sábado, 4 de setembro de 2021

Lelé da cuca

Henrique Monteiro | HentiCartoon

Portugal | Vacinas são eficazes... Mas não para todos

Metade dos mortos com Covid-19 em agosto tinham sido vacinados, mas vacinas são eficazes

DGS revela números que mostram que risco de morte e de hospitalização desce drasticamente com a primeira e ainda mais com a segunda dose.

Dependendo da idade, o risco de morte é três a sete vezes mais baixo entre quem tem a vacinação completa, na comparação com quem ainda não recebeu qualquer vacina.

O diagnóstico é feito no último relatório das linhas vermelhas divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), num efeito que também é visível na diminuição do risco de hospitalização com a infeção.

O documento da autoridade nacional de saúde indica que Portugal regista cada vez mais vacinados contra a Covid-19 que acabam por morrer, mas a DGS explica que isso é, no fundo, normal e já era esperado.

Os dados de agosto revelam que no último mês se contaram 177 mortos com SARS-CoV-2 em Portugal e a maioria, 96, já tinham o esquema vacinal completo - 18 tinha a vacinação incompleta e 63 ainda não tinham recebido qualquer dose.

Pode parecer estranho, mas o relatório sublinha que estes números não são sinal de falta de eficácia, pois "a população mais vulnerável está quase totalmente vacinada e é esperado que a proporção de casos com vacinação concluída aumente" em relação ao total de óbitos com Covid-19.

A DGS faz, aliás, contas e revela que a vacina protege mesmo quem já a recebeu, reduzindo em três a sete vezes o risco de morte.

Nos maiores de 80 anos, por exemplo, 22,5% dos infetados com Covid-19 sem vacina morreram, número que desce para 5,7% entre quem tem a vacinação completa.

Dos 70 aos 80 anos essa diferença desce de 16,7% para 1,5%, enquanto que dos 60 aos 70 anos diminui de 10,4% e 1,1%, na comparação entre quem não estava ou estava totalmente vacinado.

Nuno Guedes | TSF

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Portugal | As crianças e a política de rendimentos

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Não há crianças pobres, há sim famílias pobres. Temos centenas de milhares de jovens adultos - que são mães e pais - que não obtêm rendimentos suficientes para saírem da pobreza.

São desempregados sem proteção, trabalhadores sem um mínimo de segurança no emprego e muitos não precários que auferem salários baixíssimos. Entretanto, a falta de infraestruturas capacitadas para prestar aos idosos os serviços de que estes carecem representa um esforço acrescido para as famílias e limita o desenvolvimento de solidariedades intergeracionais.

O primeiro-ministro (PM) anunciou no Congresso do Partido Socialista, no quadro de uma mensagem que valorizou o "Estado Social", um conjunto de medidas dirigidas à melhoria das condições de vida das crianças, nomeadamente através da criação de mais lugares nas creches, de benefícios fiscais a jovens adultos, da melhoria do abono de família e de apoios pontuais às famílias carenciadas. São compromissos positivos que se saúdam. Todavia, o PM persistiu no erro de confundir políticas que mitigam sofrimento e condicionalismos das crianças, com políticas estruturais capazes de resolver o problema. O combate à "pobreza infantil" e a melhoria sustentada das condições das crianças exigem mexer em conteúdos fundamentais da política de rendimentos, desde logo políticas de emprego e salariais.

Gestores públicos condenados a pagar 2,6 milhões do seu bolso

PORTUGAL

Quantia entrou nos cofres públicos após acórdãos do Tribunal de Contas, a título de multa ou de devolução de dinheiro. Processos versam desfalques de centenas de milhares de euros, mas também falhas em contratos de valor relativamente baixo.

Cheques rasurados ou emitidos em nome próprio e de familiares, transferências bancárias para pagar despesas pessoais ou faturas saldadas sem que o fornecedor tenha prestado o serviço. Nos últimos cinco anos, o Tribunal de Contas condenou 90 gestores públicos a devolver ao Estado, do seu próprio bolso, 1,8 milhões de euros. Acrescem 169 condenações a multa (807 mil). Alguns processos envolvem desfalques de centenas de milhares de euros, mas outros há que envolvem quantias muito menores.

As condenações do Tribunal de Contas abrangem presidentes de institutos públicos e escolas profissionais, gestores universitários, autarcas ou administrativos de escolas ou cooperativas [ler ao lado]. Em todos os casos, usaram dinheiro do Estado de forma ilegal ou, de alguma forma, sem cumprir a lei - seja em proveito próprio ou não. Alguns processos foram, inclusive, parar a tribunais criminais, por suspeita do crime de peculato.

