domingo, 11 de setembro de 2022

A MUSCULATURA RIJA DO CORPO DA EMERGÊNCIA -- Martinho Júnior

Martinho Júnior, Luanda

“Os países ocidentais minaram os fundamentos do sistema econômico global. Há uma perda de confiança no dólar, no euro e na libra esterlina como moedas para realizar transações, manter ativos e reservas” - A confiança no dólar acabou – Putinhttps://swentr.site/business/562334-trust-in-dollar-gone-putin/  

01- A emergência multilateral respeitadora da Carta das Nações Unidas tem-se vindo a assumir paulatinamente, desde quando o neoliberalismo, saudosista do império colonial britânico, pretendeu sair “globalmente” vitorioso no contencioso entre os dois blocos geoestratégicos que se sucederam à IIª Guerra Mundial, um contencioso que perfilha uma IIIª Guerra Mundial contra todo o Sul Global que não terminou…

A emergência multilateral aproveita as capacidades do Não-Alinhamento surgido por via da Conferência de Bandung em 1955, mas sua aplicação ocorre mais intensamente na imensidão do continente Ásia-Europa, tirando partido dos 17.124.442 km2 do espaço físico-geográfico da Federação Russa, (a nona parte da superfície sólida da Terra), com a força que procura pôr fim à IIIª Guerra Mundial, sorvedora de recursos que se tivessem sido aplicados de outro modo, teriam beneficiado a humanidade e o próprio planeta na prossecução da paz global que urge!

A expressão energicamente mais firme da emergência multilateral começou desde o início do século XXI, mas foi necessário chegar-se a 2022 para se assumir explicitamente nos fóruns internacionais enquanto mudança de paradigma face à hegemonia unipolar de inspiração anglo-saxónica, dando início a uma longa luta de libertação tendo como marco inicial o 24 de Fevereiro de 2022, na Ucrânia.

O pântano ukronazi, implicando na (in)segurança comum entre a Federação Russa e o bárbaro zombi-híbrido EU/NATO, determina a longa luta de libertação Europa fora!

No imenso espaço Ásia-Europa, a Federação Russa “está condenada” a providenciar uma das ossaturas que garante uma enorme capacidade de segurança vital, não só em termos de articulações e rotas, mas também e sobretudo por que o seu miolo é riquíssimo em água interior e recursos de toda a espécie, quando é ainda baixíssima a densidade populacional nas regiões ocupadas (muito abaixo da média de 8,3 habitantes / km2, conforme a todo o espaço nacional russo), um fenómeno que se estende sobretudo ao norte, em direcção à costa do Ártico e ao leste na direcção à costa do Pacífico.

A Federação Russa tem acesso directo a três oceanos, o Ártico, o Atlântico e o Pacífico, assim como a vários mares que pertencem a esses oceanos, dos quais se destacam o Báltico, o Negro e o Cáspio, a oeste (meandros do Atlântico), o Mar do Japão, o Mar de Okhotsk e o Mar de Bering, a leste (meandros do Pacífico).

No momento da adequação do esforço militar ao espaço da emergência multilateral, é o território geoestratégico da Federação Russa que, em função da sua extensão, melhor garante expressão, pelo que o carácter dos exercícios anuais que a Rússia vai levando a cabo, providencia sintonias cada vez maiores com seus vizinhos e com os estados de outros continentes!

Este ano e nesse âmbito, foi levado a cabo no oriente russo o Exercício Vostok 2022, de 1 a 7 de Setembro, que demonstrou tender para colectar interesses no centro e no leste da Ásia-Europa, com abordagem directa sobre o Mar do Japão.

As forças militares presentes pertenceram a: Azerbaijão, Argélia, Armênia, Bielorrússia, Índia, Cazaquistão, Quirguistão, China, Laos, Mongólia, Mianmar, Nicarágua, Síria e Tadjiquistão.

Como evidências o representante africano, a Argélia e o da América, a Nicarágua!

A outra evidência é a cobertura multicultural propiciada, integrando entre outros estados de culturas turcomanas, o que tem a ver com a atracção cada vez maior da própria Turquia, ainda membro da NATO, ao campo emergente multilateral na Ásia-Europa, algo que se vai reflectindo nos sucessivos ajustes geopolíticos do governo de Erdogan.

Vostok significa leste e nos anos anteriores o ciclo constou em 2019 do Exercício Tsentr (centro), em 2020 do Exercício Kavkaz (Cáucaso) e em 2021 do Exercício Zapad (oeste)… a norte e no Ártico apenas a Rússia tem possibilidades de articular forças, por enquanto.

Como é lógico neste tipo de exercícios militares nenhum estado hostil, ou organização militar (NATO), poderão alguma vez participar.

