quinta-feira, 10 de março de 2022

Quem é o culpado pelo atentado à maternidade e hospital infantil Mariupol?

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

A verdade por trás desse incidente ainda não foi determinada, mas os observadores devem ser extremamente cautelosos ao considerar qualquer coisa que a mídia tradicional diga como fato. Em vez disso, eles devem aplicar uma quantidade copiosa de ceticismo a tudo o que o Ocidente liderado pelos EUA e seus representantes ucranianos afirmam, porque a dinâmica estratégico-militar sempre foi decisivamente contra Kiev, então há razões para acreditar que os fascistas ficaram desesperados o suficiente para fazer o aparentemente impensável.

O Ocidente liderado pelos EUA e seus representantes em Kiev condenaram em voz alta o que alegam ter sido o ataque da Rússia contra a maternidade e o hospital infantil Mariupol, explorando este último evento como pretexto para pressionar ainda mais a Grande Potência da Eurásia. Isso inclui apelos renovados por alguns para uma chamada “zona de exclusão aérea” que corre o risco de provocar a Terceira Guerra Mundial que o presidente Putin evitou por pouco com o início oportuno de sua operação militar especial na Ucrânia. Enquanto isso, o primeiro vice-representante permanente russo na ONU, Dmitry Polyansky, twittou “É assim que nasce a Fakenews. Alertamos em nossa declaração de 7 de março que este hospital foi transformado em um objeto militar por radicais. Muito perturbador que a ONU espalhe essa informação sem verificação.”

Ainda não está claro exatamente o que aconteceu e quem é o culpado, mas várias possibilidades parecem ser as mais prováveis. Primeiro, não é realista acreditar que a Rússia teria atacado deliberadamente o hospital. O presidente Putin deixou claro em seu artigo no verão passado “ Sobre a unidade histórica de russos e ucranianos ” que essas são duas pessoas fraternas. Números de vítimas oficialmente relatados da Rússia da semana passada são em grande parte atribuíveis ao seu princípio de uma guerra limpa em que todos os esforços são feitos para limitar as baixas civis e os danos colaterais. As Forças Armadas Russas (RAF) foram colocadas em perigo enquanto neutralizavam diretamente as armas pesadas que as forças fascistas-nacionalistas de Kiev implantaram irresponsavelmente em áreas residenciais, em vez de atacá-las de longe e arriscar baixas civis.

A desnazificação da sociedade ucraniana não pode ser realizada de forma sustentável atacando deliberadamente civis e sua infraestrutura, para que a população desesperada não se torne ainda mais suscetível a sugestões narrativas fascistas em resposta. Portanto, seria contraproducente para a Rússia matar mães, crianças e bebês ainda não nascidos, então ninguém deveria dar crédito às falsas alegações propagadas pela mídia mainstream ocidental (MSM) liderada pelos EUA, alegando que a RAF acabou de cometer tal crime de guerra. A operação especial visa libertar o país do jugo fascista que lhe foi imposto externamente após o golpe da Revolução Colorida “EuroMaidan” de 2014, apoiado pelos EUA, que se seguiu a semanas de terrorismo urbano naquele país.

Com base nessa percepção, não se pode descartar neste estágio que uma das munições guiadas de precisão da Rússia possa ter se desviado acidentalmente do curso, pois é impossível esperar que cada ataque sempre atinja perfeitamente seu alvo militar. Ainda é muito cedo para determinar se isso aconteceu, por isso Polyansky solicitou a verificação do incidente, mas esse possível cenário em qualquer caso não constituiria o chamado “ataque deliberado” que o MSM está reivindicando. Os observadores devem lembrar que a guerra moderna por estados responsáveis ​​como a Rússia tem a intenção de ser o mais humana possível, daí o uso de munições guiadas com precisão, mas às vezes ainda acontecem acidentes. Mais uma vez, não está claro se foi isso que ocorreu com este incidente, mas ainda deve ser mantido em mente.