“América de volta”… a casa

Jorge Cadima *

«Nos últimos anos, as pilhagens do capitalismo em decadência destruíram a base produtiva e empobreceram grande parte da população dos centros imperialistas (desde logo, nos EUA). A tentativa de impor a sua hegemonia mundial arruinou as finanças públicas da superpotência imperialista, cuja astronómica dívida é impagável. A insustentabilidade da situação dos EUA e a necessidade de reagrupar forças para contrariar o seu declínio face à ascensão da China e outras potências não subordinadas está no cerne da decisão de retirada.»

É cedo para avaliar todas as repercussões da débacle dos EUA no Afeganistão. Mas estamos perante um acontecimento histórico. Décadas de intervenção terminam numa humilhante retirada. A superioridade militar, tecnológica, económica, financeira e mediática da super-potência imperialista não evitou a derrota.

Mesmo gente que vem do cerne do sistema imperialista mundial refere aspectos importantes. O cérebro da pilhagem económica de ex-países socialistas, Jeffrey Sachs, lembra verdades sobre a sórdida intervenção dos EUA no Afeganistão desde há mais de quatro décadas («Sangue na Areia», Jornal de Negócios, 24.8.21). O ex-inspector de armamentos da ONU e ex-fuzileiro dos EUA Scott Ritter titula um seu artigo: «A única verdade sobre a desastrosa guerra dos EUA no Afeganistão é que foi toda ela baseada em mentiras» (RT, 17.8.21). Dois ex-militares dos EUA virados dissidentes, veteranos da guerra no Afeganistão, relatam as suas experiências (thegrayzone.com, 22.8.21), incluindo o facto dos principais traficantes de drogas no Afeganistão (onde se produz quase 90% do ópio mundial) serem aliados dos EUA, «na nossa lista de pagamentos». O jornal inglês The Independent desce ao ponto de publicar um artigo dum ex-traficante de drogas da Estónia com o título «Os talibã estão a planear proibir a produção de drogas no Afeganistão. Isso pode mudar o mundo para pior» (20.8.21).

A autonomia estratégica desejada pela UE ainda não existe

É prematuro comemorar a autonomia estratégica desejada pela UE após o fiasco afegão

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | OneWorld

Alguns na Comunidade Alt-Media ingenuamente esperaram ao longo dos anos que a desejada autonomia estratégica da UE a levasse a se tornar menos disposta a participar em guerras lideradas pelos Estados Unidos, mas na verdade acabou que o presidente dos EUA, Joe Biden, adotou parcialmente o chamado "Trumpista Princípios ”pode resultar em membros do bloco agindo unilateralmente em lugares e / ou em momentos onde a própria América não o fará, semelhante ao que aconteceu durante a Crise de Suez de 1956.

Não estoure o champanhe ainda

Os líderes da UE estão pedindo ao bloco para fazer mais para desenvolver sua " autonomia estratégica " na esteira do fiasco afegão do mês passado , incluindo a montagem de uma chamada "Força de Entrada Inicial " (IEF) composta por 5.000 soldados da UE, mas é prematuro para observadores para aplaudir esses anúncios. O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, fez a primeira sugestão e acrescentou que isso poderia ser alcançado melhorando a “capacidade de ação do bloco ... [que] exige trabalhar nosso poder econômico, vizinhança e capacidades de segurança”. O Alto Representante Europeu para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, entretanto, fez a segunda proposta enquanto lamentava que “Os EUA não estão mais dispostos a lutar pelas guerras de outras pessoas ... Como europeus, não conseguimos enviar 6.000 soldados ao redor do aeroporto de Cabul para proteger a área. Os EUA foram, nós não.”

Mídia EUA indiferente perante violência do exército contra civis

Mídia dos EUA indiferente perante violência do exército contra civis no Afeganistão

A retirada precipitada dos Estados Unidos no Afeganistão envergonhou o mundo. O Aeroporto de Cabul, praticamente o único canal de retirada sob o controle dos militares americanos, assistiu a explosões sucessivas nos últimos dias, causando centenas de vítimas.

Após a explosão, para indignação da opinião pública internacional, os militares dos Estados Unidos atiraram flagrantemente contra a população, causando um grande número de vítimas graves de pessoas inocentes. Simultaneamente, bloquearam também a estrada nas proximidades do aeroporto após a explosão, provocando a morte de alguns feridos por não poderem receber tratamento oportuno.

