sábado, 31 de julho de 2021

Daniel Hale, um herói americano

António Santos*

Num computador do Pentágono há uma lista de pessoas a assassinar. São dezenas de milhares, em todo o mundo. Parte dos nomes na lista são gerados automaticamente por um algoritmo a partir de meta-dados recolhidos na Internet, e o programa é global. Daniel Hale revelou esta monstruosidade, e arrisca 50 anos de prisão.

Daniel Hale é um herói americano e num computador do Pentágono há uma lista de pessoas a assassinar. Na Matriz de Disposição — foi assim baptizado o rol — constam os nomes de dezenas de milhares de pessoas, de todas as nacionalidades e em países de todo o mundo, pelo que não é totalmente impossível que também o teu nome conste, uma vez que não há critérios conhecidos para decidir quem vive e quem morre.

Daniel Hale, analista da Força Aérea dos EUA, revelou aos jornalistas do Intercept esta e outras informações que aqui descreverei, para que o mundo soubesse. É que se a hipótese de ser assassinado por um drone te parecer rebuscada, não ficarás mais tranquilizada/​o se souberes que parte dos nomes na lista são gerados automaticamente por um algoritmo a partir de meta-dados recolhidos na Internet e que o programa de assassinatos com drones é global.

Daniel Hale achou que isto era criminoso e que não podia, à semelhança dos nazis em Nuremberga, simplesmente cumprir ordens para que ninguém saiba. Porque mesmo que se apenas por erro fosses parar à lista de condenados à morte pelo governo dos EUA, não existiria nenhum tribunal a que pudesses apelar ou recorrer da sentença, não terias direito a advogados nem te seria concedido o direito a tentar provar a tua inocência no banco dos réus.

Daniel Hale podia ter cumprido as suas ordens, mas arriscou 50 anos de prisão por espionagem para que tu saibas. Repara, segundo o governo paquistanês, 80 por cento das vítimas de ataques por drones naquele país são, tal como tu certamente serias se improvavelmente o teu nome fosse misteriosamente gerado pelo algoritmo, inocentes assassinados por engano.

China e Rússia menos criticados no Parlamento Europeu?

Eurodeputados de extrema esquerda e direita menos críticos da China e da Rússia

Elena Sánchez Nicolás*

Os eurodeputados têm demonstrado apoio consistente à ação contra os regimes autoritários - exceto para a Rússia ou a China, que tende a separar a extrema esquerda e a direita da corrente política dominante, de acordo com um estudo recente.

Mas os requisitos de unanimidade nas votações do Conselho Europeu são considerados um claro impedimento para uma política externa da UE mais eficaz.

A pesquisa de dois anos liderada pelo think-tank Húngaro Political Capital Institute é baseada nos resultados de mais de 90 votos expressos no Parlamento Europeu de julho de 2019 a maio de 2021.

A maioria dos eurodeputados apoiou a ação contra os regimes da Bielorrússia e da Síria (mais de 80 por cento) e práticas autoritárias no Chade, Haiti ou Paquistão (mais de 90 por cento).

No entanto, os eurodeputados tendem a ficar mais divididos quando votam resoluções sobre a China e a Rússia.

O relatório confirma que a imagem da China é bastante "negativa" no Parlamento Europeu, o que se reflecte, por exemplo, na votação quase unânime a favor do congelamento da ratificação do acordo de investimento UE-China.

Que papel desempenhará o seu país na III Guerra Mundial?

Larry Romanoff*

As verdadeiras origens das duas Grandes Guerras Mundiais foram eliminadas de todos os nossos compêndios de História e substituídas por mitologia. Nenhuma das duas guerras foi iniciada (ou desejada) pela Alemanha, mas foram ambas instigadas por um grupo de judeus sionistas europeus com a finalidade declarada da destruição total da Alemanha. A documentação é esmagadora e as provas inegáveis. (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11)

Essa parte da História está hoje a repetir-se num aliciamento em massa dos povos do mundo ocidental (especialmente dos americanos) em preparação para a Terceira Guerra Mundial – que, estar agora prestes a acontecer. É evidente que se estão a acumular Nuvens de Guerra. Os sinais estão em todo o lado, com cobertura mediática e discussões abertas sobre a guerra em muitos países. Há anos que a RAND Corporation tem vindo a preparar cenários militares sobre a Terceira Guerra Mundial, e a NATO é noticiada como estando actualmente a fazê-lo. Grandes movimentações de tropas e de equipamento da NATO estão em preparação ou a caminho para cercar a Rússia. Os EUA estão a cercar a China com bases militares, incluindo a maior do mundo, em Guam. Tanto a China como a Rússia estão cercadas por cerca de 400 laboratórios de armas biológicas dos EUA. O Irão está inteiramente indefeso devido à acumulação militar americana no Médio Oriente.

Através do controlo dos meios de comunicação social, a Campanha de Ódio dos Judeus contra a China (12) (ver nota 13) é implacável e bem sucedida, pelo menos, durante os últimos dois anos, enchendo as páginas e as frequências da rádio com histórias falsas de atrocidades cometidas pela China e ocorrem quase diariamente bombardeios destas mentiras. Elas seguem o mesmo padrão que foi utilizado por essas mesmas pessoas contra a Alemanha, afim de alimentar o ódio e preparar as populações para as duas Grandes Guerras Mundiais. O modelo é o mesmo – é baseado no mesmo tipo de mentiras – como as que foram utilizadas para preparar as invasões do Iraque, da Líbia e da Síria. Estas pessoas estão a utilizar todas as formas de provocação contra a China, incluindo desafios militares cada vez mais afrontosos e imprudentes no Mar da China Meridional e perto de Taiwan. O mundo inteiro está a ser ensinado a odiar a China, a Rússia e o Irão. As tentativas de converter a Índia no inimigo da China, estão a tornar-se cada vez mais encarniçadas.

Portugal | A habitação não é um mercado; é um direito!

Bernardino Soares | Visão | opinião

A política de habitação não pode ser um fogacho a cada 30 anos. Tem de ser constante. A situação da habitação nas principais áreas urbanas do País não é menos do que dramática!

Custos crescentes para a compra ou o arrendamento e a expulsão especulativa da população nos principais centros urbanos, a par de uma frequente precariedade ou mesmo clandestinidade (ou informalidade, se quiserem) dos vínculos contratuais, agravaram brutalmente a dificuldade no acesso à habitação. Na Grande Lisboa, o mercado de construção de novas casas praticamente não gera habitação a preços acessíveis às classes intermédias; só se constrói gama alta.

Os resultados estão aí. Regresso em força da construção clandestina (e do florescente negócio ilegal associado); sobrelotação das habitações; cada vez mais famílias, imigrantes, idosos sujeitos a soluções precárias, a morar em partes de casa e a acentuada exploração.

A procura de habitação pública junto dos municípios e organismos do Estado deixou de ter origem predominante no estrato populacional elegível para a chamada habitação social e passou a ter dezenas de milhares de famílias que, até aqui, garantiam pelos seus meios a habitação e agora não conseguem.

A habitação deixou há muito de ser tratada, pelas políticas públicas, como um direito cuja concretização, como a saúde ou a educação, também tem de ter uma resposta do Estado. Foi remetida para a condição de ativo de mercado para bancos, fundos, investidores ou promotores imobiliários. É sintomático que depois do PER, na década de 1990, o único investimento financeiro relevante do Estado na habitação tenha sido o crédito bonificado.