Invasão criminosa de Putin na Ucrânia destaca verdades feias sobre EUA e a NATO

# Publicado em português do Brasil

Jeremy Scahill | TheIntercept

O fato de Putin estar tentando justificar o injustificável na Ucrânia não significa que devemos ignorar as ações dos EUA que alimentam sua narrativa.

NÃO HÁ desculpas ou justificativas para o que Vladimir Putin está fazendo na Ucrânia. Sua invasão brutal é um ato de agressão descarado, repleto de crimes de guerra, e está sendo justamente condenado como tal por um grande número de pessoas e nações em todo o mundo. O ataque a populações civis e infraestrutura é um ato hediondo que pertence aos anais dos principais crimes de Estado-nação ao lado da invasão do Iraque pelos EUA em 2003.

Muitos governos do mundo denunciaram as ações de Putin. Mas quando se trata dos EUA e seus aliados da OTAN, essas condenações exigem maior escrutínio. Embora muitas declarações de líderes ocidentais possam ser precisas em relação à natureza das ações da Rússia, os EUA e outras nações da OTAN estão em uma posição duvidosa para adotar uma postura moralista ao condenar a Rússia. Que eles façam isso com zero reconhecimento de sua própria hipocrisia, ações provocativas e história de militarismo desenfreado – particularmente no caso dos EUA – é profundamente problemático. Desde o início desta crise, Putin explorou o militarismo e as campanhas anteriores de bombardeio dos EUA e da OTAN para estruturar sua própria justificativa distorcida para sua campanha assassina na Ucrânia. Mas o fato de Putin estar tentando justificar o injustificável não significa que devemos ignorar os EUA

Nos últimos dias, funcionários dos EUA e da OTAN destacaram o uso de armas proibidas pela Rússia, incluindo munições cluster, e disseram que seu uso constitui violação do direito internacional. Isso é indiscutivelmente verdade. O que praticamente não é mencionado em grande parte das reportagens sobre esse tópico é que os EUA, como a Rússia e a Ucrânia, se recusam a assinar a Convenção sobre Munições Cluster.

Os EUA usaram repetidamente bombas de fragmentação, desde a guerra no Vietnã e os bombardeios “ secretos ” do Camboja. Na era moderna, os presidentes Bill Clinton e George W. Bush os usaram. O presidente Barack Obama usou bombas de fragmentação em um ataque de 2009 no Iêmen que matou cerca de 55 pessoas, a maioria mulheres e crianças. Apesar da proibição , que foi finalizada em 2008 e entrou em vigor em 2010, os EUA  continuaram a vender bombas de fragmentação para nações como a Arábia Saudita , que as utilizava regularmente em seus ataques no Iêmen. Em 2017, o presidente Donald Trump reverteu uma política interna dos EUA com o objetivo de limitar o uso de certos tipos de munições cluster, um movimento que um especialista da Human Rights Watch alertou que “poderia encorajar outros a usar munições cluster que causaram tanto sofrimento humano”. Nada disso exonera a Rússia por seu uso inescrupuloso de bombas de fragmentação contra civis, mas esses fatos são claramente relevantes ao avaliar a credibilidade dos EUA.

Mariupol e os grotescos tropeções das últimas valsas de (Leo) Strauss!

Martinho Júnior, Luanda

Em saudação à memória do Comandante Hugo Chavez, revolucionário imprescindível para toda a humanidade, que faleceu a 5 de Março de 2013 e foi decisivo para a construção da democracia, do socialismo e da resistência da Venezuela Bolivariana em pleno século XXI! – CÍRCULO 4F.

