terça-feira, 3 de novembro de 2020

Eleições nos EUA? Mais do mesmo, para não variar

Eleições presidenciais nos EUA. É hoje, é hoje! Uma novela que se mantém nas parangonas dos média há quase “séculos”. Um fartum. Todos nós damos demasiada importância àquele Império do Mal, interno e externo. Uma boa dose de desprezo não faria mal, antes pelo contrário. Trump, Biden. Biden, Trump… Entre a merda e o cagalhão venha o diabo e escolha.

Dizemos assim, sem diplomacia. Desculpem, mas temos de ser honestos. O diretório do mal continua por lá e são esses que decidem. Quem são? Não sabemos exatamente sobre todos mas que ali estão gentes más, mesmo más, mesmo gananciosas, mesmo com desprezo pela vida de outros, mesmo ladrões, mesmo desumanos, mesmo egoístas… Não temos dúvidas sobre isso. E dos bons, por lá, já pouco reza a história. Cada vez existem mais velhacos na *grande maçã” e em seu redor.

Trump ou Biden… Venha o diabo e escolha. Os cidadãos norte-americanos têm nada por onde escolherem neste dia de votação. Mais coisa menos coisa irá tudo dar no mesmo. Não esperem grandes diferenças na prática dos que puxam por lá e pelo mundo os cordelinhos dos poderes. As vítimas são sempre o povo dos EUA e os que no mundo estão sujeitos aos seus domínios, às chantagens, aos roubos, às opressões, às desumanidades impostas com as guerras, com a devastação do planeta, da natureza.

Avançando para finalizar. Não tenham esperanças de que algo de muito importante para os EUA e o mundo mude para bem e significativamente, porque vamos assistir a mais do mesmo. Pobres dos povos dos EUA e dos que estão a ser dominados pelo comprovado Império do Mal ou estão na mira da sua ânsia de os dominar.

Bom dia. Lamentando o nosso estado tão negativista. Lamentamos que tudo tenha que ver com a realidade imposta a este planeta. Aos povos e à natureza que nos rodeia e vimos definhar. Progresso? Que progresso? Justiça? Que justiça? Democracia? Que democracia? Soberania? Que soberania?

Eleições nos EUA? Mais do mesmo, rumo a um futuro pior para todo o mundo. Pobres dos povos dos EUA e do resto do mundo por "eles" dominado. Pobre planeta.

Bom dia. Pule para o Curto, do Expresso.

SC | PG


Bom dia, este é o seu Expresso Curto

Dia D nos EUA. Será de Donald ou de derrota?

João Silvestre | Expresso

Bom dia,

Hoje é dia de eleições nos EUA. O dia em que se vai decidir a continuidade de Donald Trump na Casa Branca. Se não quiser perder nada, fique connosco no Expresso. Vamos ficar aqui, madrugada dentro, a acompanhar os resultados ao minuto. Sem a certeza, sequer, de termos um vencedor declarado na manhã de quarta-feira. Já lá vamos.

Neste momento, todas as sondagens apontam para a vitória de Joe Biden. Varia o número, mantém-se a tendência. Com base num modelo que usa sondagens e outras variáveis, o mago das estatísticas Nate Silver, do FiveThirtyEight, atribui uma probabilidade de vitória de 90% ao ex-vice de Barack Obama contra apenas 10% de Donald Trump. Já a revista The Economist ainda dá maiores chances a Biden: 96% de probabilidade de ganhar. Mas, atenção, isto não quer dizer que Trump está derrotado. É, aliás, o próprio Nate Silver que o diz ao lembrar que 10% não é zero.

É a 59ª eleição presidencial nos EUA. Mas não é uma eleição qualquer. Não apenas o país enfrenta uma violenta segunda vaga da pandemia como, apesar da recuperação do PIB no terceiro trimestre, vive sérios problemas na economia. Está em causa a reeleição de Donald Trump que, confirmar-se, avisam alguns, pode ser um perigo para a democracia americana. Leia-se, por exemplo, o editorial do New York Times publicado a meio de outubro que classificava Trump como “a maior ameaça à democracia americana desde a Segunda Guerra Mundial”. Ou o texto do famoso colunista Thomas Friedman, no mesmo diário duas semanas antes, que recorria igualmente à história para colocar o nível da ameaça à democracia acima da Guerra Civil, de Pearl Harbour ou da crise dos mísseis de Cuba. Ou ainda as palavras de Clara Ferreira Alves no Expresso que avisava que “se a eleição correr mal a Trump, não hesitará em atiçar as milícias da igreja de fiéis, e em desafiar a ‘lei e ordem’”.

Na verdade, há sinais de que as coisas podem complicar-se. Há quem garanta que Donald Trump tem um plano para ganhar mesmo não ganhando, antecipando a declaração de vitória antes de estarem contados todos os votos, ou que poderá tentar declarar uma fraude se os números não lhe forem favoráveis. Nada tranquilizador é o facto de as vendas de armas nos EUA terem disparado no mês de outubro. Uma das dúvidas neste momento é saber como irão as principais redes sociais lidar com as eleições numa altura em que tem havido grande polémica sobre algumas das suas decisões.

A poucos dias da eleição, para gáudio de Trump, saíram os dados do PIB dos EUA no terceiro trimestre que deu um salto de 33,1% – na taxa actualizada, ou seja, quatro trimestres a crescer ao ritmo de 7,4% que foi o efectivamente registado naqueles três meses. Mas isso não esconde a dura realidade para o inquilino da Casa Branca: a pandemia e crise económica vieram baralhar drasticamente as contas de Trump que contava ter um ano 2020 de grande pujança. Já agora, confira a aqui as principais propostas económicas dos dois candidatos.