Três décadas depois, anunciam-se verbas robustas do Plano de Recuperação e Resiliência para esta área. É positivo, mas já não vai chegar para as necessidades.

Os putos


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | A pandemia e a democracia

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Sabemos, desde o início, que a pandemia não atingiria, como não atingiu, todos os cidadãos em pé de igualdade. O discurso inicial que a catalogava como "democrática" servia o objetivo de submeter os mais atingidos, acantonando-os nas suas desgraças e agravando a sua descrença na democracia.

Foi o primeiro passo de um caminho de agravamento de desigualdades e injustiças. Daqui resultou um enfraquecimento progressivo da democracia.

As medidas de emergência e exceção chocaram, em muitos casos, com direitos e liberdades individuais e coletivas; a garantia de direitos fundamentais por parte do Estado foi posta à prova, nomeadamente na educação, na justiça, na segurança social, na saúde; há setores da economia que multiplicaram lucros, enquanto toda a reparação de prejuízos aos que foram afetados é entregue à responsabilidade do Estado; impuseram-se poderes unilaterais no trabalho que não podem ser a base da estruturação do novo normal; o enfraquecimento da participação cívica e política favorece forças e programas políticos conservadores e fascistas.

A expectativa de uma recuperação económica "imediata" depois da pandemia - por efeito de bazucas milagrosas - que faça tudo voltar ao normal precisa de ser questionada. É perigoso criarem-se expectativas infundadas. Primeiro, o rombo foi muito grande e a sua reparação será prolongada: a recuperação tem de ser feita, por um lado, através da retoma de atividades que tínhamos, mas buscando melhores posições nas cadeias de valor, por outro lado, com reconversões que consubstanciem já respostas a transições em curso, como a climática. Segundo, a recuperação da economia pode ser lenta e apenas parcial, por compromissos com dívidas acumuladas, por ausência de estratégias empresariais e de investimento privado, por excesso de expectativa no investimento público. Terceiro, porque voltar a produzir e vender não é necessariamente o mesmo que distribuir de forma equilibrada os proveitos da produção e das vendas.

As repercussões sociais do recuo da economia ainda não se manifestaram em toda a sua gravidade, e só virão à tona quando os apoios públicos cessarem por completo e a fatura do crédito se fizer sentir. Sendo um facto que a profundidade da crise social está muito para além dos impactos diretos da crise económica, é, contudo, uma ilusão considerar-se possível combater a pobreza com êxito, garantir proteção social digna, travar as desigualdades e o desemprego e evitar a emigração das gerações mais jovens, sem colocar no centro a valorização do trabalho, a melhoria dos salários e a criação de emprego mais seguro e com qualidade.

Alguns governantes, o presidente da República e líderes patronais continuam a impingir-nos aquela ilusão. Persistem em querer deixar a democracia à porta das empresas e dos serviços públicos, em secundarizar o contributo dos sindicatos, quer na vida das empresas e da Administração Pública, quer na construção dos compromissos coletivos em que se suportam as respostas a crises profundas.

Não se admite que continuemos com um profundo desequilíbrio de poderes entre trabalhadores e patrões (ou empresários), sem negociação coletiva a funcionar com equilíbrio e dinâmica, ou com ministros que, por incompetência ou birra, não dialogam com os sindicatos.

A maior luta contra o tempo que temos pela frente é mesmo a de travar o enfraquecimento da Democracia.

*Investigador e professor universitário

Golpada: DDT Salgado, de mente suja ou realmente demente?

Salgado DDT, farto de mentir… e agora alegam que está de mente (suja). É natural, afinal continua DDT e a sua impunidade tem sido exposta com pompa e circunstância. 

Já há os que dizem que ele está é de mente suja, tão suja que não há modo nem produto que a lave acerca dos milhões e milhões que foram razão de tanta vigarice, de tanto roubo, engano e mentiras. 

Ele era (é) quem se regia e rege pelo “quero, posso e mando”, não era à toa que o conheciam por Dono Disto Tudo. Está doente… de tanto mentir. Demente ou de mente. Vá lá, não nos mintam. Isto pode bem ser mais um episodio característico daquele que mente, a arrastar outros mentirosos. Certo é que os portugueses são quem paga e não bufam, nem se revoltam a sério perante tanta mentira, tanto descaramento. Assistimos impávidos e serenos a golpada sobre golpada. Própria de quem mente e se enche de milhões que nem lhe pertencem… mas que são dele. E deles.

Leia no Expresso, a seguir transcrito. (PG)

Caso se confirme demência de Ricardo Salgado, pena pode ser atenuada ou suspensa

Especialistas dizem que doença pode justificar ausência do arguido durante o julgamento e pode atenuar a pena do ex-banqueiro

A defesa do antigo líder do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, apresentou um requerimento aos juízes que estão a julgar o ex-banqueiro, pedindo a realização de uma perícia médica neurológica. Ricardo Salgado sofre, segundo um relatório médico apresentado pelos advogados, de “um quadro clínico de síndrome demencial, nomeadamente uma Doença de Alzheimer”. Segundo o jornal “Público”, o caso é raro e pode atenuar a pena ou suspendê-la.

O antigo juiz do Supremo, Santos Cabral, recorre ao artigo 106 do Código Penal, intitulada “anomalia psíquica posterior sem perigosidade”. Assim, se o agente for vítima de uma anomalia psíquica após a prática do crime que não o torne perigoso “a execução da pena de prisão a que tiver sido condenado suspende-se até cessar o estado que fundamentou a suspensão”. No caso de demência não há melhoria e, por isso, Salgado nunca chegaria a cumprir a pena de prisão mesmo que esta lhe tivesse sido aplicada.

Já a procuradora-geral adjunta Maria José Fernandes, inspetora do Ministério Público, não considera que uma eventual demência tenha efeitos do ponto de vista da inimputabilidade do arguido. “É uma questão que pode servir para justificar a ausência do arguido durante o julgamento ou até para atenuar a pena”. A procuradora-geral sugere, ainda, que possa ser solicitado o cumprimento da pena de prisão em casa”.

O professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Nuno Brandão, também aponta para uma eventual aplicação da pena mais leve. Contudo, no estrangeiro há quem considere que, em casos extremos, em que a pessoa está a ser julgada sem capacidade para compreender o que lhe está a acontecer, o julgamento não prossegue.

Expresso

Na imagem: Ricardo Salgado foi acusado de 65 crimes, 29 deles de burla qualificada e 12 de corrupção / Marcos Borga

Sobre o crescimento dos neonazis em Portugal

No Expresso de hoje, entre outros títulos e textos, ressalta o trabalho dos jornalistas Hugo Franco e Rui Gustavo acerca de neonazis em Portugal que caíram nas malhas da lei e vão a julgamento por decisão do conhecido juiz Carlos Alexandre. 

São 27 os indiciados a julgar por crimes graves, entre eles existe um guarda prisional. É para admirar que não existam referências notórias e inadmissíveis de envolvidos pertencentes à PSP ou à GNR… Que eles existem é sabido, disso se fala popularmente à boca cheia. 

