FP - Lusa
Bissau, 14 abr (Lusa) - O Coletivo da Oposição Democrática, uma estrutura da Guiné-Bissau que agrupa 14 partidos, aconselhou hoje o Comando Militar a "proceder à rápida transição do poder para os civis".
Na sexta-feira, um autodenominado Comando Militar prendeu o primeiro-ministro e o Presidente da República interino da Guiné-Bissau.
Reunidos hoje, os partidos, entre os quais o Partido da Renovação Social (PRS), o maior partido da oposição, tomaram posição sobre a "intervenção patriótica e atempada dos militares guineenses" e lembraram que eram anteriormente contra o governo de Carlos Gomes Júnior, o primeiro-ministro eleito em 2008 e candidato a Presidente.
Sem a intervenção militar "estaríamos a prazo condenados a viver mais outra tragédia de proporções incalculáveis, se o acordo secreto com forças estrangeiras fosse levado por diante", disseram.
Os militares justificaram a intervenção com a alegada existência de um acordo secreto entre os governos da Guiné-Bissau e de Angola que envolvia forças militares angolanas.
Os partidos lamentam também "as posições das forças retrógradas e reacionárias estrangeiras que querem a todo o custo ajudar a mergulhar a Guiné-Bissau nas trevas da História, através de atitudes e comunicados contraproducentes", e reafirmam "a sua posição de estar ao lado de quem combate para garantir a soberania e o aprofundamento da democracia na Guiné-Bissau".
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