Biden está a conduzir os EUA para o maior desastre económico da história moderna

O “PAPEL MAIS ASSUSTADOR DE 2022” REVELA O TERRÍVEL DESTINO DA ECONOMIA DE BIDEN: MILHÕES ESTÃO PRESTES A PERDER O EMPREGO

South Front | Traduzido em português do Brasil

Originalmente publicado por ZeroHedge

Durante grande parte do ano passado (e certamente na época, mais de um ano atrás, quando os chamados especialistas, banqueiros centrais e macroturistas ainda falavam sobre “inflação transitória” e outras coisas sobre as quais eles estavam errados e não entendiam) , estávamos alertando que em algum momento o Fed perceberá que  é simplesmente impossível conter a inflação impulsionada pela oferta por  meio de aumentos teimosos de taxas que, em vez disso, levariam a uma alternativa terrível – milhões em demissões em massa e trabalhadores recém-desempregados …

3 anúncios de demissões em massa nas últimas 3 horas, enquanto 12 aumentos foram precificados até fevereiro. pic.twitter.com/7Q4wfP9J79

— zerohedge (@zerohedge)  14 de junho de 2022

… e revisará sua meta de inflação de 2% para cima, um movimento que enviará todos os ativos de risco – desde lixo de beta alto e memes stonks, a ícones blue-chip, a bitcoin e criptos limitados.

Para lembrar os leitores dessa próxima mudança de fase, alertamos mais recentemente em junho que “ em algum momento o Fed admitirá que não tem controle sobre a oferta. É aí que começaremos a ter vazamentos de aumento da meta de inflação “…

Em algum momento, o Fed admitirá que não tem controle sobre a oferta. Aí vamos começar a ter vazamentos de aumento da meta de inflação

— zerohedge (@zerohedge)  21 de junho de 2022

Bem, acontece que estávamos certos, e não apenas sobre as próximas demissões em massa, mas também sobre os vazamentos da meta de inflação. Mas primeiro, vamos voltar um pouco.

Pouco mais de um ano depois  que ninguém  esperava que o Fed aumentasse as taxas como um marinheiro bêbado até algum momento no final de 2023 ou 2024, agora se tornou moda não apenas prever que o Fed continuará subindo as taxas em todas as reuniões do FOMC e no ritmo mais rápido desde a quase hiperinflação da década de 1980, mas que o banco central de alguma forma conseguirá evitar um pouso forçado (ou seja, o ciclo de alta não terminará em uma recessão ou depressão), mesmo que todos os ciclos de aperto do Fed desde 1913 terminou em desastre.

QUEM SÃO OS FASCISTAS QUE PODEM DIRIGIR A ITÁLIA

Análise dos Fratelli d’Italia, que uniram a direita e podem vencer eleições em 25/9. Cresceram no vácuo de uma esquerda sem elã, distante do povo e dividida. Seu programa: neoliberalismo, apoio à OTAN culto à guerra e repúdio ao Iluminismo

Franco Ferrari,  no CTXT | em Outras Palavras | Tradução: Rôney Rodrigues

Giorgia Meloni apresentou sua candidatura para ser a próxima primeira-ministra da Itália, se sua coalizão obtiver maioria nas eleições de 25 de setembro – e, a julgar pelas pesquisas atuais, ela está quase garantida. A coalizão de “centro-direita” formada por seu partido Fratelli d’Italia, a Lega de Matteo Salvini e a Forza Italia de Silvio Berlusconi deve obter entre 45 e 47% dos apoios, com o partido de Meloni recebendo cerca de metade desse total. Sob o sistema eleitoral italiano, essa votação daria aos partidos de direita uma clara maioria das cadeiras.

#Publicado em português do Brasil

O lado oposto da política italiana viu o retumbante fracasso da tentativa, organizada pelo Partito Democrático de Enrico Letta, de construir uma ampla coalizão de centro-esquerda. Em vez disso, dividiu-se em várias formações rivais. No centro há uma aliança entre os dois partidos ultraneoliberais (Italia Viva, liderado por Matteo Renzi; e Azione, liderado por Carlo Calenda). Estes destacam sua continuidade com as políticas do governo de cisão do tecnocrata Mario Draghi. No lado da esquerda-liberal pró-OTAN, os democratas de Letta só conseguiram angariar o apoio de algumas forças menores com orientações contraditórias. O eclético Movimento 5 Estrelas, rompendo seu pacto anterior com os democratas, rejeitou um entendimento com outras forças. A esquerda radical, que deixou o parlamento em 2018, se reorganizou na Unione Popolare, liderada pelo ex-prefeito de Nápoles, Luigi de Magistris.