Estamos para saber quando os altos responsáveis daquela instituição policial decidem passar a pente fino as tão faladas presenças perniciosas de elementos nazi-fascistas-racistas integrados naquela corporação e tomarem as medidas adequadas para que os números de componentes não aumentem, antes pelo contrário, que diminuem até serem irradiados de modo a que não conspurquem aqui e ali, neste e naquele mau exemplo, o valoroso trabalho da maioria dos abnegados profissionais que comprovadamente dignificam a PSP e a GNR.

Retirado do Expresso, deixamos aqui a referência ao inserto no referido jornal sobre o tema. Publicação contida e marcada como artigo exclusivo para assinantes – já não há almoços grátis, como bem sabemos. Mas é pena… (PG) 

“Parto-te a boca, corto-te o pescoço”: Carlos Alexandre leva 27 neonazis a julgamento

Grupo de Hammerskins que espancou negros, comunistas e homossexuais vai ser julgado por tentativa de homicídio, discriminação racial e sexual ou ofensa à integridade física qualificada. Entre eles, há um guarda prisional e neonazis já condenados no processo da morte de Alcindo Monteiro em 1995

O juiz Carlos Alexandre decidiu levar a julgamento 27 elementos dos Portugal Hammerskins (PHS), a fação mais violenta dos skinheads, por 77 crimes, entre eles tentativa de homicídio, discriminação racial e sexual, ofensa à integridade física qualificada, detenção da arma proibida ou roubo. Entre eles, há um guarda prisional e neonazis já condenados no processo da morte de Alcindo Monteiro, em junho de 1995.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Sobre a ditadura sanitária

Florbela Sebastião e Silva [*]

APOCALIPSE I (28 de Julho de 2021)  (palavra grega para REVELAÇÃO)

Tenho vindo a assistir a um atropelo, sem paralelo, neste País, quer da Constituição da República Portuguesa, que ainda está em vigor, quer dos direitos humanos absolutamente fundamentais para qualquer sociedade que se preze poder progredir e desenvolver toda a sua plenitude, quer a nível intelectual, quer a nível físico e moral.

Já não bastava o facto dos direitos fundamentais, as liberdades e as garantias expressamente consagrados na Constituição da República Portuguesa (CRP) terem sido alvo de forte ataque nestes últimos meses, com medidas legislativas que não só violam, em termos da sua estrutura, ou seja, em termos orgânicos, a CRP, porque o Governo não pode através de uma Resolução de Conselho de Ministros, nem mesmo através de um Decreto-Lei produzir normas que limitam, suspendem ou eliminam os direitos, liberdades e garantias, como violam materialmente a CRP, ou seja, violam o seu coração e razão de ser ao incidir directamente sobre normas que, nem mesmo em sede de um Estado de Emergência, alguma vez poderiam ser atacadas.

Refiro-me, por exemplo, ao disposto no artº 13º nº 1 subordinado ao princípio da igualdade que diz claramente que:
"Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei."

Refiro-me, ainda, ao disposto no artº 16º da CRP que dispõe que:
"Os preceitos constitucionais e legais relativos aos direitos fundamentais devem ser interpretados e integrados de harmonia com a Declaração Universal dos Direitos do Homem."

Declaração essa que diz, no seu Artº 7º que:
"Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação."

Ou ainda no disposto no artº 24º da CRP que expressamente determina que:
"A vida humana é inviolável."

Ou no disposto no artº 25º da CRP que diz que:
"A integridade moral e física das pessoas é inviolável."

E, por fim, no artº 26º da CRP que determina, entre outras coisas, que:
"A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação."

Eis senão quando, após uma reunião – que ao que tudo indica não está documentada em acta e foi realizada à porta fechada – com a Infarmed, anunciam-se ainda mais limitações aos já muito debilitados direitos dos cidadãos.

Pasme-se, por uma entidade que, no seu próprio site, define o seu raio de actuação da seguinte maneira:
"O Infarmed é a autoridade competente do Ministério da Saúde, com atribuições nos domínios da avaliação, autorização, disciplina, inspecção e controlo de produção, distribuição, comercialização e utilização de medicamentos de uso humano, incluindo os medicamentos à base de plantas e homeopáticos, e de produtos de saúde (que incluem produtos cosméticos e de higiene corporal, dispositivos médicos e dispositivos médicos para diagnóstico in vitro) em Portugal."

NEPTUNO É RUSSO

Martinho Júnior, Luanda  

O “HEGEMON” ESTÁ A PERDER O DOMÍNIO DAS ÁGUAS

No momento em que se está a concluir o Nord Stream 2, gasoduto submarino entre a Rússia e a Alemanha no Báltico, São Petersburgo foi sede das comemorações do 325º aniversário da Marinha de Guerra Russa.

Se em mares fechados como o Cáspio a força naval russa é incontestavelmente preponderante, o que não impede (muito pelo contrário) as potencialidades de desenvolvimento sustentável e de paz na direcção sul da EurÁsia, a Nova Rota da Seda energética chega agora à Alemanha com uma força duplicada, vencendo todas as artificiosas barreiras que o “hegemon” em desespero de causa ousou semear.

Por via da Alemanha a Europa multiplica a sua capacidade energética limpa sem a “filtragem” em jeito de tampão por parte da Ucrânia, o que vai possibilitar um outro desafogo para o seu parque industrial e, com isso, a oportunidade para integrar as articulações da Nova Rota da Seda a partir de suas linhas a ocidente, reforçando as potencialidades de desenvolvimento sustentável e de paz por toda a EurÁsia.

Isso acontece no momento em que os Estados Unidos e a NATO se viram obrigados a sair do Afeganistão por colapso de suas própria geoestratégia militar e no momento em que, aproveitando o 325º aniversário da sua Marinha de Guerra, a Rússia demonstra as vantagens do seu poderio sobre um “hegemon” incapaz de lhe dar mais resposta ao nível dos avanços tecnológicos e da manobra estratégica e tática!

Vacinas: outra teoria da conspiração se torna realidade

# Publicado em português do Brasil

Passaportes de vacinas: outra teoria da conspiração se torna realidade

OneWorld

As pessoas ainda pensam que o “passe verde” é para uma pandemia, ou pior, acham que vai acabar logo e é uma coisa temporária. Mas está aqui para ficar, assim como a limitação dos direitos humanos, liberdade de expressão, liberdade de educação e liberdade de movimento, a menos que nós, o povo, tentemos pelo menos fazer algo a respeito!

As pessoas, especialmente nos países ocidentais, como muitos países da UE, ainda pensam que a pandemia que podemos questionar vai acabar em breve e voltaremos ao normal, mas não é esse o propósito. Na União Europeia (UE), eles estão transformando muitos países da UE em estados de vigilância tecnocrática sem liberdade, limitação dos direitos humanos e proibição da liberdade de viajar, movimento e educação. Como desculpa, eles dão a você uma pandemia e tentam argumentar que você contamina outras pessoas. Isso é ridículo se, como afirmam, 50% estão totalmente vacinados e muitos, especialmente os jovens ou saudáveis, não estão adoecendo ou apenas ligeiramente , como uma gripe forte. Muitos países soberanos da UE têm uma constituição que declara que temos, de acordo com a lei, todos esses direitos como mencionei acima: liberdade de expressão, viagens e, acima de tudo, educação.

