Centro para a Democracia e Desenvolvimento denunciou, esta segunda-feira (21.11), a detenção de imigrantes ilegais em "condições desumanas", numa esquadra da cidade de Maputo. ONG exige investigação.
"Dezenas de imigrantes ilegais de vários países africanos estão detidos em condições completamente desumanas nas celas da 18ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM)", lê-se no comunicado divulgado, esta segunda-feira (21.11), pela organização não-governamental Centro para a Democracia e Desenvolvimento.
Segundo a ONG, que refere ter visualizado imagens e vídeos sobre o caso, os imigrantes, na sua maioria jovens, estão "apinhados num minúsculo e imundo compartimento" com "duas pequenas janelas” e deitam-se sobre pedaços de caixas e de tecido.
"As duas pequenas janelas denunciam deficiências no arejamento da cela, o que é crítico no atual período quente", refere a organização, acrescentando que num dos vídeos, guineenses, senegalenses e congoleses pedem socorro.
Para o CDD, as condições de detenção dos imigrantes ilegais são "um grave atropelo à dignidade humana”, referindo que além de imigrantes africanos, houve também asiáticos que foram supostamente libertados "graças a esquemas de corrupção".
"Com dedo apontado às autoridades policiais, um dos detidos confirma extorsões com promessa de libertação", que nunca aconteceu, acrescenta o CDD.
A entidade pede que seja criada uma comissão de inquérito para investigar o caso e apurar as devidas responsabilidades.
A Lusa contactou o Serviço Nacional de Migração (Senami) para esclarecimentos, mas não obteve resposta.
Moçambique é sobretudo ponto de trânsito de imigrantes ilegais que têm como destino a África do Sul.
Deutsche Welle | Lusa
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