, pois essa trilha é um caminho de incontinentes predadores e o próprio planeta esgotar-se-ia perante a sanha dessa depredação que progrediu em ordem geométrica e desembocou numa desenfreada especulação, quando até a riqueza se tornou insuficiente para a sua sede de lucro! (https://principia-scientific.org/harvard-strong-link-between-pollution-covid-19/https://www.nytimes.com/2020/04/07/climate/air-pollution-coronavirus-covid.htmlhttps://rebelion.org/la-pandemia-del-pensamiento-unico/).

Esse contraditório que existia desde antes, como durante a IIª Guerra Mundial, transferiu-se para a sequência de desequilíbrios, conflitos e tensões que aumentaram e não diminuíram, no corpo da IIIª Guerra Mundial, bem visível na longa luta de libertação em África, como nos processos neocoloniais que se lhe têm seguido, tornando África, com a América Latina, numa ultra periferia do sistema económico global! (https://diplomatique.org.br/frantz-fanon-uma-voz-dos-oprimidos/https://paginaglobal.blogspot.com/2020/05/a-luta-pela-hegemonia.html).

Em “A doutrina do choque”, Naomi Klein comprova o vírus neoliberal: (https://www.youtube.com/watch?v=JG9CM_J00bwhttps://naomiklein.org/the-shock-doctrine/).

«An investigation that spans four decades of history, from Chile after Pinochet’s coup to Russia after the collapse of the Soviet Union, from Baghdad under the US “Shock and Awe” attack to New Orleans after Hurricane Katrina. “Shock doctrine” describes the brute tactic of systematically using the public’s disorientation following a collective shock—wars, coups, terrorist attacks, market crashes, natural disasters—to push through radical pro-corporate measures, often called “shock therapy.”

Based on breakthrough historical research and four years of on-the-ground reporting in disaster zones, Klein explodes the myth that the global free market triumphed democratically, and that unfettered capitalism goes hand-in-hand with democracy. Instead, she argues it has consistently relied on violence and shock, and reveals the puppet strings behind the critical events of the last four decades.

The Shock Doctrine retells the story of the most dominant ideology of our time, how the “free market” came to dominate the world — Milton Friedman’s free market economic revolution. In contrast to the popular myth of this movement’s peaceful global victory, Klein shows how it has exploited moments of shock and extreme violence in order to implement its economic policies in many parts of the world from Latin America and Eastern Europe to South Africa, Russia, and Iraq.  A program of social and economic engineering that is driving our world, that Naomi Klein calls “disaster capitalism”.»


Esse vírus, tornou-se com esse império extremamente crítico, por que foi mantido congelado “deep inside” no santuário mental da aristocracia financeira mundial, num estádio de “pura” arrogância irracional capaz de genocídio e os que ousarem extirpá-lo ou enfrentá-lo, ou apenas denunciá-lo, seguindo com seu próprio exemplo a trilha da vida, tornam-se numa ameaça que a todo o transe havia que combater para extirpar, por que “não desse género podia proliferar”… (https://williamblum.org/books/americas-deadliest-exporthttps://rebelion.org/fidel-y-su-filosofia-de-la-vida/https://rebelion.org/estamos-ante-otro-fallo-masivo-y-colosal-del-capitalismo/;  https://www.voltairenet.org/article209890.html).

De há anos que vimos sublinhando a necessidade de se revogar duma vez por todas a “ordem” neoliberal na saúde por via duma série de intervenções sob o titulo “Uma saúde mercenária ao serviço (em nome) do mercado”, um tema que o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, agora abordou com sentido de oportunidade e clarividência, em função da crise global que comporta a pandemia do Covid-19… (https://www.gob.mx/presidencia/prensa/algunas-lecciones-de-la-pandemia-covid-19-241649https://www.youtube.com/watch?v=ZQKVwVwzg8ohttps://mundo.sputniknews.com/america-latina/202005041091315141-las-ocho-lecciones-que-deja-al-mundo-coronavirus-presentadas-por-lopez-obrador/https://paginaglobal.blogspot.com/2020/03/uma-saude-mercenaria-em-nome-do-mercado.html).


