Sondagem: Intervenção da NATO divide, mas quem a defende quer tropas portuguesas no terreno
Na sondagem da Aximage para TSF-JN-DN, há mais respostas contra uma intervenção direta da NATO, mas 38% defendem que deve ser essa a solução. Entre eles, 78% sugerem o envio de soldados portugueses para a Ucrânia.
Judith Menezes e Sousa | TSF
Deve ou não a NATO intervir diretamente na guerra da Ucrânia? As opiniões estão divididas, mas o "não" leva ligeira vantagem: 42% dos inquiridos estão contra uma intervenção direta da NATO, 38% defendem que esta intervenção deve ocorrer.
Entre estes 38% que defendem uma intervenção da NATO, existe um dado que prende a atenção: 78% consideram que Portugal deve enviar tropas para a Ucrânia. Contra estão apenas 12%.
Entre os defensores de uma posição mais interventiva da NATO, 42% sugerem a imposição de uma zona de exclusão aérea (que implique abate aviões russos), 36% defendem o envio de tropas e armamento para combater ao lado dos ucranianos e 23% consideram que a solução é fornecer à Ucrânia armamento sem qualquer restrição.
A guerra tem reflexo na ideia de um exército comum. São agora 68% aqueles que defendem essa hipótese, 16% são contra e outros 16% não sabem.
Quando se questiona quem tem culpas pela guerra, 88% dos inquiridos responsabilizam a Rússia, apenas 4% culpam a NATO e com valores residuais, entre 1% e 2%, são citadas a Ucrânia e a União Europeia. Sobre as motivações da Rússia para invadir, 65% consideram que a intenção é recuperar o controlo e influência nos territórios da antiga União Soviética e outros 18% pensam que foi para impedir a adesão da Ucrânia.
Ainda assim, embora 54% não estejam preocupados com a hipótese de um ataque russo a Portugal, o assunto preocupa 39%.
Divididos sobre se a União está a fazer o suficiente para ajudar a Ucrânia (51%- "sim", 49%-"não"), os inquiridos pensam que a guerra está para durar e cada vez pior.
Quando olham para o conflito, 71% consideram que vai piorar e a grande incerteza é traduzida nos quase 30 % que dizem não saber quanto vai durar. Outros 30% apontam entre três a seis meses, 16% mais de um ano, e são poucos aqueles que antecipam o fim da guerra a curto prazo: 13% pensam que a guerra pode durar mais um mês, outros 13% apontam para entre seis meses a um ano.
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de
avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a guerra na
Ucrânia. O trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 14 de março. Foram
recolhidas 756 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes
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