Artur Queiroz*, Luanda
João Lourenço e as obras da sua presidência é documentário da TPA que promove o inculto da personalidade, a cultura da bajulação e o abuso da nossa paciência. O Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto é uma obra importante. Começou no Departamento de Reconstrução Nacional da Casa Militar do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Alguma vez tinha que acabar. Calhou no segundo mandato do actual Presidente da República. Não é obra “da sua presidência”. É do Executivo. Mas não me choca que entre na História como o engenheiro das obras feitas.
Os hospitais que João Lourenço inaugura não são obra da sua presidência. São do Executivo. Os especialistas na matéria até acham que a estratégia está errada. Os grandes investimentos deviam ser canalizados para os cuidados primários de saúde e não para os grandes hospitais. Perguntem aos cubanos como é. Eles criaram o melhor sistema de saúde do mundo. Esta parte também sei. Fiz uma reportagem em Cuba sobre a matéria.
A aposta foi nas pequenas unidades de rua, quarteirão e bairro. Educação e informação para a saúde. Visitadores sanitários que promovem hábitos alimentares saudáveis e cuidados de higiene. Combate ao sedentarismo. Em Havana todos drenavam para o grande hospital Hermanos Ameijeiras onde eram prestados cuidados diferenciados de topo, excelentes em qualquer parte do mundo. Nos anos 80 já faziam transplantes de coração e pulmões ao mesmo tempo. Transplantes de fígado. As escolas cubanas formaram milhares de médicos, enfermeiros e outros técnicos. Um sucesso!
João Lourenço não precisa de andar a correr para entrar na História Contemporânea de Angola. Vai entrar de qualquer maneira. Só falta saber quantas páginas lhe são dedicadas. Ou se fica apenas com uma nota de rodapé. O “documentário” da TPA que faz dele deus é ridículo e em política o ridículo mata. Para já tem garantido o título de engenheiro das obras feitas.
O mobutista que os EUA mandaram para Angola como capataz, Tulinabo Mushingi, abre há dois dias os noticiários da TPA. O Palácio da Cidade Alta está debaixo de olho. Quem se portar mal é castigado com chibatadas (cortes de dinheiro), palmatoadas (demissões) ou trabalhos forçados (perda definitiva ou temporária do tacho).
A UNITA pôs a circular um vídeo onde aparece um Aldraberto, igual à Luzia Moniz e à Alexandra Simeão, afirmando que Maria Eugénia Neto, viúva do Presidente Agostinho Nerto, é irmã do Almirante Rosa Coutinho. Os dois “cunhados” combinaram entregar Angola independente a Portugal. Tive uma relação próxima com o antigo presidente da Junta Governativa de Angola. É autor do prefácio do meu livro “Angola a Via Agreste da Liberdade”. Um dia convidou-me para ir à sua terra natal, no Alentejo. Aí conheci toda a sua família. Maria Eugénia Neto é da raia transmontana. Bem longe de terras alentejanas.
Estes golpes baixos são normais vindos da UNITA. Mas é absolutamente anormal que o vídeo circule veiculando mentiras e graves insultos à memória de Agostinho Neto sem que as autoridades tomem qualquer medida. O autor dá a cara. O suporte é conhecido. Só não há medidas porque além da UNITA, quem está no poder também beneficia destes crimes. Se é para deitar abaixo e insultar o primeiro Presidente de Angola, vamos para a frente. Em Angola presidente só há um João Lourenço, o engenheiro das obras feitas e mais nenhum. Vamos ver como se comporta o presidente de 2027.
Um mês de genocídio na Palestina. A Cruz Vermelha revelou um número terrível. Mais de 1500 crianças estão mortas sob os escombros das casas bombardeadas na Faixa de Gaza. Crianças mortas à superfície já são 5.000. A Faixa de Gaza é um a imensa prisão a céu aberto mas agora é também um imenso cemitério de crianças. Quem está a causar esta mortandade vai pagar. Tem que pagar. Só assim é resgatada a Honra da Humanidade.
O movimento de libertação HAMAS anunciou que os nazis de Telavive já mataram 60 reféns com os bombardeamentos. Benjamim Netanyahu diz que está a bombardear a Faixa de Gaza para libertá-los. Hoje as tropas israelitas anunciaram que mataram um líder do HAMAS, responsável pela produção de armamento. Não adianta nada.
Os ucranianos estão a vender armas sofisticadas ao HAMAS. As Brigadas Al-Qassam usam nos combates contra as tropas israelitas, o armamento destinado aos nazis de Kiev. Não é com armas caseiras que se “queimam” os tanques norte-americanos nas proximidades da Cidade de Gaza.
Os autores do genocídio de Gaza e
Cisjordânia dizem que aumenta o “antissemitismo” no mundo. Já expliquei e volto
a explicar. Semitas são hebreus e árabes. Nada tem a ver com judeus. Foi uma apropriação
abusiva dos que querem fazer uma limpeza étnica na Palestina. Mas sim, aumentam
no mundo as condenações ao governo de extremíssima direita que está no poder
Não nos atirem à cara o Holocausto. Também não é exclusivo de judeus. Outros de outras confissões religiosas ou sem religião nenhuma foram igualmente vítimas do extermínio nazi. Houve um Holocausto no Japão e os japoneses não andam a servir-se disso para matar milhares de civis inocentes. Houve um Holocausto no Vietname e os vietnamitas não andam a matar civis. Houve um Holocausto em Angola que meteu napalm e armas químicas (desfolhantes). Os angolanos não andam a matar civis para se vingarem.
Hoje tenho fundadas dúvidas sobre o que vai suceder depois dos Holocaustos no Iraque, Afeganistão, Síria ou Líbia. Os que sobreviveram e as famílias dos mortos não vão ficar de braços cruzados. O ocidente alargado que se cuide. O estado terrorista mais perigoso do mundo vai ter que mudar de vida, a bem ou a mal. Esperem para ver.
Um cidadão avisado não compra ao Aldraberto da Costa Júnior, o mentiroso compulsivo, um triciclo Kaweseki em segunda mão. Também não compra ao Chivukuvuku comprimidos de viagra porque só podem ser falsos. Os brancos nadam em dinheiro (roubado) e compram tudo. Mandam milhares de milhões para os nazis de Kiev. A Ucrânia está entre os 20 países mais corruptos do mundo. Na Europa está no pódio. Aquilo é uma máquina de fazer fortunas no estado terrorista mais perigoso do mundo, na União Europeia e no Reino Unido. Vai acabar mal. As armas despachadas para os nazis de Kiev chegam a mãos com sede de vingança.
* Jornalista
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