A França é o país onde uma revolução começou em 1789 porque o “povo” não aceitava mais a restrição da liberdade e havia muita pobreza naquela época, o que (pobreza) é mais um sinal do novo estado tecnocrático que somos experimentando agora. Na França, eles tiram a liberdade dos cidadãos, como o primeiro estado da UE, e todos que desejam ficar no controle de seu próprio corpo e não querem ser vacinados por qualquer motivo são agora cidadãos de segunda classe. Uma comparação pode ser feita com a Alemanha da era nazista. Os nazistas estabeleceram, antes do que, muitos novos anti-judeusleis. Essas leis foram introduzidas lentamente no início para que a população civil não percebesse a extensão do anti-semitismo do partido nazista (como agora a pandemia). Cerca de 2.000 decretos nazistas antijudaicos foram aprovados entre 1933-1945. É incerto se Hitler planejava assassinar os judeus quando ele chegasse ao poder. Originalmente, parece que ele e seu governo pretendiam expulsá-los da Alemanha, mas isso acabou levando ao plano de exterminar os judeus.Muita gente diria: “ah não, não dá para comparar o C-VI com esses tempos”, mas sim, pode, porque, lenta mas seguramente, pessoas que não são vaxxadas estão sendo privadas de direitos humanos e por um regime tecnocrático , dependendo da Arificial Intelligene (AI) e de líderes incompetentes, é muito fácil, como vimos no ano passado, fazer novas leis de emergência que substituam a constituição regular e retirem nossos direitos humanos básicos e a expressão da liberdade. Estudantes franceses do ensino médio que não foram totalmente vacinados terão que ficar em casa no novo ano letivo durante um novo surto de corona. O ministro da Educação da França, Jean-Michel Blanquer, confirmou isso na quarta-feira. E a França não seráo único país que priva crianças não vacinadas de educação! É o começo de algo escuro e sinistro! Na França e na Alemanha, os antivaxxers agora são vistos como terroristas.

Diálogo estratégico entre tensões. Mas quem criou as tensões?

# Publicado em português do Brasil

Strategic Culture Foundation | editorial

São os americanos que precisam parar com o agravamento implacável e sistemático das tensões.

Altos funcionários americanos e russos se reuniram esta semana em Genebra para discutir a estabilidade estratégica. O lado americano disse que está “comprometido com a estabilidade, mesmo em tempos de tensão”, como se procurasse elogios por seu engajamento. Mas, em todos os aspectos, foi Washington que gerou tensões perigosas.

O encontro na cidade suíça deu sequência à cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin, em 16 de junho, no mesmo local. Essa cúpula viu um tom diplomático mais engajado dos americanos e uma disposição para buscar o diálogo sobre uma série de questões, em particular o controle de armas nucleares.

Esta semana, Wendy Sherman, a Secretária de Estado Adjunta (a segunda diplomata americana mais graduada), se reuniu com seu homólogo russo, o Ministro Adjunto das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov. Os diplomatas se cumprimentaram de maneira cordial antes do início das negociações na quarta-feira.

A agenda precisa para o formalmente intitulado “diálogo de estabilidade estratégica” não foi divulgada publicamente, mas entende-se que uma questão prioritária era o controle de armas nucleares e a extensão do novo tratado START que limita a implantação de armas nucleares intercontinentais. Quando Biden assumiu o cargo em janeiro deste ano, uma das primeiras decisões executivas que ele tomou foi manter o acordo de dez anos. Seu antecessor, Donald Trump, estava prestes a deixar o tratado caducar.

NÃO HÁ PROGRESSO: É ILUSÃO

# Publicado em português do Brasil

Alexander Dugin*

Mais cedo ou mais tarde, alguém teria que dizer isso. A ideia de progresso é pura ilusão. Enquanto não nos separarmos desse preconceito, de todos os nossos projetos e planos, análises e reconstruções históricas, todas as nossas ideias científicas repousarão sobre um falso fundamento. É hora de dizer adeus à própria ideia de progresso.

Assim que reconhecermos isso, tudo se encaixará imediatamente e imediatamente.

A ideia de progresso foi formulada pela primeira vez por enciclopedistas no século 18 e tem origem na teoria herética de Joachim de Flora sobre os três reinos - o do Pai, o Filho e o Espírito Santo. A tradição cristã ortodoxa reconhece a era do Antigo e do Novo Testamento, ou seja, a era do Pai e do Filho, mas o fim da civilização cristã é seguido por um curto período de apostasia, a vinda do Anticristo e, então, o fim do mundo. E nenhum avivamento espiritual especial, nenhuma melhora do Cristianismo é esperado. 

Quando a era do Filho termina, a humanidade cai - degeneração, colapso e degradação seguem-se. Joachim de Flora e seus seguidores, em sua maioria franciscanos católicos, pelo contrário, consideravam o futuro maravilhoso e, após a queda da civilização cristã medieval, profetizaram o início de algo ainda mais sublime e sagrado - o reino do "Espírito Santo" . Os enciclopedistas já não acreditavam na "era do Espírito Santo", bem como na Igreja e no próprio Deus. Mas a convicção no fim da cultura cristã foi compartilhada e o fim da religião e o início de uma nova sociedade foram proclamados com alegria. Depois do cristianismo deve chegar algo mais justo, mais perfeito, mais racional, mais democrático, mais avançado.

Democracia e autoritarismo

Se, por um lado, é crucial manter a diferença entre democracia e autoritarismo, por outro, os traços autoritários das democracias agravam-se a cada dia que passa

Boaventura de Sousa Santos* | Carta Maior

As trombetas da guerra fria voltaram a soar. O Presidente dos EUA anuncia aos quatro ventos a nova cruzada. Desta vez, os termos parecem diferentes, mas os inimigos são os mesmos – a China e a Rússia principalmente. Trata-se da “guerra” entre democracias e autoritarismos (ditaduras ou governos de democracia truncada pelo domínio absoluto de um partido). Como de costume, os governos ocidentais e os comentadores de serviço alinharam-se fielmente para o combate. Os portugueses que viveram em idade adulta o tempo da ditadura salazarista não têm qualquer dúvida em distinguir democracia e autoritarismo e em preferir a primeira ao segundo. Os que nasceram depois de 1974, ou pouco tempo antes, quando não aprenderam dos pais o que foi a ditadura, muito provavelmente também não aprenderam na escola. Estão, pois, disponíveis para confundir os dois regimes políticos. Por sua vez, a realidade de muitos países considerados democráticos mostra que a democracia atravessa uma profunda crise e que a distinção entre democracia e autoritarismo é cada vez mais complexa. Em vários países do mundo estão a ocorrer protestos nas ruas para defender a democracia e lutar por direitos violados, direitos esses quase sempre consagrados na constituição. Muitos destes protestos dirigem-se contra dirigentes políticos que foram eleitos democraticamente, mas que têm exercido o cargo de modo antidemocrático, contra os interesses das grandes maiorias, por vezes frustrando grosseiramente as expectativas dos cidadãos que votaram neles. São os casos do Brasil, Colômbia e Índia, e foram também os casos da Espanha, Argentina, Chile e Equador em anos recentes. Noutros casos, os protestos visam evitar a fraude eleitoral ou fazer valer os resultados eleitorais, sempre que as elites locais e as pressões externas se recusam a reconhecer a vitória de candidatos sufragados pela maioria. Foi este o caso do México, durante anos, o caso da Bolívia, em tempos recentes, e, agora, o caso do Peru. À primeira vista, há algo de estranho nestes protestos, porque a democracia liberal tem como característica fundamental a institucionalização dos conflitos políticos, a sua solução pacífica no marco de procedimentos inequívocos e transparentes. Trata-se de um poder político que se conquista, se exerce e se abandona democraticamente, mediante regras consensualizadas. Por que razão, nesse caso, estão os cidadãos a protestar fora das instituições, nas ruas, tanto mais que correm sérios riscos de enfrentar excessiva força repressiva? E o mais intrigante é que os governos de todos os países que mencionei são aliados dos EUA, que com eles querem contar na sua nova cruzada contra o autoritarismo da China e seus aliados.