Com tantas chances de liderar o próximo governo, o Fratelli d’Italia está se movendo em duas direções táticas. Primeiro, ele deu prioridade à questão da candidatura de Meloni para liderar um possível governo de direitas. O objetivo é gabar-se de sua própria legitimidade popular e evitar as manobras pós-eleitorais dos aliados que buscam impor uma figura alheia aos diferentes partidos. Em segundo lugar, tenta mostrar um perfil tranquilizador , apresentando-se como um partido fundamentalmente pró-sistema.

Conservadores europeus?

O partido de Meloni foi criada em 2012, reivindicando-se como uma continuidade da corrente neofascista encarnada, por quatro décadas, pelo Movimento Sociale Italiano (MSI) antes de sua transformação, na década de 1990, na Alleanza Nazionale. Tendo suas raízes em um MSI ligado sentimental e ideologicamente aos 20 anos de regime fascista, a questão da natureza do Fratelli d’Italia tem surgido continuamente nos últimos anos. Esse assunto ganha muita evidência, especialmente desde que ele deixou de ser uma força marginal para se tornar o que as pesquisas consideram o principal partido da Itália.

Na semana passada, Meloni lançou um vídeo em vários idiomas para descartar esse rótulo fascista ou neofascista. No entanto, essa relação de continuidade ou ruptura não é tão simples como costuma ser apresentada, tanto por aqueles que apresentam de forma simplista uma continuação do passado, quanto por aqueles que a negam categoricamente.

Atualmente, o Fratelli d’Italia apresenta-se como um partido “conservador” que se orgulha da presidência de Meloni do Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), um partido de âmbito continental. Esta formação, que reúne várias forças dentro e fora da União Europeia, e está alinhada com o grupo correspondente no Parlamento Europeu, surgiu como uma iniciativa dos conservadores britânicos e do partido no poder na Polônia, o Lei e Justiça (PiS). Com a saída do Reino Unido da UE, os tories deram um passo atrás, mas continuam a manter uma relação de colaboração. Os partidos formalmente ligados à ECR fora da Europa são o GOP (Partido Republicano estadunidense) e o Likud de Israel.

Do ponto de vista ideológico, o objetivo que Meloni persegue não é negar a continuidade com a direita neofascista do pós-guerra, mas inseri-la em uma corrente mais ampla que goza de maior legitimidade para governar um país da Europa Ocidental. O fascismo histórico é “relegado ao passado” e alguns aspectos dele que dificilmente poderiam ser repetidos no presente são condenados. No entanto, outras referências ideológicas básicas permanecem.

FÁCIL, VAZIA E CLICHÉ – a primeira semana de Liz Truss foi um desastre

A melhor notícia é que, depois de uma vida inteira aparando seus pontos de vista ao vento dominante, Truss não traz para seu trabalho nenhum senso de princípio.  Imagem: Anadolu/Getty Images

Simon Jenkins* | The Guardian | opinião

A nova primeira-ministra fez promessas durante a campanha que esperava que fossem esquecidas. Ela já está pagando o preço

#Traduzido em português do Brasil

Liz Truss pode não ser uma líder conservadora empolgante ou popular, mas pode ter algo a seu favor. Ela pode ter sorte. Apenas 12% dos eleitores esperam que ela seja uma boa primeira-ministra. Mas, assim como Tony Blair foi facilitado em Downing Street por lidar com a morte de Diana (sua “princesa do povo”), a morte da rainha poderia ajudar Truss a se firmar e se estabelecer.

À medida que a nação entra em um período de luto – grosseiramente superestimado pela BBC – a atual histeria política de Westminster deve se acalmar. O gabinete de comparsas de Truss pode se instalar. O Tesouro pode cuidar de suas feridas, enquanto a mídia volta sua atenção para o rei Carlos e o futuro da monarquia.

Truss já tem terreno para fazer as pazes. Sua nomeações no gabinete desafiavam todos os conselhos sobre apaziguar seus inimigos e acomodar diferentes vertentes em seu partido. Uma campanha de liderança amarga e uma vitória apertada sobre Rishi Sunak claramente exigiram algum esforço para aliviar as feridas. Truss fez o oposto, demitindo os poucos ministros capazes de sobreviver ao caos de Boris Johnson, como George Eustice, Grant Shapps e Greg Clark. Em vez disso, ela escolheu um gabinete definido puramente pela lealdade a ela. Sua diversidade de gênero e etnia foi a única coisa notável sobre ele. Com apenas uma minoria de seu partido parlamentar votando nela como líder, ela garantiu a ânsia de vingança quando as coisas começam a dar errado.

Isso será mais difícil, já que Truss não é mestre no palco parlamentar. Uma frase de Johnson poderia ter seus backbenchers latindo de prazer. A resposta de Truss às ​​perguntas de Keir Starmer nas perguntas de seu primeiro primeiro-ministro tinha a virtude da franqueza, mas suas respostas pareciam duras e sem graça. Ela não conseguiu evocar uma frase memorável em sua mensagem inicial sobre o falecimento da rainha. Ela não faz retórica, apenas clichê – “de grosso e fino”, disse ela, em um discurso rápido e superficial em Downing Street. Ela poderia estar lendo uma lista de compras.

