quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Chuva torrencial de milhões de dólares, de euros e de armamento para a Ucrânia

A GUERRA SEGUE DENTRO DE MOMENTOS?

Sinais contraditórios. Putin quer negociar mas a ameaça continua

Líder russo fala em "retirada parcial de tropas" e diz não querer guerra com Ucrânia, enquanto deputados apelam para que reconheça a independência das regiões separatistas.

A visita do chefe do governo alemão ao presidente russo ficou marcada pelas declarações de Vladimir Putin em como não quer invadir a Ucrânia e que pretende prosseguir a via diplomática com o Ocidente. Mas o dia ficou marcado, como disse o britânico Boris Johnson, por "sinais contraditórios": Moscovo anunciou o início da retirada de tropas junto da fronteira com a Ucrânia, mas ao mesmo tempo faltou a uma reunião no seio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para dar explicações sobre as manobras militares; os deputados russos pediram a Putin para este reconhecer a "independência" das duas regiões em guerra com Kiev; e vários sites ucranianos voltaram a ser alvo de um ciberataque.

Da conferência de imprensa conjunta de Putin e Olaf Scholz ressalta ainda uma ideia do alemão: "É nosso dever encontrar um entendimento político sem que ninguém tenha de desistir dos seus princípios neste processo. Isso é liderança política."

Na véspera, ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky Scholz tinha manifestado estranheza pelo finca-pé do líder russo no que respeita à adesão da Ucrânia à NATO, um tema que, diz, não estava na agenda e que para Zelensky não passa de um "sonho". No Kremlin, se bem que tenha criticado a condenação do opositor Alexei Navalny, o social-democrata mediu as palavras e disse que "não se pode alcançar uma segurança duradoura contra a Rússia, mas apenas com a Rússia".

Já o líder russo, que vinha a dar sinais de alguma distensão, negou com um "claro que não" a ideia de querer invadir a Ucrânia, mas insistiu no ponto que, a seu ver, os Estados Unidos e a NATO não cumprem, o princípio da segurança indivisível, isto é, que estado algum deve reforçar a sua segurança à custa da segurança de outros, previsto no documento da cimeira de Istambul da OSCE, em 1999. "Estamos prontos para seguir o caminho das negociações", disse Putin.

O presidente que já levou a Rússia para quatro conflitos - um doméstico, a segunda guerra na Chechénia, e as guerras na Geórgia, Ucrânia (de forma não declarada) e Síria - também confirmou uma "retirada parcial de tropas" da região sob tensão e na qual os Estados Unidos afirmam haver mais de cem mil soldados russos. Mas não foi dada mais informação, o que levou a comentários cautelosos por parte das capitais ocidentais.

Em Paris, o Eliseu salientou que o início de um "movimento de desmobilização estaria em consonância" com o que Putin havia dito a Emmanuel Macron na semana passada. "Há uma dinâmica que deve ser verificada e consolidada", disse a presidência francesa, acrescentando que "tudo é muito frágil". Em conversa telefónica entre Macron e o norte-americano Joe Biden retirou-se do anúncio "um primeiro sinal promissor", ainda que a necessitar de verificação. "Qualquer passo verdadeiro de desescalada seria um momento de esperança. Mas até agora só há anúncios e precisamos de factos", comentou a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock.

E outros factos passaram, por exemplo, pela ausência do representante diplomático de Moscovo numa reunião da OSCE pedida pela Ucrânia para se discutir o movimento das tropas russas. Também pela moção dos deputados da Duma para que Putin reconheça a independência de Donetsk e Lugansk, desde 2014 em poder de rebeldes, com apoio de Moscovo. Alegou o presidente do parlamento Vyacheslav Volodin que o apelo se deve ao incumprimento dos acordos de Minsk.

O porta-voz do Kremlin disse que não podia falar porque não há qualquer posição oficial, mas acabou por dizer que "os representantes do povo refletem a opinião do povo". Para o chefe da diplomacia ucraniana Dmytro Kuleba tal medida poria a "Rússia de facto e de jure" de fora dos acordos de Minsk. A jogada de Moscovo foi "vigorosamente condenada" pela União Europeia, segundo o seu alto representante Josep Borrell.

Por fim, um mês depois de ter sido alvo de um ciberataque, a que apontou o dedo à Rússia, a Ucrânia voltou a sofrer novo ataque, desta vez atingindo sites do Ministério da Defesa, bem como de dois bancos estatais.

Ajuda a Kiev

Estados Unidos
650 toneladas de "ajuda letal", incluindo munições de armas ligeiras, morteiros e cartuchos de artilharia, 300 mísseis antitanque Javelin, mísseis de destruição de bunkers, lança-granadas e espingardas. Desde a invasão russa da Crimeia, os EUA aplicaram mais de 2,7 mil milhões de dólares em assistência militar.

União Europeia
O Parlamento Europeu discute hoje a aprovação de um pacote de ajuda de 1,2 mil milhões de euros.

