quarta-feira, 4 de março de 2020

Zizek vê o poder subversivo do Coronavírus


Mercados financeiros em pânico. Indústria de automóveis parada. Cidades sem trabalho. Aos poucos, pandemia transtorna normalidade opressora do capitalismo, expõe suas entranhas e mostra: outras formas de estar no mundo são necessárias

Slavoj Žižek | Outras Palavras | Tradução: Simone Paz

A disseminação contínua da epidemia do coronavírus acabou desencadeando, também, certas epidemias de vírus ideológicos que estavam adormecidos em nossas sociedades: fake news, teorias da conspiração paranoicas e explosões de racismo.

A quarentena, devidamente fundamentada em evidências médicas, encontrou um eco na pressão ideológica por estabelecer fronteiras estritas e isolar os inimigos que representam uma ameaça à nossa identidade.

Mas, talvez, outro vírus muito mais benéfico também se espalhe e, se tivermos sorte, irá nos infectar: o vírus do pensar em uma sociedade alternativa, uma sociedade para além dos Estados-nação, uma sociedade que se atualiza nas formas de solidariedade e cooperação global.

Especula-se que o coronavírus pode levar à queda do regime comunista chinês, do mesmo jeito que a catástrofe de Chernobyl foi a gota d’água que levou ao fim o comunismo soviético (como o próprio Gorbachev admitiu). Mas existe um paradoxo nesta situação: o coronavírus também nos levará a reinventar o comunismo, com base na confiança nas pessoas e na ciência.

Defesa russa diz que terroristas tentaram executar ataque químico em Idlib


Grupo de 15 terroristas tentou realizar ataque com explosivos e substâncias químicas na província síria de Idlib.

Informação do Centro Russo de Reconciliação para a Síria, subordinado ao Ministério da Defesa da Rússia, declarou:

"Devido à falta de experiência e habilidade de manipular agentes químicos, os terroristas acabaram por abrir um recipiente [com substâncias tóxicas] provocando o vazamento de substâncias próximo de si. Como resultado, os terroristas sofreram forte intoxicação química, não tendo conseguido acionar os explosivos e realizar o ato provocativo".

Parar o exército sírio

Ainda de acordo com o órgão, os terroristas pretendiam impedir o avanço das forças governamentais sírias na parte ocidental da cidade de Saraqeb (província de Idlib) e depois acusar o governo sírio de usar armas químicas.

Além disso, o órgão afirmou que as provas do incidente serão trazidas a público em breve.

Ataques forjados

Ainda no mês passado, o centro havia informado que mais de 10 Capacetes Brancos foram vistos em local próximo da cidade síria de Maarat al-Artik com equipamentos para simular um ataque com agentes tóxicos.

Os envolvidos estavam acompanhados por militantes do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), grupo terrorista afiliado à Al-Qaeda e anteriormente denominado Frente al-Nusra (organizações terroristas proibidas na Rússia e em outros países).

Ações deste tipo geralmente visam denegrir a imagem tanto do governo sírio como dos militares russos no país.

Sputnik | Imagem: © AFP 2020 / Amer Almohibany

Fortificações terroristas em Idlib 'fundiram-se' com postos de observação turcos


O porta-voz do Ministério da Defesa russo afirmou que o Ocidente ignora a entrada de tropas da Turquia na província síria de Idlib, em violação do direito internacional.

Segundo o major-general russo Igor Konashenkov, durante o período de vigência dos acordos de Sochi entre a Rússia e a Turquia sobre a zona de desescalada em Idlib, todos os alertas oficiais da Rússia à ONU e aos países ocidentais foram deixados sem resposta.

Desde o início de fevereiro, a Síria é acusada pelo Ocidente de supostos "crimes de guerra", "desastre humanitário" e "fluxos de milhões de refugiados" em Idlib, comentou Konashenkov.

"Ninguém no Ocidente repara nas ações do lado turco, que lançou um grupo de ataque para Idlib com um número de soldados equivalente a uma divisão mecanizada [vários milhares de soldados] em violação do direito internacional, para 'alcançar a qualquer custo a implementação dos acordos de Sochi'", complementou.

Profundas desigualdades na distribuição da riqueza


Fernando Marques | AbrilAbril | opinião

Um estudo publicado em 2017 de uma equipa que inclui o economista francês Gabriel Zucman concluiu que o valor colocado em paraísos fiscais equivalia a 10% do PIB mundial.

