TSF - Ontem às 21:24
A UGT e a CGTP entende que as medidas anunciadas esta quinta-feira pelo primeiro-ministro só servem para aumentar o desemprego e prejudicam a situação do país.
As medidas anunciadas «exigem brutais sacrifícios aos trabalhadores e aos pensionistas» e são de uma clara «injustiça social e fiscal», comentou o secretário-geral da UGT, considerando que o Governo devia ter apresentado mais medidas para as empresas.
Colocar o sector privado a trabalhar mais meia hora por dia vai contribuir para o «aumento do desemprego», alertou.
João Proença disse ainda que «as isenções em sede de IRC vão continuar» e que as «fortunas vão continuar a não pagar nada», para concluir que os sacrifícios são «exigidos» só a alguns.
Para a UGT, que fará uma conferência de imprensa esta sexta-feira, as medidas são «fortemente injustas e vão impor fortíssimas dificuldades» a Portugal, com as pessoas a perderem poder de compra.
Também ouvido pela TSF, Arménio Carlos, da comissão executiva da CGTP, reagiu com «indignação» às medidas anunciadas.
Disse que Passos Coelho insiste em mentir aos portugueses, já que ao assumir funções apresentou um programa que dizia ser suficiente e afinal tem apresentado, por várias vezes, mais medidas de austeridade.
Trata-se de «uma declaração brutal de guerra», comentou, considerando que as medidas anunciadas vão aumentar a recessão e o desemprego, bem como o «empobrecimento das famílias e as desigualdades».
Segundo Arménio Carlos, «235 mil trabalhadores correm o risco de ficar sem emprego» com o aumento do horário de trabalho.
As propostas anunciadas foram semelhantes às aplicadas na Grécia, onde os efeitos têm sido pouco positivos, lembrou.
Pediu ainda aos portugueses para lutarem contra o Governo, que está a «desrespeitar os trabalhadores e a pôr em causa o futuro do nosso país».
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