terça-feira, 8 de junho de 2021

CS vota para reeleger Guterres como chefe da ONU para o segundo mandato

# Publicado em português do Brasil

Press TV | Terça-feira, 8 de junho de 2021

O Conselho de Segurança das Nações Unidas votou pela reeleição de António Guterres como secretário-geral da ONU, garantindo um segundo mandato ao estadista português que o manterá no cargo até 2027.

O Conselho de Segurança recomendou formalmente na terça-feira Guterres, o ex-primeiro-ministro de Portugal, de 72 anos, que não enfrentou competição para o mandato de 2022-2027 com a resolução de conflitos no topo de sua agenda.

Cerca de 10 candidatos pouco conhecidos, que aspiravam ao cargo, incluindo duas mulheres, também procuraram o cargo, mas não eram candidatos formais porque nenhum dos 193 países membros da ONU os endossou.

O atual presidente do Conselho de Segurança, o embaixador da Estônia Sven Jurgenson, disse que o órgão mundial, durante uma breve sessão a portas fechadas, votou unanimemente pela recomendação de que a Assembléia Geral dê a Guterres outro mandato.

“Acho que ele é um excelente secretário-geral. Ele provou ser digno do cargo ”, disse Jurgenson a repórteres na sede das Nações Unidas após a decisão.

A aprovação da Assembleia Geral é vista como uma formalidade e deverá ocorrer em breve.

Em mais um sinal de apoio a Guterres, nenhum dos cinco membros permanentes com poder de veto do conselho de 15 membros - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia - questionou publicamente um segundo mandato para ele.

Guterres, vitorioso em 2016 em um campo de 13 candidatos oficiais, incluindo sete mulheres, assumiu o cargo no mesmo ano e foi forçado a se concentrar em limitar os danos potenciais da política externa unilateral, nacionalista e cautelosa de alianças do ex-presidente dos EUA Donald Trump .

Agora, ao embarcar em um novo mandato, Guterres precisará de "um plano de batalha" para todas as crises ao redor do mundo, disse um diplomata.

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China vai reagir contra sanções dos EUA

# Publicado em português do Brasil

Pequim quer que os EUA e o Ocidente saibam que sua próxima retaliação legal contra sanções consideradas injustas é apoiada por seu povo

Jeff Pao | Asia Times

A China em breve aprovará uma lei para contra-atacar os países que impuseram sanções aos órgãos estatais, empresas, organizações e funcionários chineses, incluindo aqueles com ligações com o Exército de Libertação Popular.

Um novo projeto de lei, apelidado de “Lei de Sanções Anti-Estrangeiras”, foi submetido ao Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (NPC) para uma segunda leitura na segunda-feira. Espera-se que o projeto seja aprovado pelo principal órgão legislativo da China na quinta-feira.

Os detalhes do projeto não foram divulgados. No entanto, de acordo com um relatório da Xinhua, o governo chinês lançará várias contra-medidas correspondentes contra entidades e indivíduos em países relevantes, ou seja, os Estados Unidos, a partir do início de 2021.

Durante as “duas sessões” no início de março, alguns membros do NPC e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) sugeriram que era necessário que a China formulasse uma lei específica para conter as sanções estrangeiras.

Os membros do Comitê Permanente do NPC analisaram o rascunho pela primeira vez em uma reunião no final de abril e concordaram amplamente em formular a lei para conter as sanções estrangeiras. Eles também deram alguns conselhos e sugestões sobre como melhorar o projeto, relatou a Xinhua.

“Por algum tempo, devido às necessidades de manipulação política e preconceito ideológico, alguns países ocidentais usaram Xinjiang e questões relacionadas a Hong Kong como parte de seus pretextos para espalhar boatos e difamar, conter e suprimir a China”, segundo o porta-voz da a Comissão de Assuntos Legislativos do Comitê Permanente do APN.

“Em particular, os países, em violação do direito internacional e das normas básicas que regem as relações internacionais, impuseram as chamadas sanções aos órgãos, organizações e funcionários do Estado chinês relevantes de acordo com suas leis internas, interferindo grosseiramente nos assuntos internos da China”. acrescentou o porta-voz.