Independentemente do motivo, atirar sobre civis é uma atrocidade que não pode ser ignorada pelo direito internacional. A Convenção de Genebra estipula claramente que o assassinato, a coerção, a tortura e a expulsão de populares pacíficos são proibidos na guerra, sendo que aqueles que não participam devem ser tratados com humanidade, independentemente das circunstâncias. No entanto, os Estados Unidos, que se orgulham de ser uma "polícia mundial", têm já um historial de episódios contra civis em várias partes do mundo.

China: Alibaba promete 13 mil milhões para programas sociais

Grupo Alibaba promete 13 mil milhões para programas sociais na China

O grupo chinês de comércio eletrónico Alibaba anunciou hoje que vai despender o equivalente a 13 mil milhões de euros, para apoiar programas sociais, numa altura de crescente escrutínio de Pequim sobre o setor privado.

O Alibaba disse que vai investir em 10 projetos no âmbito da criação de emprego, “apoio a grupos vulneráveis” e inovação tecnológica. A promessa inclui o equivalente a 10,5 mil milhões de euros para um fundo destinado a reduzir as desigualdades de rendimentos entre a população, na província de Zhejiang, leste da China, onde a empresa tem sede.

Pequim lançou uma ampla campanha regulatória contra as gigantes chinesas da tecnologia, incluindo os grupos Alibaba, Tencent ou Didi Global, visando reforçar o controlo do Partido Comunista Chinês sobre o setor e garantir que as empresas alinham com os planos políticos e económicos de Pequim.

A campanha do Presidente chinês, Xi Jinping, designada “prosperidade comum”, visa combater a desigualdade numa das mais desiguais sociedades do mundo.

110º ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DE GIAP!

Martinho Júnior, Luanda

O VIETNAME INSPIROU A LIBERTAÇÃO DE ÁFRICA DO COLONIALISMO, DO “APARTHEID”E DE ALUMAS DE SUAS SEQUELAS E COM ESSE EXEMPLO, OS PRÓPRIOS COMANDANTES CUBANOS SOB A LIDERANÇA DE FIDEL E DO PRÓPRIO CHE SE MOTIVARAM!

NA ALTURA DECISIVA DA PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA, O "SINDROMA DO VIETNAME" IMPEDIU OS ESTADOS UNIDOS DE IR PARA ALÉM DA OPERAÇÃO IAFEATURE COLIGADA À OPERAÇÃO SAVANA: A OPINIÃO PÚBLICA ESTADO UNIDENSE ERA CONTRÁRIA A MAIS INTERVENÇÕES, DE TÃO MARCADA QUE FICOU PELA DERROTA NO VIETNAME, PELO QUE A CIA SOB A ÉGIDE DE HENRY KISSINGER, VIU-SE LIMITADA E SEM FUNDOS, NEM FUNDAMENTOS, PARA MAIS DO QUE FEZ, CONFORME JOHN STOCKWELL, QUE EXPÔS OS ACONTECIMENTOS NO SEU LIVRO "A CIA CONTRA ANGOLA"!...

GLÓRIA AO VIETNAME!

GLÓRIA AO MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO EM TODO O SUL GLOBAL!

A saga da libertação na sua interpretação popular globalizante, tem no Vietname uma grande fonte pioneira de inspiração, algo que por exemplo faz parte da revolução cubana que teve no Vietname uma das leituras mais fiáveis a ponderar, a ponto de se assumir como vocacionada para contribuir na multiplicação dos Vietnames, sobretudo em África e na América Latina, preenchendo as viabilidades do Não Alinhamento coerente e consequente!

Hoje há um desafio ainda maior para que a civilização salve a humanidade da barbárie que a está a atirar para o abismo do fim da espécie, o que obriga a uma cultura de luta que começa em cada colectivo e em cada indivíduo consciente desse abismo, vincando as tónicas da lógica com sentido de vida em todas as esferas de actividade, de acção e de pensamento!

Isso é tanto mais difícil nas regiões e nos países onde se agravaram as assimetrias, onde existe o dilacerar do subdesenvolvimento e por isso os alvos do Sul Global têm cada vez mais dificuldades em emergir das ultraperiferias económicas para onde foram histórica e antropologicamente atiradas!

Vietname: Dia da Independência e metas políticas

Vietname reafirma metas e políticas no contexto do Dia da Independência

O ser humano é centro, sujeito, recurso principal e objectivo do desenvolvimento, afirmou o primeiro-ministro vietnamita num acto relacionado com o 76.º aniversário da proclamação da independência.