A pandemia é um dos principais pontos de confronto entre ambos. Trump tem sido acusado pela forma como lida com a pandemia e, em particular, por não ter suficiente cuidado. Agora, um estudo da universidade de Stanford estima que os seus comícios tenham provocado 30 mil infetados e 700 mortos – uma notícia do Expresso com direito a reação da Casa Branca.

Para ver também antes da noite eleitoral, um guia sobre o sistema americano que explica como é possível, e já aconteceu várias vezes, um candidato ter o maior número de votos e não ser eleito presidente.

OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro

Marcelo Rebelo de Sousa vai decretar o estado de emergência, como disse ontem em entrevista à RTP, mas será um estado de emergência “diferente e muito limitado”. O Presidente da República assumiu ainda “a responsabilidade suprema” por “atrasos, improvisos e erros” na gestão da pandemia.

O novo estado de emergência servirá para lidar com quatro questões que António Costa já tinha enunciado de manhã à saída da reunião em Belém: limite à circulação, controlo de temperatura, utilização de meios de saúde privados e a possibilidade de usar funcionários públicos ou militares em tarefas de saúde pública. Foi, aliás, aquilo que Marcelo queria há já algum tempo. Costa justificou o pedido do Estado de emergência com a necessidade de ter enquadramento jurídico adequado. Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito, as limitações à circulação entre concelhos no último fim-de-semana eram meras “recomendações agravadas” e agora, avisam os especialistas, tal também acontece com o dever de confinamento domiciliário.

Siga toda a informação no direto do Expresso. Confira também as medidas anunciadas por Costa no último sábado, os últimos números da pandemia no dia com mais mortos de sempre e conheça, em detalhe, como vai funcionar o novo regime de teletrabalho obrigatório.

A contratação colectiva afundou com a pandemia, escreve o Jornal de Negócios na edição de hoje.

PSD, CDS e PPM chegaram ontem a acordo para o Governo dos Açores.

No futebol, hoje é dia de Liga dos Campeões. O FC Porto recebe o Marselha para a terceira jornada da fase de. Uma vitória coloca o Porto em excelente posição para garantir a qualificação.

Ontem à noite, o Benfica perdeu por três golos com o Boavista no Bessa, na sua primeira derrota no campeonato.

dívida pública subiu em setembro para 130% do PIB, revelou o Banco de Portugal. E a subida não se ficará por aqui até final do ano. Igualmente a subir está o crédito bancário aos particulares, para consumo e para compra de casa.

Recomeçou o julgamento de Tancos. O primeiro dia foi marcado por contradições entre Valter Abreu e Filipe Sousa, tio e sobrinho, cuja dica esteve na origem do assalto.

Lá fora

Embora, por estes dias, o noticiário internacional esteja dominado pelas eleições nos EUA, há outros assuntos na atualidade. Em Viena, na Aústria, vários ataques a tiro que fizeram um número ainda indeterminado de mortos e feridos.

Na Bielorrússia, a repressão continua e, só na manifestação do último domingo em Minsk que juntou entre 20 mil e 30 mil manifestantes, foram detidas 300 pessoas.

Morreu o jornalista britânico Robert Fisk. Tinha 74 anos e era o mais conhecido correspondente estrangeiro no Médio Oriente.Vivia no Líbano desde o final da década de 70 e tem, no currículo, entre muitos outros trabalhos, três entrevistas com Osama bin Laden.

Edward Snowden, o americano que denunciou as atividades de espionagem da agência americana NSA, pediu cidadania russa, país onde vive desde 2013.

No Reino Unido, o antigo eurodeputado eurocético, Nigel Farage, quer transformar o seu partido num partido anti-confinamento. No Labour, muitos não gostaram da reação do ex-líder, Jeremy Corbyn, às acusações de anti-semitismo. Acham que devia “aceitar honestamente as denúncias, pedir desculpa e seguir em frente”.

Trinta e dois jornalistas foram mortos desde o início do ano. Os números são da organização Repórteres sem Fronteiras.

FRASES

“Contam-se pelos dedos os responsáveis políticos que em tempos de pandemia são reeleitos”, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República em entrevista à RTP


“Sabia que não íamos ficar invencíveis” , Jorge Jesus, Treinador do Benfica depois de derrota por 0-3 no Bessa com o Boavista

O QUE ANDO A LER

Colson Withehead conseguiu o feito raro de vencer dois prémios Pulitzer. Primeiro em 2017, com “A Estrada Subterrânea”, e novamente este ano com este “Os Rapazes de Nickel”. Embora de classe privilegiada, com casa nos Hamptons e estudos em Harvard, Whitehead é afro-americano e é sobre isso que escreve. Sobre discriminação, escravatura, racismo e sobre uma sociedade onde, tantos anos depois do fim da Guerra da Secessão, as injustiças prevalecem.

“Os Rapazes de Nickel” conta a história de um jovem negro, bom estudante e com muitos sonhos para concretizar, que foi apanhado numa confusão com a justiça e acabou no reformatório de Nickel, na Flórida. Um sítio sórdido, inspirado na história real da Dozier School for Boys, onde não só negros e brancos eram completamente segregados como, além disso, existiam frequentes abusos físicos e até homicídios.

Sobre o tema do racismo – e da escravatura – vale também a pena da uma espreitadela à feira Good Lord Bird que estreou recentemente na HBO. Com uma notável interpretação de Ethan Hawke, conta a história de um escravo fugido no Kansas que se cruza com John Brown, o abolicionista que na década de 50 do século XIX, combateu de forma violenta a escravatura nos EUA. É inspiração e herói para uns, terrorista para outros.

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