Artur Queiroz*, Luanda
Em Angola a palavra fraude tem tal amplitude que vai desde as assembleias de voto aos altares das igrejas. Sempre que temos eleições os perdedores queixam-se de fraudes. Falso alarme. O Bloco Democrático não foi às eleições de 2022 porque corria o risco de registar menos de um por cento dos votos e era extinto. Assim vendeu a alma à UNITA e os seus dirigentes mais desavergonhados foram eleitos deputados do Galo Negro! Ontem o líder, Muata Sebastião, anunciou que o partido tem 15.000 militantes. Como nem a família vota neles, está explicada a fraude eleitoral. Nas outras vidas foi extinto por falta de votos! Fraude.
Eduardo Jonatão Chingungi, líder do Partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-NJANGO) extinto por falta de votos em 2022, vai levar a Tribunal antigos dirigentes que “desviaram” património e dinheiro da campanha eleitoral. Fraude!
A senhora ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, informou que a dívida das empresas que não pagam as prestações dos trabalhadores é de 47.041.692.480,74 kwanzas, uma fortuna digna de um ninho de marimbondos mais carrinhos. Na lista de caloteiras estão 3.977 empresas. Aproveitando o acordo assinado entre Joe Biden e João Lourenço, a lista de devedores vai até à Lua e Marte. Entre as caloteiras estão algumas empresas públicas. Fraude aos trabalhadores. Fraude do Estado ao Estado.
Hoje o Presidente João Lourenço reuniu o Conselho de Segurança Nacional para abordar os conflitos em África e no mundo, além das mudanças de regimes. Em Angola o regime mudou radicalmente. Abandonou o conceito de país não-alinhado. Excrementou os amigos que ajudaram na Luta Armada de Libertação e na Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial. Sem referendos. Sem aviso prévio. Sem consentimento do Povo Angolano. Fraude!
Fraude chancelada pela direcção do MPLA, pela Oposição e agora pelos membros do Conselho de Segurança Nacional. Esta fraude faz da democracia representativa uma ditadura mobutista. Disparem sobre o cronista. Fogo! Pode ser que o Grupo Parlamentar do MPLA trave este atentado contra a honra e dignidade de milhões de angolanas e angolanos que se bateram na luta anti colonialista e anti imperialista. Abaixo a fraude. A luta continua. A Vitória É Certa!
A primeira secretária provincial do MPLA na Lunda-Norte, Deolinda Satula Vilarinho, pediu às autoridades para redobrarem a fiscalização, com vista à aplicação de medidas exemplares contra os comerciantes que alteram os preços da cesta básica durante a quadra festiva. Abaixo os especuladores que nos sugam as últimas gotas de sangue. Abaixo a fraude!
Notícia sensacional que fez abertura de noticiários e primeiras páginas dos jornais. A Sonangol foi forçada pelo Governo Angolano, no tempo do Presidente José Eduardo dos Santos, a entrar no capital do Millennium BCP, em 2007. Esta afirmação consta num documento oficial sobre a “regeneração” da petrolífera. O investimento em acções daquele banco “não foi uma decisão financeira estratégica da Sonangol, mas sim feito sob mandato governamental e vem contribuindo, ao longo da sua existência, para a degradação dos resultados da empresa em função das imparidades que vem causando repetidamente”, refere o documento.
Primeira fraude. Em 2007 o BCP
era o maior banco privado português. Segunda fraude: Não é dito que a Sonangol
adquiriu o direito a pertencer à gestão do mais potente banco privado
A entrada da Sonangol no BCP aconteceu em 2007 quando Manuel Vicente estava à frente da petrolífera. Segundo o documento da “regeneração”, o investimento total da Sonangol no banco foi de 2,19 milhões de euros. Os ditadores acabam sempre por cair porque fazem dos seus súbditos atrasados mentais. O Pai Querido diz que investir uns trocos num grande banco em Portugal degrada os resultados da Sonangol! Estão viciados na fraude. O Pai Querido é uma fraude. O Pai Grande é uma fraude. Mas a OPEP não é!
Eu conheci o senhor Simão Toco quando era miúdo. Meu pai tinha uma casa comercial em Mucaba e na presença do profeta disse para o empregado: Alexandrino, o senhor Simão Toco tem crédito ilimitado. Tudo o que precisar, forneces e apontas no livro do debita. Era amigo daquele homem bom, sempre sorridente, sempre de bem com a vida. O profeta era verdadeiro, não tinha sombra de fraude.
Agora existe a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, instituição que divulga as mensagens do profeta Simão Toco. Não sou frequentador de religiões e muito menos de igrejas. Não fazem falta nenhuma, mas os crentes acham que sim. A verdade é o que cada um quiser. E nisto de Fé, cada qual toma a que quer. Cuidado com a dependência!
O movimento tocoísta tem grande
expressão
Quando dois elefantes com a
tromba cheia de dinheiro roubado ao Estado começam a lutar, quem se lixa é o
capim. Os meus colegas jornalistas do Novo Jornal sã o capim. Os elefantes são
sobrinhos e madalenos. Todos os jornais fazem falta. Todos os jornalistas são
essenciais ao regime democrático. Todos os jornais, mesmo os pasquins de
sarjeta, fazem parte do jogo
O Ernesto Bartolomeu tem casota na Torre Eiffel, construída no espaço público que era o largo da Bicker. Fraude. Foi o homem de mão do kamanguista Valentim Amões. Fraude! Descobriu que antigos gestores de uma empresa pública ficaram com os carros de função quando foram substituídos. Um “direito consuetudinário” apresentado como fraude pelo criado do chefe Miala. Extorsão e chantagem. Fraude na TPA!
* Jornalista
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