As desigualdades na distribuição da riqueza são menos conhecidas que as relativas ao rendimento. Devemos no entanto separar «riqueza» de «rendimento», muito embora não sejam realidades estanques. Mostra-o o facto de as pessoas ricas serem também, em geral, pessoas com rendimento elevado.

Mas são realidades diferentes. A riqueza é estatisticamente medida pelos activos que as famílias possuem. Estes activos (ou património) podem ser reais, como casas de habitação, terrenos, objectos de arte, automóveis, etc., incluindo-se também os negócios por conta própria. E podem ser financeiros, como depósitos bancários, acções cotadas, títulos de dívida transacionáveis, etc. Já no rendimento, as categorias mais correntes são os salários e as pensões, embora também abranjam outras fontes, como os subsídios, as rendas e os juros.

No que respeita à divulgação de informação, o foco tem sido posto no rendimento, o que se compreende, pois há menos estatísticas sobre a riqueza. Apesar disso, o INE e o Banco de Portugal (BP) efectuam de três em três anos um Inquérito à Situação Financeira das Famílias (ISFF), o qual, por se enquadrar num projecto europeu, permite a comparabilidade com outros países.

O ISFF teve três edições (2010, 2013 e 2017) estando prevista a realização de um novo inquérito este ano. Este inquérito permite conhecer a evolução da riqueza líquida (isto é, descontada das dívidas), a sua composição e o endividamento, incluindo o serviço da dívida e as restrições no acesso ao crédito.

Permite também conhecer a desigualdade na distribuição da riqueza, bem como compará-la com a do rendimento, aspectos essenciais do ponto de vista deste artigo1.

Extradição de Assange: Poderá um toque francês furar a farsa neo-orwelliana?


– Os media corporativos lusitanos fazem silêncio acerca do julgamento de Assange
– Sindicato dos Jornalistas também se omite
– Assange é impedido de contactar livremente com os seus advogados

Pepe Escobar [*]

É bastante adequado que o destino judicial de Julian Assange – imperialmente pré determinado – esteja a ser jogado na Grã-Bretanha, a terra natal de George Orwell. [1]

Como descrito pelos penosos, dolorosos, relatórios do embaixador Craig Murray, o que está a acontecer no tribunal de Woolwich Crown é uma farsa sub-orwelliana com toques de Conrad [2] : o horror... o horror..., reencenada para os frenéticos anos vinte. O cerne das nossas trevas mentais não está no Congo: está numa lúgubre sala de tribunal ligada a uma penitenciária, presidida por uma desprezível lacaia imperial.

Num dos livros de Michel Onfray publicado no ano passado, Theorie de la Dictature (ed. Robert Laffont), o principal dissidente e politicamente incorrecto filósofo francês principia exactamente a partir de Orwell ao examinar as características chave da nova imagem de uma ditadura. Ele rastreia sete caminhos de destruição: destruir a liberdade, empobrecer a linguagem, abolir a verdade, suprimir a história, negar a natureza, propagar o ódio e aspirar ao império.

Para destruir a liberdade, enfatiza Onfray, o poder precisa assegurar vigilância perpétua; destruir a vida pessoal; suprimir a solidão; tornar a opinião uniforme e denunciar crimes de pensamento. Isto soa como o roteiro do governo dos Estados Unidos para a perseguição de Assange.

Outros caminhos, como no empobrecimento da linguagem, incluem a prática da novilíngua (newspeak); utilizando dupla linguagem; destruindo palavras; oralizando a linguagem; falando uma linguagem única e suprimindo os clássicos. Isto soa como o modus operandi das classes dominantes do Poder hegemónico.

Para abolir a verdade, o poder deve ensinar ideologia; instrumentalizar a imprensa; propagar fake news e produzir realidade. Para propagar o ódio, o poder, entre outros instrumentos, deve criar um inimigo; fomentar guerras e psiquiatrizar o pensamento crítico.

Não há dúvida de que já estamos atolados profundamente dentro desta distopia neo-orwelliana.

Angola | Combater a nossa pobreza


Jornal de Angola | editorial

O anúncio do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, com uma verba mensal de 25 milhões de kwanzas para os municípios implementarem, de acordo com a ministra de Estado para a Área Social, constitui um passo certo nesta altura. Sabemos todos que os níveis de pobreza nas comunidades aumentaram significativamente ao ponto de numerosas famílias, hoje, lutarem para assegurarem, pelo menos uma única refeição ao dia.