Portugal | Precisamos de mais do que meio País

Os dados dos censos não são uma novidade nem uma inevitabilidade, resultando de décadas de políticas erradas e de oposição às que verdadeiramente possibilitam um País mais coeso, a começar pela regionalização.

«Não são uma surpresa», afirmava ontem a ministra da Coesão Territorial em reacção aos resultados preliminares dos Censos que, a par da perda de mais de 200 mil habitantes numa década, revelam um País desequilibrado, com uma forte concentração no Litoral, em particular junto das áreas metropolitanas.

Comprovadamente não são. Basta um pequeno périplo pelo Interior para perceber a angústia a que têm sido votadas as populações. Foi o desinvestimento na ferrovia, o encerramento de serviços públicos, uma saúde que remete muitas valências para os grandes centros urbanos, escolas que fecham por falta de crianças, empresas que encerram, não se fixam e muita produção que deixou de se realizar (não raras vezes com subsídios europeus para não produzir) e a respectiva ausência de trabalho, numa espiral que conduz as regiões mais pobres, envelhecidas e desertificadas a serem-no cada vez mais.

"Lisboa bela e justa" é ambição do candidato João Ferreira

"Queremos Lisboa bela e justa. Que as pessoas tenham uma palavra a dizer"

João Ferreira, candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, é o entrevistado de hoje do Vozes ao Minuto.

Habitação, mobilidade, Saúde, Ambiente, transportes públicos, Cultura e Desporto. São estas as áreas que João Ferreira, candidato pela CDU à Câmara Municipal de Lisboa, destaca como essenciais na governação da cidade nos próximos anos.

É candidato pela terceira vez à maior autarquia do país, mas rejeita que haja uma "insistência" do partido em levá-lo a disputar momentos eleitorais. Sublinha que a coligação "vale pelo projeto que tem e pelas equipas" e não "por esta ou aquela pessoa". E acredita que o plano comunista será muito útil a Lisboa, cidade que gostaria de ver não só "mais bela", como também "mais justa e democrática", frisa em entrevista ao Notícias ao Minuto.

Apostando no conhecimento e na "experiência acumulada", o ex-eurodeputado parte "confiante para esta batalha" e assegura que "a CDU está pronta a disputar e a assumir todas as responsabilidades". "Queremos tomar em mãos o governo da cidade", diz. 

No plano nacional, João Ferreira defende ainda que "o PCP mostrou nos últimos anos como é decisivo". "Tudo o que foram aspetos positivos na vida do país, avanços no plano da conquista dos direitos importantes para as pessoas, nenhum desses passos teria sido dado sem a intervenção" da CDU, lembra, desejando que o papel do partido "possa crescer".

Candidata-se à Câmara Municipal de Lisboa pela terceira vez. O que é que espera que à terceira seja de vez? Quais são as principais bandeiras da CDU para a capital? 

Candidato-me a Lisboa pela terceira vez, mas estive cá nos últimos oito anos. Das outras duas vezes que me candidatei resultaram responsabilidades que assumi por inteiro, integralmente, durante o período de duração dos mandatos. São oito anos que representam um conhecimento e uma experiência acumulada que creio poder pôr ao serviço da cidade nestes próximos quatro anos.

O trabalho que desenvolvemos nos últimos oito anos é talvez a mais sólida garantia do caráter distintivo de um projeto autárquico da CDU de que Lisboa precisa. Tem ficado claro que Lisboa precisa, em aspetos essenciais, deste projeto. Estamos convencidos que o conhecimento e a experiência que acumulámos – eu e outros vereadores – é muito útil à cidade neste momento. 

A que aspetos essenciais se refere?

Sobretudo no que toca à necessidade de conjugarmos de uma forma harmoniosa e sem exclusões o que é um conjunto de funções que fazem a vida na cidade. Nomeadamente: o direito à habitação – que tão posto em causa foi nestes últimos anos -; o direito a um emprego e a oportunidades de realização pessoal e profissional, o que exige uma base económica de desenvolvimento da cidade diversificada, saudável, combatendo uma certa tendência para a monofuncionalidade e especialização excessiva numa única atividade. Há também a necessidade de conjugarmos isto com avanços mais significativos no domínio da mobilidade e dos transportes públicos, com uma melhoria muito substancial do que são serviços essenciais à boa qualidade de vida na cidade; uma melhoria substancial da qualidade do ambiente urbano - que se deteriorou nos últimos anos -; e conjugarmos estes direitos a outros fundamentais, como o direito à cultura, ao recreio, ao lazer e à atividade física.

Queremos uma cidade que seja ainda mais bela, mas também justa e democrática. É essencial que as pessoas tenham uma palavra a dizer nas decisões que afetam as suas vidas, que sejam envolvidas, quer no planeamento quer na construção da cidade, o que não tem acontecido ao longo destes últimos anos. É isso que esperamos poder fazer. 

Portugal | Por luto ou por demência

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

Cada pessoa é livre de escolher os heróis que quiser. Cada um tem a liberdade de poder optar entre seguir o exemplo, adorar, apurar os pormenores da História, acender velinhas a quem entender. Mas a um país, exige-se uniformidade.

Ao Estado, exige-se um pingo de coerência, um denominador comum que nos faça acreditar que as decisões não são tomadas de forma arbitrária, consoante os intérpretes do poder-no-poder, à deriva das marés e dos contextos. Ao Estado, às suas honras, exige-se a determinação de não ceder ao momento, ao politicamente correcto, que não se coloque de joelhos ao sabor de uma pretensa maioria mansa ou de um falso "pleno", por ser mais inócuo ou mais "agradável", essa palavra poluída por nela caber tudo o que priva sem sabor.

Perante a morte do estratega e herói operacional do 25 de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, o Estado português ficou de cócoras. Aninhado e pequenino, cheio de medo do embate com o reflexo de um homem dual, controverso, mas incontornável na história de liberdade que o país contará, se quiser olhar-se fiel ao espelho, sem distorção. Perante a partida de Otelo, Rebelo de Sousa e António Costa usaram a estratégia de meias-tintas-bolor de Marcelo, esse mesmo, o outro, o do passado. Foi um Estado, novo. Luto nacional? Impensável, nenhum outro capitão de Abril teve semelhante honraria. Só o facto de a morte de um capitão de Abril nunca ter merecido essa honra de Estado já deveria encher de luto o luto nacional.

