APAGÃO APANHOU TODOS, TODOS,TODOS… a borregar. – Este é o Curto do Expresso de ontem, segunda-feira, 28, que três minutos antes de ser publicado aqui no PG foi apanhado pelo APAGÃO que demonstrou que os governantes têm andado a fazer de conta que governam Portugal mas não o fazem a pensar no país e nos portugueses. Afinal descobrimos que não possuímos autonomia energética, que a sul não constroem centrais produtoras de energia elétrica devido aos custos – apesar dos lucros fantasmagóricos que as empresas elétricas obtêm todos os anos. Portugal é assim, fruto do seu povo manso e dos políticos eleitos que o enganam e roubam descaradamente.
Lá por isso temos Curto. E desta lição das dependências energéticas e outras tudo vai ser anotado numa pedra de gelo e derreter-se no esquecimento dos lanudos borregos que constituem a população lusa. Leia o Curto de ontem. O de hoje está na forja. Obrigado tio Balsemão. – Redação PG
Expresso Curto a seguir. Pela parte do PG seremos breves porque pronunciarmo-nos sobre nazi-fascistas causa-nos repulsa, vómitos e diarreias. Espanta-nos que a pasmaceira dos portugueses não reagem repulsivamente e não perguntem nem exijam aos legisladores (deputados) porque consentem energumenos daquela monta de criminosos da humanidade a destruir a democracia e avançarem descaradamente a olhos vistos.
Dar lugar ao Expresso Curto é para já. Claro que não há repulsa expressa inequivocamente pela comunicação social. Não existe esclarecimento adequado e justo sobre os criminosos da extrema direita que se avoluma. Tudo é dito e escrito de mansinho e os orgãos de comunicação social promovem o nazi-fascismo descaradamente. Que merda de jornalistas e correlativos das ilhargas!
Vá ler.
Redação PG
O RASI censurado e a pancadaria no 25 de Abril
João Pedro Henriques, jornalista | Expresso (curto)
Terão sido detidos na sexta-feira mais fascistas do que no 25 de Abril de há 51 anos? Pode haver quem ache esta dúvida absurda. Mas sabemos como a nossa revolução ficou para a história por ter sido feita quase sem derramamento de sangue (as cinco pessoas mortas - quatro “civis” e um PIDE -, não permitem dizer que foi um golpe sangrento).
No essencial, o novo regime tratou com enorme gentileza os titulares do anterior. Viu-se isso no não saneamento dos juízes dos tribunais plenários (os tribunais que condenavam quem lutava contra a ditadura). Os capitalistas do salazarismo limitaram-se a voar até Copacabana para umas retemperadoras férias, regressando poucos anos depois como se nada se tivesse passado. Nesse regresso temos a agradecer o fantástico colapso do BES e os milhares de milhões que já custou a todos os contribuintes.
Sim, é mesmo verdade: na sexta-feira passada, no Largo de São Domingos, em Lisboa - o mesmo onde em 1506 se iniciou uma matança de milhares de judeus animada pelo espírito da Inquisição - foram detidos mais fascistas do que há 51 anos. E dois deles são orgulhosos líderes que não se importam nada de ser qualificados como fascistas. No caso, do Grupo 1143 (Mário Machado) e do partido Ergue-te (Rui Fonseca e Castro). Foram detidos e algemados pela PSP (que só fez o que lhe competia) e depois, por decisão judicial, libertados. Esta segunda-feira saberão o que o MP decidirá para eles (mas Machado estará a dias de regressar à cadeia, condenado num outro processo). A PSP está a tentar identificar outros elementos de extrema-direita que terão participado nos distúrbios. E nesse trabalho são importantes os diretos das televisões, onde se vê um homem de boné preto a começar uma das agressões.
Isto aconteceu dias depois de se ter sabido que tinha sido retirado do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 todo um capítulo dedicado aos “Movimentos Extremistas e Ameaças Híbridas” - capítulo no qual, apesar de referências à extrema-esquerda, o “estrelato” ia todo para a extrema-direita.
Nas partes censuradas era revelado, por exemplo, que já funciona em Portugal uma representação de “uma organização extremista internacional classificada como organização terrorista em listas nacionais de alguns países e contra a qual foram já impostas sanções financeiras por incitamento e financiamento do terrorismo”. E criticava-se também o poder político porque permite que Portugal se constitua em “safe haven” (abrigo) para organizações destas (dado que não se estabelecem “posições comuns” na UE).
Dito isto: há uma lei do Governo (seja ele qual for) que terá de ser aprovada este ano no Parlamento - a lei que determinará as prioridades da política criminal para o próximo biénio (2025-2027). Se a questão da violência de extrema-direita foi retirada do RASI isso inevitavelmente enfraquece argumentos para impor esse tema como “prioridade da política criminal” no próximo biénio. O que, de resto, se enquadra perfeitamente no pensamento do primeiro-ministro, que neste domingo, questionado sobre os distúrbios no 25 de Abril, tratou o “fenómeno extremo” de que estamos a falar como mero “epifenómeno” (palavras suas).
