quarta-feira, 5 de agosto de 2020

EUA | Trump prepara o cenário para o caos

Crise da economia americana vem minando as chances de reeleição de Trump. Diante desse quadro, sua ideia é adiar o pleito. É a fúria destrutiva de um homem disposto a tudo para não perder, opina Ines Pohl.

O presidente americano fez de tudo para minimizar a pandemia. Encobriu, mentiu, tomou decisões desastrosas e, no final, até promoveu uma médica que acredita no poder curativo do DNA de alienígenas. Ele aceitou as mais de 150 mil mortes como um preço a pagar para evitar a crise econômica em seu país, e teve exatamente o efeito oposto.

A economia dos EUA vem passando por uma derrocada histórica, e não há um fim à vista. O número de infecções continua a explodir, aumentando o medo de que mais e mais americanos adoeçam. Tudo isso é ruim para os negócios. Especialmente levando em consideração a crise econômica global, que aos poucos vai mostrando sua terrível careta.

A última esperança de Trump de defender seu posto na Casa Branca está morrendo. Se a economia continuar em queda, o homem das grandes promessas não conseguirá ser reeleito. No momento, ele já está dois dígitos atrás do seu rival Joe Biden. A queda parece ser incontrolável – assim como a fúria destrutiva desse presidente.

Jornalistas esperam que crime de "informações falsas" não afete liberdade em Macau

Macau, China, 05 ago 2020 (Lusa) - O presidente da Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau disse hoje à Lusa esperar que o crime de "informações falsas", aprovado na terça-feira, não afete a liberdade de imprensa, apontando "melhorias" em relação à proposta original.

"A versão final do artigo em causa aprovada na especialidade constitui uma efetiva melhoria face à proposta que deu entrada na Assembleia Legislativa e que foi aprovada na generalidade, indo assim ao encontro de algumas preocupações que manifestámos na altura", considerou o responsável da Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM), José Carlos Matias, numa declaração enviada à agência Lusa.

A associação mantém, no entanto, reservas quanto ao texto, dizendo esperar que "não haja um impacto negativo na liberdade de expressão e liberdade de imprensa" decorrente da "aplicação e interpretação da lei". "Mantemos dúvidas face à necessidade da criação deste novo tipo legal de crime, na forma como está articulado", acrescentou.

A versão inicial do texto suscitou muitas críticas de associações de jornalistas e juristas do território, levando o Governo a abandonar uma formulação que previa a criminalização de autores de "notícias falsas, infundadas e tendenciosas, perante incidentes súbitos de natureza pública".

Parlamento timorense autoriza PR a declarar estado de emergência

Díli, 05 ago 2020 (Lusa) -- A Comissão Permanente do parlamento timorense autorizou hoje o Presidente da República a declarar o estado de emergência, por um período de 30 dias, a começar às 00:00 de quinta-feira, hora local.

"A Comissão Permanente (...) apreciou a mensagem de sua excelência o Presidente da República e concedeu autorização para a declaração do estado de emergência", refere o texto aprovado numa sessão em que a oposição abandonou a sala.

"É concedida autorização ao Presidente da República para declarar o estado de emergência, com fundamento na existência de uma situação de calamidade. A declaração abrange todo o território nacional", sublinha.

A decisão da Comissão Permanente, aprovada com 20 votos a favor, tem agora de ser confirmada pelo plenário -- em 11 de agosto -, o que não impede, porém, a entrada em vigor do período de exceção, pelo menos até esse debate.

Moçambique | EUA afirmam que Cabo Delgado tem "impressão digital" do Estado Islâmico

Líder militar dos EUA identifica evidências do Estado Islâmico nos ataques no norte de Moçambique. Defende ação da comunidade internacional, mas esclarece que apoio militar dos EUA é "solução de último recurso".

O chefe do comando norte-americano de Operações Especiais em África, sedeado na cidade alemã de Estugarda, disse esta terça-feira (04.08) que os ataques no norte de Moçambique têm "impressão digital do Estado Islâmico", manifestando preocupação com o acelerar da ameaça terrorista na região:

"Estamos preocupados. Acreditamos que há um problema local que está a ser aproveitado pelo Estado Islâmico. Nos últimos 12 a 18 meses desenvolveram as suas capacidades, tornaram-se mais agressivos e usaram técnicas e procedimentos comuns em outras partes, nomeadamente no Médio Oriente, associados ao Estado Islâmico."

As preocupações do major-general Dagvin Anderson foram proferidas durante uma conferência de imprensa sobre os esforços dos Estados Unidos no combate ao terrorismo em África durante a pandemia da Covid-19.