Cuba, uma ilha sem grandes recursos naturais disponíveis, assumiu em estado de socialismo essa trilha de vida, também por que o bloqueio obrigava aos Comandantes da Revolução a identificar-se sempre com as suas próprias fileiras, com o povo cubano enquanto prioridade das prioridades e em relação ao qual toda a inteligência revolucionária tinha premente necessidade de se exercitar, de se afirmar e de se sublimar!... (https://rebelion.org/fidel-ideas-para-el-cumpleanos-inolvidable-en-su-siemprevida/).

Ao fazê-lo Cuba tornou-se também num farol para todos aqueles que lutam na tão difícil trilha do socialismo, um farol para os que viveram o “socialismo real” que se esfacelou nos inícios da década de 90 do século XX, um farol para a revolução chinesa que em 70 anos, para rapidamente progredir integrou o mercado, inclusive o contaminado modelo de mercado capitalista intoxicado pela febre do lucro até à exaustão, um farol para todos nós, “os condenados da Terra”!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2015/06/pedagogia-de-luta.htmlhttp://misiones.minrex.gob.cu/es/china).

“Revolución es sentido del momento histórico; es cambiar todo lo que debe ser cambiado; es igualdad y libertad plenas; es ser tratado y tratar a los demás como seres humanos; es emanciparnos por nosotros mismos y con nuestros propios esfuerzos; es desafiar poderosas fuerzas dominantes dentro y fuera del ámbito social y nacional; es defender valores en los que se cree al precio de cualquier sacrificio; es modestia, desinterés, altruismo, solidaridad y heroísmo; es luchar con audacia, inteligencia y realismo; es no mentir jamás ni violar principios éticos; es convicción profunda de que no existe fuerza en el mundo capaz de aplastar la fuerza de la verdad y las ideas. Revolución es unidad, es independencia, es luchar por nuestros sueños de justicia para Cuba y para el mundo, que es la base de nuestro patriotismo, nuestro socialismo y nuestro internacionalismo”… sintetizou o Comandante Fidel naquele 1º de Maio inaugural do século XXI, há precisamente 20 anos… (http://www.cubadebate.cu/especiales/2020/05/01/aquel-dia-en-que-fidel-definio-a-la-revolucion-como-nunca-antes/#boletin202005001).

02- Aqueles que em África avaliaram previamente a imensa luta que se haveria de travar para lá das independências de bandeira num ambiente tão hostil, a ponto de haver devorado por dentro o “socialismo real” levado à implosão, assumem pela experiência de sua própria trajectória sujeita a inimagináveis provas, quão sôfrega está toda a humanidade pela própria vida, quando o planeta se esgota e é levado a profundas alterações climático-ambientais. (https://paginaglobal.blogspot.com/2015/11/angola-liberdade-que-se-alcancou-esta.htmlhttps://www.nytimes.com/2020/04/07/climate/air-pollution-coronavirus-covid.htmlhttps://sipri.org/commentary/blog/2020/coronavirus-shocks-human-development-and-sustaining-peace).

Não posso deixar de recordar quando Angola festejou as suas 4 primeiras décadas de bandeira içada:

“Neste 11 de Novembro de 2015, as minhas memórias estiveram bem presentes…

Enquanto na Praça do Mausoléu de Agostinho Neto o desfile comemorativo se espraiou sob meus olhos como um majestoso rio humano e eu repetia o gesto automático de disparar a pequena máquina fotográfica que gravou a afirmação de patriotismo e de esperança que tão intensamente se viveu, por dentro dos meus olhos húmidos, tocando-me por inteiro, tomando-me o cérebro e as entranhas, revivi aquele remoto 11 de Novembro de 1975 duma forma muito especial: reconstruindo secretamente os passos peregrinos e decididos do rio de minha própria juventude quando em Angola, entre o troar das armas, se afirmava e se assumia o sonho mais legítimo de liberdade!”…

A lógica com sentido de vida traz-nos alicerces fecundos, alicerces proactivos, fazendo com que aquele longínquo juramento de fidelidade que um dia fiz como tantos outros dos meus companheiros à pátria angolana, ganhe a cada instante asas entre sonho e realidade e propicie o fruto da criatividade tão necessária para assumir uma filosofia saudável em benefício da identidade nacional, das potencialidades numa ampla geoestratégia para um desenvolvimento sustentável, da necessidade da germinação duma cultura de inteligência patriótica alimentando o caminho das futuras gerações, da integração entre emergentes… (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/04/a-logica-com-sentido-de-vida-e.htmlhttp://paginaglobal.blogspot.pt/2017/05/angola-deve-reequacionar-as-abordagens.html).