 Trata-se de uma situação que, mais do que causar vexame, deve mover-nos a todos no sentido da acção, da busca das melhores soluções, com o devido acompanhamento, correcções e controlo.

O Governo pretende contar com todos, para a efectivação do referido programa, nomeadamente os operadores privados, as organizações da sociedade civil, apenas para mencionar estas entidades. Na verdade, é incontornável o envolvimento das comunidades a todos os níveis para o sucesso do programa porque, como é fácil de compreender, são elas que melhor conhecem as dificuldades e problemas que vivem. Não vale a pena implementar projectos que, à partida possam parecer proveitos para as comunidades, mas que depois se mostram inadequados, inoportunos e muitas vezes desnecessários. Para o sucesso desse programa ambicioso e condicionando ou não a sua materialização, não há dúvidas de que vai ser sempre melhor ouvir as comunidades para se familiarizar com as suas aspirações e expectativas.

Isabel dos Santos ainda pode contestar ação interposta pelo Estado angolano


Ação principal contra Isabel dos Santos deu entrada no Tribunal de Luanda. Jurista lembra que se não for provado que a empresária está efetivamente em dívida, Ministério Público corre o risco de ter de indemnizá-la.

A ação interposta no Tribunal Provincial de Luanda pelo Estado angolano, que reclama um crédito de mais de mil milhões de dólares, dá seguimento ao arresto de contas bancárias e participações sociais da empresária Isabel dos Santos, do seu marido Sindika Dokolo e do gestor Mário Leite da Silva em dezembro último.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), terá havido uma tentativa dos visados em pagar as dívidas em kwanzas, o que foi recusado porque o acordo afinal teria sido de um pagamento em euros.

A DW África falou sobre o caso e possíveis cenários com o jurista angolano Albano Pedro.

DW África: O gesto revela uma atuação de má fé ou tentativa de ganhar tempo?

Albano Pedro (AP): Penso que isso tudo está no âmbito negocial. Na verdade, a dívida sendo uma situação que decorre de uma ação cível, ela admite a possibilidade de as partes negociarem. Devemos admitir que este dinheiro era uma proposta, era uma tentativa de negociar que não pode ser descartada nos processos cíveis. Agora o que temos de entender é que quando o Estado angolano não aceita que estes valores, afinal acordados em dólares, sejam pagos em kwanzas, significa apenas que o Estado não aceitou a proposta, não aceitou que aquilo que foi convencionado no contrato fosse alterado em kwanzas. E é óbvio que isso não ofende de forma nenhuma a ordem jurídica em termos de contrato. Portanto, se o Estado não aceita que seja pago em kwanzas, obviamente a parte devedora fica obrigada a cumprir aquilo que está claramente no contrato.

As contradições dos EUA com África


Mike Pompeo tenta apresentar uma visão positiva para a cooperação dos EUA durante périplo por países africanos, mas analista considera que administração Trump sinaliza exatamente o contrário.

No último dia de vista a países africanos, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, fez um discurso político na Comissão Económica das Nações Unidas para África antes de voar para a Arábia Saudita.

"Os países devem ter cuidado com os regimes autoritários e os seus promessas vazias", disse Pompeo em seu discurso em Adis Abeba, na Etiópia. "Eles criam corrupção, dependência e instabilidade, não prosperidade, soberania e progresso", completou.

Na terça-feira (18.02), secretário de Estado encorajou a cooperação entre Etiópia, Sudão e Egito para um acordo sobre a barragem do Nilo Azul - que provocou uma crise diplomática de anos entre Cairo e Adis Abeba – mas advertiu que um acordo pode levar meses. "A nossa missão não é impor uma solução. É fazer com que os três países se unam em torno de uma solução que eles reconheçam e atenda as suas preocupações", disse.

A Etiópia diz que o projeto hidroelétrico é crucial para o seu desenvolvimento económico, mas o Egito considera que a barragem afetará o fluxo do Nilo, a sua principal fonte de água doce. O Governo etíope espera que a barragem do Nilo Azul torne o país no maior exportador de energia de África, produzindo mais de 6 mil megawatts.

Joe Biden à frente na "super terça-feira" democrata nos EUA


Joe Biden venceu as primárias democratas nos Estados Unidos em pelo menos oito estados na "super terça-feira", enquanto o senador Bernie Sanders conquistou quatro, incluindo a Califórnia, indicam os dados preliminares.