O escritório disse que a China usaria a nova lei para salvaguardar a soberania nacional, dignidade e interesses centrais e se opor ao hegemonismo ocidental e à política de poder.

O império da espionagem

O caso da Dinamarca não é único. Trata-se apenas de mais uma via de actuação da espionagem global norte-americana e à qual outros governos «amigos», no interior e no exterior da NATO, se submetem de bom grado.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Jornalistas de vários meios de comunicação corporativos e estatais europeus confirmaram de nove fontes diferentes que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos recorre aos serviços secretos militares da Dinamarca para espiar dirigentes e altos funcionários de países da União Europeia, designadamente França, Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda e do próprio governo dinamarquês.

O assunto não é novo, obviamente, embora seja tratado como tal. O que fica por apurar é a extensão, profundidade e alcance deste mecanismo agora comprovado e denunciado: a investigação incidiu sobre um documento resultante de uma simples situação numa gigantesca e ao mesmo tempo capilar malha de devassa. O conhecimento da verdadeira dimensão do escândalo será, porém, travado porque irão prevalecer os «segredos de Estado», as «seguranças nacionais» e, no fim, os silêncios cúmplices. Que não tenhamos ilusões: procedeu-se a um brioso acto de denúncia, que não removerá obstáculos de monta no caminho da transparência. É como um piparote num carro blindado de última geração.

Conduzida pela televisão pública dinamarquesa DR, a investigação assenta nas informações prestadas por nove fontes diferentes que tiveram acesso ao chamado Relatório Dunhammer, um documento do governo dinamarquês sobre a colaboração entre a NSA norte-americana e os serviços secretos militares de Copenhaga, Forsvarets Efterretningstjeneste (FE), na espionagem de membros do governo dinamarquês, dirigentes, deputados e altos funcionários de países da União Europeia como a França, Alemanha, Holanda, Suécia e Noruega. O relatório incide sobre factos passados entre 2012 e 2014, incluindo vigilância de telefones, telemóveis e tráfico de internet dos espiados, a nível público e privado.

Covid-19 | A vacina que não há

Afonso Camões* | Diário de Notícias | opinião

Moramos há mais de um ano por dentro de uma palavra maldita que até então nunca tínhamos proferido nem sequer soletrado. Pandemia, da família do grego antigo, significa literalmente que o vírus anda à solta e que o perigo toca a todos. De uma forma ou de outra, todos conhecemos alguém, próximo ou mesmo de família, que foi infetado ou que pereceu, vítima de covid-19. Em Portugal, a mórbida contagem regista já perto de 860 mil casos de infeção e mais de 17 mil mortos, entre os quase 4 milhões em todo o mundo.

Pandemia é a situação que nunca antes vivemos, nem sequer imaginámos. E com ela foi a primeira vez que algo que nem sequer temíamos aconteceu, está a acontecer a muitos milhões, por todo o lado. Nem mesmo em pesadelos encontrámos semelhante sentença: afastados uns dos outros, mascarados, ignorantes e medrosos, resignados à privação, para além de outras bizarrias que agora são norma.

Há coisas que só entendemos quando já passaram. Quinze meses depois daquele 11 de março de 2020 - quando a Organização Mundial da Saúde veio declarar formalmente que o vírus detetado na China era mais do que epidemia, já andava à solta, era pandemia - começamos a habituar-nos. Já moramos nela. E, no entanto, permanece algo de errado no condomínio. Se pandemia toca a todos, ela impacta de forma tão diversa que é abusivo pressupor que o mesmo acontece com todos. O acesso à vacina é um exemplo. Porque não há qualquer justa comparação entre o que acontece com países onde já se generalizou a vacinação e aqueles muitos outros onde nem sequer se lhe conhece o rasto.

IPO de Lisboa perdeu 50 profissionais de saúde no último mês

Com o fim do estado de emergência, abriu-se a porta à saída para o setor privado. Entre 1 de Maio e 4 de Junho, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa viu sair 50 enfermeiros, médicos, técnicos superiores, assistentes e auxiliares.

Vinte enfermeiros, 13 médicos, 10 técnicos superiores, quatro assistentes e três auxiliares. Ao todo, 50 profissionais de saúde saíram do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, desde 1 de Maio até à passada sexta-feira.