Sobre as experiências e crónicas dos anos de brasa, haveria que se elevar a filosofia capaz de mudar o paradigma em função aliás da própria identidade nacional… (https://williamblum.org/chapters/killing-hope/angola).

Essa é a valorização que nos 45 anos da República de Angola merece ser efectivamente feita, por que a mudança de paradigma se implique numa outra filosofia, numa outra doutrina, numa outra ideologia, tudo isso capaz de se abrir a uma intensa via de diálogo em função duma incessante busca de participativos consensos, por que Angola precisa hoje ser pensada não mais sob a percepção de quem chegou por mar com todo o cortejo de hipocrisia e cinismo que até hoje parece prevalecer, mas de quem com base na água interior com fulcro no marco geodésico de Camacupa, encara o futuro numa perspectiva científica de desenvolvimento sustentável capaz de garantir o controlo e a gestão das grandes nascentes, capaz de garantir segurança vital para as presentes e futuras gerações! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2018/04/colocar-nossas-pernas-titubeantes-no.html).


03- Doenças desconhecidas haveriam de surgir em regiões onde a contaminação era elevada à escala da saturação, sobretudo ali onde as indústrias decorrentes da Revolução Industrial ainda eram massivamente mantidas quase que no seu estado original. (https://www.weforum.org/agenda/2020/04/coronavirus-and-the-climate-a-convergence-of-crises/https://principia-scientific.org/harvard-retreats-on-air-pollution-coronavirus-deaths-link/;  https://naomiklein.org/on-fire/).

Se já estavam em curso em todo o planeta profundas alterações climático-ambientais é nas imensas cidades industriais que um risco da natureza desta pandemia haveria de encontrar receptáculo propício para, a partir delas, proliferarem por toda a humanidade! (https://voxeu.org/article/china-climate-and-covid-19https://www.youtube.com/watch?v=DVgwmO8RYX0).

Assim aconteceu em fulcros como Wuhan, Bérgamo, Londres, Nova-York… também por que a circulação do ar atmosférico sobre essas cidades se confinava a bacias que, por muito abertas que sejam, dificilmente se podem oxigenar, reciclar e revitalizar! (https://www.woodtv.com/bills-blog-2/the-weather-in-wuhan-china-and-bergamo-italy/https://www.weforum.org/agenda/2020/04/the-deadly-link-between-covid-19-and-air-pollution/).

Com a sucessão de conflitos, tensões e guerras, as pandemias associadas as desequilíbrios naturais e humanos, tinham mesmo de surgir, por que o laboratório que é o planeta, ao ser provocado pelas artes e pelas engenharias resultantes das irracionalidades da Revolução Industrial a que se acrescentou a exaustão neoliberal, sem melhor alternativa só se poderia “abrir” para o desconhecido…(https://www.voltairenet.org/article209821.html).

A maior parte dos cientistas consultados pela Organização Mundial da Saúde se inclinam para o argumento de que a pandemia do Covid-19 surgiu de causas naturais e não dum qualquer laboratório, ainda que sob a tutela dum “ninho de vespas”!... (https://www.bbc.com/portuguese/geral-51842518https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2020-05-01-covid-19-oms-reitera-origem-natural-do-novo-coronavirus/).

O foco sobre terem sido laboratórios a disseminar o vírus, é um efeito de guerra psicológica tendente a propositadamente desviar a atenção da humanidade sobre as preocupações reais… uma vez mais a guerra psicológica que anima a IIIª Guerra Mundial em curso desde 9 de Maio de 1945! (https://actualidad.rt.com/actualidad/352693-rusia-conversacion-seria-eeuu-distorsionar-papel-union-sovietica-guerrahttps://actualidad.rt.com/actualidad/352645-moscu-podemos-resignarnos-reescribir-historia-mensaje-eeuu-reino-unido-derrotar-nazismo).