Escrevo no momento em que as milícias da República Popular de Donetsk já começaram a libertar o casco urbano do leste de Mariupol

Quem seguir a trilha em lume brando da Wikipedia sobre quem foi Stepan Bandera e o que ele inspirou, sobre quem foi Leo Strauss e o que ele inspirou e por fim, com o substantivo gindungo de Thierry Meyssan no Voltairenet, consiga seguir a ementa da ousadia intelectual e radiográfica (pré autópsia) do que é e de quem compõe o tenebroso ramalhete “Straussiano”, pode aterrar à vontade no braseiro-terminal de Mariupol, seguramente nas trincheiras das milícias da República Popular de Donetsk, lado a lado com os operários sujos de carvão e de pólvora, os ousados operários do seu pequeno, jovem, mas lúcido e combatente Partido Comunista!

Essa é uma avenida directa, sem qualquer curva nem relevo, que flui das razões profundas da necessidade não só de libertar para a causa da multiculturalidade, da democracia e da paz, a Ucrânia, a Europa e os próprios Estados Unidos, mas também para sabermos “desnazificar-nos”… limpando todos os tóxicos que tão levianamente os do “hegemon” unipolar têm procurado injectar em nossas próprias veias abertas, em nossas próprias mentes de homens do sul, respeitosos da humanidade e da Mãe Terra!

Libertar não é fazer a guerra e a grande avenida vai dar directamente ao refrescado porto de Mariupol, quando as brigadas Bandera, as brigadas Azov, a “fina flor do entulho” componente das “forças especiais” do grande zombi híbrido UE-NATO, derem seu último suspiro neonazi e o Mar de Azov seja por fim descontaminado, para que possamos suavizar em água salitrosa os nossos cansados pés de combatentes do passado, de agora e de sempre!

Por estes dias receberemos a boa nova de nossa própria transitoriedade pela vida!

CONTOS POPULARES ANGOLANOS -- O Gigante e sua Bela Esposa

Seke La Bindo

Uma menina muito bela estava na idade de casar e um dia apareceu na aldeia um gigante do Chitado a pedir a sua mão. Combinado o casamento, ela foi viver nas montanhas do Othinjau com o esposo.

A casa era um covil sujo e mal cheiroso. Com o gigante viviam monstros que o ajudavam a caçar e pastorear o gado. Um dia, o gigante foi em viagem para as terras além Cunene e disse aos monstros que tomassem conta da sua bela mulher.

Mal o gigante partiu, os monstros levaram-na para o mato. Quando encontraram um enorme imbondeiro, fizeram uma escada e puseram-na lá no alto. Depois desceram, desfizeram a escada e regressaram ao covil.

A bela mulher ficou três dias e três noites no alto do imbondeiro, chorando a sua má sorte. Ao fim da tarde, os pássaros vinham dormir nos ramos e cantavam alegremente para se despedirem do Sol. Ao amanhecer, voltavam a cantar e depois partiam em busca de comida. Mas além da música alegre do seu canto, os passarinhos lançavam os seus excrementos para cima dela. 

Como se sentia muito suja, começou a chorar. O seu choro atraiu a vaca Nambulu, do grande rebanho do gigante, que ouviu da bela mulher tudo o que aconteceu. 

O MILAGRE PORTUGUÊS E A REVOLTA DAS KITATAS -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Portugal é em si um milagre de sobrevivência a mil desgraças, qual delas a pior. Talvez por isso os deuses semearam milagres extraordinários no jardim à beira mar plantado. Tudo começou com o primeiro rei, Afonso Henriques. Batia na mãe, prendeu-a nas masmorras de um castelo, era kambuta e capengava de uma perna. E de repetente agigantou-se, deixou de coxear e hoje são precisos sete homens para pegar na sua espada. Foi um tremendo milagre.

No dia 13 de Maio de 1917 aconteceu o milagre dos milagres. Nossa Senhora apareceu a três crianças numa montanha perto de Fátima. O mundo ajoelhou. Portugal é, desde então, o altar do Universo. E eu fora do esquema. Sempre burro!

Eusébio foi outro tremendo milagre. Num país onde imperava o colonialismo e o racismo, fizeram de um negro da Mafalala rei de Portugal, dos Algarves, do Golfo da Guiné, d’aquém e além África. Grande Eusébio. És e serás eternamente o maior.