Seduzidos pela forte oferta do sector privado na região de Lisboa, estes profissionais de saúde saem do IPO altamente qualificados. Por exemplo, a formação de um enfermeiro intensivista demora vários meses.

E são precisamente os enfermeiros que fazem mais falta no IPO de Lisboa. Nesta altura, o Instituto tem 574 enfermeiros, necessitando de mais 139.

Ao que a TSF conseguiu saber, o IPO já pediu autorização ao Governo para contratar mais 20 enfermeiros, mas a luz verde ainda não chegou.

De resto, é a falta de enfermeiros que está a travar a entrada em funcionamento das novas salas do bloco operatório.

Portugal | Profissionais do SNS, o problema continua por resolver

Mariana Mortágua* | Jornal de Notícias | opinião

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa perdeu, só em maio, cinquenta profissionais para unidades de saúde privada: vinte enfermeiros, treze médicos, dez técnicos superiores, quatro assistentes e três auxiliares.

O IPO fica assim mais longe de suprir a falta de 364 profissionais e impedido de expandir a sua atividade. Nos últimos anos, o Estado investiu em novos blocos operatórios e aparelhos de tratamento, que ficaram sem uso por falta de capacidade profissional. O resultado é o encaminhamento dos doentes para o setor privado (a expensas do erário público).

Nem o IPO de Lisboa é caso único, nem a situação é nova. O SNS precisa de reter os seus profissionais. Sem eles, o investimento em equipamentos e infraestruturas muda pouco e continuará a subcontratação de entidades privadas, com prejuízo para as contas do Estado. Foi esta a denúncia que António Arnaut e João Semedo fizeram, muito antes da pandemia ter aumentado as necessidades do SNS.

A PIDE-DGS NÃO ACABOU EM ÁFRICA…

… E TAL COMO O EXERCÍCIO ALCORA FOI “REAPROVEITADA” PELOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA PORTUGUESES…

Martinho Júnior, Luanda

HÁ 11 ANOS, O "SÉCULO DE JOHANESBURGO" NOTICIAVA A OUTORGA DA "ORDEM DO INFANTE DOM HENRIQUE", A UM MEMBRO DOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA MILITAR DO "APARTHEID" DIRECTAMENTE IMPLICADO NO SISTEMA DE RECRUTAMENTO EM LISBOA DE INFORMADORES CONTRA A REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA!

Cavaco Silva condecorou Jacobus Everhardus Louw com a Ordem do Infante...

Esse guru do "apartheid" em Lisboa (actuou a coberto da sua embaixada), recrutava portugueses e angolanos a fim de serem agentes em Angola, com a missão de recolher informação de natureza operativa e militar, a fim das SADF e das FALA realizarem acções de toda a ordem contra a República Popular de Angola!...

Um dos recrutados foi Amílcar Fernandes Freire cuja rede foi identificada, os seus membros presos, julgados e condenados em Tribunal Popular Revolucionário em meados da década de 80...

Eu fui um dos instrutores processuais na preparação das provas para o TPR...

Os outros dois membros dessa rede neutralizada, eram Francisco Alberto Albarran Barata e Afonso Dongala Kamati...

A rede actuava nas Províncias de Benguela (incidindo na recolha de informação sobre o Porto do Lobito onde Francisco Alberto Albarran Barata era Despachante Oficial) e na Huila (buscando informação sobre toda a Frente Sul das FAPLA)...

O Despachante Oficial Francisco Alberto Albarran Barata foi recrutado por terceira bandeira, julgando que as informações se destinavam aos Estados Unidos, recrutamento feito por Amílcar Fernandes Freire que era contabilista da África Têxtil em Benguela; Barata era pago pelos seus "bons serviços"...

… Anos depois seria um governo de Cavaco Silva a contribuir para se formatar o malparado Acordo de Bicesse, de 31 de Maio de 1991, fez agora 30 anos!