04- Alguns são capazes de, quando eu abordo os impactos neoliberais em Angola, supor que o faço com uma escondida fórmula de vingança sobre o que alguns pretenderam comprovadamente fazer da trajectória de alguns milhares de camaradas e antigos combatentes, fieis ao movimento de libertação em África e ciosos de independência e de vida, particularmente após o 31 de Maio de 1991, data do Acordo de Bicesse! (http://paginaglobal.blogspot.pt/2017/09/um-longo-caminho-para-paz.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2019/05/reflexos-condicionados.html).

Outros julgam que somos “lunáticos”, ou sujeitos a “stress” e perdemos a faculdade de distinguir o que de facto pertence à civilização quando o homem e o respeito pelo planeta, está não só no centro das atenções, mas é um paradigma prioritário por quem avalia justamente que há uma espécie que cada vez mais está em perigo. (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/06/angola-aprender-reinterpretando.html;  https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/02/angola-recesion-crisis-e-imperio/).

Assim provavelmente seria se porventura não fosse aberta a perspectiva proactiva de chamar a atenção para a necessidade dessa profunda mudança de paradigma, um pouco como fez Cuba Revolucionária e seu povo!

É precisamente nesta hora decisiva em que a crise global do vírus capitalista e imperial surge entremeada com a pandemia do Novo Coronavírus, que em Angola se está a sentir de forma tão colectiva a necessidade de se lutar pela sobrevivência e pela vida, tal como fizeram um dia os guerrilheiros do movimento de libertação, com a salutar decisão de unidade e de coesão que a pandemia afinal também nos obriga! (http://www.angop.ao/angola/pt_pt/portal/multimedia/tv-angop/2020/4/19/prorroga-Estado-Emergencia,d1db8282-b336-49d1-b0f4-9c05bc05ded8.htmlhttps://unctad.org/en/pages/newsdetails.aspx?OriginalVersionID=2333).

É também desse modo que se deve valorizar a antropologia e a história contemporânea deste país, que nas horas mais decisivas de luta pela sua autodeterminação e independência mereceu a solidariedade e o internacionalismo de Cuba Revolucionária numa aliança imprescindível que, evocando a heroicidade da escrava Carlota, evocava também a necessidade de se alcançar uma plataforma de segurança vital mínima, aberta ao futuro com horizontes a muito, muito longo prazo!... (https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/04/12/bajo-el-espiritu-de-la-operacion-carlota/).

Sobreviver em pleno século XXI, à medida que o abismo está à vista, só poderá ser possível numa consolidada base saudável de segurança vital, em relação à qual finalmente se pode estar no começo!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/04/estado-de-emergencia-em-angola-no-15-dia.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2017/08/pela-vida-para-toda-humanidade-e-pelo.htmlhttps://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2020051115566815-diversos-lugares-da-terra-alcancam-temperaturas-perigosas-para-vida-diz-estudo/).

Martinho Júnior -- Luanda, 10 de Maio de 2020

Imagens: 
01- Killing Hope – U.S. Military and CIA Interventions Since World War II – William Blum – https://williamblum.org/books/killing-hope;
02- Cómo queda el mapa de poder en términos geopolíticos despúes de la pandemia? - Lo que está pasando a nivel internacional es bastante chocante. Está eso que llaman la Unión Europea. Escuchamos la palabra “unión”. Vale, mira Alemania, que está gestionando la crisis muy bien… En Italia la crisis es aguda… ¿Están recibiendo ayuda de Alemania? Afortunadamente están recibiendo ayuda, pero de una “superpotencia” como Cuba, que está mandando médicos. O China, que envía material y ayuda. Pero no reciben asistencia de los países ricos de la Unión Europea. Eso dice algo… – Noam Chomsky – https://rebelion.org/estamos-ante-otro-fallo-masivo-y-colosal-del-capitalismo/;
03- An investigation that spans four decades of history, from Chile after Pinochet’s coup to Russia after the collapse of the Soviet Union, from Baghdad under the US “Shock and Awe” attack to New Orleans after Hurricane Katrina. “Shock doctrine” describes the brute tactic of systematically using the public’s disorientation following a collective shock—wars, coups, terrorist attacks, market crashes, natural disasters—to push through radical pro-corporate measures, often called “shock therapy.” – “The shock doctrine” – Naomi Klein – https://naomiklein.org/the-shock-doctrine/;
04- Sobre as guerras - Eduardo Galeano;

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