sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Costa rejeita deixar idosos fora do acesso prioritário à vacina contra a Covid-19

O primeiro-ministro defende que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".

O primeiro-ministro rejeitou, esta sexta-feira, a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem doenças graves não terem acesso prioritário às vacinas contra a Covid-19, alegando que "há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos".

"Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade", declarou António Costa à TSF, numa mensagem também partilhada na sua conta oficial de Twitter, depois de questionado sobre a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem comorbilidades ficarem de fora do acesso prioritário à vacina contra o novo coronavírus.

Segundo uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, reproduzida pelos meios de comunicação social, as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, os funcionários e utentes de lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a Covid-19.

O Governo criou uma 'task-force' para coordenar todo o plano de vacinação contra a Covid-19, desde a estratégia de vacinação à operação logística de armazenamento, distribuição e administração das vacinas, que tem um mês para definir todo o processo.

Segundo um despacho publicado na quarta-feira em Diário da República, assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde, esta task-force tem um mandato de seis meses, renovável em função do progresso da operacionalização da vacinação contra a Covid-19.

A 'task-force' tem um núcleo de coordenação, liderado pelo ex-secretário de Estado Francisco Ramos e que inclui elementos da Direção-Geral da Saúde, Infarmed e dos ministérios da Defesa Nacional e da Administração Interna e conta com o apoio técnicos de diversas estruturas, como o Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P. (INÇA), os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e o Serviço de Utilização Comum.

Portugal contabiliza pelo menos 4.209 mortos associados à Covid-19 em 280.394 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O país está em estado de emergência desde 9 de novembro e até 8 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.

TSF | Lusa | Imagem: Mário Cruz/Lusa

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