Do texto publicado pelo "Século de Joanesburgo", há a destacar o seguinte, que comprova o reaproveitamento do Exercício Alcora:

" Somos ambos países marítimos. Portugal atribui importância especial à sua relação com a África do Sul e com a região da África Austral. A cooperação  com a África do Sul e com esta região é uma prioridade estratégica para o meu país. Portugal acredita que a cooperação com África, devido a esta complexidade e dimensão, requer forte cooperação com as organizações regionais e internacionais, tais como a SADC, as Nações Unidas, e, em primeiro lugar, com a União Africana."

Doentes angolanos em Portugal ficam sem abrigo devido ao fim do apoio de Angola

A Associação dos Doentes Angolanos em Portugal (ADAP) acusa Luanda de empurrar os doentes em tratamento em Portugal para a situação de sem-abrigo ao retirar-lhes apoio ou obrigar ao seu regresso, que a maioria recusou.

Na sequência do encerramento da junta médica de Angola em Portugal, que aconteceu em fevereiro, dezenas de doentes regressaram a Angola, mas a maioria optou por permanecer em Portugal, alegando que precisavam de continuar a receber tratamentos que afirmam não existir no seu país.

Na altura, o Governo angolano afirmou que, antes do fecho desta junta médica encontravam-se em Portugal 385 cidadãos, entre doentes e acompanhantes.  O fecho da junta seguiu-se a uma auditoria que avaliou os doentes e terá detetado "vários abusos no uso deste mecanismo".

Em fevereiro, regressaram 27 doentes, que se juntaram aos 17 que já tinham optado por voltar, por meios próprios, porque tinham a sua situação de saúde resolvida. Ficaram 47 doentes e 20 acompanhantes, a receber apoio do Estado angolano, com regresso previsto até ao final de 2021.

Os outros cerca de 100 doentes que optaram por não regressar ficaram por conta própria e sem o apoio do Estado, nem para o pagamento do quarto na pensão onde ainda vivem, nem para despesas. Continuaram, contudo, a receber tratamento médico, ao abrigo do acordo entre Angola e Portugal na área da saúde.

O presidente da ADAP, Gabriel Tchimuco, disse à agência Lusa que os doentes que optaram por ficar em Portugal fizeram-no para sobreviver, pois não têm resposta clínica em Angola.

Por que a vacinação anti-covid vai tão mal em África?


# Publicado em português do Brasil

O continente africano é o que tem a menor taxa de vacinação. Além de poucas doses disponíveis, enfrenta problemas de infraestrutura e temores contra os imunizantes. E falta solidariedade da comunidade internacional.

Enquanto, em média, quase 11% da população mundial já foi vacinada pelo menos uma vez contra a covid-19, na África, essa proporção não chega nem a 2%, só 0,6% está completamente imunizada, segundo o portal de estatísticas Our World in Data. Enquanto em Burkina Faso e Madagascar as campanhas de vacinação entraram em andamento há apenas pouco tempo, em países como Tanzânia ou Chade elas sequer começaram.

Contudo, se decepcionará quem espere que ao menos a partir de agora o processo vá ganhar impulso. Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial alertaram contra uma paralisação das vacinações no continente africano.

Richard Mihigo, diretor do programa de imunização e desenvolvimento de vacinas da OMS na África, explicou à DW que, em vez dos 66 milhões de doses que a iniciativa internacional de vacinas Covax deveria disponibilizar aos países africanos, só foram entregues 19 milhões.

Até o momento, menos de 49 milhões de doses de imunizantes do coronavírus chegaram até 51 nações africanas: além das fornecidas pelo Covax, que opera principalmente com o produto da Astrazeneca, Estados isolados importaram vacinas da Johnson & Johnson, Biontech-Pfizer, Sinovac e outras, através de doações ou de acordos bilaterais.

Contudo vários países do continente não estão em condições financeiras de fechar seus próprios contratos com os fabricantes. Isso agrava as consequências quando os imunizantes não chegam, ou em apenas pequena quantidade, através do Covax.

Dados obtidos pela DW indicam que Uganda até agora só recebeu do programa internacional 864 mil doses, o que não basta para uma primeira vacinação de sequer 2% da população. A OMS informa que dez países – Botswana, Costa do Marfim, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Líbia, Marrocos, Namíbia, Ruanda, Togo e Tunísia – já utilizaram todo o estoque recebido através do Covax.