O 25 de Abril foi outro milagre de alto gabarito. Os fascistas e colonialistas renderam-se ao meu amigo Otelo Saraiva de Carvalho e seus companheiros do Movimento das Forças Armadas, sem um tiro! De um minuto para o outro os salazaristas viraram socialistas e Salazar encarnou em Mário Soares. Milagre assim nunca se viu.

Mais um milagre extraordinário. Portugal, um país pobre entre os pobres, aderiu a um clube de ricos, a Comunidade Económica Europeia (CEE) hoje baptizada de União Europeia e até hoje sobreviveu.

Cavaco da Silva é outro milagre. O professor de Moeda foi ao congresso do PSD e saiu de lá presidente de tudo, até da República. Ele próprio é milagreiro, em tudo o que toca, mesmo que seja lixo, sai ouro. Os seus ajudantes vivem vergados ao peso do dinheiro. Todos ricos e anafados.

Portugal | NOVO ROUBO


 -- Imagem do Dia - em AbrilAbril » título PG

AS MENTIRAS ANDAM MAIS DEPRESSA QUE OS MISSEIS -- Fake News

O prédio em Kiev que afinal não foi atingido por nenhum míssil russo | Imagem: DR / DR

Na semana passada, o exército ucraniano partilhou um vídeo no Instagram e Facebook que, segundo afirmou, mostrava drones de fabricação turca Bayraktar TB2 a destruir uma coluna militar russa nos campos de batalha da Ucrânia. De facto, as imagens são verdadeiras, mas reportam-se a uma acção desse tipo de drones, há dois anos, na província síria de Idlib, contra um comboio do exército de Damasco.

A empresa Meta comprometeu-se a investigar o vídeo depois de o site Middle East Eye (MEE) ter pedido uma reacção à proprietária do Facebook e do Instagram. O vídeo foi seguidamente retirado pela conta ucraniana. Não sem antes ser passado como verdadeiro por muitas televisões do mundo, entre as quais todas as estações de televisão portuguesas, que raramente verificam as informações ou põem em dúvida notícias vindas de fontes ucranianas.

Durante as semanas da invasão russa, multiplicaram-se os falsos casos: os 13 heróis ucranianos que mandaram «foder» os russos e morreram a defender a ilha Zmiinyi, divulgados pelo presidente ucraniano, sendo que dias depois se descobre que estão vivos e de boa saúde; o senhor idoso atropelado em Kiev por um veículo blindado russo que, afinal, era ucraniano, dado que os russos estavam a centenas de quilómetros de distância.

Dezenas de vídeos que se tornaram virais eram afinal imagens da Líbia, Líbano e Palestina, falsamente identificados como estando a passar-se durante a invasão da Ucrânia.

Imagens antigas da activista palestiniana Ahed Tamimi foram colocadas online sob a falsa alegação de que ela era uma rapariga ucraniana a enfrentar um soldado russo e foram partilhadas milhões de vezes.

O Ministério da Defesa da Ucrânia partilhou imagens que, segundo afirmou, mostravam um jacto a abater um avião de guerra russo – mas o vídeo era na realidade de um jogo de vídeo.

«Como é quase sempre o caso em tempos de guerra, o ambiente de informação online torna-se incrivelmente rapidamente poluído», disse Layla Mashkoor, editora associada no laboratório de investigação forense digital do Atlantic Council, ao site MEE.

«Vídeos antigos e reciclados começam a circular online, por vezes inocentemente por pessoas que não conhecem melhor, e outras vezes por actores maliciosos que procuram semear o pânico e o caos».

O racismo escancarado na cobertura jornalística europeia da guerra na Ucrânia

# Publicado em português do Brasil

“Imagine, em pleno século XXI, uma cidade europeia sendo atacada por mísseis como se estivéssemos no Afeganistão ou Iraque”, disse o jornalista francês Ulysse Gosset

Beatriz Marques* | por Terra em Transe | em Revista Forum

“Imagine, em pleno século XXI, uma cidade europeia sendo atacada por mísseis como se estivéssemos no Afeganistão ou Iraque”.