É certo que basta ver como o “epifenómeno” se revê tão fortemente na representação que lhe dá no Parlamento a bancada dos 50 deputados do Chega - e em particular no seu líder, André Ventura - para perceber que afinal é tudo menos “epifenómeno”: veio para ficar e está tão forte como nunca esteve desde 1974.
Porém, seguindo a recomendação do Governo, o que temos de fazer é, mais uma vez, encolher os ombros e saudar as imorredouras continuidades do nosso doce retangulozinho: ser gentil com os fascista, como fomos no tal “dia inicial inteiro e limpo” e depois disso desde então. Ainda podemos, é certo, continuar a gritar “25 de Abril sempre!” e não tem de ser só a horas certas, no dia em que a revolução se celebra. Porém, quanto ao “fascismo nunca mais”, enfim, veremos…
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Matança. Um homem que já estava referenciado pela polícia como sendo violento e tendo perturbações mentais entrou com o seu jeep por uma multidão que participava num festival de rua em Vancouver matando pelo menos 11 pessoas. Um ato criminoso - mas não definido como terrorista - que ocorreu na véspera do Canadá ir a votos. O Partido Liberal, no poder, de centro-esquerda liderado por Mark Carney, parece ter uma pequena vantagem sobre o Partido Conservador, de direita, encabeçado por Pierre Poilievre. A campanha foi totalmente marcada pela nova realidade proveniente dos EUA. Donald Trump diz que quer que o Canadá seja o 51.º estado norte-americano, tendo desencadeado contra os canadianos uma violenta guerra comercial. As eleições no Canadá são também o assunto do Expresso da Manhã de hoje.
Congregações Gerais. É possível que hoje se marque o início do conclave onde será escolhido o sucessor do Papa Francisco. Estão já reunidas as chamadas Congregações Gerais, uma espécie de momento antecâmara do conclave onde os cardeais eleitores se apresentam uns aos outros, caso queiram. O Expresso explica como tudo funciona. Nas bolsas de apostas, o cardeal italiano Pietro Parolin, secretário de Estado de Francisco, continua favorito. Se esteve ‘desligado' por estes dias, pode ver aqui, aqui e aqui como foi o funeral do Papa Francisco e como se tornou numa espécie de cimeira pela paz na Ucrânia.
Greve. A circulação de comboios da CP deverá ter "fortes perturbações" esta segunda-feira devido à greve convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante. “Por motivo de greve convocada pelo sindicato SFRCI, preveem-se fortes perturbações na circulação no dia 28 de abril de 2025 [hoje]”, indicou a CP, adiantando que "para esta greve, não foram definidos serviços mínimos".
Goleadas. Primeiro o Benfica, depois o Sporting, ambos os candidatos ao título (o Porto ficou definitivamente fora depois da derrota na Amadora) golearam os adversários neste domingo. O Benfica por meia dúzia, o Sporting logo a seguir por uma mão cheia.
Concertos. É festivaleiro ou festivaleira? Então não poderá deixar de consultar o calendário total dos concertos pop/rock/jazz em Portugal no próximo ano, de hoje até ao Rock in Rio de Lisboa no próximo ano (20, 21, 27 e 28 de junho, no Parque Tejo, em Lisboa), divulgado pela Blitz.
Frases
“Evidentemente que há fenómenos extremos que devem ser acompanhados, devem ser também combatidos democraticamente e nós não os subestimamos nem desvalorizamos, mas também não entramos agora em depressão porque há esses epifenómenos relativamente àquilo que é a generalidade das pessoas, dos portugueses e a generalidade dos partidos políticos também.” - Luís Montenegro, Presidente do PSD
“O PS tem um programa que é muito poucochinho e cada vez mais se encosta a um caminho que é errado.” - Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP
"Não havia razão para Putin disparar mísseis contra áreas civis, cidades e aldeias nos últimos dias. Isto faz-me pensar que talvez ele não queira parar a guerra e esteja apenas a brincar comigo.” - Donald Trump, Presidente dos EUA
Podcasts
O animal que ri. Durante 16 anos, João Décio Ferreira foi em o único médico em Portugal a fazer cirurgias de mudanças de sexo. Em conversa com Carlos Vidal, médico, músico e humorista, Décio Ferreira salienta como estas cirurgias não são para brincadeiras: “Não se começam a fazer operações e amputações sem ter uma certeza absoluta” porque depois “dá uma trabalheira para voltar para trás” e essas histórias às vezes “acabam em suicídio”. “O género - diz - é a manifestação do sexo do cérebro. Como nao podemos mudar o sexo do cérebro, podemos mudar o sexo do corpo para o adaptar ao cérebro. O sexo e o cérebro têm de estar em perfeita sintonia.”
Despeço-me desejando-lhe uma ótima semana. Para que se mantenha em “perfeita sintonia” com o país e o mundo, sugiro que nos continue a acompanhar: no Expresso, na Blitz, na Tribuna, ou no guia Boa Cama Boa Mesa.
* Título PG
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