Acordo entre Timor-Leste e Austrália sobre porto de Hera

Timor-Leste e Austrália vão assinar acordo sobre instalações de porto de Hera

Timor-Leste e a Austrália vão assinar um acordo que abrange infraestruturas e instalações no porto de Hera, num programa que inclui a oferta australiana de dois navios de patrulha marítima, esperados em 2023.

Em comunicado, o Governo timorense indicou que o Conselho de Ministros deu poderes ao ministro da Defesa, Filomeno Paixão, para assinar o acordo com o Departamento de Defesa Australiano (DDA).

"O acordo visa promover o desenvolvimento de infraestruturas para melhorar a capacidade e a sustentabilidade das FALINTIL-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) em assistência aos mútuos interesses de Timor-Leste e da Austrália", salientou o Governo.

"Com este acordo, o DDA irá realizar as necessárias atividades de construção no Porto de Hera para a entrega, em 2023, de dois navios patrulha (GSB) doados pela Austrália a Timor-Leste", sublinhou.

Forças do Ruanda abatem 14 terroristas em Mocímboa da Praia

MOÇAMBIQUE

Insurgentes terão sido mortos durante operações das tropas ruandesas e numa reacção do exército de Kigali a uma emboscada à sua base. Um soldado terá sido ferido, estando em recuperação.

Os resultados operativos chegaram hoje de Kigali, no Ruanda, através de uma conferência de imprensa concedida pelo exército daquele país. De sábado à quarta-feira, 14 terroristas terão sido mortos em operações levadas a cabo pelas forças ruandesas na localidade de Awasse, no distrito da Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado.

“Na área de Awassa, quatro pessoas foram mortas e um conjunto de equipamento foi capturado: uma RPG (granada lançada por foguete), uma metralhadora média, três metralhadoras e uma variedade de medicamentos. Duas pessoas foram mortas no mesmo dia, 24, que estavam numa motorizada, numa emboscada, entre Mbau e Awasse. Capturámos duas metralhadoras, uma pistola, oito revistas, um computador portátil, incluindo alguns documentos escritos em Swahili”, avançou Ronald Rwivanga, porta-voz do exército do Ruanda.

Dois dias depois, já na segunda-feira, dia 26 de Julho, os insurgentes terão registados mais baixas. “Cinco pessoas foram mortas, de novo, em Awasse, capturámos oito metralhadoras, granadas lançadas por foguete e uma pistola”, detalhou.

Já esta quarta-feira, dia 28, uma base das tropas do Ruanda foi atacada e, em reacção, mais três terroristas foram abatidos. “Uma pessoa foi morta durante um ataque à nossa base, sem casualidades do nosso lado. Capturámos duas granadas lançadas por foguete, uma metralhadora e, enquanto levávamos um dos nossos feridos ao hospital, caímos numa emboscada, mas tratámos de atirar para trás, tendo matado dois, nenhum dos nossos soldados foi ferido na emboscada”, acrescentou.

Durante o ataque à base, um soldado ruandês foi ferido, estando em recuperação numa unidade hospitalar.

António Tiua | O País (mz)

General ruandês "suspeito" comanda tropas em Moçambique

General com mãos manchadas de sangue comanda tropas ruandesas em Cabo Delgado

Percurso militar de general ruandês em Cabo Delgado é aterrorizador. Um defeito que se pode tornar "relativa qualidade" quando o alvo são terroristas, mas um pesadelo para dissidentes de Paul Kagame em Moçambique.

De inocente parece ter apenas o nome, o comandante das forças ruandesas no norte de Moçambique, a considerar pelo seu currículo enquanto militar.

Por exemplo, algumas plataformas online do seu país, como o therwandan.com, revelam que o major-general Innocent Kabandana é responsável pelo assassinato de bispos católicos em Gakurazo, em 1994, e por liderar uma caça aos dissidentes ruandeses nos EUA e Canadá quando serviu como adido militar na Embaixada do Ruanda em Washington, uma atividade que também é do conhecimento Cleophas Habiyareme, presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique.

"Sobre esse comandante para combater em Cabo Delgado, li num artigo que esse comandante sempre foi encarregado de perseguir os opositores fora do país", confirma Habiyareme. 

Mas o ruandês mostra-se seguro: "Pra mim isso não pode criar um pânico na comunidade ruandesa em Moçambique. Digo isso porque Moçambique é um país que assinou a Convenção de Genebra sobre a proteção dos refugiados. Então, não faz sentido que uma força convidada para uma missão bem definida vá por trás cometer o terrorismo contra os refugiados".

"A segurança dos refugiados é da responsabilidade do Governo. Acho que o Governo não vai e nem pode permitir isso, porque a perseguição ao refugiado é igual ao terrorismo", sublinha Habiyareme.

Em Moçambique, o novo posto de trabalho de Kabandana, os ruandeses, cuja comunidade soma cerca de 4000 pessoas, têm sido igualmente perseguidos e mortos nos últimos anos. O caso mais recente foi o sequestro, sem esclarecimento até ao momento, do jornalista e dissidente Ntamuhanga Cassien, na Ilha de Inhaca.

Nhongo quer diálogo para a paz no centro de Moçambique

Após meses de silêncio, o líder da "Junta Militar" da RENAMO, Mariano Nhongo, mostrou-se aberto ao diálogo de paz com o Governo. Mas tem condições: rejeita a intervenção da RENAMO ou das Nações Unidas nas conversações.

Mariano Nhongo está disponível para sentar-se à mesa com o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) para negociar a paz, mas rejeita falar com o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, cuja liderança não reconhece, ou com o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU), Mirko Manzoni.

"A Junta Militar já mandou um documento ao Governo [em 2019] e esperamos que o Governo dê uma boa resposta. O povo vai entender e vai aceitar que eu negoceie com o Governo. Se o Governo me quiser enganar, o povo logo descobre e não vai aceitar que eu vá negociar", afirmou numa entrevista exclusiva à DW África.

Mariano Nhongo também não quer negociar a paz com André Matsangaíssa Júnior, que abandonou o grupo dissidente no início deste ano. "O Governo pode criar uma comissão que vai negociar com a comissão da 'Junta Militar', mas não o traidor. Já chega a traição que ele fez", adiantou.

Apesar de ser acusada de ataques armados no centro do país, que provocaram a morte a pelo menos 30 pessoas, a autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO nunca admitiu a sua autoria.

"Angola nunca vai conseguir prender Isabel dos Santos"

Advogado de Isabel dos Santos diz que, mesmo que seja emitido um mandado de detenção internacional, a empresária procurará refúgio na Rússia.

A defesa de Isabel dos Santos afirmou em entrevista ao canal português SIC que "o Estado angolano nunca vai conseguir prender" a empresária.

Questionado se teme um mandado de detenção internacional, Sérgio Raimundo, advogado da filha do ex-Presidente angolano, respondeu que "não é inteligente por parte do Estado Angolano insistir nesse caminho".

"Ela não é só angolana, é também cidadã russa. Em última instância, ela vai para a Rússia. E quem é que vai [lá] buscá-la?", questionou.

De acordo com a SIC, a última vez que a Justiça angolana terá notificado a empresária para responder pelos processos de que é alvo no país terá sido em fevereiro deste ano, três meses depois do funeral do marido de Isabel dos Santos, em Londres. O advogado Sérgio Raimundo diz que a empresária estava impossibilitada de regressar ao país porque Inglaterra fechou as fronteiras devido à pandemia da Covid-19.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

As "batatas quentes" de Angola na presidência da CPLP

No seu mandato à frente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Angola tem pela frente vários desafios, desde a implementação da complicada livre circulação à abolição da pena de morte na Guiné Equatorial.