A frase acima foi dita pelo jornalista Ulysse Gosset, do canal de notícias francês BFMTV, em sua cobertura sobre o conflito armado que ocorre atualmente na Ucrânia. Frases como esta escancaram o racismo e o eurocentrismo presentes nas mídias europeias, ao acompanharem o andamento de uma guerra em seu continente. Ao mesmo tempo em que expressam solidariedade ao povo ucraniano, barram os refugiados africanos em suas fronteiras e naturalizam a violência no Oriente Médio.

Discriminação de imigrantes negros nas fronteiras

Estudantes africanos também relatam racismo ao cruzarem as fronteiras. Conforme imagens de um vídeo que circula nas redes, um policial empurra uma mulher negra para dar passagem a uma mulher branca dentro do vagão de trem. Uma estudante de medicina relatou que os guardas mandam os africanos para o fim da fila, afirmando que os ucranianos têm prioridade. A Nigéria se posicionou e lamentou o racismo e discrimanação dos imigrantes negros ao fugirem da guerra.

Logo, quando a jornalista Lucy Watson da ITV News, com os olhos marejados, diz que é inimaginável que uma guerra esteja ocorrendo na Europa, e não em um país de terceiro mundo, o seu choque se dá porque contesta a visão racional e pacífica que o Ocidente criou de si mesmo.

Trump alerta para a possibilidade da IIIª Guerra Mundial e da ameaça nuclear

# Publicado em português do Brasil

Trump alerta para a possibilidade de uma terceira guerra mundial e a "gravidade" da ameaça nuclear

WASHINGTON, 10 de março - RIA Novosti -- O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, no Full Send Podcast , não descartou a possibilidade de uma terceira guerra mundial e considera a possibilidade de uma guerra nuclear uma “séria ameaça” devido ao fato de os Estados Unidos “não serem mais respeitados. "

“Sim, há uma chance de uma terceira guerra mundial, e isso ocorre porque nosso país não é mais respeitado”, disse Trump. Respondendo à pergunta do interlocutor sobre se os americanos comuns devem ter medo de uma guerra nuclear no contexto da situação na Ucrânia, o ex-presidente dos EUA disse: “Sim, você deve ter medo (disto. - ed. aprox.), porque o país (EUA. - Aprox. ed.) são liderados por pessoas incompetentes".

"Acho que isso é uma (ameaça. - Aprox. ed.) séria", disse Trump .

A Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro. O presidente Vladimir Putin chamou seu objetivo de "a proteção de pessoas que foram submetidas a bullying e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos". Para isso, segundo ele, está prevista a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", para levar à justiça todos os criminosos de guerra responsáveis ​​por "crimes sangrentos contra civis" no Donbass .

Segundo o Ministério da Defesa russo, as Forças Armadas atacam apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas, nada ameaça a população civil. Com o apoio das Forças Armadas russas , os grupos DPR e LPR estão desenvolvendo uma ofensiva . Mas não se fala da ocupação da Ucrânia, enfatizou o presidente da Rússia. Em 8 de março, mais de 2.500 instalações de infraestrutura militar foram destruídas, bem como 897 tanques e outros veículos blindados de combate, 95 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 84 drones e assim por diante.

O território ao redor das usinas nucleares de Chernobyl (desativadas) e Zaporozhye (em operação) foi tomado sob controle. Oito anos depois, o Canal da Crimeia do Norte foi desbloqueado e o trabalho está em andamento para restaurar o abastecimento de água à Crimeia. A ofensiva está acontecendo em várias direções, Kiev está bloqueada pelo oeste, as Forças Armadas russas conquistaram a supremacia aérea sobre toda a Ucrânia. Um mapa detalhado das regiões da Ucrânia em que os militares russos operam, no entanto, ainda não foi publicado oficialmente. De acordo com o Ministério da Defesa russo, em 2 de março, 498 soldados russos foram mortos e 1.597 ficaram feridos durante a operação. Entre o lado ucraniano, segundo o departamento militar russo, as perdas são muitas vezes maiores: mais de 2.870 mortos e cerca de 3.700 feridos.