Moçambique desconhece operação com nitrato de amónio explodido em Beirute

Apesar da informação que circulou hoje nas redes sociais, a Cornelder nunca foi notificada sobre operação de um navio com destino a Moçambique com 2.750 toneladas de nitrato de amónio, que provocaram explosões no Líbano.

"Normalmente, antes de receber um navio, nós somos notificados. Neste caso, nunca recebemos nenhuma notificação de um navio que vinha ao porto da Beira com essas caraterísticas e carga", disse à agência Lusa António Libombo, diretor-executivo adjunto da Cornelder, a empresa que gere o Porto da Beira desde 1998.

Com base nos cadastros dos navios e nos calendários portuários, a agência Associated Press especulou que o navio que transportava nitrato de amónio, carga que terá provocado explosões no porto de Beirute, tinha como destino Moçambique, tendo atracado no porto da capital do Líbano, Beirute, devido a problemas mecânicos, em 2013.

Um artigo escrito em outubro 2015 na publicação especializada em navegação shiparrested.com também indicava que o navio tinha como destino o porto da Beira, mas terá atracado no porto de Beirute devido a problemas mecânicos, tendo a carga sido confiscada e armazenada por vários anos na capital libanesa.

A informação de que o referido navio teria como destino final Moçambique circulou esta manhã nas redes sociais. "No dia 23 de setembro de 2013, o navio m/v Rhosus, com bandeira moldova, partiu do porto de Batumi, na República da Geórgia, com 2.200 toneladas de nitrato de amónia a bordo, com destino ao porto da Beira", lia-se na notícia, citada pelo pesquisador moçambicano Miguel de Brito.

"O navio permaneceu em Beirute e a carga foi colocada num armazém portuário na capital libanesa, à espera de serem leiloados", era ainda adiantado na mesma notícia, segundo a qual a tripulação, "depois de várias manobras legais", terá sido autorizada "a abandonar o navio e regressar aos seus países de origem."

Angola | SÓ A COERÊNCIA SOCORRE O RUMO

Martinho Júnior, Luanda   

BREVE APONTAMENTO SOBRE A CORRENTE HISTÓRICA DA LIBERTAÇÃO EM ÁFRICA

Para os jovens de hoje, cuja existência coincide com o início da IVª República de Angola, há que reafirmar o rumo da Pátria de Agostinho Neto, acima da suspeita de qualquer política, por que as largas décadas do movimento de libertação em África não terminaram, ainda que haja a sórdida tentativa neoliberal de anestesiar todo o continente e em anestesia baralhar, confundir, iludir, dividir e dar de novo!

Aqueles que assumiram a Proclamação das FAPLA que perfez no dia 1 de Agosto 46 anos e a Proclamação da República Popular de Angola, mantêm a coerência da lógica com sentido de vida, honrando o passado e a nossa história, por que o parto da independência foi uma prova de vida, à prova de subversão, à prova de qualquer anestesia e todavia pronta a se reequacionar, a renascer e a manter-se de pé hoje e sempre!

Só a coerência histórica pode ser socorro para qualquer etapa, qualquer que seja o turno em vida dessa etapa e por isso, perder esse tesouro filosófico intemporal, é perder um pouco o fulgor do rumo e não corresponder à mais profunda e legítima dignidade do projecto patriótico da pátria pela qual gerações e gerações de angolanos se empenharam a fundo, para lançar os alicerces do resgate imenso que está longe determinar!

De Artur Queirós recebi este escrito em anexo que ouso juntar como um contributo para que haja a oportunidade à reflexão filosófica acima de qualquer política, por que a lógica com sentido de vida é uma temperança substantiva que não se esgotou, nem algum dia se pode esgotar, mesmo que haja alguns lapsos, ou algumas imprecisões, ou alguns descompassos com que nos queiram situar e fixar!...

Martinho Júnior -- Luanda, 3 de Agosto de 2020.

Imagens: Dois monumentos que marcam o imenso salto histórico do sul transatlântico: o monumento à Escrava Carlota, em Cuba e o Monumento à batalha de Quifangondo, em Angola.

Angola | Pluralidade da TV Zimbo, O País e Rádio Mais tem os dias contados?

Sindicato dos Jornalistas Angolanos está preocupado com eventual interferência na linha editorial da TV Zimbo, jornal O País e Rádio Mais, que passaram para a esfera do Estado. Governo promete manter a pluralidade.  

