O parlamento da Guiné-Bissau classificou na noite desta segunda-feira (02.08), em comunicado divulgado à imprensa, o ataque ocorrido sábado (31.07) contra o advogado e ativista Luís Vaz Martins como "revoltante" e "sintomático da crescente degradação do Estado" guineense.
"O país não pode continuar a assistir à sucessão de atos atentatórios aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, que semeiam o terror, pânico e um generalizado sentimento de insegurança na população, sem tomar medidas adequadas para pôr cobro em definitivo a situações do género", pode ler-se no comunicado.
O documento, elaborado pela mesa da Assembleia Nacional Popular guineense, refere que o parlamento "condena" e "repudia" qualquer tentativa de imposição da "lei da força" na República da Guiné-Bissau.
"Barbárie e golpe"
A nota da Assembleia Nacional "considera vãs as investidas dessa natureza e assume a defesa intransigente dos valores e princípios democráticos que enformam o Estado de Direito democrático estabelecido na República da Guiné-Bissau", salienta o parlamento guineense.
Perante aquela "barbárie e golpe à construção de uma sociedade civilizada", a Assembleia Nacional Popular vai tomar "todas as diligências necessárias para descobrir a verdade material, intenção subjacente e exigirá responsabilização política e criminal de todos os implicados em mais esta deriva ignóbil".
Num comunicado o PAIGC também lamentou o incidente. O advogado e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos Luís Vaz Martins foi no sábado alvo de uma tentativa de assassínio, denunciada por aquela organização não-governamental.
Deutsche Welle | Lusa
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