Mas nem todos os primeiros-ministros são artistas. A brevidade é uma virtude em si, e o minimalismo pode ser a arma secreta de Truss. Depois de Johnson, ela tem a oportunidade de explorar a força de sua fraqueza. Ela pode tirar o vapor de cada crise e fazê-la parecer chata.

A melhor notícia é que, depois de uma vida inteira aparando seus pontos de vista ao vento predominante, Truss não traz para seu trabalho nenhum senso de princípio. Levou apenas 24 horas na segunda-feira para ela esquecer sua promessa de campanha de “sem esmolas”. Agora ela promete a maior doação da história, mais de £ 150 bilhões para subsidiar as contas de energia. Além disso, ela certamente concede a maior esmola a qualquer setor, ao se recusar a tributar as empresas de energia por seus estupendos 170 bilhões de libras em lucros excedentes, ganhos ao cobrar desses mesmos consumidores como resultado de sanções contra a Rússia. Ela diz que vai emprestar o dinheiro dos futuros contribuintes.

A Truss se opõe a impostos inesperados, pois eles “impedem o investimento”. Isso é fácil. Dada a crescente demanda por energia, as empresas já têm grandes incentivos para investir. Truss pode se opor a impostos e gastos, mas o que há de tão virtuoso em gastar e tomar emprestado? Enquanto França, Alemanha e a maior parte da UE estão tomando medidas diretas , incluindo impostos inesperados, para quebrar o controle que os fornecedores de energia têm sobre seus consumidores, Truss está preso em um bunker. É difícil acreditar que ela pode ficar lá por muito tempo.

A questão agora é quais outros clichês de campanha podem render ao pragmatismo de Truss. Ela realmente reduzirá os impostos corporativos e pessoais este ano? Ela realmente abrirá uma guerra comercial com a UE sobre a Irlanda do Norte , apenas para levar alguns unionistas a Stormont? Ela realmente aumentará os gastos com defesa para impressionantes 3% do PIB, potencialmente custando mais do que qualquer subsídio de energia, colocado pelo Royal United Services Institute em £ 157 bilhões em oito anos ? Ela realmente continuará gastando £ 100 bilhões na agora desatualizada ferrovia HS2?

Os políticos da oposição adoram fazer promessas que esperam que sejam esquecidas, mas Truss não era da oposição. Ela era membro de um governo que passou por um bloqueio pandêmico com brio – e desperdício grotesco. Ela agora pretende gastar tanto quanto o governo gastou em confinamento para desculpar a especulação corporativa. Enquanto isso, ela ainda tem 25.000 migrantes cruzando o Canal somente este ano. Ela tem 60.000 processos judiciais ociosos e atrasados ​​para uma audiência. Ela tem 6,8 milhões de pessoas à espera de tratamento hospitalar e um NHS que é motivo de chacota dos cuidados de saúde europeus.

Truss deve usar a pausa na guerra política para colocar seus patos em linha. Seu vínculo mais imediato é claramente a guerra econômica contra a Rússia, que ela não está vencendo. Algum ministério de defesa ocidental previu - ou mesmo jogo de guerra - o que a Rússia poderia fazer se o Ocidente tentasse encerrar seu comércio? Do jeito que está, as sanções fortaleceram a paranóia de Putin e sua determinação.

O astuto ex-oligarca e crítico de Putin, Mikhail Khodorkovsky, sugeriu a uma audiência do Intelligence Squared em Londres na quinta-feira que se o Ocidente tivesse gasto em armas para a Ucrânia uma fração do que deveria gastar em subsídios de energia, a guerra poderia ter acabado.

Quando a paz chegar, como um dia acontecerá, os preços da energia entrarão em colapso, os ganhos de Putin cairão e a crise do custo de vida na Europa poderá diminuir. Enquanto isso, a Grã-Bretanha não tem desculpa para deixar muita energia para devorar seus clientes. Taxá-lo seria a inversão de marcha mais popular de Truss.

*Simon Jenkins é um colunista do Guardian

CARLOS III E A SUA EX-AMANTE CAMILA. AGORA SUA MULHER E...

Em cerimónia arcaica realizada ontem (10.9) Carlos III foi coroado monarca do Reino Unido, aqui na imagem com a sua ex-amante Camila, agora sua mulher e provavelmente quase rainha – os entendidos que nos esclareçam. Por enquanto o rei está vestido, ainda não vai nu mas já se nota que está xéxé. Ou será que... -- PG

AQUELES QUE NÃO ESQUECEM AS CRUELDADES DA RAINHA ISABEL II

Brett Wilkins | Common Dreams* | em Consortium News

Como milhões de britânicos e admiradores em todo o mundo lamentaram a morte da rainha Elizabeth II na  quinta-feira, outros – especialmente em nações anteriormente colonizadas pelo Império Britânico – expressaram lembretes das “crueldades horrendas” perpetradas contra eles durante o reinado do monarca.