Um dos maiores desafios da presidência de Angola na CPLP é, seguramente, a implementação da complexa livre circulação, dizem especialistas angolanos ouvidos pela DW África. Nkikinamo Tussamba, perito angolano em questões internacionais, explica que a sua efetivação dependerá apenas do cumprimento dos acordos. "É isso que todos os cidadãos [da CPLP] estão à espera, que estes acordos celebrados saiam do papel para a sua materialização", diz.

Mas há alguns entraves. Entre eles, está a não abolição, até ao momento, da pena de morte na Guiné Equatorial. Para Nkikinamo Tussamba, o principal obstáculo é o posicionamento dos Estados membros da CPLP em organizações continentais e regionais, como União Europeia (UE), Mercosul, União Africana (UA), Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). 

Segundo o especialista, neste momento, Portugal constitui a principal preocupação, porque "fazendo parte da zona Euro, estaria aqui, sim, a beneficiar-se do posicionamento dos países com quem faz parte na CPLP, mas em parte, terá que analisar com muita atenção, aquilo que pode vir a perder no espaço da Zona Euro". E isso "pode constituir um elemento de entrave na efetivação destes acordos", observa.

E quais são as soluções? Nkikinamo Tussamba entende que, para além de se debater exaustivamente o posicionamento de Portugal, é também necessário colocar os cidadãos da CPLP no centro da organização para efetivação dos acordos. "Mudar de paradigma e olhar para CPLP como sendo uma organização, que pode beneficiar ou que deve beneficiar as massas, deve beneficiar os cidadãos e não apenas uma classe de elite. E a presidência de Angola precisa de ter um posicionamento forte, uma estratégia que poderá influenciar a Guiné Equatorial a abolir a pena de morte", defende.

Tribunal Constitucional volta a exigir recontagem de votos

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Tribunal Constitucional insta a Comissão Eleitoral Nacional para cumprir "recontagem integral" dos votos das presidenciais de 18 de julho. Processo pode começar esta quarta-feira.

"Comunica-se a todas as autoridade públicas sobretudo a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) para cumprirem na integra o que vem exarado no referido acórdão no sentido de procederem a recontagem integral dos votos para a eleição presidencial de 18 de julho", refere o comunicado do Tribunal Constitucional (TC) são-tomense divulgado na noite desta terça-feira (27.07).

No domingo, 25, o TC distribuiu um acórdão em que ordenava a Comissão Eleitoral Nacional a recontagem integral dos votos face a diversos protestos e suspeições levantados pelos diversos candidatos que concorreram ao escrutínio. O referido acórdão era datado de 23 deste mês.

No entanto, um outro acórdão foi produzido e assinado por três juízes conselheiros deste tribunal que rejeitam a realização da recontagem dos votos.

HRW exige que Teodorin devolva à população bens roubados

GUINÉ EQUATORIAL

HRW exige que bens de Teodorin Obiang sejam devolvidos à população

Human Rights Watch quer devolução à população de bens confiscados por França ao vice-presidente da Guiné Equatorial. 'Teodorin' Obiang teve condenação confirmada no âmbito do chamado caso dos "bens mal adquiridos".

Depois de o Tribunal de Cassação de Paris recusar o recurso de Teodoro Nguema Obiang Mangue e manter a sua condenação, a Human Rights Watch (HRW) quer garantias de que o filho do Presidente da Guiné Equatorial devolva os bens confiscados ao povo do país africano. "Como Nguema Obiang permanece numa posição de poder e a corrupção no país continua endémica, existe um alto risco de que esses ativos sejam mal utilizados depois de devolvidos", realça a HRW.

A ONG sublinha que as autoridades da Guiné Equatorial menosprezaram esses casos de corrupção no estrangeiro como uma "tentativa neocolonialista" de "saquear a riqueza dos recursos do país, tornando extremamente importante manter os ativos recuperados à parte do governo que se apoderou deles".

'Teodorin' Obiang foi condenando a uma pena suspensa de três anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 30 milhões de euros no chamado caso dos "bens mal adquiridos". Foi considerado culpado pelos crimes de branqueamento de dinheiro obtido com práticas corruptas no seu país, sendo válida a sentença de três anos de prisão suspensa, o arresto de bens adquiridos em França no valor de 150 milhões de euros e o pagamento de uma multa de 30 milhões de euros ao Estado francês.

"Ignorância" do PR "pode agravar" situação política em Bissau

Coligação governamental guineense dá sinais de estar em risco por causa de desentendimentos entre o Presidente e o líder do MADEM-G15. Jurista entende que Embaló desconhece a sua missão enquanto Presidente da República.

A "guerra aberta" entre o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e Braima Camará, líder do Movimento de Alternância Democrática (MADEM-G15), que lidera a coligação no poder, terá consequências para a estabilidade do país, alerta o analista Luís Vaz Martins.

Em entrevista à DW, o jurista diz que "há muito" que o país vive uma ditadura e que sempre soube que esta era uma aliança "a prazo". E não poupa críticas à "ignorância" do Presidente sobre as regras do jogo democrático.

DW África: O desentendimento entre Sissoco e Camará pode gerar ainda mais instabilidade política na Guiné-Bissau e pôr em risco a coligação governamental?

Luís Vaz Martins (LVM): É óbvio que sim. Aliás, todos os observadores atentos já sabiam de antemão que esta aliança era a prazo, que não tinha qualquer possibilidade de perdurar a longo termo. Foi uma aliança circunstancial baseada numa espécie de coligação para atacar o PAIGC e o seu líder. No entanto todos nós sabíamos que não havia um denominador comum que podia sustentar essa aliança do MADEM-G15, PRS e o próprio Sissoco Embaló isoladamente... E depois buscou legitimidade no MADEM-G15 para se poder projetar ao nível da Presidência da República. Essa questão terá repercussões ao nível da estabilidade, porque os interesses do líder do MADEM-G15 e de Sissoco Embaló, enquanto Presidente da República (PR), são divergentes.

É preciso acabar com a “desorganização total na Guiné-Bissau”

Secretário-geral da UNTG: “GUINÉ-BISSAU VIVE UMA DESORGANIZAÇÃO TOTAL E É PRECISO PÔR FIM A ESSA DESORGANIZAÇÃO”

O secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Júlio Mendonça, disse, esta terça-feira, 27 de julho de 2021, que a Guiné-Bissau vive uma desorganização total e que é preciso pôr fim a essa desorganização.

Em entrevista aos jornalistas para anunciar a marcha da UNTG agendada para esta quarta-feira, Júlio Mendonça desafia os servidores públicos para participarem na manifestação contra a desorganização do país, impostos e “subsídios injustificáveis” introduzidos pelo governo e que está a ter reflexos na vida dos trabalhadores e da população. Anunciou também  a realização de uma nova marcha pacífica para o dia 3 de agosto, dia de trabalhadores da Guiné Bissau.

Para Mendonça, os trabalhadores estão a ser explorados pelo governo, informando que a marcha de amanhã vai ser assegurada pelas forças de segurança.