A disputa entre os candidatos democratas Bernie Sanders e Joe Biden acabou por se revelar renhida nesta "super terça-feira". Um dia de eleições que é sempre muito aguardado nos Estados Unidos em anos de presidenciais. Esta terça-feira (03.03), eleitores de 14 estados e um território votaram no candidato democrata que querem ver defrontar Donald Trump nas eleições de novembro.

Apesar das sondagens apontarem para a vitória do senador de Vermont Bernie Sanders, a verdade é que o ex-vice-presidente norte americano Joe Biden acabou por conquistar vários estados.

De acordo com as projeções divulgadas durantes as primeiras horas, Joe Biden sairá vencedor em pelo menos oito estados. Já Bernie Sanders terá sido o mais votado em pelo menos cinco. No entanto, o democrata progressista poderá conseguir um maior número de delegados, uma vez que venceu num dos estados mais populosos, a Califórnia.

O segundo estado mais populoso é o Texas, cujos resultados ainda não foram divulgados. Os restantes candidatos ficaram aquém das expectativas.

Há doenças que valem mais do que outras?


Pedro Tadeu | TSF | opinião, em 02 Março, 2020

Segundo a ONU, há 820 milhões de pessoas que passam fome no mundo e a cada quatro ou cinco segundos há uma pessoa, muitas vezes criança, que morre por não comer o suficiente para sobreviver.

A malária, uma doença que, apesar de estar em queda assinalável, atinge mais de 200 milhões de pessoas no mundo, mata ainda 300 a 400 mil pessoas todos os anos.

A pneumonia mata 16 pessoas por dia em Portugal e mais de 11 mil só na Europa.

As doenças cardiovasculares, as chamadas doenças do coração, matam cerca de 17 milhões de pessoas todos os anos e um estudo recente do Centro de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa afirma que até 2036 vamos ter em Portugal um aumento de 70% de mortes devido à insuficiência cardíaca, por causa do efeito do envelhecimento da população.

E o cancro provoca cerca de 26% de todas as mortes no planeta.

Todos este números servem para eu tentar aqui relativizar o medo que parece estar instalado à escala global com os números do coronavírus, uma doença que até agora, desde dezembro/janeiro, provocou cerca de três mil mortes mas que mobilizou já meios de combate e de prevenção gigantescos e que parece estar a assustar as pessoas muito para lá da racionalidade e da prudência saudáveis.

Note-se que em Portugal ainda não há notícia de haver uma pessoa residente infetada (embora seja inevitável que isso vá acontecer) e já li que na semana passada houve em alguns sítios uma corrida à compra de máscaras (que esgotaram rapidamente) a medicamentos para aliviar sintomas e até a desinfetantes nos hipermercados.

Portugal | Inspetores da ASAE detidos por suspeitas de corrupção


Cinco inspectores da ASAE detidos por suspeitas de passarem informações a estabelecimentos de restauração

São elementos da delegação Sul da ASAE. Os alegados actos de corrupção passiva estão relacionados com acções de fiscalização.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira cinco inspectores por suspeita do crime de corrupção passiva. Fonte ligada ao processo avançou à agência Lusa que os detidos são cinco inspectores da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e que os actos de corrupção estão relacionados com acções de fiscalização.

Segundo a mesma fonte, a operação da PJ incidiu sobre a actuação de elementos da delegação Sul da ASAE.

Na tarde desta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Judiciária enviaram uma nota às redacções onde referem que “a Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e no contexto da realização da operação Iceberg, procedeu à detenção de cinco arguidos, todos do sexo masculino, os quais estão fortemente indiciados pela prática de crimes cometidos no exercício de funções públicas, designadamente, de corrupção passiva para acto ilícito, no âmbito de dois inquéritos dirigidos pelo DIAP Regional de Lisboa – 1.ª Secção”.

Portugal | Fisco faz buscas em vários clubes, incluindo F.C. Porto, Benfica e Sporting


A Autoridade Tributária está a realizar buscas, esta quarta-feira (04.03), em vários clubes de futebol, incluindo F. C. Porto, Benfica e Sporting, numa operação relacionada com crimes fiscais.

São cerca de 50 buscas e estão a decorrer em simultâneo em todo o país em clubes e instalações das SAD´s de vários clubes de futebol e também em casa de dirigentes desportivos, confirmou o JN.