#Traduzido em português do Brasil

“Não lamentamos a morte de Elizabeth, porque para nós sua morte é uma lembrança de um período muito trágico neste país e na história da África”,  declarou  Julius Malema, chefe do partido de esquerda Economic Freedom Fighters na África do Sul.

“Elizabeth subiu ao trono em 1952, reinando por 70 anos como chefe de uma instituição construída, sustentada e vivendo de um legado brutal de desumanização de milhões de pessoas em todo o mundo”, continuou ele.

“Durante seu reinado de 70 anos como rainha, ela nunca reconheceu as atrocidades que sua família infligiu aos nativos que a Grã-Bretanha invadiu em todo o mundo”, observou Malema. “Ela se beneficiou voluntariamente da riqueza obtida com a exploração e o assassinato de milhões de pessoas em todo o mundo.”

“A família real britânica está sobre os ombros de milhões de escravos que foram enviados para fora do continente para servir aos interesses da acumulação racista de capital branco, no centro do qual está a família real britânica”, acrescentou Malema.

Larry Madowo, correspondente da CNN International do Quênia,  disse  durante uma transmissão de quinta-feira que “o conto de fadas é que a rainha Elizabeth subiu as copas das árvores aqui no Quênia como princesa e desceu como rainha porque foi quando ela estava aqui no Quênia que ela soube que seu papai havia morrido e ela seria a rainha.”

“Mas isso também foi o início dos oito anos depois disso, que o… governo colonial britânico reprimiu brutalmente a rebelião Mau Mau  contra a administração colonial”, continuou ele. “Eles levaram mais de um milhão de pessoas para campos de concentração, onde foram torturadas e desumanizadas.”

Além da tortura desenfreada – incluindo a  castração sistêmica  de suspeitos de rebeldes e simpatizantes, muitas vezes com alicate – as forças britânicas e seus aliados locais  massacraram  civis desarmados,  desapareceram  seus filhos,  estupraram sadicamente  mulheres e  espancaram  prisioneiros até a morte.

“E assim”, acrescentou Madowo, “em todo o continente africano, houve pessoas que estão dizendo: 'Não vou chorar pela rainha Elizabeth, porque meus ancestrais sofreram grandes atrocidades sob seu povo que ela nunca reconheceu totalmente”.

CRESCE PROBABILIDADE DE GUERRA CIVIL NOS EUA -- sondagem

Resistir.info

QUEM É OSAMA BIN LADEN?

Prof Michel Chossudovsky | Global Research, 07 de setembro de 2022 .  Global Reseatch, 12 de setembro de 2001

Foi há 21 anos:  comecei a escrever na noite de 11 de setembro, tarde da noite, lendo pilhas de notas de pesquisa, que havia coletado anteriormente sobre a história da Al Qaeda. Este primeiro texto em 11 de setembro intitulado “Quem é Osama bin Laden?” foi concluído e publicado pela primeira vez em 12 de setembro de 2001

#Traduzido em português do Brasil

Desde o início, questionei a história oficial, que descrevia dezenove sequestradores patrocinados pela Al Qaeda envolvidos em uma operação altamente sofisticada e organizada.

Algo  não estava certo: a Al Qaeda foi uma criação da CIA. Osama bin Laden foi recrutado pela CIA. No entanto, poucas horas após os ataques, o diretor da CIA, George Tenet  , apontava o dedo para a Al Qaeda. 

Meu primeiro objetivo foi revelar a verdadeira natureza desse ilusório “inimigo da América (EUA)”, que estava “ameaçando a Pátria”. 

(Nenhuma alteração ou edição do artigo original de 12 de setembro de 2001 foi feita)

Michel Chossudovsky , 7 de setembro de 2022

No decorrer dos próximos dias (que antecedem a comemoração do 11 de setembro), na Global Research publicaremos uma seleção de artigos de autores proeminentes, que revelam de forma indelével as mentiras e invenções subjacentes à história oficial do 11 de setembro. 

***

Quem é Osama Bin Laden?