Em 7 de março, o conflito matou 474 e feriu 861 civis, segundo o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Essas estatísticas levam em conta, entre outras coisas, as perdas nos territórios da DPR e LPR , que, segundo estimativas do ACNUR , contabilizam 24 mortos e 112 feridos. Contra o pano de fundo das hostilidades em um grande número de cidades e vilarejos na Ucrânia, uma catástrofe humanitária está surgindo. O Ministério da Defesa russo atribui a responsabilidade por isso às autoridades de Kiev, que se recusam a coordenar o trabalho dos corredores humanitários, bem como nacionalistas locais, em alguns casos, segundo o departamento militar, mantendo civis como escudos humanos.

Imagem: © AP Photo / John Raoux -- O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fala na Conferência Conservadora dos EUA. Foto do arquivo

Experiências nos biolaboratórios dos EUA na Ucrânia com morcegos coronavírus

Nos biolaboratórios dos Estados Unidos na Ucrânia, foram realizados experimentos com morcegos coronavírus

Porta-voz do Ministério da Defesa Konashenkov: EUA experimentaram coronavírus na Ucrânia

MOSCOU, 10 de março - RIA Novosti -- Biolaboratórios financiados pelos EUA na Ucrânia estão experimentando o coronavírus em morcegos, disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov, a repórteres.

“Nos biolaboratórios criados e financiados na Ucrânia, como mostram os documentos, foram realizados experimentos com amostras de coronavírus de morcego”, disse ele.

Segundo Konashenkov, de acordo com os documentos, o lado americano planejava estudar patógenos em aves, morcegos e répteis e a possibilidade de esses animais serem portadores de peste suína africana e antraz.

“O objetivo desta e de outras pesquisas biológicas financiadas pelo Pentágono na Ucrânia era criar um mecanismo para a distribuição secreta de patógenos mortais”, acrescentou o general.

Mais cedo, o Departamento de Estado disse que os Estados Unidos não têm laboratórios na Ucrânia, mas antes disso, a vice-chefe do Departamento Victoria Nuland, falando no Senado, disse que existem instalações de pesquisa biológica lá. Segundo ela, Kiev e Washington estão trabalhando para evitar que caiam nas mãos das forças russas.

Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. As forças armadas dizem que estão atacando apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas. Há vítimas de ambos os lados.

Imagem: © AP Photo / Marco Ugarte -- Um cientista examina um morcego. Foto do arquivo

Ler em Página Global:

Ucrânia tem instalações de pesquisa biológica: Departamento de Estado dos EUA

A POLÓNIA ESTÁ TENTANDO PROVOCAR A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL?

A Polónia está tentando provocar a Terceira Guerra Mundial ou a expor a falta de confiabilidade dos EUA como aliado?

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko * | One World

A Polônia está oficialmente satisfeita com tudo o que os EUA fizeram para provocar regionalmente a Rússia - especialmente a implantação de 'sistemas antimísseis' e armas de ataque perto de sua fronteira destinadas a neutralizar gradualmente as capacidades de segundo ataque nuclear de seu alvo - mas pode se sentir mais confortável com os Estados Unidos 'liderando de frente' no que diz respeito ao envio de jatos para as forças de Kiev, em vez de 'compartilhar o fardo' ao fazer a Polônia colocar sua segurança em risco fazendo isso em seu nome.