A operação visa a recolha de documentos no âmbito da investigação de crimes fiscais relacionados com transferências milionárias de jogadores com indícios de fuga ao fisco. Existem pagamentos de comissões a empresários que os investigadores do Fisco querem "passar a pente fino".

O JN sabe que um dos empresários visados é Jorge Mendes, conhecido como o "super-agente".

As buscas incluem as casas do dirigente do F. C. Porto Pinto da Costa; do presidente do Benfica Luís Filipe Vieira; jogadores de futebol e advogados, nomeadamente Carlos Osório de Castro, que representa Cristiano Ronaldo.

Entre os clubes visados estão ainda o Sporting de Braga, Vitória de Guimarães, Marítimo, Estoril e Portimonense, entre outros.

A operação teve a cooperação e troca de informações com entidades estrangeiras. A investigação tem pelo menos quatro anos.

Alexandre Panda com S.A. | Jornal de Notícias | Imagem: Global Imagens

…E o que é que Rui Pinto sabe sobre isso tudo?

No Jornal de Notícias de Abril de 1919 é mencionado que o Fisco solicitou informações ao Rui Pinto “sobre negócios de Jorge Mendes”, que interessante! Afinal usam o hacker para lhes dar informações mas depois acusam-no de crimes e mantêm-no na prisão. Mais recentemente usaram informações de Rui Pinto para deslindar o Luanda Leaks, sabe-se lá o que mais usaram para recolher informações que contribuíssem para as investigações de vários crimes em vários setores da economia portuguesa e do futebol... 

Porém, Rui Pinto continua acusado de crimes e na prisão. Primeiro é criminoso, mas o critério é usarem as informações dos “crimes” de que o acusam e enjaulam. 

Quer parecer que Rui Pinto obteve na sua atividade “criminosa” informações de gentes das elites políticas e económico-financeiras, do futebol, da elite judicial e outras, que não agrada à muito provável máfia que detém os poderes em Portugal e que por isso é que está silenciado, esses “crimes” estão a custar a Rui Pinto a liberdade… 

Cabe perguntar quem teme os conhecimentos que não convêm ser divulgados por Rui Pinto? Primeiro usam-no e depois acusam-no e encerram-no numa prisão? Tudo não deixa de ser muito estranho.

Também é facto relevante um título no JN, em Março de 2019, que refere que França copiou ficheiros de Rui Pinto por recear que Portugal destruísse provas. Que provas? E porquê o receio de destruição das mesmas? A quem afeta ou viria a afetar? Afetaria parasitas que nas elites criminosas (raramente descobertos) se mantêm a ser os Donos Disto Tudo? Para quando desvendarem esses mistérios?

Leia a notícia muito reduzida no JN do ano passado e a babuja a que se submeteu o Fisco com a solicitação ao “criminoso” Rui Pinto. Note que se surge e mantém-se a pergunta: Quem são os que estão a proteger? À populaça não é, com toda a certeza. Essa paga e não bufa. É roubada e “bico calado”.


Fisco pediu a Rui Pinto informações sobre negócios de Jorge Mendes

Quando Rui Pinto ainda estava em prisão domiciliária em Budapeste, na Hungria, a Autoridade Tributária (AT) tentou estabelecer uma colaboração com o alegado pirata informático.

Queria saber se Rui Pinto tem informações sobre sociedades com sedes em paraísos fiscais ou sobre transferências bancárias em nome de testas de ferro que possam ser úteis para uma investigação em curso envolvendo o mundo do futebol. Um dos alvos é o agente de futebolistas Jorge Mendes, cuja empresa frisa ao JN não ter qualquer problema com o Fisco.


Página Global com Jornal de Notícias

Na imagem intermédia: 
Empresário de futebol Jorge Mendes / Foto Álvaro Isidoro / Global Imagens

Portugal | Os longos braços do futebol


Mariana Mortágua | Jornal de Notícias | opinião

A Imprensa revelou esta semana que o Ministério Público terá novos suspeitos no âmbito da Operação Lex, que investiga possíveis crimes de tráfico de influências, corrupção, branqueamento e fraude envolvendo juízes do Tribunal da Relação de Lisboa com extensas ligações ao negócio do futebol.

