quarta-feira, 31 de março de 2021

AstraZeneca mudou de nome, agora chama-se Vaxzevria. Mata se tiver que matar

“Com papas e bolos se enganam os tolos”. Dizer popular que se aplica no caso da vacina AstraZeneca, apontada com mil e uma desconfianças por anúncios de causa de mortes aos vacinados pela aquela marca. O adágio cumpre-se. A informação não chega a todos e haverá os que desconhecem a mudança, sendo vacinados pela Vaxzevria, que é a AstraZeneca.

A técnica da mudança mostra e comprova qual a concepção que alguns doutos sábios e vendilhões têm da populaça, dos cidadãos. A vacina até poderá não ser tão má quanto a “pintam” mas fica patente que a mudança de nome da marca tem tudo que ver com o objetivo de enganar os mais distraídos, porque não é a mudança de nome que lhe retira os efeitos secundários perniciosos, que levam à morte, como lhe têm sido justificadamente atribuídos. Afinal a mudança de nome “cheira mal” e revela desonestidade dos que a comercializam. Técnicas de marketing, dirão os doutos sábios. Técnicas de sacanagem, dirão os da plebe que não ignoram  a troca baldroca. Certo é que lá por mudar de nome não deixará de provocar efeitos secundários se existirem condições para isso. Afinal a Vaxzevria matará se tiver de matar, porque não é a mudança de marca de comercialização que tal evitará. Mata se tiver que matar, ponto assente.

A seguir a noticia transcrita do Diário de Notícias. (PG)

Vacina da AstraZeneca passa a denominar-se Vaxzevria após aval do regulador

A EMA refere que, desde a aprovação da vacina na UE em 29 de janeiro passado e até à passada quinta-feira, "mais de 10 milhões de doses de Vaxzevria foram administradas na UE e Espaço Económico Europeu"

A vacina da AstraZeneca contra a covid-19 passou a denominar-se Vaxzevria após o aval da Agência Europeia do Medicamento (EMA), anunciou esta terça-feira o regulador, divulgando que até quinta-feira passada tinham sido administradas 10 milhões de doses deste fármaco.

A informação sobre a nova designação desta vacina - envolta em polémica por a farmacêutica ter falhado o acordado com Bruxelas sobre entregas para a União Europeia (UE) e pelo surgimento de coágulos sanguíneos em vacinados - consta de uma atualização ao produto, publicada esta terça-feira pela EMA.

Nessa atualização sobre o fármaco datada de segunda-feira, a EMA divulga que, além da mudança do nome, "foi incluído na informação sobre o produto um aviso sobre eventos de coágulos sanguíneos específicos muito raros, enquanto estão em curso mais investigações sobre uma possível relação causal com a vacina".

"As pessoas vacinadas devem procurar atenção médica imediata se ocorrerem sintomas de coagulação e/ou hemorragia do sangue", reforça o regulador no documento, insistindo que "os benefícios da Vaxzevria na prevenção da covid-19 continuam a superar os riscos".

Nesta atualização, a EMA refere ainda que, desde a aprovação da vacina na UE em 29 de janeiro passado e até à passada quinta-feira, "mais de 10 milhões de doses de Vaxzevria foram administradas na UE e Espaço Económico Europeu", muito abaixo das 120 milhões de doses acordadas entre a farmacêutica e a Comissão Europeia para este primeiro trimestre.

Outra polémica esteve relacionada com os episódios de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com este fármaco, que levaram a maioria dos países europeus, incluindo Portugal, a suspender por uns dias a administração desta vacina, situação ultrapassada após a garantia da EMA de que é "segura e eficaz".

Da informação do produto emitida pela EMA consta agora a indicação de que "foi observada muito raramente uma combinação de trombose e trombocitopenia, em alguns casos acompanhada de hemorragias, após a vacinação com Vaxzevria", pelo que os profissionais de saúde "devem estar atentos aos sinais e sintomas".

No que toca à campanha de vacinação europeia, até à passada quinta-feira, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da UE tinham já recebido a segunda dose da vacina contra a covid-19, levando a que só 4,1% da população europeia estivesse completamente imunizada.

Bruxelas atribuiu estes níveis baixos de inoculações aos problemas de entrega das vacinas da Vaxzevria para a UE, exigindo que a farmacêutica recupere os atrasos na distribuição e honre o contratualizado.

A meta de Bruxelas é que, até final do verão, 70% da população adulta esteja vacinada.

Os dados divulgados pela instituição na passada quinta-feira revelaram também que foram já administradas 62 milhões de doses de vacinas em relação às 88 milhões distribuídas.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria e Janssen (grupo Johnson & Johnson, ainda não está em distribuição).

Até ao final deste primeiro trimestre, de acordo com Bruxelas, chegarão à UE quase 100 milhões de doses de vacinas, a grande parte da Pfizer/BioNTech (66 milhões, mais do que os 65 milhões inicialmente acordadas), da Vaxzevria (30 milhões de um total de 120 milhões inicialmente acordadas) e da Moderna (10 milhões).

Para o segundo trimestre, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da Vaxzevria (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).

Diário de Notícias | Lusa

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