“Tivemos um encontro ontem com o Secretário de Estado da Ordem Pública e o seu staff.  Deram-nos a garantia de que vão dar toda a segurança necessária para concretização da marcha agendada para amanhã”, disse, esperando que os polícias não voltem a cometer o “mesmo erro de lançar gás lacrimogêneo aos trabalhadores”.

O sindicalista apelou às estruturas do ministério do interior nas regiões a deixar que os associados da UNTG também realizem a manifestação.

A UNTG denunciou o aumento de preços de produtos da primeira necessidade no país e exige, entre outros, o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000F CFA para 100 .000F CFA, a revogação de nomeações e contratos feitos sem obedecer aos critérios de ingresso na função pública assim como pagamento de dívidas e a efetivação dos servidores públicos.

Tiago Seide | O Democrata (gb)

DO TERRORISMO DAS PALAVRAS, AOS ACTOS TERRORISTAS

«Incroyable et odieux.

L'ambassade de Cuba attaquée au cocktail Molotov en plein Paris au petit matin.

Effet direct des campagnes absurdes de haine et de boycott meurtrier par les USA»

Jean-Luc Mélenchon

@JLMelenchon

27 de jul

https://twitter.com/JLMelenchon/status/1419911208426262536?ref_src=twsrc%5Etfw

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“Creo que Adriana y Efrén se sentirían orgullosos al ver que el pueblo de Cuba no se detuvo ante aquella ola de ataques terroristas, ni antes los que se sucedieron después y continuó construyendo su Revolución con altísimo sacrificio y dignidad y defendiendo las conquistas y las ideas por las que ellos entregaron su vida”.

Embaixadora de Cuba em Lisboa, no dia 22 de Abril de 2016 – Joana Tablada.

http://www.cubadebate.cu/noticias/2016/04/23/rinden-tributo-a-victimas-cubanas-del-terrorismo-en-portugal/ 

Martinho Júnior, Luanda  

O desespero do “hegemon” incrementa-se depois das derrotas que se vão acumulando na EurÁsia…

Já não é só a saída militar compulsiva no Afeganistão e no Iraque, que arrasta também a NATO a abandonar aquelas paragens do Médio Oriente Alargado quando o caos é perceptível, por osmose, nas próprias fileiras!…

Já não é só uma Turquia, membro da NATO, que cria e gere perspectivas próprias de relacionamento internacional, quer no Médio Oriente Alargado, quer em África (constate-se a aproximação por mútuo interesse a Angola, culminando uma vasta ofensiva diplomática e económica que leva já alguns anos)!...

Já não é só a derrota face ao Nord Stream 2 que passa a constituir uma reforçada e incontornável ponte energética entre a Rússia e a Europa implicando trocas comerciais a um nível nunca antes experimentado na medida em que por outro lado a Nova Rota da Seda inexoravelmente avança articulações e enlaces que não poderão ser facilmente sustidos, ou neutralizados por via da guerra, porque são mecanismos de paz!...

Já não é só, por relativo esgotamento, a relativa perda de fulgor fundamentalista no leste europeu, no Báltico, na Ucrânia e no Mar Negro!...

O “hegemon” no seu desesperado “estado profundo”, recorre num só corpo os enlaces neoliberais do domínio com o neofascismo e os neonazis repescados das velharias do protagonismo do Eixo na IIª Guerra Mundial, ou com as redes narcotraficantes na América dóceis e versáteis aos instrumentos de inteligência em prol das mais multifacetadas ingerências e manipulações internacionais, ou com as oligarquias fantoches, submissas ao ponto de, a partir da “capital terrorista” de Miami se aprestarem a enredos que passam das terroristas palavras carregadas de ódio, arrogância e mentira, aos pérfidos actos terroristas, porque todos os seus reflexos estão condicionados… como um outro cão de Pavlov!...

Perú | "Não governarei desde a 'Casa de Pizarro"

"Não governarei desde a 'Casa de Pizarro", disse hoje Pedro Castillo no seu discurso de investidura como presidente do Perú, em referência ao Palácio de Governo de Lima.

"Creio que temos que romper com os símbolos coloniais para acabar com as amarras da dominação que se mantiveram vigentes por tantos anos".

O agora presidente manifestou sua intenção de converter o Palácio de Governo em um museu que conte a história do país desde as suas origens.

https://www.swissinfo.ch/spa/per%C3%BA-gobierno_castillo-quiere-convertir-el-palacio-de-gobierno-de-per%C3%BA-en-un-museo-nacional/46825054

Colaboração de Alberto Castro, Londres - PG

Armas europeias "deslocaram mais de um milhão de pessoas"

# Publicado em português do Brasil

Nicolaj Nielson | EUobserver – 28.07.2021

Os pesquisadores descobriram uma ligação direta entre as exportações europeias de armas e o deslocamento forçado de pelo menos 1,1 milhão de pessoas.

"A cifra de 1,1 milhão é uma estimativa conservadora baseada nesses estudos de caso que localizam geograficamente as armas europeias dentro de um período de tempo específico", disse Niamh Ni Bhriain do Instituto Transnacional (TNI), com sede na Holanda, por e-mail.

Ela acrescentou que é provável que muitos outros milhões tenham sido deslocados como resultado das exportações de armas europeias.

O relatório do TNI, publicado quarta-feira (28 de julho), analisou quatro casos em que armas europeias foram utilizadas em conflitos e guerras.

Segundo a agência, os componentes do helicóptero italiano T-129 ATAK exportados para a Turquia foram usados ​​em dois ataques no norte da Síria, de onde cerca de 180 mil foram forçados a fugir.

No Iraque, os combatentes do Estado Islâmico usavam tubos de mísseis e foguetes búlgaros enviados para a Arábia Saudita e os Estados Unidos.

Os tubos e foguetes foram usados ​​em Ramadi, onde mais de meio milhão de pessoas foram deslocadas da província de Anbar.

"Em 2017, descobriu-se que outro tubo de míssil originário da Bulgária foi usado pelas forças do EI na cidade de Bartella, localizada a leste de Mosul", observou o relatório.

Provocação: EUA/RU desafiam a China a caminho do Mar do Sul

# Publicado em português do Brasil

O grupo de ataque de porta-aviões do Reino Unido chegou a águas asiáticas, afirma um desdobramento da mídia chinesa que confirma o papel da Grã-Bretanha como o "cão de caça" dos EUA

Richard Javad Heydarian | Asia Times

No que parece mais do que uma coincidência, o maior contingente naval do Reino Unido (RU) na memória recente conduziu exercícios sem precedentes na costa de Cingapura poucas horas antes do esperado discurso do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, no Fórum Fullerton anual de Cingapura.

Esta semana, o Carrier Strike Group do Reino Unido, liderado pelo porta-aviões HMS Queen Elizabeth de 65.000 toneladas, e a Marinha da República de Cingapura (RSN) realizaram exercícios navais conjuntos perto do disputado Mar do Sul da China.

Esta foi a primeira vez que o Carrier Strike Group da 5ª geração da Marinha Real exerceu atividades ao lado do RSN, que vem expandindo rapidamente sua cooperação de segurança com os Estados Unidos e outras potências aliadas nos últimos anos. Poucos dias antes, o contingente britânico conduziu exercícios conjuntos (21 a 22 de julho) com a Marinha indiana na Baía de Bengala.

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