Reino Unido
2000 mísseis antitanque de curto alcance NLAW, 30 militares de elite para formação (entretanto já saíram do país).

Lituânia, Letónia e Estónia
Sistema de mísseis antiaéreos Stinger, munições, formação militar e mísseis antitanque Javelin.

Polónia
Mísseis terra-ar Piorun, munições, drones de reconhecimento e 120 toneladas de equipamento médico.

Rep. Checa
Munições no valor de 1,5 milhões de euros.

Turquia
Acordo para produção na Ucrânia dos drones de combate Barayktar TB2 - Kiev conta com 20 -, com a construção da fábrica em curso.

Canadá
Empréstimo de 345 milhões de euros e equipamento e munições no valor de 5,3 milhões.

Alemanha

Empréstimo de 150 milhões de euros.

Japão

Empréstimo de, pelo menos, 100 milhões de dólares.

César Avó | Diário de Notícias | Imagem: © Ministério da Defesa da Rússia/AFP

1 comentário:

mensagensnanett disse...

Os ""rebeldes"" não possuem fábricas de armamento!
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Os líderes da quadrilha cidadãos de Roma XX-XXI (Merkel, Sarcozy, etc) DEVEM SER JULGADOS POR CRIMES CONTRA A HUMANIDADE.
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Exemplo 1:
- Merkel (etc) bloqueiam a investigação à forma como chegam armas a 'grupos rebeldes' que... NÃO POSSUEM FÁBRICAS DE ARMAMENTO!
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Merkel (etc) estão preocupados é em acusar de 'RACISTAS' os Identitários separatistas que dizem o óbvio:
- «a recepção de refugiados faź parte do negócio... os países aonde são produzidas as armas utilizadas pelos 'grupos rebeldes' é que têm de pagar a ajuda aos refugiados».
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[É isso: a máfia do armamento fornece armas a 'grupos rebeldes' (sim: os 'grupos rebeldes' não possuem fábricas de armamento!) para lucrar, não apenas com a venda de armas, mas também com o acesso a recursos naturais de baixo custo (petróleo, etc)... e mais, refugiados são deslocados para locais aonde existem investimentos interessados em negócios de abundância de mão-de-obra servil].
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Exemplo 2:
- Merkel, etc (procurando ter acesso a uma panóplia de fornecedores de abundância de mão-de-obra servil) bloqueiam a introdução da Taxa-Tobin.
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Pois: Merkel (etc) estão preocupados é em acusar de 'RACISTAS' os Identitários separatistas que dizem o óbvio:
- «num planeta aonde mais de 80% da riqueza está nas mãos dos mais ricos, que representam apenas 1% da população, quem deve pagar a ajuda aos povos mais pobres é a Taxa-Tobin, e não a degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil de outros povos».
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Os boys e girls da quadrilha cidadanismo de Roma XX-XXI pretendem retirar a liberdade de expressão aos Identitários europeus.
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1- os Identitários trabalham para a sustentabilidade económica: discutem a constituição de uma sociedade economicamente sustentável, isto é, discutem a valorização de todos os trabalhadores necessários à sociedade (mão-de-obra servil incluida).
nota: o europeu-do-sistema XX-XXI quer que essa discução seja proibida: sob a acusação de ser 'RACISMO' não estar disponível para receber a abundância de mão-de-obra servil que os supremacistas demográficos (africanos e outros) estão disponíveis para fornecer.
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2- os Identitários trabalham para a sustentabilidade demográfica: discutem a constituição de uma sociedade demográficamente sustentável... nota: tal como está explicado no blog "Origem Tabu-Sexo" (http://tabusexo.blogspot.pt/) não interessa o sexo, nem o estado civil... leia-se, deve-se promover/valorizar a monoparentalidade, sem beliscar a parentalidade tradicional, e vice-versa (VALORIZAR TODAS AS PESSOAS COM DISPONIBILIDADE PARA CRIAR/EDUCAR CRIANÇAS)... sim: é a evolução natural das sociedades tracionalmente monogâmicas.
nota: o europeu-do-sistema XX-XXI quer que essa discução seja proibida: sob a acusação de ser 'RACISMO'não estar disponível para receber a abundância de demografia que os supremacistas demográficos estão disponíveis para fornecer.
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Separatismo Identitário na Europa:
--» Por um lado, temos o EUROPEU CIDADÃO DE ROMA: das negociatas de índole esclavagista (acesso a fornecedores de abundância de mão-de-obra servil).
--» Por outro lado, temos o EUROPEU IDENTITÁRIO: este europeu valoriza o Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade: '''ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo'''.
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--> Separatismo Identitário
--> Separatismo-50-50
isto é:
----» Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta -» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE sentido economicamente menos rentáveis.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com
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Nota:
O que há a dizer aos supremacistas demográficos... é óbvio:
- possuem imensos, imensos, territórios ao seu jeito!...
- não sejam nazis!
- ou seja: aceitem a existência de outros!
Resumindo: os globalization-lovers (etc) que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.

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