No centro do caso estão os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante, suspeitos, entre outras coisas, de terem influenciado vários processos judiciais que envolviam figuras do futebol português, como o empresário José Veiga e o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, ambos arguidos na Operação Lex. Outro arguido é o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues, que terá sido intermediário de Rangel, nomeadamente junto de Álvaro Sobrinho, acionista do Sporting e ex-presidente do BES Angola.

Mas as ramificações deste caso não ficam por aqui e envolvem já Luís Vaz das Neves, antigo presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, também constituído arguido, e Orlando Nascimento, o presidente da Relação de Lisboa que ontem se demitiu. Sobre ambos recai a suspeita de terem viciado a distribuição de processos judiciais de forma a atribuir casos específicos a certos magistrados.

Tanto Rui Rangel como Fátima Galante já foram afastados dos tribunais pelo Conselho Superior da Magistratura, mas as acusações que pendem sobre os restantes envolvidos são demasiado graves para serem ignoradas. O princípio constitucional da separação de poderes é para levar a sério e não está em causa. É por respeito e preocupação com o papel da Justiça no regime democrático que o óbvio pode e deve ser dito: todos os magistrados envolvidos, com elevadas responsabilidades no Tribunal da Relação de Lisboa, devem suspender funções de imediato.

Mas não é só o envolvimento da Justiça que torna este caso tão grave e importante. Há anos que os maiores clubes, com os seus barões e empresários, formam um dos maiores focos de corrupção e crime económico em Portugal. Está mais que na hora de esse poder, que tantas ramificações tem na Justiça, na Banca e na política (em particular no Parlamento), sair da impunidade.

*Deputada do BE

Quinto caso positivo em Portugal. Homem, de 44 anos, está internado no São João


Há mais um caso positivo de coronavírus em Portugal, já confirmado pela DGS. Trata-se de um homem, de 44 anos, e que regressou recentemente de Itália.

DGS confirma novo caso positivo de coronavírus

A Direção-Geral de Saúde (DGS) confirmou o quinto caso positivo de Covid-19 em Portugal. Segundo o comunicado, trata-se de um homem de 44 anos que veio de Itália e está atualmente internado no Centro Hospitalar Universitário de São João.

“A situação clínica está estável”, refere ainda o documento.

Rita Porto | Observador

Bissau | Aristides Gomes pede a funcionários públicos para permanecerem em casa


O Governo de Aristides Gomes pediu aos funcionários públicos da Guiné-Bissau para permanecerem em casa e garantiu que está a fazer todas as diligências para a retoma da normalidade nas instituições públicas.

"Que todos os funcionários públicos se mantenham em casa até à normalização da situação e oportunamente comunicará a data de retoma dos trabalhos", refere, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Aristides Gomes.

Na semana passada, Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições presidenciais pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, tendo nomeado para primeiro-ministro Nuno Nabian, bem como um novo Governo.

Embaló tomou posse na quinta-feira (27.02), quando decorre um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça pela candidatura de Domingos Simões Pereira, que alega irregularidades graves no processo.

Na sequência da decisão, as instituições judiciais foram ocupadas por militares, que impediram o Governo de Aristides Gomes, que denunciou estar em curso um golpe de Estado, de se manter em funções.

O Executivo de Aristides Gomes tomou posse na sequência das legislativas de março e tem o apoio da maioria dos deputados na Assembleia Nacional Popular (ANP). Aristides Gomes refere também que o "Governo lamenta os constrangimentos decorrentes da situação" e garantiu que vai continuar a "encetar todas as diligências internas e externas para assegurar a retoma da normalidade do funcionamento das instituições públicas".

Guiné-Bissau | Intervenção de militares foi necessária para defender país


Representantes do partido guineense APU-PDGB rejeitaram hoje, em Lisboa, a existência de um golpe de Estado no país, sustentando que a ocupação de instituições públicas por militares foi necessária para defender a Guiné-Bissau.

Nuno Nabian foi nomeado primeiro-ministro pelo autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, candidato dado como vencedor da segunda volta das eleições presidenciais de 29 de dezembro, depois de ter sido o próprio Nabian, enquanto vice-presidente do parlamento, a empossar Embaló.

A posse de Umaro Sissoco Embaló não é reconhecida pela maioria parlamentar guineense, nem pela comunidade internacional, por estar ainda em curso um processo de contencioso eleitoral apresentado pelo candidato dado como derrotado, Domingo Simões Pereira, no Supremo Tribunal de Justiça.

