domingo, 4 de dezembro de 2022

Angola | Mais de 900 pessoas com deficiência inseridas no mercado de trabalho

Mais de 900 pessoas portadoras de deficiência foram inseridas no mercado de trabalho até o último trimestre de 2021, segundo os dados do Instituto Nacional de Formação Profissional (INEFOP) apresentados ontem, no Centro de Reabilitação de Viana, pelo director nacional para a inclusão da pessoa portadora de deficiência.

Micael Daniel revelou, durante o acto central do Dia Internacional da Pessoa portadora de Deficiência, assinalado ontem, que as 900 pessoas  foram inseridas em postos de trabalho de instituições públicas e privadas.

O processo de inclusão social a nível de todo território nacional, explicou, tem sido muito desafiador, porém já é visível algum avanço e garantiu que o governo está a trabalhar para reverter o quadro.  "Estamos a trabalhar para que, em breve, a situação seja revertida”.

Equipamentos

O Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), junto com a Representante do Sistema das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani efectuaram, ontem, a entrega de equipamentos de trabalho a oito jovens portadores de deficiência física, do Centro de Reabilitação Profissional de Viana.

A representante das Nações Unidas felicitou a iniciativa do ministério e realçou, com alegria, a importância de comemorar este dia com o Executivo angolano e as associações. "Estou muito contente de estar aqui nesta actividade”, afirmou.

A Organização das Nações Unidas (ONU), reforçou, está a trabalhar com o Governo angolano para a implementação da convenção internacional ratificada por Angola, de modo a criar projectos e incentivar os departamentos do Executivo a actuarem de maneira mais inclusiva.

O acto central, realizado sob o lema "As suas habilidades são maiores que as suas limitações. Você pode!”, foi presidido pelo Secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio Amaral, para quem Angola alcançou melhorias em relação a inclusão social da pessoa portadora de  deficiência, em especial nos domínios da educação, transportes, saúde, reabilitação física e trabalho.

"Os índices de rejeição continuam expressivos e preocupantes, fazendo com  que muitas pessoas não consigam exerçer o direito de participação”, disse, além de encorajar a sociedade a ter mais empatia, de maneira a eliminar algumas barreiras arquitectónicas, instrumentais, comunicacionais e metodológicas, que os impedem de exercer os direitos de cidadania, assim como terem acesso aos bens e serviços, de forma a melhorar a qualidade de vida”.

Carla Bumba | Jornal de Angola

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