Acredita-se que as relações polaco-americanas anteriormente tensas, antes atormentadas pela intromissão dos EUA nos assuntos domésticos de seu parceiro regional, melhoraram repentinamente após sua reação conjunta à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, mas os últimos movimentos de Varsóvia levantam dúvidas sobre essa conclusão. O aspirante a líder da Europa Central e Oriental (CEE/UE) anunciou inesperadamente que está pronto para implantar imediatamente todos os seus jatos MiG-29 na Base Aérea de Rammstein dos EUA na Alemanha para uso de Kiev contra a Rússia e solicitou que todos os membros da OTAN sigam o exemplo. Isso aconteceu apenas um dia depois que o secretário de Estado dos EUA, Blinken, declarou que deu ao bloco militar anti-Rússia a “ luz verde ”. ” para enviar aviões de combate para a Ucrânia e um dia antes da visita do vice-presidente Harris a Varsóvia.

Ela deveria agradecer à Polônia por abrigar mais de um milhão de refugiados ucranianos, mas a Associated Press informou que sua viagem se tornou politicamente mais complicada desde que as autoridades americanas alegaram que a Polônia não os informou de sua decisão. O subsecretário de Estado para Assuntos Políticos Nuland da infâmia “EuroMaidan” disse em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado que “que eu saiba, não foi pré-consultado conosco que eles planejavam nos dar esses aviões. Então, acho que na verdade foi uma jogada surpresa dos poloneses.” Enquanto isso, o porta-voz do Pentágono Kirby disseque jatos partindo de uma base dos EUA “para o espaço aéreo que é contestado com a Rússia sobre a Ucrânia levanta sérias preocupações para toda a aliança da OTAN”, concluindo que isso torna a proposta da Polônia insustentável.

A GUERRA QUE A NATO/EUA TEM VINDO A SEMEAR E A CONCRETIZAR-SE

Ajuda humanitária não chega a Mariupol. Conversações de paz retomadas hoje na Turquia

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira à noite um novo orçamento federal no qual se prevê 12,7 mil milhões de euros para a crise ucraniana. Siga em direto na TSF.

10 mar08:31

Rita Carvalho Pereira

Ataque a hospital pediátrico em Mariupol fez três mortos

Pelo menos três pessoas morreram num ataque a um hospital pediátrico, esta quarta-feira, em Mariupol. Entre as vítimas mortais está uma crianças, adiantam as autoridades ucranianas, citadas pela AFP. O balanço anterior dava conta de 17 feridos.

"Três pessoas morreram, inluindo uma criança do sexo feminino, no ataque de ontem a um hospital pediátrico e maternidade na cidade sitiada de Mariupol, na Ucrânia", declarou a cidade, na rede Telegram.

"As forças russas estão a destruir a população civil de Mariupol deliberadamente e sem misericórdia", declarou o concelho da cidade, indicando que mais de 1200 habitantes foram mortos, em nove dias de cerco russo.

O ataque ao hospital pediátrico já foi classificado pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como um "crime de guerra".

10 mar08:28

Carolina Quaresma

Reunião entre MNE russo e ucraniano já arrancou na Turquia

Já começou o encontro entre os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano na Turquia, avança a AFP.

10 mar08:21

Lusa

Rússia anuncia que vai deixar de participar no Conselho da Europa

O Governo russo anunciou esta quinta-feira que vai deixar de participar no Conselho da Europa e acusou os países da União Europeia (UE) e da NATO de minarem o organismo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo salientou que a UE e a NATO mantêm uma postura "hostil" e salientou que mantêm "uma linha de destruição do espaço comum do Conselho da Europa a nível humanitário e jurídico".

Por outro lado, afirmou que Moscovo "não participará" nos esforços para "transformar" o Conselho da Europa "noutra plataforma para exaltar a superioridade e o narcisismo ocidentais".

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Moscovo acusa Força Aérea ucraniana de tentar obter dados de aviões da NATO

Os aviões fazem parte do Sistema de Alerta e Controlo Aéreo da Organização do Atlântico Norte (NATO), disse o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.

Ucrânia está a tentar obter dados sobre a situação aérea no país a partir de aviões da NATO que vigiam o espaço aéreo da Polónia, disse esta quarta-feira o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia.