Michel Chossudovsky* | Global Research, 12 de setembro de 2001

Poucas horas após os ataques terroristas ao World Trade Center e ao Pentágono, o governo Bush concluiu, sem provas, que “Osama bin Laden e sua organização Al-Qaeda eram os principais suspeitos”. O diretor da CIA, George Tenet , afirmou que Bin Laden tem a capacidade de planejar “múltiplos ataques com pouco ou nenhum aviso”. O secretário de Estado Colin Powell chamou os ataques de "um ato de guerra" e o presidente Bush confirmou em um discurso televisionado à noite à Nação que "não faria distinção entre os terroristas que cometeram esses atos e aqueles que os abrigam". O ex-diretor da CIA James Woolsey apontou o dedo para o “patrocínio estatal”, implicando a cumplicidade de um ou mais governos estrangeiros. Nas palavras do ex-conselheiro de segurança nacional,Lawrence Eagleburger , “Acho que mostraremos quando formos atacados assim, somos terríveis em nossa força e em nossa retribuição”.

Enquanto isso, repetindo declarações oficiais, o mantra da mídia ocidental aprovou o lançamento de “ações punitivas” dirigidas contra alvos civis no Oriente Médio. Nas palavras de William Saffire escrevendo no New York Times:

“Quando determinamos razoavelmente as bases e campos de nossos atacantes, devemos pulverizá-los – minimizando, mas aceitando o risco de danos colaterais” – e agir aberta ou secretamente para desestabilizar os anfitriões nacionais do terror”.

O texto a seguir descreve a história de Osama Bin Laden e as ligações da “Jihad” islâmica à formulação da política externa dos EUA durante a Guerra Fria e suas consequências.

Principal suspeito dos ataques terroristas de Nova York e Washington, rotulado pelo FBI como um “terrorista internacional” por seu papel nos atentados à embaixada africana dos EUA, o saudita Osama bin Laden foi recrutado durante a guerra soviético-afegã “ironicamente sob os auspícios de a CIA, para combater os invasores soviéticos”. [1]

Em 1979, “a maior operação secreta da história da CIA” foi lançada em resposta à invasão soviética do Afeganistão em apoio ao governo pró-comunista de Babrak Kamal. [2]:

Com o incentivo ativo da CIA e do ISI [Inter Services Intelligence] do Paquistão, que queriam transformar a jihad afegã em uma guerra global travada por todos os estados muçulmanos contra a União Soviética, cerca de 35.000 radicais muçulmanos de 40 países islâmicos se juntaram à luta do Afeganistão entre 1982. e 1992. Dezenas de milhares vieram estudar nas madrassas paquistanesas. Eventualmente, mais de 100.000 radicais muçulmanos estrangeiros foram diretamente influenciados pela jihad afegã.[3]

A “jihad” islâmica foi apoiada pelos Estados Unidos e Arábia Saudita com uma parte significativa do financiamento gerado pelo tráfico de drogas do Crescente Dourado:

Em março de 1985, o presidente Reagan assinou a Diretiva de Decisão de Segurança Nacional 166,…[que] autoriza[d] intensificar a ajuda militar secreta aos mujahideen, e deixou claro que a guerra secreta afegã tinha um novo objetivo: derrotar as tropas soviéticas em Afeganistão por meio de ações secretas e encorajar uma retirada soviética. A nova assistência secreta dos EUA começou com um aumento dramático no fornecimento de armas – um aumento constante para 65.000 toneladas anuais em 1987, … bem como um “fluxo incessante” de especialistas da CIA e do Pentágono que viajaram para a sede secreta do ISI do Paquistão nas principais estrada perto de Rawalpindi, Paquistão. Lá, os especialistas da CIA se reuniram com oficiais de inteligência paquistaneses para ajudar a planejar as operações para os rebeldes afegãos.[4]

A Agência Central de Inteligência (CIA), usando a Inteligência Inter-Serviços (ISI) militar do Paquistão, desempenhou um papel fundamental no treinamento dos Mujahideen. Por sua vez, o treinamento de guerrilha patrocinado pela CIA foi integrado aos ensinamentos do Islã:

Os temas predominantes eram que o Islã era uma ideologia sócio-política completa, que o santo Islã estava sendo violado pelas tropas soviéticas ateístas e que o povo islâmico do Afeganistão deveria reafirmar sua independência derrubando o regime afegão de esquerda apoiado por Moscou.[5]

DA ENERGIA TELÚRICA DUMA ÁFRICA CONTEMPORÂNEA -- Martinho Júnior

Martinho Júnior, Luanda

AGOSTINHO NETO PROTAGONIZOU UMA VIDA SEM TRÉGUAS, POR QUE MOBILIZADA E EMPENHADA NO LANÇAMENTO DA PONTE ENTRE DUAS MARGENS INCONCILIÁVEIS, SOBRE UM RIO DE TUMULTUOSAS TORRENTES TROPICAIS!

NUMA MARGEM, A MARGEM QUE EXISTIU DESDE O BERÇO, O HÚMUS DUMA INEVITÁVEL RUPTURA, A TESE DO PASSADO.

