quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Trabalhadores guineenses vão manifestar-se em protesto

“Falta de segurança”: UNTG ADIA PARA 20 DE NOVEMBRO A MANIFESTAÇÃO

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – Central Sindical (UNTG – CS) adiou para o dia 20 de novembro a manifestação pacífica inicialmente prevista para amanhã, 17 de novembro.

A manifestação tinha sido autorizada pela Câmara Municipal de Bissau (CMB), em carta com referência n° 1039/2021, assinada pelo Secretário-geral da Edilidade de Bissau, Lente Embassa.

“O gabinete do secretário-geral vem pelo presente informar ao Sr. Secretário-geral da União Nacional de Trabalhadores da Guiné – Central Sindical, Júlio António Mendonça que o pedido foi autorizado de acordo com a vossa solicitação” lê- se no documento na posse do semanário O Democrata, aconselhando a UNTG a contactar o Ministério do Interior no sentido de manter a ordem, a segurança e as regras de confinamento durante a realização do evento.

Uma fonte junto da UNTG confidenciou ao O Democrata que o Secretário de Estado da Ordem Pública, Alfredo Malú, terá informado à central sindical que o Ministério do Interior “não pode fornecer a segurança para a manifestação do dia 17 de novembro, porque os elementos da segurança vão estar “ocupados” com as delegações convidadas para as comemorações do dia das Forças Armadas até 18 de novembro.

Por esta razão, refere a fonte, a UNTG “achou sensata adiar a manifestação para 20 de novembro”.

O Democrata soube que a direção geral de Viação e Transportes Terrestres, através de uma carta, pediu também à UNTG a ponderação e adiamento da manifestação pública para uma data oportuna, com a justificação em como as celebrações do dia das Forças Armadas vão acolher “altas figuras e estadistas de outros países”.

A UNTG tem convocado, desde dezembro de 2020, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras, a eliminação dos “subsídios milionários” aos titulares dos órgãos de soberania, a nulidade dos impostos introduzidos no Orçamento Geral de Estado do ano económico 2021, a melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos CFA para o dobro.

Tiago Seide | O Democrata (gb)

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