Segundo o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos, a TV Zimbo, o jornal O País e a Rádio Mais foram criados com fundos públicos. Por isso, na semana passada, a gestão destes órgãos passou para o Estado angolano, no âmbito do combate à corrupção em curso no país.   

O grupo Média Nova, detentor da TV Zimbo, jornal O País e a Rádio Mais, pertencia a Leopoldino do Nascimento "Dino" e Hélder Vieira Dias "Kopelipa", antigas figuras próximas do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.    

Em entrevista à DW África, Teixeira Cândido, secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), garante que os empregos dos profissionais estão salvaguardados. Mas está preocupado com uma eventual interferência do Estado na linha editorial destes órgãos. 

"Ao contrário dos órgãos públicos já conhecidos, a linha editorial destes órgãos é muito mais plural. Pelo menos tem possibilitado mais vozes desconsoantes", lembra o secretário-geral do SJA.

"Os órgãos de comunicação social públicos nos últimos anos, fundamentalmente desde que o Presidente João Lourenço assumiu o poder, têm ensaiado também maior abertura. Não há comparação, esses órgãos de comunicação social que eram privados inicialmente, agora públicos vinham já tendo essa perspetiva, essa abertura. Essa pluralidade era maior nesses órgãos de comunicação social", conclui.

ONU sob pressão para entregar Aristides Gomes às autoridades guineenses

O Ministério Público guineense enviou uma carta às Nações Unidas a solicitar a entrega à justiça de Aristides Gomes. Ex-primeiro-ministro está refugiado nas instalações da ONU desde fevereiro, altura em que foi demitido.

Nas últimas semanas, surgiram no Parlamento várias denúncias dos deputados das bancadas dos partidos que agora governam a Guiné-Bissau - Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15) e Partido de Renovação Social (PRS) - sobre a alegada corrupção envolvendo o ex-primeiro-ministro Aristides Gomes, que foi demitido em fevereiro, um dia depois de Umaro Sissoco Embaló ter tomado posse, simbolicamente, como Presidente da Guiné-Bissau. Desde então, o ex-governante refugiou-se na sede das Nações Unidas, na capital guineense.

O Ministério Público guineense enviou uma carta à representação da ONU em Bissau a pedir a entrega de Aristides Gomes à justiça, confirmou já um asssessor do ex-primeiro-ministro. O pedido não é questionável, em termos legais, mas terá sempre conotações políticas, afirmou à DW África o jurista Luís Vaz Martins.

"Não há aqui grandes questões para colocar, em termos da lei. Mas um inquérito sobre o suposto crime, nesta altura do campeonato, só nos leva a pensar que, efetivamente, essa investigação terá mais conotações políticas, do que propriamente a busca com objetividade, com vista à descoberta da verdade e a realização da justiça", sublinha o jurista guineense, que lembra ainda que já se assistiu a "várias situações que requerem uma investigação urgente da parte do Ministério Público, mas assim não aconteceu."

Portugal | No país menos racista do mundo

Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

Um branco despejou uma arma num negro, alegando "desentendimento por causa de uma cadela". Mesmo sem relatos de insultos racistas prévios a hipótese da motivação racista seria obrigatória - a não ser que se prefira achar que matar por uma cadela faz mais sentido que encarar a existência de racismo no país.

Aconteceu esta sexta-feira de manhã (31.07). Carlos, negro, estava a passear o seu cão nos arredores de Lisboa. Soltou-o numa zona de parque e o cão correu para fora de vista, acompanhado de outro - uma cadela. Passado algum tempo, Carlos chamou o seu cão e o dono da cadela fez o mesmo. Mas só o cão dele apareceu. O outro homem, branco, começou a vociferar: "Puta de raça. É sempre o mesmo. Depois espantam-se se as pessoas perdem a cabeça." Primeiro, Carlos achou que estava a falar da raça da cadela. Só percebeu quando o homem completou o raciocínio: "Depois se um tipo perde a cabeça é racismo."

Foi um jovem - branco - que estava nas imediações o primeiro a reagir: "Você está chalupa? Qual racismo? Vá mas é para casa." O homem continuou a vociferar: "E agora? Onde está a minha cadela? Isto não fica assim." Estupefacto, Carlos dirigiu-se-lhe: "Se calhar tem de a ensinar melhor. Até o ajudava a procurá-la, mas depois do que disse não ajudo."

A voz ainda alterada, ligou-me a seguir. "Acontece sempre por causa de cães", ironizou. "Mas que quer este gajo dizer com "Isto não fica assim" Qual será a ideia dele? Será que tenho de ter cuidado?"

