sexta-feira, 13 de maio de 2022

RÁDIO FRANCESA DÁ VOZ À VERDADE – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A Internacional Nazi avança cegamente para a guerra. Os nazis feios, porcos e maus (Azov, Sector Direita, Bandera, Chega, UNITA e tantos outros), não escondem a sua vontade de lançar a Humanidade num conflito mundial. Os nazis de colarinho branco e gravata fingem que não querem o que querem, mas são tao belicistas como Zelensky e a sua tropa de choque. Marcelo Rebelo de Sousa disse, solenemente, que a Finlândia tem todo o direito de aderir à OTAN (ou NATO) porque é uma questão de soberania. Uma pergunta: A soberania de um estado pode pôr em causa a existência de outro estado? 

A resposta está na famosa Crise dos Mísseis de Cuba, que ocorreu entre 16 e 28 de Outubro de 1962. A União Soviética decidiu colocar mísseis balísticos na ilha das Caraíbas (um grande lagarto verde!) devido ao embargo dos EUA e na sequência da invasão na Baía dos Porcos. Havana estabeleceu uma aliança com Moscovo, em 1961. Os EUA continuaram a lançar operações para derrubar o governo revolucionário de Fidel de Castro. 

A União Soviética decidiu fornecer os “mísseis dissuasores” a Havana. Quando os serviços secretos norte-americanos detectaram a construção das rampas de lançamento, John Kennedy declarou ao mundo que ia recorrer a armas nucleares se os soviéticos não retirassem os mísseis de Cuba. Motivo invocado: Aquelas armas punham em causa a segurança dos EUA. E a existência do país! Imperou o bom sendo, ao fim de 13 dias os mísseis regressaram à procedência. Kennedy tinha toda a razão. Estava em causa a segurança dos EUA. Sem dúvida.  

Senhor presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Cuba não pode ter armas nucleares apontadas aos EUA. E isso nada tem a ver com soberania. Mas sim com a segurança que todos os países devem ter. E se em retaliação pela adesão da Finlândia à OTAN (ou NATO), o governo da Federação Russa decide colocar ogivas nucleares em Cuba, na costa em frente a Miami? Pelos vistos, é uma questão de soberania. Vamos ver onde a Internacional Nazi quer chegar. E que resposta vai ter da parte de quem está a desnazificar e desarmar a Ucrânia. 

Cuidado! Porque por enquanto só estão a morrer e a fugir os pobres ucranianos. Mas se a desnazificação e desarmamento dos nazis alastrar, pode chegar ao Cabo da Roca, a Washington. Londres, Paris, Berlim, Helsínquia, Estocolmo e tantos outros destinos onde habitam os senhores do mundo. A ordem mundial está uma desordem. O mundo unipolar tem os dias contados. Não é possível continuarmos a chamar um “incidente” ao assassinato de uma jornalista na Palestina ocupada por Israel e um crime de guerra se acontecer na Ucrânia. 

O genocídio na Palestina acontece debaixo do nariz da ONU e das grandes potências mundiais. Ninguém trava os genocidas. Ninguém os ameaça com o Tribunal Pena Internacional. Sabem uma coisa? Jesus Cristo nasceu em Belém, na Cisjordânia, Palestina ocupada pelos nazis de Telavive. Senhoras e senhores cristãos, não têm pena dos compatriotas de Jesus, o dilecto filho do vosso deus? Se forem ver como eu vi os campos de refugiados onde encurralaram os palestinos corridos das suas terras paea o nascimento de Israel, morrem de pena. Era melhor que os crucificassem. Estão naqueles campos de concentração desde 1947!  

SUD Rádio, Dizemos a Verdade! É uma estação generalista que nasceu em Andorra, para contornar as leis da radiodifusão francesas. Depois instalou-se em França e hoje é uma das rádios com maior audiência em Paris e no sul de França. Um dia destes entrevistou Adrien Bocquet, antigo militar e desportista francês. Um acidente deixou-o paraplégico. Os médicos conseguiram pô-lo a andar. E ele escreveu uma autobiografia (Lève-toi et marche!), que foi um êxito editorial extraordinário. Quando começou a operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia, foi como voluntário prestar cuidados de saúde às vítimas civis e militares. Ao fim de três semanas regressou a casa, desiludido. Porquê?

Numa entrevista à SUD Rádio, Adrien Bocquet disse que na Ucrânia “vi crimes hediondos cometidos pelos militares Azov”. Leiam as suas declarações: “Assumo plenamente o que digo. Fui testemunha de crimes de guerra e os únicos crimes de guerra com os quais fui confrontado foram perpetrados por militares ucranianos e não por militares russos. (...) 

O depoimento continua: “Quando regressei a França, fiquei extremamente chocado ao confrontar aquilo que me foi dado ver com a versão que por cá domina a comunicação social. É abominável. (...) Quanto aos militares Azov, estão por todo o lado, até em Lviv, fardados e com aquele símbolo neo-nazi no camuflado. O que me choca é que a Europa oferece armamento a militares neo-nazis, com um símbolo nazi inspirado nas antigas SS. Estão por todo o lado e não levantam qualquer problema à consciência dos europeus.”

Leiam mais esta parte: “Quando lhes prestei apoio médico, e como falo ucraniano e russo, ouvi as conversas sobre como matar e esmagar judeus e negros. Depois, num hangar, assisti à chegada de prisioneiros russos manietados por cordas que chegavam em grupos de três ou quatro em pequenas carrinhas. Cada prisioneiro que saía da carrinha era de imediato alvejado no joelho com um tiro de Kalashnikov. Tenho vídeos destes crimes e posso disponibilizá-los. Se os prisioneiros se identificassem como oficiais ou sargentos, eram de imediato abatidos com um tiro na cabeça. (...) 

Adrien Bocquet continua: “Até posso dizer algo de muito mais grave, parte dos bombardeamentos sobre zonas civis, sobretudo em Bucha, foram executados pelos morteiros ucranianos. Mas não só, pois em Lviv, onde estava por ocasião dos bombardeamentos russos aos depósitos de armamento acabado de chegar da Europa, verifiquei que todo esse armamento havia sido colocado em edifícios civis habitados, em zonas residenciais e sem que os moradores de tal tivessem conhecimento. A isso chamo servir-se das populações como escudos humanos. (...) Quanto a Bucha, o que posso dizer é que foi um espectáculo. Os cadáveres foram ali colocados para que as imagens fossem feitas.”

O activista francês foi fazer trabalho humanitário para a Ucrânia. Não é pró Putin. É pela paz. Na entrevista garantiu que os nazis do batalhão de Azov estão por todo o lado. E neste momento, são mais de 20.000 homens armados. E mulheres.

A União Europeia, a OTAN (ou NATO e o estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) armam os nazis. Porque querem o triunfo do nazismo. E os seus propagandistas não viram, até hoje, os camuflados com o símbolo das SS de Hitler. Nunca viram um político da oposição. Não dão voz a quem está contra as políticas de Zelensky. Isto vai acabar mal. Para já, o jornalismo é assassinado todos os dias nos Media ocidentais.

*Jornalista

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