quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Portugal | É NAS ESCOLAS QUE ESTÁ A MAIORIA DOS SURTOS. SÃO 338 EM 564

Registam-se 2959 casos de covid-19 resultantes de surtos nas escolas. Dizem respeito a alunos, profissionais e coabitantes, parte dos quais já estarão recuperados, indica a DGS.

As autoridades de saúde registam esta semana um total de 564 surtos ativos, a maioria em escolas, pouco mais de metade do máximo atingido em fevereiro, quando chegou a haver 921 surtos ativos no país, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com a DGS, na segunda-feira Portugal continental registava 44 surtos ativos em lares, 16 em instituições de saúde e 338 em estabelecimentos de educação e ensino dos setores público e privado - escolas, ensino superior, creches e demais equipamentos sociais.

No total, havia 2959 casos de covid-19 resultantes destes surtos, que dizem respeito a alunos, profissionais e coabitantes, parte dos quais já estarão recuperados.

Do total de surtos ativos no início da semana, a maioria (280) localiza-se na área da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), seguida da ARS Norte (119), ARS centro (102) e ARS Algarve (35). Na ARS do Alentejo registavam-se 28 surtos ativos.

Estes 564 surtos ativos em território continental contrastam com os valores de fevereiro, quando o país atingiu um máximo de 921 surtos ativos.

830 casos resultantes de surtos em lares de idosos

De acordo com os dados da DGS, a 29 de novembro registavam-se 44 surtos ativos em lares de idosos, envolvendo 830 casos de covid-19. Em fevereiro, quando o país bateu o recorde de surtos em lares, havia 405 surtos, quase 10 vezes mais, com 12 mil infetados.

"A diminuição drástica neste contexto demonstra a importância que a vacinação tem tido no controlo da pandemia e na proteção da população mais vulnerável", sublinha a DGS.

A DGS dá ainda conta da existência, na mesma data, de 16 surtos em instituições de saúde, com 132 casos confirmados.

Um surto ativo é constituído por dois ou mais casos confirmados com ligação epidemiológica entre si no tempo e no espaço.

Só depois de terem decorrido 28 dias após a data do diagnóstico do último caso confirmado (dois períodos de incubação sem novos casos) o surto é dado como encerrado, explica a autoridade de saúde.

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 1.154.817 pessoas e provocou, desde o início da pandemia, 18.471 mortes.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 19 casos em Portugal.

A covid-19 provocou pelo menos 5.223.072 mortes em todo o mundo, entre mais de 262,93 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência AFP.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Diário de Notícias | Lusa em 3.12.2021

Leia em Diário de Notícias (de hoje): Pais e diretores não entendem as regras do isolamento de turmas -- Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) lamenta que quem esteja a "pagar a maior fatura da pandemia" seja a escola e acusa a DGS de falhas na comunicação com a sociedade...

Na imagem: Filinto Lima duvida que o adiamento do início do 2.º período em uma semana chegue para "curar os males" dos excessos que se vão cometer nas festas. // © Pedro Granadeiro / Global Imagens

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