Portugal | Mais de mil trabalhadores não docentes à espera do Governo

Sindicatos acusam o Governo de, a cerca de mês e meio da abertura do novo ano lectivo, «estar a despedir mais de mil trabalhadores não docentes», com contratos de trabalho a termo certo.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (CGTP-IN) realça que não está em causa «a legalidade do processo, mas sim a falta de vontade política do Governo para a integração destes trabalhadores», considerando «inaceitável que o Governo/Ministério da Educação insista no sistemático recurso ilegal à contratação a prazo de milhares de trabalhadores, para o exercício de funções de carácter permanente nos estabelecimentos de educação e ensino da Rede Pública».

«Num ano lectivo com exigências muito particulares decorrentes da pandemia e em que não podem existir falhas nos recursos humanos à disposição dos estabelecimentos de educação e ensino da Rede Pública, mais uma vez, o Governo, por meras razões de contenção orçamental ligada à municipalização da Escola Pública, opta por despedir ao invés de solucionar o problema, com o recrutamento destes trabalhadores com contrato sem termo», sublinha, em comunicado, a federação sindical.

A estrutura exige a integração destes trabalhadores e a «concretização de uma outra política de recursos humanos que promova o emprego estável e o trabalho com direitos, como factor de qualidade da Escola Pública».

AbrilAbril

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AVANTE CAMARADAS, AVANTE!

Quase sem preâmbulo, lá voltamos a roubar o Curto ao tio Balsemão (hoje sem Bilderberg). O trabalhador do texto foi José Cardoso, definido por editor-adjunto lá do burgo… Todos jornalistas, queremos acreditar, mas com cargos de categorias reluzentes. Boa. Estamos a tentar perceber como classificarão as senhoras da limpeza a laborar no Expresso e restante grupo balsemista. “Pérolas da Higiene”. Será também uma boa. Parabéns, senhoras… Mas, nem por isso ganham mais, antes pelo contrário. É a vida, não só de marinheiros, mas de todos que neste país se estão a afogar. Somos os náufragos dos tais um por cento que nos exploram selvaticamente e que passam por nós navegando nos seus iates de luxo, indiferentes, sem sequer nos laçarem umas bóias.

Acerca das abordagens  por que o autor envereda diremos que “é uma questão de ler” – parafraseando parcialmente António Gueterres acerca de números e contas, não de letras.

Por isso remetemos todos vós para o Expresso Curto. Leiam, para ficarem mais atualizados sobre o que trata o Expresso e também acerca dos tratantes que abundam por este mundo cercado de oceanos poluídos e cada vez mais destruído devido à ação humana e febre do lucro de gentes que nem se pode dizer que na nossa escala estejam abaixo de cão porque os animais neste caso até merecem medalhas de bom comportamento e bom trato, ao invés dos referidos tratantes.

Bom dia e uma carteira recheada… de sonhos, que é algo semelhante ao Xanax para os que estão em baixo, ressacados por via da atual sociedade do esclavagismo moderno e do planeta pestilento em que somos obrigados a sobreviver.

Em tempos salazaristas (anos 60), depois do assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz, obra de Palma Inácio e outros anti-fascistas, disse Luís Filipe Costa aos microfones do Rádio Clube Português: "Felizmente há LUAR".  Agora dizemos nós: Felizmente há Avante! Porque não?!!

Vá no Curto. A seguir.

MM | PG

"Faturas" do governo Passos/Portas custam aos portugueses mais de 9 milhões?

Ministro da Defesa responsabiliza PSD pelo "prejuízo" no processo das contrapartidas dos aviões C-295

João Gomes Cravinho passa a responsabilidade das críticas que o Tribunal de Contas lhe fez para o ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira.

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, justificou esta terça-feira a revogação do contrato de contrapartidas com a Airbus Defense & Space - que vendeu à Força Aérea Portuguesa 12 aviões táticos C-295 - com os erros cometidos pelo Governo anterior, do PSD e do CDS.

No dia em que o Tribunal de Contas (TC) publicou um relatório a criticar a ação de ambos os governos, Gomes Cravinho atacou a ação de Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia que, em 2012, renegociou o contrato de contrapartidas com a empresa fornecedora e que, de acordo com o TC, lesou o Estado em €9,25 milhões nesse processo. "Nós o que fizemos foi correr atrás do prejuízo, e no final de 2018 fizemos a melhor negociação possível para o Estado portutuguês. As circunstâncias não eram favoráveis, em virtude da renegciação do contrato feito em 2012". Álvaro Santos Pereira, atualmente a desempenhar funções na OCDE, disse à SIC estar de "consciência tranquila".

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