Na cerimónia, que decorreu em Hanói esta quarta-feira, Pham Minh Chinh referiu que nestes 76 anos o Partido Comunista (PCV), o Estado e o povo se esforçaram por defender o princípio «Nada é mais precioso que a independência e a liberdade», expressado pelo primeiro presidente dos vietnamitas, Ho Chi Minh.

Especialmente nos últimos 35 anos, graças à política do Doi Moi (Renovação), à abertura, à integração global e ao inestimável apoio dos amigos no estrangeiro, o Vietname alcançou conquistas significativas em todos os domínios, referiu, citado pela Prensa Latina.

Referindo-se aos vários desafios que o país do Sudeste Asiático enfrenta, Minh Chinh afirmou que, sob a liderança do PCV, o Vietname irá ter êxito na dupla tarefa de vencer a pandemia e recuperar o desenvolvimento socioeconómico, para bem do povo vietnamita e dos cidadãos estrangeiros que trabalham e estudam no país.

O dirigente destacou que, tal como determinou o XIII Congresso do PCV, o Vietname quer atingir até 2045 a meta de se tornar um país desenvolvido e com elevados rendimentos, mantendo a orientação socialista.

No que se refere à política externa vietnamita, Minh Chinh reiterou que esta se fundamenta na independência, na auto-suficiência, no multilateralismo e diversificação das relações e na integração internacional. Reafirmou igualmente o respeito do país pelos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, bem como pelos princípios de igualdade e cooperação entre os estados.

Brasil – sondagem: Bolsonaro mantém desaprovação recorde

Bolsonaro mantém desaprovação recorde, segundo pesquisa PoderData

Os moradores da região Nordeste (61% ) e os que cursaram até o ensino fundamental (61%) são os que mais rejeitam Bolsonaro

O governo Bolsonaro anda de mal a pior na avaliação da população brasileira. Segundo pesquisa PoderData, realizada entre segunda e quarta-feira (1º) desta semana, o índice de desaprovação do governo chega a 63% da população, a segunda pior marca. Só fica atrás do último levantamento, feito há 15 dias, quando bateu nos 64%, mas dentro da margem de erro.

Os moradores da região Nordeste (61% ) e os que cursaram até o ensino fundamental (61%) são os que mais rejeitam Bolsonaro.

A diferença entre aprovação e desaprovação também foi ao recorde e marcou 36 pontos percentuais. Era de 33 pontos 15 dias antes. Em agosto de 2020, Bolsonaro chegou a ter aprovação 12 pontos superior à desaprovação. O cenário, favorável ao Planalto, manteve-se até meados de novembro.

Um viagra para Bolsonaro

Nada como ter uma máquina possante entre as pernas ao ver sua aprovação fraquejar. Berra, como criança contrariada – e é atendido pela elite, que teme enfrentá-lo. Tudo para conter a ideia radical de que todo brasileiro tem direito a café, almoço e jantar

Maria Rita Kehl, em A Terra é Redonda | em Outras Palavras

Já repararam? Toda vez que a aprovação do presidente começa a, digamos, perder potência, ele convoca uma motociata. Tivemos uma quarta (ou quinta?), no ano que corre – o que indica que a força do homem que desgoverna o país anda bastante ameaçada. Nessas horas, nada como ter uma máquina possante entre as pernas.

Afinal, o que é uma motociata? Um monte de homens que, montados em objetos barulhentos, tentam intimidar seus opositores e ostentar a própria potência. Verdade que o sólido “corpo” da motocicleta tem que ficar firme entra as pernas de quem as pilota. Compreendo a ilusão de potência causada, mesmo entre mulheres, por essa inocente conjunção. Além disso, motos fazem barulho, a depender do uso do acelerador de quem pilota. Mas, ora essa: a potência das motocicletas não necessariamente se transfere a quem está em cima delas. As motociatas do presidente são um recurso que lembra a birra da criança contrariada: esperneia e berra o quanto pode, mas não consegue convencer o adulto a fazer o que ela quer.

No caso, os supostos “adultos” disponíveis não são lá muito confiáveis. A oposição, num congresso liderado por Lira e Pacheco, lembra a mãe que dá logo o doce à criança para não ter que enfrentar a tal birra. Cabe a nós, os 64% de brasileiros que desaprovam o presidente, o papel dos adultos na sala. Não sei se estamos preparados para tanto. Ainda nos vemos atônitos, tentando entender como isso foi acontecer e como devemos agir. Intimidar o birrento é inoperante. Não somos capazes de imaginar maldades e ameaças a altura das que ele e de seus seguidores já praticam há quase dois anos.

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