“Marrocos não é um país amigo e perdeu a batalha da opinião pública” -- Barbulo

SH24H.- O jornalista e escritor espanhol Tomas Barbulo indicou em entrevista ao site saharaui SH24H que Marrocos com as suas atitudes não é um país amigo de Espanha e considerou que o Makhzen perdeu a batalha da opinião pública ao utilizar a imigração como arma de chantagem contra a Espanha e a Europa.

Aqui está o texto completo da entrevista publicada pelo SH24H no último dia 30 de maio.

Nos últimos dias, as causas e a história do povo saharaui colocaram-se na linha da frente dos debates a nível nacional (Espanha). Com base na sua experiência como jornalista e investigador sobre o Sahara Ocidental, como avalia o conhecimento da opinião pública espanhola sobre um conflito tão próximo?

Até poucos meses atrás, era um conhecimento superficial. No entanto, a recente agressão marroquina em Ceuta, usando centenas de menores como carne para canhão sob a desculpa de que o Secretário-Geral da Frente Polisário se encontrava num hospital espanhol, contribuiu para aumentar o interesse público pelo conflito.

Marrocos tem procurado chamar a atenção para a figura do Presidente da RASD, Brahim Ghali, como justificação da agressão à soberania territorial de Espanha. Como avalia a abordagem dos meios de comunicação e quais as intenções de Marrocos?

Os ataques ao governo por hospedar Brahim Ghali são uma manobra de diversão. A realidade é que Mohamed VI está muito preocupado com o facto da União Europeia não seguir o caminho de Donald Trump em reconhecer a soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental. Por isso criou um conflito diplomático com a Alemanha, que não funcionou para Marrocos, e por isso também criou um conflito com a Espanha. Todas essas manobras buscam a mesma coisa: que a UE viole o direito internacional e reconheça a sua soberania sobre o Sahara Ocidental. Há meios de comunicação que o compreenderam e denunciaram e outros que decidiram defender a estratégia de Rabat. Eles saberão por que o fazem.

É possível considerar o atual tratamento mediático da questão do Sahara Ocidental, ditado pelo profissionalismo e pelo acompanhamento periódico e objetivo dos acontecimentos do conflito do Sahara Ocidental, ou simplesmente uma circunstância em que a questão do Sahara é explorada para pressão ou chantagem e tudo isso às custas da verdade e da nobreza da luta do povo Saharaui?

Há de tudo. Existem meios de comunicação e profissionais que relatam objetivamente os fatos e outros que os deturpam e os utilizam para atacar o Governo. Mas, para além das misérias de alguns, a opinião pública espanhola apoia principalmente o povo saharaui e rejeita as agressões marroquinas.

Regime de Marrocos prende jornalista sahauri com base em acusações forjadas

A polícia marroquina transfere o jornalista e ativista saharaui Yahdih Al-Sabi de El Aaiun para Dakhla

PUSL.- O jornalista saharaui do site Algargarat e ex-preso político Yahdih Al-Sabi, foi apresentado no domingo, 30 de maio de 2021, perante o gabinete do procurador-geral da cidade ocupada de Dakhla, Sahara Ocidental, que prolongou o período da sua custódia policial em 72 horas após à sua detenção em 27 de maio.

Yahdih Al-Sabi, diretor do Saharawi Media Group Algargarat foi vítima de uma detenção arbitrária pelo ocupante marroquino no seu local de trabalho, os seus familiares não foram autorizados a vê-lo e não obtiveram resposta quando questionaram sobre o motivo da sua detenção .

Até agora as acusações não são públicas, mas os jornalistas saharauis pensam que ele será vítima de acusações forjadas de “minar a integridade da segurança interna ou externa do estado. ” O que explicaria a prorrogação do período da sua custódia policial.

O jornalista saharaui foi transferido da cidade ocupada de El-Aaiun para a cidade ocupada de Dakhla e colocado numa esquadra da polícia, onde alguns dos seus familiares foram autorizados a visitá-lo durante alguns minutos sob forte segurança e na presença de policias marroquinos à paisana e com uniforme oficial.

porunsaharalibre

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