Os aviões fazem parte do Sistema de Alerta e Controlo Aéreo da Organização do Atlântico Norte (NATO), também conhecido como AWACS (sigla em inglês de Sistema de Aviso e Controlo Aerotransportado), disse Igor Konashenkov.

"A liderança das forças armadas ucranianas está a tentar colmatar a falta de informação sobre a situação aérea através da obtenção de dados no posto de comando da força aérea [ucraniana] em Vinnytsa a partir de aviões E-3A que fazem parte do sistema AWACS da NATO", disse o porta-voz, citado pela agência russa TASS.

Segundo Konashenkov, os aviões em causa estão em serviço 24 horas por dia no espaço aéreo da Polónia.

Na semana passada, a televisão britânica BBC teve acesso a um dos voos de vigilância da NATO no espaço aéreo da Polónia a partir de uma base na Alemanha.

O porta-voz russo disse que as forças de Moscovo destruíram 81 postos de radar da defesa aérea ucraniana, o que levou à perda do controlo de combate da força aérea da Ucrânia.

Durante as operações, as forças russas destruíram em terra e no ar 89 aviões de combate e 57 helicópteros ucranianos, além de sistemas de mísseis antiaéreos S-300, Buk M-1 e S-125, segundo dados de Moscovo, não confirmados independentemente.

Além disso, de acordo com os dados do Ministério da Defesa citados pela TASS, "90% dos aeródromos militares ucranianos, em que assentava a principal composição da aviação militar, foram postos fora de ação".

Mesmo assim, o Ministério da Defesa admitiu que tem registado "tentativas isoladas" de saídas da aviação militar ucraniana.

A Polónia propôs, na terça-feira, transportar os seus aviões Mig-29 para a base alemã de Ramstein para serem transferidos para a Ucrânia, em troca do fornecimento, pelos Estados Unidos, de aparelhos com as mesmas capacidades operacionais.

A Polónia, a Bulgária e a Eslováquia são os três únicos países da NATO que têm aviões Mig e a opção por estes aparelhos russos para uma eventual ajuda à Ucrânia, que não integra a Aliança Atlântica, deve-se à facilidade de operação pelos pilotos ucranianos.

Numa primeira reação, os Estados Unidos consideraram a proposta polaca pouco exequível e a Rússia alertou para "um cenário muito indesejável e potencialmente perigoso".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, ao ser questionado hoje sobre a questão, manifestou-se contra a entrega dos caças.

"Devemos considerar muito cuidadosamente o que fazemos em termos concretos, e isso não inclui certamente os aviões de combate", disse Scholz, citado pela agência norte-americana AP.

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, insistiu hoje na proposta, mas remeteu a decisão para a NATO.

"A Polónia não é parte nesta guerra e a NATO também não. Uma decisão tão séria como a transferência de aviões deve ser tomada por unanimidade por toda a NATO", disse Morawiecki durante uma visita a Viena, citado pela agência francesa AFP.

"Hoje, esta decisão está nas mãos da NATO (...). Só fornecemos armas defensivas", acrescentou.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que tem pedido com insistência apoio militar ao Ocidente, agradeceu à Polónia a sua oferta e apelou à NATO para resolver com urgência as diferenças de opinião no seu seio sobre esta hipotética ajuda.

"Estamos em guerra. Não temos tempo", disse Zelensky numa mensagem vídeo que divulgou hoje, 14.º dia de combates, na rede social Telegram.

A NATO recusou qualquer intervenção na Ucrânia, incluindo a imposição de uma zona de exclusão aérea, por isso poder desencadear uma guerra total na Europa.

Se a NATO se envolver diretamente no conflito, "isso seria ainda mais perigoso, mais devastador e causaria ainda mais sofrimento humano", justificou recentemente o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, provocando um número ainda por determinar de mortos e feridos, tanto militares como civis, e mais de 2,1 milhões de refugiados.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

TSF | Lusa | Imagem: © AFP

ACOMPANHE AQUI O CONFLITO ENTRE A RÚSSIA E A UCRÂNIA – na TSF

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