Embaló promoveu a mudança do primeiro-ministro e do Governo e, nos últimos dias, são vários os relatos de movimentações de militares, que ocuparam ministérios e mesmo as instalações do Supremo Tribunal de Justiça.

Covid-19 abranda na China. Portugal tem quatro casos


O número total de vítimas mortais do novo coronavírus supera os 3.100 e mais de 90 mil pessoas estão infetadas. Cerca de 48 mil pacientes recuperaram do vírus.

Mantém-se o ritmo de abrandamento do Covid-19 na China. Nas últimas 24 horas morreram 38 pessoas, um ligeiro aumento do número de mortos face ao dia anterior e registaram-se 119 novos casos, uma diminuição face a terça-feira. 

Na Coreia do Sul, o número de infeções está em sentido oposto ao da China. As autoridades sul-coreanas anunciaram mais de 500 novos casos, elevando para mais de 5.300 o total de pessoas contagiadas pelo novo coronavírus.

Em Itália, o número de mortos ascendeu aos 79. Esta terça-feira descobriu-se que a primeira morte provocada pelo vírus na Europa aconteceu em Espanha, ao contrário do que se pensava. 

Em Portugal foram diagnosticados mais dois casos ontem, subindo para quatro o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus no país. 

Entretanto, foi publicado o despacho que salvaguarda a proteção dos trabalhadores do privado, indicando que os funcionários que tiverem de ficar em isolamento vão receber o seu salário por inteiro. 

Esta quarta-feira o primeiro-ministro António Costa vai abrir o debate quinzenal com uma intervenção sobre a "prevenção e contenção da epidemia Covid-19".

Acompanhe aqui ao MINUTO os desenvolvimentos sobre o coronavírus:


7h33 - A China contabilizou mais 38 mortos devido ao surto do Covid-19, nas últimas 24 horas, fixando o número total de vítimas mortais em 2.981, ao mesmo tempo que detetou 119 novos casos de infeção. Segundo os dados da Comissão Nacional de Saúde do país, foram registados menos seis novos casos e mais sete mortes do que no dia anterior. 

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas, em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal. Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, de acordo com as autoridades de saúde de vários países.

Fábio Nunes | Notícias ao Minuto | Imagem: © Reuters

Leia em Notícias ao Minuto: 

Covid-19: Mais de 5.200 infetados na Coreia, 516 novos casos em 24 horas


As autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 516 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus, elevando para 5.328 o total de pessoas infetadas no país, onde já morreram 32 pessoas.

Os números divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças Contagiosas da Coreia (KCDC) calculam todos os casos que ocorreram desde a meia-noite de segunda-feira até terça-feira.

Durante este período foram registadas quatro novas mortes.

A cidade de Daegu (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul) e a província vizinha de Gyeongsang do Norte, o epicentro do surto no país, registaram a grande maioria dos novos casos, 494 dos 516 em todo o país.

Esta região tem quase 90% de todas as infeções que ocorreram na Coreia do Sul, desde que o vírus foi detetado no país, no dia 20 de janeiro.

Cerca de 60% das infeções em todo o território nacional estão ligadas à seita cristã Shincheonji, cuja sede é em Daegu, (cerca de 230 quilómetros a sudeste de Seul), a quarta maior cidade do país, com cerca de 2,4 milhões de habitantes, onde foram realizadas várias missas no início de fevereiro.

No entanto, o número de infeções não diretamente relacionadas à seita cristã Shincheonji em Daegu já é de cerca de 1.300, o que indica um nível alarmante de contágio na comunidade.

A Coreia do Sul já fez testes a 131.379 pessoas, de acordo com o KCDC, uma campanha abrangente que tem realizado entre 10.000 e 15.000 testes diários nos últimos dias.

Para combater a saturação da saúde na região sudeste, o Governo sul-coreano começou a classificar os novos infetados em quatro grupos, a fim de diferenciar entre as condições clínicas mais e menos graves e, assim, priorizar a hospitalização dos casos mais graves.

O Governo apresentou hoje um orçamento extra para combater os efeitos do novo coronavírus de 11,7 biliões de won (cerca de 8,8 mil milhões de euros).

Este novo pacote orçamental será enviado na quinta-feira à Assembleia Nacional (Parlamento) para aprovação.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou quase de 3.200 mortos e infetou mais de 92.000 pessoas, em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal.

Das pessoas infetadas, mais de metade já recuperaram.

Além de 2.981 mortos na China continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

A OMS declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado". 

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

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