NA OUTRA MARGEM, A QUE HAVEMOS DE CHEGAR, A ASPIRAÇÃO DUMA VANGUARDA COM CORPO DE RENÚNCIA IMPOSSÍVEL, A ANTÍTESE DO FUTURO.

Uma vida sem tréguas entre introspectiva ruptura e vanguarda, comporta dinâmicas mensagens que se exteriorizam quando há toda um ente por inventar e construir com patriotismo devotado, por que têm sempre presente a necessidade reflexiva de busca da identidade nacional e de vida!

A iluminação popular animou a ponte sobre os etno-nacionalismos restícios desse passado e foi com ela (é com ela) que a independência, a soberania e a busca de equilíbrio de toda a humanidade é sempre possível!

A sabedoria desse ser singular foi erguida de forma mesmo assim harmoniosa, equilibrada e coerente, por que o encontro na margem do futuro, foi (é e será), com o colectivo de toda a humanidade e com o respeito merecido à Mãe Terra, tal como o respeito que merece o povo angolano!

A ponte obriga-nos à reflexão no singular e em colectivo face aos materiais da antropologia, da história e da sociologia, quiçá também da psicologia, por que filosofia, doutrina e ideologia em África (entendidas nos seus campos mais amplos quando se aproximam também da ética e da moral), reportam-se ao que afinal aconteceu desde o berço da própria humanidade e ao conhecimento de qual foi a parte que coube ao homem africano na hora da lógica com sentido de vida que foi dele excluída pelo domínio dos poderosos, que jamais foram africanos e ainda hoje estão determinados, em todos os seus actos, a não perder os parâmetros consumistas de sua vivência que os impedem de conseguir chegar à liberdade de sua própria descolonização mental!

Angola | Alfabetização e Meandros da Redacção Única -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Dia da Alfabetização. Hoje é hoje. No final da vida pensamos muito no que fizemos e já não nos preocupamos com o que deixámos de fazer. Porque os anos nos ensinaram que de todas as coisas tristes, a mais triste é o que podia ter sido e não foi, o que podia ter acontecido e não aconteceu. Nada de frustrações na reta final da existência. Deixemos o pó, cinza e nada para depois do último suspiro.

A participação nas campanhas de alfabetização está em primeiro lugar nas realizações maravilhosas da minha vida longa (já estou a viver para lá dos anos que a estatística me concede). Ensinei mulheres e homens a ler e escrever! Obrigado ao camarada Neto, muito obrigado ao MPLA. Cumpri o meu dever revolucionário sob a suprema orientação dos camaradas Lukoki e Pepetela, os nossos ministros da Educação, naquele tempo de guerra e sem sol. Mas com muita alfabetização. Queríamos muito resolver os problemas do Povo. Fizemos tanta coragem, camaradas!

Também ensinei Jornalismo. Mas essa parte não me orgulha nem me faz sentir realizado. Porque já tinha arrumado aas botas quando descobri o que é a Liberdade de Imprensa nas democracias representativas e economia de mercado. A tal economia que quanto mais liberal, mais pobres e famintos faz, cria mais ricos a rebentar a pança e as costuras. Sabem o que é Liberdade de Imprensa no mundo globalizado, no capitalismo que mata? A Redacção Única! Não vos ensinei isso, caras e caros colegas! 

O nascimento da primeira agência noticiosa em França, no seguimento do desenvolvimento da comunicação à distância, marcou o início da linguagem jornalística com a sua gramática própria e que ainda continua aberta. Ao mesmo tempo a notícia passou a ser uma mercadoria. E foi necessário criar um instrumento mais eficaz para aproveitar todas as mensagens informativas. Assim nasceu a Rádio, onde a notícia ganhou uma dimensão estética e plástica. O maravilhoso espectáculo da voz humana está na primeira fila. Os edifícios sonoros são os suportes da informação. 

E nós passámos a simples assalariados. Tratados como os rapazes dos jornais (mulheres ainda não entravam nas Redacções). Mal pagos, mal considerados, mal apreciados, desprezados. Lutámos pela Liberdade de Imprensa contra os poderes ilegítimos que se instalaram na comunicação social e a dominaram à força do dinheiro na mão e cu no chão. Criámos os nossos sindicatos. Depois os Conselhos de Redacção. Tanta luta! E eles fizeram das agências noticiosas instrumentos ao serviço do Poder político. E o poder político rasteja aos pés do poder económico. Os jornalistas, além de assalariados, passaram a ser roboteiros da palavra. Zungueiros da informação avulsa. Serventes dos donos.

Angola: Juristas defendem reforma da CNE e TC para evitar suspeições

Instituições como o Tribunal Constitucional e a CNE devem ser alvo de reformas, a nível da sua composição e dos mecanismos eleitorais, para evitar suspeições sobre os processos, defenderam juristas.

Falando à Lusa sobre o acórdão 769/22 que negou provimento ao recurso interposto pela UNITA, maior partido da oposição angolana que contestou os resultados das últimas eleições gerais, o jurista Rui Verde apontou a dificuldade na apresentação de provas formais como  a principal questão jurídica e considerou que não foi uma surpresa face ao que já tinha sido decidido antes.

"O acordão invoca os documentos entregues pela UNITA e, de modo geral, diz que não fazem  prova, há claramente uma questão relacionada com a capacidade da UNITA apresentar provas junto do tribunal", disse aludindo às atas síntese que o partido do Galo Negro tem divulgado nas suas páginas nas redes sociais.

Por outro lado, referiu, "a jurisprudência do TC, a jurisprudência angolana em geral, é muito formalista" e nesse sentido o TC decidiu de acordo com o que tem decidido nos últimos anos.

"O acórdão, do ponto de vista formal, está correto, agora é a vez da política, uma espécie de política de conciliação, por que qualquer que seja o resultado que se queira aceitar temos um país de certa forma dividido ao meio”, considera o jurista, Rui Verde acrescentando que "é importante haver bom senso e sentido de conciliação. O direito não resolve os problemas todos", realçou o investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Oxford.

Reformas na CNE e TC?

Rui Verde entende que sim, seria importante proceder a uma reforma dos mecanismos eleitorais quer da CNE quer dos do TC.

"Têm cinco anos para fazer as alterações, ponham-se de acordo e façam-nas. É uma das vantagens da nova composição da Assembleia Nacional, para grandes revisões os dois principais partidos têm de se pôr de acordo e deve-se ver isso como uma vantagem e não como uma desvantagem", sugeriu.

Mas, o jurista Inglês Pinto, antigo bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, manifestou as suas reservas quanto à constituição quer da CNE quer do TC, por que têm "interesses partidários"

"Temos de refletir muito sobre isso, sobre esse formato e eventualmente teremos de ter outra prática", afirmou o advogado, lembrando que a presidente do TC, Laurinda Cardoso, nomeada há cerca de um ano, saiu da estrutura do Bureau Político do MPLA (partido do poder em Angola).

"Isso levanta suspeição dos cidadãos, esta nossa compatriota que esteve numa estrutura partidária que teve um processo de hostilização a um candidato, que garantia dá de independência", questionou Pinto.

O advogado assinalou ainda que, "não ponho em dúvida a capacidade técnica dos meus colegas que fazem parte destes órgãos, mas temos de reformular para que gradualmente se afaste esse clima de suspeição".

Partidarização das instituições

Inglês Pinto sublinhou que os membros desses órgãos são praticamente todos militantes partidários e defendeu que devem ser selecionados por concurso, valorizando a trajetória académica, social e profissional.

Acredita, por outro lado, que os bons resultados obtidos pela UNITA nas eleições ajudarão a apresentar uma relação de forças mais equilibrada.

"Isso pode facilitar o processo de maior diálogo. Quem ganhou vai ter de alterar a sua prática, a sua forma de estar na política, e quem perdeu está mais animado para dar saltos qualitativos e ser poder nas próximas eleições", comentou o jurista.

Por isso, "quem vai beneficiar são os eleitores e a população em geral" por que os partidos "vão ter de ter mais empenho" e "algumas arrogâncias e petulâncias vão ter de ser refreadas".

A ata de apuramento final das eleições gerais de 24 de agosto proclamou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores com 51,17% dos votos, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 43,95%.

Com estes resultados, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA 90 deputados, quase o dobro das eleições de 2017.

O Partido da Renovação Social (PRS) e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) elegeram dois deputados cada.

 A CASA-CE, a Aliança Patriótica Nacional (APN) e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2027 vai contar com 220 deputados.

O TC validou os resultados eleitorais na quinta-feira depois de acabar o processo de contencioso eleitoral e negar provimento aos recursos da UNITA e da CASA-CE.

Deutsche Welle | Lusa

Moçambique: Polícia diz que persegue grupos armados na província de Nampula

A PRM em Nampula diz estar em perseguição aos grupos armados que recentemente atacaram algumas aldeias na província a provocaram a morte de pelo menos seis pessoas.

A Polícia da República de Moçambique na província de Nampula, recentemente alvo de ataques armados, disse este sábado (10.09), que está a mover uma perseguição contra os autores das incursões, apelando para a população se manter vigilante a pessoas "estranhas".

"As Forças de Defesa e Segurança estão no terreno a perseguir o inimigo,  para criar um ambiente que permita que a nossa população volte às suas zonas de origem", afirmou António Bachia, comandante da PRM na província de Nampula, norte de Moçambique.

O responsável pediu à população para se manter vigilante em relação a movimentações de pessoas estranhas nos 23 distritos da província de Nampula.

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